Paixão ardente
Eram apenas 6 da manhã e, o quarto de Kizua parecia um campo de batalha, apenas ouviam-se barulhos, tipo de metralhadoras e de bombas a explodirem. E, os vizinhos que mais cedo madrugavam diziam:
- De novo! Não sei como é que eles aguentam discutir o tempo todo. Também essa menina é que não se respeita, dorme mais na casa do namorado do que em sua própria casa, é demais! Olha que já não se faz meninas como no meu tempo. Acrescentou a avó Teresa.
Kizua e Chissola eram um par de namorados muito lindos de se ver. Gostavam de passear, andavam de mãos dadas e causavam inveja há quem os visse. Mas, entre quatro paredes, eram mais complicados que alguém possa imaginar. Afinal, Kizua era muito ciumento e Chissola era uma mulher muito apaixonada pelo seu amor, embora já estava a ficar cansada de tanto brigarem. Neste dia ela estava a tentar dizer ao namorado que talvez devessem dar um tempo, já que a vida deles resumia-se em muita discussão e que os vizinhos já não aguentavam mais ouvirem tanta confusão que muitas delas era sem fundamento nenhum! Kizua não aceitava tal decisão e dizia que se ela saísse pela porta, ele a odiaria pelo resto da vida! Coisa que Chissola não queria, afinal de conta, ela amava o seu namorado, queria apenas um tempo para poderem sentir falta, um do outro, e perceberem que o que precisam não são brigas, mas sim cumplicidade e respeito acima de tudo. Como Kizua estava longe de perceber, ela decidiu sair, mesmo sem uma chance de puder dizer que o amava.
Quando ela chegou em sua casa, simplesmente deitou-se na cama e chorou amargamente porque tinha que terminar o seu namoro, pois ela não se imaginava sem ele. Por alguns instantes ela sentiu que o seu mundo tinha acabado e arrependeu-se por ter dito ao Kizua para darem um tempo, já que era um relacionamento de 5 anos. Chissola estava tão inconsolável que decidiu ligar para a sua amiga de longa data. Infelizmente, naquele momento o telefone tocava mas ninguém atendia. Chissola ficou ainda mais triste porque ela queria poder falar com alguém para sentir-se um pouco aliviada, mas parecia que o universo conspirava contra ela. De repente, surgiu uma força nela que decidiu levantar-se enxugar as lágrimas e ir ao encontro de Kizua para dizer-lhe que foi um erro pedir um tempo e que só falou tal coisa por impulso. Mas, depois, ela achou que ir naquele mesmo dia seria errado, uma vez que deixou Kizua chateado, temia por mais uma discussão. Por isso, decidiu ir noutro dia.
No dia seguinte ela pôs-se a caminho e na sua cabeça apenas vinha um cenário de que o seu amor também estava a sofrer com a situação e que assim que ele a visse a perdoaria e tudo ficaria bem, já que ele sempre disse que a amava acima de qualquer coisa.
Chissola chegou em casa de Kizua e encontrou o irmão dele sentado na varanda. Ela apercebeu-se da surpresa do irmão ao vê-la, antes de vir ter com ela, saudar e levar-lhe para fora. Ela, admirada, perguntou:
- Lito o que se passa? Por que me levas para fora de casa?
- O que fazes aqui? Perguntou o Lito
- Vim falar com o seu irmão - disse ela acrescentando - houve um mal-entendido, acontece que cometi um erro e antes que seja tarde de mais vim emendar o meu engano, é que, eu não aquento ficar sem falar com ele, parece que o meu mundo vai desmoronar. Ele é tudo para mim e não estou pronta para perder ele. Então, ele está ou não?
Lito olhava para ela e via o seu desespero. Mas, não podia deixá-la entrar no quarto do seu irmão, visto que Kizua não estava sozinho! Nem podia dizer que o seu irmão estava ocupado ou que no seu quarto estava outra mulher. Naquele instante Lito não sabia o que fazer e ficou completamente confuso! De um lado ele precisava defender o seu irmão e do outro lado era a Chissola, a sua cunhada querida que estava desesperada para ver o homem que estava com outra mulher na cama.
Chissola insistia em querer falar com Kizua mas, Lito não deixava. Então, ela começou a ficar enfurecida com essa situação que perguntou de novo ao Lito:
- O que se passa, Lito? Não estou a te entender, até parece que não queres que eu fale com o seu irmão, algum problema?
