A Loba.
Simbolicamente ela era lobo solitário, que vivia, nas montanhas, frias e cinzentas, onde as árvores eram imensas, quase batiam no céu, ali vivia, refletia, sentia, se protegia.
A manhã fresca a convidava para fora, sentada no penhasco alto, observava o silêncio das cordilheiras apontando eternamente mudas para o céu, inertes.
O que havia além?
Seu mundo externo era infinitamente diverso, do seu mundo interno...como era extraordinariamente bom ser ela...dentro tudo acontecia, era um universo imenso.
Mas seu mundo externo, era limitado, cheio de paredes...haviam tantos nãos!
Como a viam de forma equivocada! Tacanha!
Dava aquele aperto ruim no peito, melhor não explicar...
Eram os enganados, displicentes, negligentes...
Mas também existiam as almas frescas e leves, como um presente do universo.
E haviam os enganos, enganos que ela cometia, por empolgação, nesses momentos a caixa de segredos especiais, caia do peito...e ela entregava a quem não sabia que aquilo era muito especial! E se via olhada com olhares ignorantes, com julgamentos ferozes e doloridos!
E toda aquela espalhafatosa alegria, se tornava tormenta.
A caixa das emoções, se fechava,
Pra voltar ao seu local seguro, passo a passo floresta a dentro.
A loba.