AMOR A TERRA

Moço inteligente, viajou para outros cantos para estudar, fez Mestrado, Doutorado e de tudo entendia.

Mecatrônica, Neuroplasticidade, Psicologia Quântica, Engenharia Ambiental, e por ai vai, vai, vai.

Galvier, adepto de um mundo melhor fugia dos padrões tradicionais com sua aparência. Tinha um mal cheiro que vinha das roupas surradas e a ausência de essências que amenizassem o odor desagradável.

Deixou de aceitar bons empregos, por não se enquadrar no modelo exigido e também não foi adequado em outros pelo mesmo motivo.

Com grande respeito pelo meio ambiente e causas humanitárias, tinha facilidade para reunir adeptos e colocar em prática ações que visavam melhorar a qualidade de vida das pessoas. Com isso era muito respeitado por todos que o seguiam.

Nesse mundo em que a aparência e as questões de higiene e o cuidado com o corpo são requisitos para o sucesso, Galvier passou por cima dos formatos exigidos e não deixou de cumprir sua missão. Conseguiu deixar ensinamentos que todas pessoas, independente de sua etnia, podem e deveriam fazer para preservar nossa Terra, sendo, plantando, reaproveitando, cuidando, respeitando, preservando, agradecendo.

Tinha um desejo imenso de ver nosso Planeta abraçado por toda a população demonstrando o amor, a gratidão, o carinho, a proteção por nossa Mãe que nos abriga, que fornece tudo e que sem ela nem teríamos condições de existir. Lembrava que é o único lugar nesse imenso universo que reúne todas as condições para a vida.

Na partida de Galvier para outra dimensão, chuvas de flores, borboletas e libélulas rodeavam seu túmulo e até hoje o visitam.

Preconceitos existem, muita gente boa é excluída, a aparência não é tudo.

Ana Amelia Guimarães
Enviado por Ana Amelia Guimarães em 07/10/2019
Reeditado em 08/10/2019
Código do texto: T6763279
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