O Brilho de Uma Estrela
Todos dizem que existe um anjo da guarda nos guiando, nos protegendo dos perigos, esta história é sobre isso, uma linda garota que acreditava em anjos da guarda não sabe o que está para acontecer em sua vida.
Uma estrela brilha numa noite clara, a única estrela no céu. Clara está sentada olhando a luz daquela brilhante estrela. Sua pele branca e clara como a neve, seus cabelos negros como a escuridão e seus brilhantes olhos azuis como o céu podiam enfeitiçar até a lua com sua incrível beleza, mas em um espaço universo não muito distante, o céu onde brilha aquela estrela, mas o que ela não sabia é que aquela estrela era um anjo que olhava o encanto de sua beleza de muito longe, e de repente um clarão surge no céu e a estrela desaparece. Clara desviou-se o olhar quando percebeu o clarão, olhou para o céu e não viu mais a estrela, em seu olhar triste quase derramou uma lágrima, não sabia por que era a única estrela e por que tinha um lindo brilho amarelo que era semelhante a ouro, então parou de pensar nisso e foi para a casa dormir.
Num lugar muito distante podia se encontrar muitos anjos tocando harpas, era impressionantemente muito lindo tudo isso.
- Ângelo por que tu saíste? Tu não foste autorizado a sair. – Diz o anjo André.
- Eu só queria vê-la, olhar para ela. – Diz o anjo Ângelo.
- Tu não podes fazer isso, não és permitido. Se o todo Poderoso souber, tu serás punido.
- Não pude conter o desejo, pois ela é magnificamente linda, eu peço desculpas por minhas ações, mas acho que estou ficando apaixonado.
- Apaixonado! Que tolice – Diz num tom arrogante. – tu és um anjo, não pode se apaixonar, isso é sentimento de humanos e anjos não podem sentir isso, tu tens que se colocar em seu lugar, tu és um anjo da guarda e sua missão é protege-la e não se apaixonar por ela.
- Mais uma vez peço desculpas por isso, se mereço ser punido, eu recebo a punição, mas não posso te garantir que vou deixar de vê-la.
- Tu que sabes, pode ir.
Ângelo é um anjo belo de cabelos loiros ondulados, pele clara, atlético e de olhos azuis, anjo de uma beleza irradiante é ele, que acreditava no amor, mas amar uma humana era suicídio.
Clara tem 20 anos, um metro e setenta de altura e estava na faculdade, gostava de biologia, mas fazia direito e indo para a faculdade ela está andando e ouvindo música num fone de ouvido cor de rosa. Nem percebia que um motorista de ônibus perdia o controle e estava prestes a passar por cima dela e quando ela se deu por conta apareceu uma luz tão forte que quase a cegou; era Ângelo, que com sua força parou o ônibus e num momento de descuido em meio a claridade, Clara vê a bela imagem do Anjo quando estava caída por causa da luz forte e num milésimo de segundo a luz desaparece, o que Clara viu foi muito rápido, como se fosse a velocidade da luz, depois do trauma ela não parava de pensar naquilo, pensou nisso o dia todo e, quando foi dormir sonhou com aquela cena do ônibus. Ela estava ficando apaixonada sem saber quem ou o que era aquela bela imagem que acreditava ser um homem.
No céu, o julgamento de Ângelo, foi julgado por interferir na história de uma humana cujo destino era a morte! Os anjos são proibidos de interferir na história humana, podem protege-los sim, mas lá de cima e a sentença era a seguinte, perdera sua auréola e deixaria de proteger Clara. A sentença foi tão forte para Ângelo que ele partiu, fugiu para bem longe, para o planeta terra.
A aura calma na mais bela aurora; irradiável brisa ao pôr do sol, aquele anjo não sabia que um dia presenciaria uma coisa bela dessas, ele pensava: “só Deus para fazer coisa mais maravilhosa do que aquela. ”
Ângelo arranja terno, gravata e paletó, um belo traje nada mau para o mais novo professor da faculdade universitária de Howard’s, isso mesmo, Ângelo vai ser o professor de Clara, quem diria de anjo para professor... Mas tinha um pequeno problema que todos notavam, Ângelo era corcunda; isto era óbvio, era por causa de suas asas que não foram deterioradas. Ângelo era discreto, agia normalmente como se fosse mesmo um ser humano.
