A poetisa e o jogador

Ela era uma poetisa com pouco talento para escrever sobre o amor, até que um dia ela viu uma foto linda, com o sorriso mais lindo do mundo, procurou saber quem era, e ele era um eximo jogador, desejado por várias mulheres.

Aquele homem passou a ser sua inspiração para poesias lindas de amor, para o seu coração era suficiente, amar aquele homem, escrever para ele, tê-lo, sim, nos seus pensamentos eles viviam lindas histórias de amor. Histórias que se misturam entre realidade e a insanidade dos seus amores poéticos. É como se ela arrastasse os pés na grama, com muita vontade, com muita perseverança. Mas seu coração exige esse ritual inimaginável. A poeta podia vê-lo do seu escaninho em meio a arvoredo, disfarçada nas silhuetas das redes sociais, da qual já se ajoelhara renegando esse amor em juras por mais de mil vezes, sempre afirmando que ia ficar sem olha-lo por pelos menos 2 dias.

Em meio a seus delírios diante da sua foto a poetisa começou a sentir a brisa que lhe agitava os cabelos negros como se fossem os seus dedos, fazendo bagunça em forma de carinho, era assim que ela estava imaginando naquele momento, é com um tom tímido e sussurrado ela ouvia a sua voz a dizer.

-Oi! Amor.

Palavras que ela esperava tanto para dizer, assim como queria pedir desculpas por não ter ido ainda vê-lo pessoalmente.

Com a voz em soluço, com gosto amargo, se deixando tímida diante dos pensamentos, da vontade de estar vivendo aquele momento , ela então o envolvia em nos braços, como se a sua vontade desse vida aquela tela fria, da companhia vazia do momento. Mas dali não ia vir o calor de que necessitava naquele momento.

— Como aguardei esse momento, cada dia desde quando ti vi, sonhando que eu iria encontrar-te e despertar algo em você. É virar-me agora e vê-lo aqui com os cabelos despenteados pelas minhas mãos, que percorre o seu rosto e alcança os seus lábios que produz o sorriso mais lindo mundo.

Novamente voltando a si, o que a poetisa enxergava era nada e ouvia palavras vazias, doloridas e distantes. Mas seus pensamentos a roubava de si e novamente lá estava ela com ele perguntando-se, olhando nos olhos belos do jogador. O que foi aconteceu comigo que sabia separar o que e real, e agora consigo sentir o meu toque sob a sua pele através dos meus lençóis, sem querer ele vira sinuoso para ela, e a sua boca sentia o cheiro bom que vinha quando tocava o seu pescoço.

— Todo aquele fogo, aquele desejo, aquela vontade que a consumia, vinha do seu sorriso que era seu vício, um convite para o pecado… como não enlouquecer naquele momento, e louca confessou que ao olhar o sua foto a noite era a única realidade capaz de preservar o que havia de insano nela.

Com o rosto debulhado em lágrimas, naquela hora ela pensava se o amor é uma questão, e qual era de fato o propósito dos seus pensamentos? Alguém real, uma poetisa no seu mundo, onde ela pode amar, sofrer, desejar, ser desejada e, ao mesmo tempo, ser nada e ser tudo, é voltar a si e continuar vivendo…

Nesse momento ela nota que ele adormeceu, com o rosto colado ao seu, feito o melhor amante, após saciar a vontade que eles tinham de si amarem. É nos seus sonhos ela podia ver aquilo que ele mais deseja, como uma última visita dos apaixonados que precisavam partir e não mais poderia se ver.

Sem se deixar notar, ela levanta e se abaixa aos pés da cama, onde beijava de leve a sua orelha com a boca sedenta por ele, então ela acorda-o com um longo e delicioso beijo na boca, sentindo novamente como era gostoso aqueles lábios, que naquele instante eram dela, somente dela.

Talvez você queira ler a minha arte querido, não, você devia lê-los, recitar os meus versos que muitas vezes deixam lágrimas nos olhos por demonstra tanto amor que sinto por você, assim como os poetas traduzem em poesias o amor que sinto por você. Você senti os meus lábios junto ao seu, quente em contraste com as minhas mãos geladas.

De acordo com os antigos toda vida é breve, e a arte imortal. Através da arte o ser humano, consegue demonstrar que muito pequeno diante do Universo, e, ao mesmo tempo, faz que seu nome seja ouvido pelo mundo, tornando um simples ser vivo imortal para todos no futuro.

Sem saber o que dizer ele acha que está perdido e pergunta

— Enlouqueci?

— Não, ainda não amor…

Estais nos meus braços como deve, saciado pelos meus beijos como queria, amado por mim como necessito. Devastado por minha fome do seu corpo. Como os maiores segredos que é frágil como a vida, e mais dominadores do que o verbo amar. O seu beijo afaga a minha alma.

De repente, voltando a si ela ainda sentia o cheiro daquele homem espalhado por todo o espaço do quarto. A cama tinha o seu cheiro, os lençóis, os travesseiros e a pele estava envolta pelo cheiro da pessoa mais importante da vida dela, naquele momento, um perfume que ela imaginava ser assim, pois, nunca o tinha sentido verdadeiramente. Aquela noite durou duas primaveras. Não fosse pelo resto de sanidade que ela tinha repetido um trilhão de vezes teria durado uma eternidade.

Deitada no sofá dentro do quarto grande, confortável e muito bem mobiliado que era seu refúgio. Passou a noite sorrindo para si mesma e olhando a sua foto, é voltando aos seus pensamentos e lembrando de como havia sido feliz com o único homem que amava. O que restava naquele momento era escrever uma poesia, que representasse a realidade vivida, então a poetisa sorriu e escreveu:

Delírios de uma fã

O seu sorriso é um vendaval,

Passa pela minha vida como dias de carnaval,

Enchendo meu coração vazio,

Enquanto os meus olhos se alaga em lagrimas.

Quando percebi seu sorriso,

Notei que nascia em mim,

Delírios de uma fã.

Não existe sorriso mais bonito,

Assim como não existe ilusão mais profunda,

Que deixa meu pomo a delirar,

Sonhando com o dia em que sua boca não o ira tocar....