- Não há nenhum problema só acho que talvez esse não seja o momento ideal para poderes falar com ele. Sabe?! Eu não sei o que realmente aconteceu, mas essa vossa separação é muito recente talvez ele precise mesmo desse tempo e você também. Olha, a distância ajuda a colocarmos as ideias no lugar e a sabermos o quanto as pessoas são importantes para nós. E, assim quando vocês reatarem saberão o que fazer para salvarem o vosso namoro, pensa nisso minha cunhada, digo isso para o vosso bem. Respondeu o Lito.
Enquanto Lito falava, de repente, eles começaram a ouvir sorrisos vindos do quarto do Kizua. Parecia logo que ele estava com alguém e, o sorriso foi tão claro para a Chissola, que deduziu imediatamente que Kizua estava com uma mulher no quarto e perguntou ao Lito:
- Quem está a sorrir? Espera ai! O Kizua está com uma mulher no quarto, é isso? Responde por favor!
Lito não sabia o que dizer, pois, tudo estava tão claro que, ele, simplesmente limitou-se a inclinar a cabeça.
Naquele momento Chissola só pensava em entrar naquele quarto e ver quem era a mulher com quem Kizua estava. Olhou para o Lito e disse:
- Você sabia que ele estava com outra mulher, por isso pediste para que eu fosse para casa. Como é que tens a coragem de acobertar assim o seu irmão? Não se passaram 24 horas desde que, supostamente, nos separamos e ele já está com outra mulher? E você não faz nada!?
- O que queres que eu faça ele não é uma criança, ele é adulto e sabe o que faz. Disse o Lito.
Chissola olhou para ele e disse:
- Sério?! É isso que tens a dizer? Ouve bem o que eu tenho pra te dizer: Eu vou entrar nesse quarto, vou armar o maior escândalo que alguma vez já viste e não quero que te metas, já que não fizeste nada quando o seu irmão colocou outra mulher no quarto dele. Você entendeu?
Lito, todo constrangido e nervoso disse:
- Se queres te ferir mais do que já estás, por mim, tudo bem, vai em frente, mas eu te garanto que ver com quem ele está não te dará paz nem estarás mas calma, pelo contrário, isso vai destruir você e em nenhum momento terás serenidade. Ou você acha que ele vai ficar arrependido assim que entrares!? Sabes bem que não! Quer saber?! Eu cansei de ver vocês a brigarem, e você sempre permitiu que te tratasse mal. Nunca revidaste, és tão apaixonada por ele que não reparavas no mal que ele te fazia. Agora, eu é que digo: olha para mim, é isso que queres?
Chissola ficou calada e não sabia o que dizer, acontece que tudo que ele disse era verdade. No fundo, ela sabia que ele não a amava como ela amava ele, e sempre teve que correr atrás dele e mendigar o seu amor.
Por alguns instantes os dois ficaram calados, já que cada um falou o que sentia. O clima ficou estranho para os dois até que, de repente, a Chissola decidiu ir embora sem falar nada. Lito ficou tão constrangido com o sucedido que não sabia se ia atrás dela ou se avisava ao seu irmão sobre o sucedido. Depois de muito pensar decidiu esperar pelo seu irmão para poder explicar o que tinha acontecido. Passado algum tempo, Kizua sai do seu quarto acompanhado pela sua amiga que levou-a para sua casa. No regresso, Kizua reparou que o seu irmão estava a sua espera e perguntou-lhe:
– Lito, o que se passa?
- Olha, precisamos conversar sobre a Chissola. Disse o Lito.
- Sobre a Chissola? O que é que ela aprontou dessa vez? Perguntou o Kizua. E Lito respondeu:
- Ela esteve cá em casa e apercebeu-se que estavas com uma mulher no quarto. Falei com ela e ela acabou por ir embora, mas não foi fácil convencer ela a não entrar no seu quarto para ver com quem estavas.
- Serio?! Ela vinha aqui? Bem-feita, deverias mandar ela entrar, assim ela veria com os próprios olhos que não brinco em serviço. Disse o Kizua. E o Lito todo admirado disse:
- Como consegues dizer tal coisa, ela é sua namorada!
