O reencontro
- Ele bate a porta, ansioso por reencontrá-la.
- Delicadamente, em tamanha ingenuidade, ela a abre.
- Como eu queria te reencontrar! - Diz ele, escorrendo de um dos seus olhos a lágrima acumulada pela saudade.
- Ela o olha surpresa, boquiaberta e completamente sem palavras.
- Ele a olha subitamente, com o coração acelerado em um emaranhado de sentimentos jamais adormecidos.
- Apesar de ter estado durante dois anos fora do meu país de origem, e eu precisava ter feito isso, pois era uma oportunidade para que eu crescesse, enfim, até conheci outras pessoas, me adaptei a outros costumes, falei um idioma distinto ao que nos declaramos por tantas vezes, mas a chama do amor jamais se apagara daqui. - Finalmente confessa ele, oferecendo-lhe um buquê de flores, lindas lembranças e o anel para o pedido de casamento tão sonhado.
- O amor é paciente! - Diz ela, com os olhos marejados e ao mesmo tempo em chamas daquele sentimento ardente que estava guardado.
- Nesse tempo eu aprendi que o sentimento verdadeiro não é volátil nem tampouco passageiro, não há modernidade líquida diante do que é sincero e fiel, a distância só nos tornou fortes. - Diz ele, com um sorriso radiante.
- Eles se abraçam, e os lábios que não se encontravam havia dois anos se reaproximam. Ele nem precisou pedi-la em casamento formalmente, em sintonia eles trocam as alianças e os planos surgem: uma igreja, um lindo altar.