Um dia depois da aula...
- Eu quero o seminário pronto para a próxima aula, podem ir, aproveitem o final de semana; Clara, pode ficar, quero falar com você.
- Sim professor.
Todos os alunos saem da sala e só ficam os dois.
- O que queria me dizer?
- Bom, eu... estava pensando... Se você não tiver nenhum compromisso nesse final de semana eu estava pensando... bom, eu estava pensando se você não quer sair comigo – Disse quase gaguejando num tom de nervosismo, pois tinha medo da resposta.
- O senhor está me convidando pra sair?
- Sim; é... Bom... Quem sabe tomar um café, né
- Um café... – Ela diz num tom de estranheza.
- Sim, pode ser, você aceita?
- No sábado, às três, no Coffee Island.
- No sábado, às três, certo.
Clara se despede com um beijo no rosto de Ângelo. Aquele simples e singelo beijo em seu rosto foi uma das melhores sensações que ele sentira em sua eternidade.
Ângelo sempre foi pontual, mesmo que morasse numa caverna bem distante da faculdade.
No Coffee Island...
Clara entra e percebe que Ângelo está sentado na mesa três do lado da janela, ela chega perto da mesa, Ângelo se levanta, cumprimenta-a com um beijo no rosto em seguida ajeita a cadeira para ela sentar-se, ela se senta e...
- Que cavalheiro!
- Obrigado.
Ângelo chama o garçom e pede o café.
- Por que você escolheu este lugar? – Pergunta Ângelo.
- Bom, o senhor disse que queria sair pra tomar um café, e pensei neste lugar que tem o melhor café da região.
Uma garçonete se aproxima com o café e fala obrigado, Ângelo e Clara ambos dão risada da situação, estava tudo em perfeita harmonia.
- Você mora aqui perto?
- Moro sim, moro no bairro praticamente.
Ângelo sabia onde Clara morava, ele só perguntou para quebrar o gelo.
- O senhor é casado?
- Oh, não! Não! E por favor, não me chame de senhor, eu não gosto.
- Me perdoe, eu só quis ser educada.
- Me chame de Ângelo, sim.
- Está bem; eu estava meio preocupada!
- Com o quê?
- Com você.
- Comigo, mas por que estaria preocupada comigo?
- Todos os seus alunos têm medo de você, você é enigmático.
- Por que? Não gostaram da minha fisionomia? – Falou com um tom de voz mais grosso.
- Não quis te magoar, me desculpe, mas eu te acho incrível, você é um galã de novela, mas você é difícil de prever.
Clara não queria contar que seus colegas tinham medo porque ele era corcunda, caso este que foi motivo de piadinhas entre os alunos da faculdade, mas Ângelo nunca desconfiou.
Começa a chover e o Coffee Island está prestes a fechar; Ângelo e Clara saem dali correndo para um beco fechado.
- Estou ensopada. – Disse com raiva.
- Não liga pra isso, não. Olhe! Tem coisas mais importantes para se preocupar na vida.
Clara olha nos olhos de Ângelo e os dois suspiram de surpresa e um desejo acende ardente em seus corações e sem a intenção os dois chegam mais perto um do outro até que os lábios se tocam como se fosse imãs e um beijo doce e molhado de paixão aconteceu, aquele momento foi rápido, mas num instante pareceu uma eternidade para ambos.
- Isso é loucura!
- O que é loucura?
- Nós dois, eu não posso fazer isso, você é meu professor.
- Isso não importa; Clara eu estou... estou apai...
- A chuva já parou, preciso ir, ham... você iria me dizer algo?
- Não. – Diz num tom de tristeza. – Deixa pra lá.
Clara se despede e vai embora.
Um mês depois, na faculdade...
- Se cuidem pessoal e curtam as férias.