- Espera aí, ex-namorada, afinal de conta foi ela quem terminou comigo. Disse o Kizua e acrescentou - achas que estou incomodado pelo simples facto dela ter vindo cá e ter descoberto que tenho outra namorada? Ela sempre soube que eu tinha outra além dela, e hoje, ela simplesmente confirmou tudo. Irmão, estou cansado e preciso ir descansar, e por favor esqueça esse assunto.
Lito ficou furioso com o comportamento do irmão que perdeu o controlo e disse:
- Tu és meu irmão mas, as vezes penso que não tens moral. Como consegues ferir uma mulher que tanto te quer bem e que te ama muito? Não penses que pelo facto de seres um homem com um bom emprego, um corpo atlético, podes ter todas as mulheres que desejas, a vida não é assim! Desde que te conheço, tu sempre trataste as mulheres com quem te envolveste sem o menor respeito e consideração. Eu até entendia o seu comportamento, já que com muitas não era tão a sério. Mas com ela, não! Ela não merecia que a tratasses desse jeito. Ela é uma mulher linda, meiga, responsável, e você, simplesmente, a tratas como bem te apetece. Se não a amas diz-lhe. Com certeza deve haver alguém que goste dela.
- Espera ai! Do que estas a falar? Você…! Não, não é possível!
- O que é que não é possível? Perguntou o Lito.
Kizua achou que o seu irmão não estava simplesmente chateado com o que ele tinha feito, mas apercebeu-se que o seu irmão estava a defender a sua namorada e que havia alguma possibilidade dele gostar dela. E Lito não estava a compreender o comportamento do seu irmão e insistiu perguntando:
- Kizua diz logo, o que se passa?
- O que se passa?! Queres mesmo saber? Perguntou Kizua. E o seu irmão respondeu:
- Claro que quero saber.
- Eu fiquei atento e ouvi perfeitamente o que falaste a respeito da minha namorada, caso não tenhas percebido, eu disse minha namorada, e não fiquei satisfeito com a sua explanação. Como somos irmãos eu vou direito ao assunto: tu gostas da minha namorada? Disse Kizua.
Lito olhou para o seu irmão, deu dois passos para trás e disse:
- Eu não responderei a sua pergunta, até porque não faz sentido. Como disseste ela é sua namorada, caso não tenhas ouvido bem, disseste sua namorada. Depois de dizer tais palavras virou as costas e foi-se embora.
Kizua ficou furioso porque a resposta do seu irmão colocou-lhe mais dúvida. E naquele exacto momento ele pensou de imediato ir ao encontro da Chissola para tirar satisfação do que realmente estava a acontecer.
Durante o caminho para a casa da Chissola ele passou por uma rua onde ouviu uma música em que, numa das estrofes dizia “meu amigo tu és como um irmão para mim, por isso, devo confessar que estou apaixonado pela sua namorada”. Aquele pequeno trecho da música fez com que ele ficasse ainda mais apavorado com a ideia de que o seu irmão estivesse de olho na sua namorada.
Quando Kizua chegou em casa da Chissola confrontou-a directamente perguntando:
- O que se passa entre tu e o meu irmão?
Chissola ficou sem perceber e perguntou:
- Do estás a falar?
- Do que estou a falar?! Disse Kizua - estou a falar do seu amante, que hoje teve a ousadia de defender-te com toda garra. Isso quer dizer que esse tempo todo vocês têm se encontrado às minhas costas e, eu, o parvo não dei por nada. Vás negar?
Acontece que naquele momento a Chissola teve a ideia de dizer sim, já que ela estava com o coração ferido. Depois, preferiu dizer a verdade de que eles não tinham absolutamente nada e que sempre o viu como um cunhado e nada mais do que isso. Kizua ao ouvir tal confirmação, levou a mão à cabeça e gritou com ela dizendo que não acreditava no que ela estava a dizer. Mas, ela retorquiu dizendo:
- Eu nunca tive nada com o seu irmão, ele sempre foi simpático e delicado comigo, isso não posso negar, fico muito triste saber que pensas tal coisa do seu próprio irmão. Se pensas assim, então não és digno de tê-lo como irmão. Ele é um homem bom, carismático, dócil e, queres saber?! Agora começo a dar conta de que ele sim é um homem de verdade, e se vieste até aqui é porque de alguma forma te sentiste ameaçado com a possibilidade dele tirar-me de ti.
- Cala a sua boca! E para de inventar qualidades que ele não tem - disse o Kizua - Olha bem para mim, eu sou um homem bem constituído e o meu irmão não passa de um deficiente físico e que nunca poderá fazer o que eu faço.
