Amor sem burocracia
SEMPRE que via aquela mulher ele ficava extasiado, tremia nas bases. Apenas fitava-a. Ea reação dela era apenas ficar u pouco afogueada, baixava a cabeça mas sem demonstrar incômodo pelo olhar dele. Eram ambos muito tímidos. Ele um sujeito bem de vida mas que com mais de trinta anos não casara, apenas tivera casos esporádicos e sem amor. Sabia que só amaria aquela professora recatada, tímida e que também nunca amara um homem.
Esse chove-não-molha durou mais de um ano. Ele apesar de ser um homem decidido, era tímido no tocante a abordagem de mulheres. Além disso era contra as convenções e qualquer tipo de burocracia,inclusive a social. Resolveu que chegara a hora de resolver o assunto.
Foi algo inusitado e que dispensou quaisquer preliminares ou convenções. Um dia ela entrou nua das lojas dele, foi comprar algo, digamos uma bijuteria,. Enquanto ela observava o objeto, ele se acercou dela e disse:
-Dona, me desculpe a ousadia, mas preciso te dizer algo que sinto pela senhora.
Ela tirou a vista do objeto e olhou para ele olhos nos olhos, afogueada perguntou baixinho:
- O que o senhor tem para me dizer?
Ele mandou ver na hora que nem caldo decana:
- Que te amo e quero viver o resto daminha vida contigo. O que a acha disso?
Ela agora rindo satisfeita:
- Eu também te amo e quero viver com você. Toda a vida.
No outro dia, logo cedo,ele foi buscá-la na pensão e levou-a de carro para sua casa no centro da cidade. Dispensaram os trâmites religioso e civil. E ninguém na cidade, nem as comadres fuxiqueiras, censurou. Um amor sem burocracia. Inté.