Ângelo fecha a porta e clara fica ao lado dele.
- Eu queria te dizer uma coisa que faz tempo que quero que saiba.
- Sim, diga.
Ângelo fala num tom de clareza...
- Estou apaixonado pela pessoa mais bela de todo esse universo.
- Que legal, espero que seja feliz com ela. – Fala num tom de desanimo.
- Essa pessoa é você.
- Há. – Ela estava surpresa. – Eu não sei nem o que dizer.
- Não diga nada.
Os dois começam a se beijar intensamente e em seguida Ângelo pergunta:
- Você quer ir a minha casa?
- Seria uma honra, eu só vou dizer pra minha mãe que eu vou a casa de uma amiga, só pra ela não ficar preocupada, tá bom.
- Tudo bem.
- E mais uma coisa.
- O que?
- Eu te amo.
A doce palavra fez cair uma lágrima de felicidade eterna em Ângelo.
- O que foi? Não acredita?
- Acredito sim, com todas as minhas forças.
- Que bom, então já vou.
Clara vai e diz para a mãe que vai ficar as férias inteiras na casa de uma amiga e sua mãe a deixa ir sem preocupações.
Ângelo leva Clara até a caverna.
- É aqui onde eu moro, dentro dessa caverna.
- O que! – Ela diz espantada. – Você tá brincando.
- Tem muita coisa sobre mim que você não sabe.
- Você está me assustando, por acaso você não é um estuprador, né Ângelo.
- Não, claro que não, minhas intensões com você são boas, acredite.
- Eu acredito. – Agora ela estava mais calma.
- Vem, vamos entrar, já está anoitecendo.
- Tem certeza que aqui é seguro?
- Tenho sim, quando cheguei fiz uma faxina neste lugar, bom, não é muito confortável, mas dá pro gasto.
A cama era de algodão coberto por folhas de palmeira, e o cobertor era nada mais, nada menos que folhas de palmeira, muito criativo e muito macio.
- Cama interessante.
- Foi eu que fiz, bom, quebra o galho.
A caverna era muito escura, mas Ângelo tinha um lampião, os dois sentam na cama meio tímidos, começam a se beijar loucamente e aos poucos ele a despia, Ângelo apaga o lampião, a cada toque o prazer aumentava, as asas de Ângelo perfumavam aquele momento único de amor e como num toque de mágica o auge do amor e de repente os dois dormem.
No dia seguinte estava claro e Clara acorda primeiro levando um baita de um susto e chega a dar um grito acordando Ângelo, ele cai da cama dizendo:
- Hã, o que aconteceu. – Falou num tom de susto.
- Eu não to acreditando. – Ela fala num tom de voz trêmulo.
- Eu sei que isso é inacreditável, mas uma hora você iria ficar sabendo.
- Eu... Eu... Eu fiz amor com um... Um...
- Com um anjo, sim, eu sou um anjo.
- Agora entendo porque você é tão lindo e corcunda ao mesmo tempo.
- Escuta, eu sou o seu anjo da guarda.
- Eu tenho um anjo da guarda?
- Tem sim, todos tem um.
- Meu Deus! Meu Deus! Eu não acredito, vou ser condenada e ir para o inferno!
- Não, claro que não, eu não permitiria isso; Deus é justo e Ele sabe que você é uma pessoa boa, honesta, Ele jamais te condenaria, o único que tem que ser condenado sou eu; não podia amar uma humana, por isso perdi minha auréola e o direito de protege-la e é por conta disso que estou aqui, para garantir sua proteção.
- Aquela vez, do ônibus, era você?
- Sim, era eu.
- Você salvou minha vida, era para eu estar morta!
- Não, não era, eu nunca permitiria isso.
- Já estou mais calma agora, mas estou com fome.
- Deixa comigo.
Ângelo busca ovos e peixe e prepara numa fogueira, estava frio e a fogueira esquentou o lugar, começa a chover, os dois já terminaram de comer e entram na caverna, deitam na cama de algodão e Ângelo cobre Clara com suas asas como se fossem cobertores e ela dorme como um anjo; as asas esquentam o corpo de Clara naquela noite fria.