Chissola não queria acreditar no que Kizua tinha acabado de falar, e, toda indignada disse:
- Como é que te atreves a dizer essas coisas do seu irmão?! Ele é deficiente físico sim, mas isso não quer dizer que tens o direito de dizer isso sobre ele. Agora, chego a conclusão de que não tens carácter. Por favor, saia da minha casa e não quero voltar a ver o seu rosto.
Kizua ficou tão furioso que não aceitou sair, pegou no telefone, ligou para o Lito, colocou no viva voz e disse:
- Olha meu irmão, tu estás de parabéns, acabaste de ganhar uma namorada, eu pensei bem e notei que vocês se merecem, veja só que cenário lindo, um deficiente e uma paranóica, que casal brilhante vocês formam! Meu irmão, podes ficar com o meu resto, já que se não fosse a minha amabilidade de deixar a Chissola pra ti, tu já mais terias uma mulher a olhar para você.
Do outro lado o Lito respondeu sem saber que o seu irmão estava em casa da Chissola, dizendo o seguinte:
- Irmão, eu já disse que não tenho nada com a sua namorada, tudo que eu tinha para dizer, já disse! Mas, se achas que ela é sobra, então tu não tens noção do mulherão que estas a perder. Durante muito tempo tu gozaste comigo por eu ser deficiente mas, vou te dizer, meu irmão: eu sou deficiente físico, e já, você é um deficiente moral! E, se eu não fosse deficiente físico eu juro que iria atrás da Chissola e faria dela a mulher mais feliz do mundo. Assim, nunca teria de lembrar as maldades que fizeste com ela…
Lito não tinha terminado de falar quando Kizua desligou o telefone, e foi covardemente agressivo com a Chissola, dando-lhe duas chapadas no rosto. As chapadas foram tão forte que Chissola caiu e bateu com a cabeça na banca do quarto, ficando desacordada. Kizua ao ver Chissola no chão foi logo ver como ela estava e reparou que ela tinha perdido os sentidos e havia sangue na cabeça dela. Kizua em vez de ajudar, decidiu fugir com medo de ser preso, uma vez que ele já tinha uma passagem pela polícia por roubo e agressão.
Lito ficou preocupado com a ligação que o seu irmão tivera feito e decidiu ligar para ele, mas, Kizua não atendia. De tanta preocupação decidiu ligar para a Chissola, e ela também não atendia, Lito ficou ainda mais preocupado e teve medo que o seu irmão fosse atrás da Chissola. E, como ele sabia que Kizua era agressivo ficou com medo e foi de imediato para a casa da Chissola e, quando lá chegou, reparou que havia muita agitação e decidiu aproximar-se para ver o que estava a acontecer. Ao aproximar-se viu que estavam a levar a sua cunhada para o hospital e que ela estava desacordada. Todo preocupado, decidiu seguir a ambulância até ao hospital e, posto lá notou que não havia nenhum familiar da Chissola. E, quando o doutor chamou pelos parentes, ele foi para lá e identificou-se como um amigo de infância. Como Chissola permanecia desacordada, Lito dobrou o joelho e pediu a Deus que a salvasse, e se assim O Senhor o fizesse, ele jamais sairia do lado dela. Enquanto ele falava Chissola acordou e ouviu tudo que ele pediu. Assim que Lito terminou de orar ouviu uma voz dócil a dizer: amém! Lito ficou assustado e levantou a cabeça, reparou que ela já estava acordada e ele começou a chorar de tanta alegria, pois tinha muito medo de perde-la. Pode parecer estranho mas, Lito era sim apaixonado pela sua cunhada e nunca disse nada porque não queria estragar o relacionamento do seu irmão. Por isso, decidiu amar a Chissola em Segredo.
Chissola ao ver ele a chorar também começou a chorar e por um instante ninguém conseguia olhar para o outro, porque era algo estranho para eles e como um “passe de mágica” os dois olharam-se ao mesmo tempo e, começaram a sorrir. Nenhum dos dois conseguia dizer alguma coisa, e ficaram nesse clima por uns cinco minutos. Depois de trocarem os olhares, Chissola tomou a dianteira e disse:
- Obrigada!
E ele perguntou:
- Para quem é o obrigado?
Chissola pôs-se a rir e disse:
- Eu estou a agradecer-te por estares aqui comigo.
