Noivo neurótico, noiva histérica.

Caso relativamente comum, tudo bem nem tanto, se eu destilar todo o ódio acabo com a minha cota de machismo do dia. Obviamente sabemos que o cinismo e a traição não escolhem sexo. Mas vamos manter a tensão.

A ideologia, quando mal estudada, é funesta e corrompe a alma de quem a defende. Não importa a matiz.

Por exemplo Ana, jovem rebelde e histérica, acredita que com ação direta e falta de postura causará uma revolução. Também acho necessária uma nova revolução. Porém, acho que antes de discutirmos os gêneros como classes antagônicas, é preciso repensar o modelo econômico vigente, qual é a origem da desigualdade e por qual razão se perpetua de modo mais ou menos cruel em determinado tempo e espaço.

— Hank não passa de um escroto, mentiroso e folgado. Tudo isso é conversa pra boi dormir! O problema do patriarcalismo é o homem! Morte à eles!

Resumidamente esse é o discurso de Ana, nossa personagem fictícia de hoje. Está errada? Nem tanto. Só que a hecatombe propagandeada pela ala xiita da vanguarda feminina não surtiria muito efeito algum tempo depois de concretizada.

Explico, se não forem mudadas as relações de produção e a lógica do trabalho como uma coisa libertadora (Lembram dos portões de Auschwitz?) Nessa pretensa sociedade onde só existiriam seres humanos com apenas um gene X, provavelmente a sociedade de classes voltaria a existir com umas podendo mais e outras menos, como se fosse uma causa natural.

Bem, não quero ser queimado na inquisição do politicamente correto, vou sozinho colocar meu chapéu de burro e fichar a Origem da Família da Propriedade Privada e do Estado. Paz e amor a todxs e até a próxima.

Rodrigo Margini
Enviado por Rodrigo Margini em 23/11/2019
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