No dia seguinte Clara acorda e...
- Vamos embora. – Diz Ângelo.
- Vamos pra onde?
- Vamos viajar para os Estados Unidos da América.
- E por que você quer ir para lá?
- Porque tu sempre quiseste ver a neve.
- Você faria isso por mim?
- É claro que faria.
- Isso é loucura.
- O que é o amor sem um pouco de loucura?
Ela sorri para ele e pergunta:
- Mas como você sabe que eu quero ver a neve?
- Eu li em seu caderno quando você estava dormindo no meio da aula.
Ela sorriu meio envergonhada.
- Nossa, você tem o sorriso mais belo dos sorrisos
- Ai para, assim você me deixa sem jeito. – Envergonhada.
- Então vamos, você já voou antes?
- Acho que não.
- Então segure-se bem porque tu vais voar que nem uma borboleta.
- Mas eu vou ficar com medo.
- Fica não, é só pensar naquilo que foi mais belo em sua vida.
Os dois voam, quando estavam voando, Clara pensa no episódio do ônibus e em seguida os beijos e o amor sem pudor, ela percebeu que voar com Ângelo era um dos momentos mais emocionantes da sua vida, Clara sentia-se em total liberdade e pensava: “É assim que uma borboleta se sente quando voa, ela se sente livre. ”
Quando chegaram, o anuncio de que iria nevar dizia ser no dia seguinte.
- Acorda, acorda, já está nevando.
Clara se espreguiça e levanta como um canhão para ver a neve da janela.
- Se arrume, vamos sair e nos divertir.
- Mas é claro.
Os dois saem e olham para as crianças brincando na neve, e uma vontade de ser criança os dois sentiam naquele momento e, de repente Clara joga uma bola de neve em Ângelo.
Ângelo dava risadas...
- Você é uma garota muito má e sua punição será receber bolas de neve na cara.
E os dois brincam feito crianças, estavam felizes, aquele dia foi mágico para ambos.
- Esse boneco de neve está muito bonito, espera! O que é isso?
- São asas – Ângelo tinha pegado algumas folhas de árvores para lembrar asas do homem de neve que eles estavam fazendo.
Clara se deita na neve e começa a fazer anjos de neve.
- O que está fazendo?
- Estou fazendo anjos de neve, vamos, tente.
- Eu vou tentar.
E os dois deitados mexendo as mãos e os pés fazendo anjos de neve em toda a parte e em seguida os dois entram numa pista de gelo.
- Eu gostei desse rosa, mas eu não sei patinar.
- É tentando que se aprende, bom, eu vou ficar com o azul, azul, cor dos seus belos olhos.
Clara ri meio sem jeito, e os dois começam a patinar, ela escorrega e ele a segura com toda a proteção.
- Vamos com calma, eu te ajudo.
E os dois patinam até chegar o momento que os dois vão até o centro da pista de patinação e por entre olhares persuadidos, os dois se beijam sem se importar para as pessoas que ainda sim, patinavam, e o entregador de patins de gelo pensava consigo: “Como ela pode gostar de um cara corcunda? Há, vai lá saber. ”
Ângelo pede para ficar lá mais tempo já que o lugar estava se fechando.
- Se você fosse humano, quantos anos você teria? – Pergunta Clara.
- Eu tenho um metro e setenta e sete de altura e não escolhi ter essa altura, mas se fosse para escolher a minha idade neste momento em que estou agora, eu teria 23 anos só para ser três anos mais velho do que a senhorita.
Os dois saem da pista de gelo e vão tomar chocolate quente em uma lanchonete lá perto, e depois já estava escuro, a lua cheia era bem maior e mais brilhante do que de costume e acentuava aquela noite brilhante, os dois sentados no banco da praça que estava cheio de neve, olhavam para a lua e as estrelas e de repente ele olha para ela nos olhos dela e diz:
- Seu cabelo preto aperfeiçoa a sua pele branca, tão branca como a neve e seu sorriso hipnotizador enaltece seus olhos azuis brilhantes, puros e cheios de amor, até a própria natureza teria inveja de ti, da tua beleza, pois tu és a criatura mais bela feita pelo criador.