- Claro, tu estás a agradecer! Caramba, eu estou um pouco desconcentrado. Disse Lito.
- Pois estás. Respondeu ela.
Os dois sorriram. Lito olhou fixamente para ela e passou a mão no rosto dela, dizendo:
- O meu irmão é muito parvo, ele não sabe… continuou a Chissola dizendo: “o mulherão que eu sou”, não é isso que ias dizer? Lito ficou admirado e perguntou:
- Como é que sabes que eu iria dizer esta frase?
Ela respondeu:
- Porque eu ouvi a vossa conversa quando ele ligou para ti.
Lito, todo espantado, disse:
- Tu estavas presente? Então é minha culpa, ele ter sido agressivo contigo.
Chissola, de imediato, pediu que ele não pensasse tal coisa, falando:
- A culpa não é sua nem minha, a culpa é do Kizua que nunca soube ter limites na sua vida, sempre achou que estava encima de todos, e felizmente você ajudou-me a perceber isso, sou muito grata. Ouve, no meio de tudo isso, a melhor coisa que aconteceu foi teres despertado em mim o amor-próprio. E, podes crer que o facto de seres deficiente físico não faz de ti menos homem, pelo contrário faz de ti um homem nobre, uma vez que inteligência dum homem está na mente e no coração, e não nos membros superiores ou inferiores, ok?! Cada um traça o seu próprio caminho e o seu irmão, já o fez, ele vai ter que responder pelo que causou. E nós … desculpe a pergunta:
- O que será de nós?
- Ele respondeu:
- Nós seremos bons amigos e o que prometi vou cumprir, ficar ao seu lado para sempre, e quando encontrares alguém, eu ficarei distante, mas não vou perder você de vista, porque és muito especial para mim. Quanto ao meu irmão ele terá que pagar pelo que fez e eu prometo que ele nunca mais machucará você, sabes porquê? Porque mulheres como você, não merecem sofrer.
Em seguida, Lito deu-lhe um beijo na testa, levantou-se e foi embora. Chissola chorava e sorria ao mesmo tempo porque Lito tinha sido muito romântico e profundo.
Kizua foi pego pela polícia e foi condenado a quatro anos de prisão.
Depois de uma semana Lito e Chissola decidiram ir visitá-lo. Quando lá chegaram, Kizua surpreendeu-lhes, pedindo desculpas:
- Sei que falhei muito com vocês, e sei que não sou digno de pedir nada a vocês, mas mesmo assim vou arriscar: Lito meu irmão cuide bem dela, ela é uma mulher excepcional e de um grande coração. E você, Chissola, cuide do meu irmão, ele é um homem muito tímido e dificilmente se aproxima das mulheres, mas tem um coração nobre! Espero não ter magoado você ao ponto de não quereres amar mais, mas, se ainda há espaço para o amor no seu coração, pense com carinho na possibilidade de fazer o meu irmão feliz, porque ele sempre foi apaixonado por você.
Chissola ao ouvir tais palavras, apertou fortemente a mão do Lito e lacrimejou. Depois, todos começaram a lacrimejar. O guarda prisional chegou e disse que só faltava um minuto para o término da visita. Kizua levantou-se e disse:
- Não vos obrigo a ficarem juntos, mas ficarei muito feliz se estiverem juntos e a cuidarem-se um do outro!
Depois de proferir aquelas palavras, Kizua despediu-se dos dois que regressaram para casa sem dizerem nada um para o outro. E ficaram assim durante um mês, até que um dia Lito ganhou coragem e foi bater a porta da casa da Chissola. Quando ela abriu a porta, Lito desabafou:
- Minha cara, minha face, meus olhos minhas… minhas …
- Minha o quê? Perguntou Chissola.
Lito ficou todo envergonhado e encabulado mas, disse a ela:
- Eu levei um mês para poder falar essas palavras para você, e agora, a única coisa que sei fazer é gaguejar!? Desculpa, eu não levo jeito para essas coisas sou um desastre!
Chissola sorriu e disse:
- Eu gostei. E achei que foste original, valeu meu poeta!
Lito olhou para ela e disse:
- Não brinque, eu só queria ser um pouco romântico…
Mal ele terminou de falar, quando sentiu a respiração da Chissola bem perto do seu rosto, e os dois olharam-se demoradamente. Lito respirava fundo e o batimento do seu coração estava acelerado, ele suava como se lhe tivessem jogado um balde de água, ela mordia os lábios, e os dois perpassavam os rostos com uma vontade tremenda de unirem os seus lábios e puderem viajarem ao sabor do beijo. Lito olhou para ela e disse:
- Eu não sei beijar!
