Os amores de um poeta apaixonado
Quando era criança, Joaquim gostava muito de correr, corria de lá para cá e de cá para lá. Seu super herói favorito era o Flash. Seu amor era a corrida.
Quando era adolescente, Joaquim gostava de desenhar, achava que se tornaria o novo Picasso, com todos aqueles quadros e todas aquelas pinturas. Seu amor era o desenho.
Quando adulto, Joaquim gostava de escrever, escrevia poesia e traduzia as obras de Rimbaud. Seu amor era a escrita.
Na meia idade, Joaquim gostava de filosofia. Ele lia Sartre, Nietzsche, Espinoza e, de vez em quando, pagava de peripatético, andando por aí. Seu amor era a filosofia.
Agora velho, Joaquim gosta de lembrar os seus amores: a corrida, o desenho, a escrita e a filosofia. Seu amor é a lembrança.