Clara sem palavras para poder se expressar, foi fisgada como uma sereia na rede e sem conter o desejo, sua boca vai em direção a boca dele e os dois se beijam, num beijo quente e cheio de amor, as estrelas cadentes passam no céu ao lado de fogos de artifícios explodindo e enchendo a noite de magia e aquela claridade era um momento único e mágico.
Ela vai para o quarto do hotel ao qual estavam hospedados e observa Ângelo patinando no gelo com os pés descalços e com as asas à mostra vai patinando como se estivesse dançando balé, era uma vista perfeita.
No dia seguinte ele paga a conta e os dois voltam voando para a caverna e naquela noite os dois comem marshmallow ao lado de uma fogueira, eram felizes e o que podia atrapalhar? Ops! Por que fui dizer isso! Pois no céu, Satanás fez uma visita para dedurar Ângelo, Lúcifer estava na forma de Ângelo, mas Miguel percebeu pelo cheiro que a coisa estava ficando preta.
- Lúcifer, pare de esconder na forma que não és tua e saia imediatamente deste lugar santo.
- Não dá para enganar você, não é, Miguel? – Falava num tom intimidador. – Estou aqui para falar a teu Senhor sobre a conduta de seu amado anjo, Ângelo, que neste momento se encontra no planeta terra fazendo gracinhas com uma mera criatura humana.
- O que? – Tom de surpresa e medo. – Tudo bem, faça o que tiver que fazer, mas não mate a garota.
- Com muito prazer.
E Lúcifer sai como em passe de mágica e uma fumaça negra cobre o lugar por onde ele desapareceu.
Clara vai até o Coffee Island para comprar mais marshmallow, passa para visitar sua mãe e depois vai embora, mas já estava de noite, era uma escuridão a morada do demônio, muito perigoso para andar sozinha e quatro aproveitadores à espreita para atacar, Clara corre, mas cai e torce o tornozelo, os aproveitadores chegavam mais perto de Clara e de repente uma luz forte aparece do nada e um dos aproveitadores voa longe com o impacto do golpe e Clara olhava assustada, Ângelo acabando com um por um dos aproveitadores.
- Você está bem?
- Acho que torci o tornozelo, não consigo me levantar.
- Vou encarar isso como um não, vamos, vou cuidar de você.
Passou-se três dias até que Clara ficasse melhor e no quarto dia ela já andava pelo bosque sorridente e sem preocupações, mas uma cobra aparece, Clara se descuida e cai do penhasco, Ângelo percebe pelos gritos e voa para tentar salvá-la, mas a cobra se transforma em Lúcifer que impede de salvá-la, os dois brigam, Ângelo leva a pior e quebra uma asa. Lúcifer satisfeito se esvai pela escuridão. Ângelo aos poucos consegue descer do penhasco, mas estava muito ferido, ele grita em prantos se lamentando.
- Não! Não! Por que! – Grita.
Com o máximo de esforço ele tenta voar até chegar a caverna e em seguida leva Clara ao hospital às pressas, ela sobrevive por um fio.
- Ela fraturou o joelho e vai levar três pontos na cabeça, mas vai acabar tudo bem, não se preocupe senhor Ângelo. – Diz o médico Albert.
Com as palavras do médico ele fica mais aliviado, mas ele imaginava que Lúcifer queria roubar sua felicidade, ele teria que tentar fazer alguma coisa, mas o quê?
Depois de oito dias, Clara recebe alta e podia voltar com Ângelo.
Lúcifer insatisfeito com aquilo volta para falar com Deus sobre o ocorrido.
- Eu ameacei e quase a matei e mesmo assim ele ainda está com ela e não quer voltar para seu verdadeiro lar, quero a permissão para ataca-lo num confronto de mil dias.
- Se não há outra opção que assim seja.
