Um dia! Um dia talvez! -Marcelo Homes-

{ _Sempre pensei nesse momento.

_E como você pensou que seria?

_Eu te colocaria no braço (nesse momento ele à abraça e a suspende, de forma tal, que ela cruza as pernas em volta de sua cintura), e te beijaria de uma forma como se teu beijo me fornecesse a vida. (nesse momento ele a beija intensamente)

_Eu não acredito que fizemos isso!

_Quer ter certeza? Podemos nos olhar no espelho, tenho um no meu quarto...}

Acordou! Ele estava sonhando com esse momento, que já teria ocorrido há algum tempo, esse dia foi inesquecível, porém ele martirizava à si mesmo, pois nesse dia, havia combinado com ela de falar o que sentiam um para o outro, e nesse dia ele apenas falou que gostava dela. Ele sentiu vontade de falar mais, falar a verdade, falar o que realmente sentia por aquela mulher que estava diante de seus olhos, mas não podia, sua racionalidade, sua forma de pensar friamente, o impediu de cometer tal ato, pois ela já estava em outra história, e já tinha seguindo sua vida, ela já tinha se conscientizado que dele não viria nada mais do que aquele encontro, que para os dois significava bastante. Se ele falasse o que sentia, se ele pronunciasse as três palavras que pensou em falar. Talvez, digo talvez, fizesse ela virar a cabeça do avesso, fizesse ela toma escolhas e decisões das quais nem tinha consciência que existiam antes . Mas ele não... ele não pronunciou as tais palavras, por razão, ou por medo, ou talvez pelos dois.

Mas nessa manhã, onde na noite anterior sonhou com aquele momento, sente uma vontade imensurável de pronunciar essas três palavras, olhando nos olhos dela e as vezes desviando o olhar para a sua boca entre aberta. Ele senta na beira da cama e fica pensativo, a pensar nas possíveis consequências;

" talvez ela deixe o seu marido! Talvez ela queira morar comigo..."

Levanta-se da cama, começa andar, para lá e para cá, no pequeno espaço do quarto, e continua a pensar;

" Mas como eu moraria com ela, não tenho trabalho, sou chato, insensível, arrogante, frio, vazio, calculista, não são qualidades de um dono de casa, não são qualidades de um bom marido..."

Olha para o teto, com a mão direita na cintura e a esquerda entre os cabelos. ele pensa;

"mas a vida é assim mesmo, louca! às vezes as coisas acontecem fora de organização, e não temos compreensão do que está acontecendo, só devemos aceitar, simplesmente isso, aceitar..."

Senta-se na cadeira e coloca o cotovelo na escrivaninha, enquanto põe a mão na cabeça e continua a pensar;

" E por que não aceitar agora? Ir ao seu encontro e dizer o que eu sinto por ela, sim, talvez seja egoísmo meu, procurá-la somente agora, quando eu a quero, e quando ela me quis, eu não a aceitei, mas os céus sabe o porquê que eu não aceitei. Por que ela aceitaria? Já que eu não a aceitei? "

Pensa tão alto que pronuncia;

_Foda-se, eu vou!

Começa a procurar apressadamente a roupa, coloca as roupas sobre a cama e vai em direção ao banheiro para tomar um banho, e em cada ato que faz tem em mente a imagem dela, com aquele lindo sorriso. Tomado banho, volta para o quarto e começa a vestir-se apressadamente para que não mude de ideia, da tolice que acabou de decidir. Abre a porta e parar, já arrumado, pronto para sair, ele pensa uma última vez no que essa escolha, essa decisão poderia acarretar, mas está decidido. sai apressadamente para o ponto do ônibus e fica à espera da condução para levá-lo ao destino. Está de tênis com uma calça jeans, com uma regata branca e uma camisa social azul por cima, e para fechar o look, o seu boné abareta, que ela dera de presente. Enquanto espera ele pensa;

" Nesse horário ela está no colégio, como falarei com ela? se ela não tiver ido para o colégio hoje? terei perdido eu minha viagem? bom! pelo menos eu terei tentado! ..."

Sobe no ônibus e senta nas primeiras cadeiras. Está uma amanhã linda de quarta-feira, o sol está radiante, seus raios entram pela janela do ônibus e esquenta o braço direito dele. O ônibus anda tão devagar que antes de chegar no seu último ponto, ele desce e começa andar apressado em direção ao colégio, em determinado momento, até correr um pouco. chega em frente do colégio, abre o portão e entra, andando em longos passos, chega a coordenação, suando e meio angostiado ele disse;

_Eu gostaria de falar com tal pessoa!

Ele pronunciar essas palavras como se aquele indivíduo já sabesse o motivo dele está ali. Meio que empurrado pelo destino, o diretor, com uma cara mal-humorada e de humor cinzento, olha para aquele jovem que chegou as pressas, soando, fungando, de semblante tão aflito, ele pensa que talvez seja caso de vida ou morte, e simplesmente diz;

_ Espere no pátio, que irei comunicá-la que você está a espera dela,e que deseja lhe fala de um assunto urgente!

_ eu lhe agradeço!

Ele, seguindo a orientação que deu o diretor, foi para o pátio para ficar à espera dela. No pátio há uma árvore, não tão grande, mas bem espessa, que forma uma bela sombra e abaixo dela existe dois bancos de cimento que a rodeiam quase fazendo círculo, ele senta no banco e fica a sua espera. Pouco tempo depois, ela parece! andando em passos lentos, dá para ver a agonia no seu semblante, ela se aproxima dele e diz;

_ Quando fui comunicada que havia um jovem que desejava fala comigo e estava a minha espera, pensei em você, mas não tinha esperança que fosse realmente.

Nesse momento ela sorri e põe as mãos à frente do seu abdômen, ele pega a sua mão dizendo;

_Esperança vem do verbo esperar, e não possuo tal virtude, por isso estou aqui!!!

Ela com brilho nos olhos e sorriso faceiro pergunta;

_Por que está aqui?

_Para dizer algo que deveria ter tido naquele dia!

Ela fica em silêncio, porém seu coração bate tão rápido que dá para ouvir o seu som, e ele continua dizendo;

_Eu te amo! (...)

Marcelo Horlmes
Enviado por Marcelo Horlmes em 18/10/2019
Reeditado em 14/12/2019
Código do texto: T6773128
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