- Não existe uma escola para ensinar a beijar, deixe apenas que os nossos lábios se banharem assim como o sol beija o mar ao cair da tarde. Não fale nada vem comigo que eu tenho muito para fazer contigo. Respondeu ela.
Lito não acreditava no que estava a acontecer e sem hesitar disse a Chissola que nunca tinha tido nenhuma convivência física com uma mulher e que não sabia o que fazer. Chissola olhou pra ele exclamou:
- Sério?! É raro encontrar um homem nas tuas condições mas, não se preocupe que vamos ter um momento único e super-louco. Fica sentado que eu vou colocar uma música e vou fazer uma das coisas que eu faço bem, eu vou dançar para você.
Chissola colocou a música de Rhiana “ red boy”, ela dançava e ao mesmo tempo provocava Lito com a sua forma sensual de mover a cintura. Do jeito como ela olhava pra ele, era tão provocante que ele teve que tirar o cinto da calça porque algo estava a ficar aflito e quando ela percebeu provocou-o ainda mais, começando a tirar a sua roupa que jogava no rosto dele. Na cabeça de Lito só passava a ideia de agarrá-la e beijá-la da cabeça até aos pés. Chissola toda sexi e semi-nua sentou-se no colo de Lito, os seus rostos ficaram frente-a-frente, ela rebolava suavemente e ao mesmo tempo o beijava. Lito não sabia se a beijava ou se seguia o rebolar da sua cintura. Chissola falou o seguinte no ouvido de Lito:
- Tens um beijo que ilumina e fascina, sou diabética e o seu beijo é minha insulina.
Ela dizia tais palavras e mordia os seus lábios. Lito ficou apavorado, começou a delirar e fechava os olhos, já que a excitação da sua amada levava-o a uma loucura total que fê-lo ganhar coragem para dizer:
- Deixa que eu seja o capitão do seu barco, prometo não afundá-lo, o conduzirei a bom porto. Sou analfabeto na área do amor mas quero enxugar todo o seu mel com o meu beijo. Acidentar nas suas paredes molhadas e colocar todo o meu combustível em ti e recarregar tão logo termine. Quero que me levas a conhecer o paraíso com o rebolar da sua cintura, quero errar em matéria do amor, quero reprovar para não deixar de ser seu aluno, assim vás ensinar-me como acertar e quando ganhar a prática vou errar de novo para poder aprender a fazer amor contigo sempre e sempre. Cansei de ver filmes e ver revistas, se permitires quero poder fazer as mais variadas loucuras que a muito desejo, será que posso? Falou sussurrando no ouvido dela.
- Sim podes. Respondeu Chissola.
- Ok ai vai. Disse ele, quando viu uma tesoura na banca dela. Depois acrescentou: - não tenha medo, eu não vou te machucar. Deita!
Chissola deitou-se e ele disse:
- Tens sido uma mulher muito mazinha e agora vou ter que revistar você. E, como eu sou muito rigoroso no que faço vou cortar a sua calcinha e o seu top.
Aí, ele afastou as pernas dela, pegou a tesoura e começou a cortar delicadamente de baixo para cima. Assim que terminou, tirou a sua roupa e disse a ela para que não fechasse as pernas sob circunstância nenhuma. Ela obedeceu abanando a cabeça. Lito começou a morder os dedos dos pés dela e aos poucos foi avançando até no meio das pernas, e lambeu ela sem nenhum receio! Chissola gritou de prazer, não parava de gemer e ele não parava de levá-la a loucura! Lito estava decidido a dar-lhe um momento de prazer mas sem desrespeitá-la. Chissola tentava fechar as suas pernas mas Lito não deixava. Lito explorou o corpo dela por completo, depois os dois consumaram o seu amor, mantendo os seus corpos unidos, e transpiravam de tantos movimentos que tinham feito. Depois de um longo momento de prazer e troca de juras os dois prometeram ficarem juntos e manter a chama do amor e da paixão acesa e, nunca perderem a prática de tudo que tinham feito. Assim os dois começaram uma longa e excitante jornada de amor. Não foram felizes para sempre, mas prometeram ultrapassar juntos os problemas.