Ângelo sabia que Clara não teria mais segurança, então ele cortou as próprias asas, pois assim Lúcifer não poderia lutar com ele porque a luta teria um grande desequilíbrio e nenhuma criatura nem mesmo Lúcifer gostaria de saber o que aconteceria em meio a esse desequilíbrio.
- O que você fez! – Diz Clara espantada.
- Eu cortei minhas asas.
- Você é louco, Ângelo, é louco. – Gritava em tom de desespero.
- Eu fiz isso por você, porque eu te amo.
- Não deveria ter feito isso.
Ângelo se senta na cama de algodão, coloca as mãos sobre a cabeça, nunca se sentiu tão humano, mas era uma tolice pensar nisso; uma brisa suave vinda de Deus lhe tocou a face e ele percebeu que não era esse o seu lugar.
- O que está pensando?
- Agora entendo que eu não posso te proteger estando aqui, se eu não estivesse aqui, nada disso teria acontecido! Preciso ir embora.
- Não vai, não, fica comigo.
Ângelo acariciou o rosto dela e disse com lágrimas nos olhos...
- Não posso, meu lugar não é aqui, meu lugar é lá em cima.
- Mas você não pode voar.
- Vou esperar até que minhas asas cresçam para eu poder voltar.
E se passaram dez dias até que as asas de Ângelo crescessem, mas não cresceram muito.
- Minhas asas ainda estão pequenas, não sei se vou conseguir voar.
- Então tente.
Ângelo foi para fora da caverna para tentar voar enquanto ele tentava, Clara dizia:
- Tente, meu amor tente, pula, meu amor pula, voe, meu amor voe...
Quando já era noite eles foram dormir, e então conversavam.
- Deite, meu amor deite, durma, meu amor durma, sonhe, meu amor sonhe, mas não deixe de me amar.
- Nunca deixarei.
- Me prometa uma coisa.
- O que você quiser.
- Quando você voltar para o céu, nunca me esqueça, se lembre dos momentos lindos que nós passamos.
Passou-se alguns dias e Ângelo já podia voar, Ângelo e Clara foram para fora, deram um último beijo e este foi o mais intenso de todos, pois sabiam que não teria volta.
- Isso não é um adeus.
Então Ângelo voou, mas à espreita, esperava por esse momento, Lúcifer e este lhe golpeou a nuca por detrás das costas, Ângelo cai e Clara corre pra perto dele e de joelhos encostando sua mão na cabeça dele ela pergunta:
- Você está bem, meu amor? Você está bem?
- Ao seu lado eu sempre estou bem, mas chegou a hora de mostrar para Lúcifer, que a paz sempre prevalece depois que a guerra termina.
E lá se vai Ângelo a voar e lutar com Lúcifer.
- Não! Parem! Por favor, você vai se machucar Ângelo. – Ela falava aos gritos e até chorava.
Lúcifer era melhor na batalha, pois estava dominando com golpes que nenhum ser humano gostaria de levar e dessa maneira Ângelo não iria durar muito e no auge da batalha, de repente uma luz muito forte aparece e Ângelo e Lúcifer desaparecem.
Clara com lágrimas nos olhos que rolavam em seu rosto, não sabia o que tinha acontecido. Era Miguel que tirou os dois daquele lugar, o que Lúcifer (o anjo do mal) não sabia era que Deus pediu para o anjo Miguel vigiá-lo.
- Senhor, eu trouxe Ângelo de volta e Satanás está na escuridão.
- Muito bem Miguel, tu fizeste um grande trabalho; colocaremos de volta a auréola em Ângelo e ele continuará protegendo Clara, mas vou criar uma barreira para nenhum anjo voltar para a terra, só se eu precisar, pedirem para irem. Graças a essa barreira o acusador não poderia voltar para acusar mais ninguém, então Ângelo voltou a ser anjo da guarda de Clara e esta, como antes estava sentada olhando as estrelas e toda a noite ela olhava e pelo menos uma vez por mês, aquela estrela brilhante e amarela no céu ela olhava e sabia que estava tudo bem...