A arte do amor.
A arte do amor
Em uma cidade do interior de São Paulo o homem mais apaixonado da cidade e mais rico também observa sua amada a nadar na piscina de águas quentes de sua mansão.
Observa os contornos, seus lindos cabelos dourados, belíssimas pernas e seios impressionantes.
Amadeo sai do transe em que se encontra quando lhe é anunciada a chegada de Rui, ele pede licença à esposa e se encaminha para a sala da biblioteca onde já se encontrava o amigo.
Rui:
Boa tarde meu grande amigo.
Os dois abraçaram-se e começaram a conversar sobre as aventuras da vida. Rui é pintor, muito famoso por sinal, ele desenha rostos e silhuetas como ninguém, já expôs quadros e vendeu muitos no Anhembi Morumbi entre outros, até no exterior chegou a levar suas obras.
Curioso por saber o que o amigo de longa data queria, sabendo que idolatrava a esposa e que certamente não seria para desenhá-la, foi em seguida perguntando:
- estou ansioso por saber o que quer de meu talento.
Amadeo: Sei que a minha fama de amar demais minha esposa lhe é conhecida, e realmente eu não conseguiria deixar que a pintasse. Mas sei também que é um desperdício deixar de ver minha esposa como ela é hoje sem ser por fotos apenas no futuro, que todos sabemos muda o visual do corpo em geral.
Então, pensei em uma saída que dói em meu coração, mas queria saber de você se é possível.
Rui: Pois então me pergunte, somos amigos e se puder lhe ajudar, estarei a disposição.
Amadeo: Se eu lhe deixar ver a nudez de minha esposa por alguns segundos, você conseguiria desenhá-la com perfeição?
Rui: Meu talento lhe é conhecido, mas eu não conseguiria, precisaria de observá-la várias vezes, mas tem uma saída estratégica meu amigo.
Amadeo: E qual seria, pois sabe que não conseguiria deixá-lo olhar para minha esposa mais do que uns poucos segundos.
Rui: Sei sim, eu teria que encontrar uma mulher com a mesma qualidade de sua esposa e usar como modelo, difícil seria encontrá-la, certamente que em praias de gente famosa.
Amadeo: Assim eu aceito, pago o que for.
Rui: Prepare-a e me chame, sei que ela vai querer arrumar o cabelo e se preparar para um evento especial como este. Sabe que serei extremamente profissional.
Amadeu: Sim, nossa amizade não permitiria pensamentos contrários. Amanhã as 15 horas você pode vir, estaremos te esperando.
Prepararei também o móvel que quero na obra de arte e a seda que vai usar para a modelo que escolher.
Combinado Rui se ausenta e é encaminhado até a porta de saída.
Nas horas seguintes ele se colocaria a pensar onde encontrar a modelo, a esposa de Amadeo é linda por demais, mas as brasileiras são muito bonitas, não seria uma missão impossível.
Acordaram entusiasmados com a idéia, os três, cada um preparou-se ao seu modo para as quinze horas.
Aline amanheceu com o cabeleireiro em sua porta, demorou um pouco para descer as escadas, mas teriam bastante tempo para deixá-la ao gosto de seu amado.
Amadeo a observava, estava feliz pelo presente que ganharia, mas um pouco constrangida por ter que se expor ao amigo Rui, não conseguiam pensar em outra saída, fotos e vídeos enganam muito.
Uma manhã de sol e calor exigiu uma área bem fresca para a amada, o ar condicionado na temperatura exata e um belíssimo móvel e os panos que escolheram.
No horário britânico chega Rui, e é levado até o local escolhido, ia ser bastante profissional, não era um jovem dado a aventuras e se sentia bastante equilibrado para o que iria fazer.
Amadeo o cumprimenta, e ele estende sua mão para a belíssima Aline que delicadamente retribui o cumprimento.
Amadeo apresenta o móvel, as peças que usaria com a modelo. Tudo muito bonito, importados certamente deduziu Rui.
Em seguida os segundos mais difíceis da vida de Amadeo, salvo pelo alto grau de amizade do amigo. Mesmo assim o coração acelerou, Airton Sena que pise no acelerador, pensou.
Ele a orientou como fazer, retiraria toda a roupa e daria uma volta diante dele, em seguida deitaria no móvel na posição escolhida pelo casal. Bastava, seriam alguns poucos segundos.
Feito, e amigavelmente recolhido todo o vislumbre que sentira disse ao amigo que estaria pronto assim que achasse a modelo. Ausentou-se e deixou o casal para partilharem a experiência única em suas vidas.
Os veria uma semana depois, era o prazo que pediu para preparar as tintas, painel, dedicaria-se a esta obra por pelo menos quarenta e cinco dias.
Feliz por demais, tanto pelo trabalho quanto pelo preço combinado e tendo o bolso bastante recheado seguiu para os pontos onde poderia encontrar a mulher com beleza tão fascinante como a dela.
Primeiramente foi às praias, mas realmente não encontrou nenhuma a altura, o corpo dela era realmente especial. Duas ou três chegaram a despertar sua imaginação, uma delas estava com o esposo ou namorado, e ele não pareceu muito amigável. As outras não seriam o que ele realmente precisava, mas chegavam perto.
Resolveu ir cidade do interior, escolheu Águas de Lindóia, famosa pela beleza feminina, assim com Paraisópolis em Minas Gerais, se ali não encontrasse partiria para lá.
Observou a cidade, admirou a beleza das construções e das fontes de águas quentes. Almoçou e já estava desanimando quando passou por ele uma linda jovem, estonteante quanto Aline. Seguiu-a com os olhos.
Entrou em uma cafeteria e sentou só em uma mesa para dois. Logo criou o enredo para chegar àquela que procurara tanto.
Rui entrou em seguida e aspirando o cheiro do café elogia a cafeteria pela qualidade dos grãos, chega-se a moça e pergunta se estava tão gostoso como o cheiro que sentia. Ela docemente confirma e recomenda.
Pediu para servi-lo e sentou-se próximo à moça, comentou que estava a procura de uma pessoa para trabalhar em seu ateliê e perguntou a caixa se sabia de alguém.
Ela disse que no momento não, mas ficou com o número do celular dele e prometeu que se encontrar entrava em contado.
Após o café sai e senta-se no banco da praça em frente a cafeteria.
Quando a moça saiu percebeu que estava querendo perguntar algo para ele, aproveitou-se da situação e foi ao seu encontro.
Rui: Vejo que você quer perguntar sobre o trabalho que falei com a caixa da cafeteria.
Sim, respondeu a doce senhorita.
Pois saiba que eu quis aguçar a sua curiosidade porque você seria perfeita para função.
Como assim ele perguntou.
Sentaram-se na praça e ele expôs o trabalho, mostrou-lhe algumas fotos de obras suas e falou sobre o ótimo cachê.
Atônita ela ouviu cada detalhe e prometeu pensar na oferta, ambos tiveram uma afinidade imediata, ele era jovem, apenas cinco anos mais velho que a garota que chamava-se Lídia, Lidinha para os amigos.
Rui disse a ela que ficaria no hotel a frente da praça até o dia seguinte, depois teria que continuar a procurar se ela não decidisse fazer o trabalho.
Lídia foi para casa, não conseguiria expor este assunto exceto com sua melhor amiga.