“HOMEM NÃO CHORA FINAL”
 
     Ela se foi, não tentei faze-la mudar de ideia, No momento só pensei que esta era minha vida de peão de trecho, parecida com vida de marinheiro, um amor em cada porto, não fui atrás dela, viajei e só voltei ao serviço uma semana depois que o expediente recomeçara na empresa, ela tinha pedido demissão. Fui ao apartamento dela, sua irmã disse que ela tinha ido para a casa dos pais e pediu para não procurá-la.

     Retornei a rotina da minha vida, um dia a garota do beijo foi me procurar, disse estar arrependida da brincadeira e que só tinha feito por que o pessoal pedira, mas não pensou que ia acontecer aquilo e que tinha tentado pedir desculpas a Lívia e me isentado da culpa, contou que ela a desculpou e disse que não tinha importância e que estava tudo bem, depois é que ela ficou sabendo da demissão.

     Eu disse a única coisa que podia dizer, realmente não teve nenhuma importância, gostei do beijo, quer repetir? Pois é... Ela disse sim e hoje estamos aqui, no mesmo motel, já fizemos amor duas vezes sob a à luz controlada do quarto, agora eu acendi a luz e num efeito especial, entre raios multicores eu vejo coisas que antes não via, talvez porque aquele era um amor único.

     “As cortinas da janela, rosa claro, o teto cheio de espelhos com arabescos nas molduras, certamente de gesso, o chão é de mármore branco, a cama é redonda, os lençóis cheiram a limpeza, o banheiro está com a porta aberta e o Box de banho é dividido por uma cortina de nylon azul claro”.

     Vejo minha cara redonda no espelho, tem duas fitas de prata que me saem dos olhos e correm pelo rosto e brilham com o reflexo dos raios multicores. Levanto-me vou ao banheiro abro o chuveiro desmancho aquelas fitas de prata, pois, homem não chora! Volto para a cama e respondo a pergunta dela se foi bom para mim, - foi ótimo, muito bom, poderíamos até voltar... – Eu gostaria muito, disse ela.

     Antes de sair do quarto, apaguei a luz, o efeito foi de sombras tristes como um dia chuvoso. Senti doer o peito, será que alma dói? Mas, é que está doendo lá dentro bem no fundo, estou com vontade de chorar...
Que pena que homem não pode chorar.

Fim

Até outro conto... Se o gato não tiver comido o pássaro preto e ele cantar.

Trovador


SERÁ QUE EU POSSO?

Ah! me deixe beijar seu corpo dourado
pelo sol de Ipanema,
Ah! Eu quero cheirar este corpo que sob a luz
brilha molhado.
Quero beber da água que brota como gotinha
de noite serena,
quero descobrir os tesouros escondidos
neste vale encantado.
Saboreando, quero engolir o néctar com o gosto
do seu pecado,
para se um dia partir, eu ainda possa lembrar
mesmo com pena... Que valeu a pena.



Obrigado compadre Geraldinho valeu pelo carinho de sempre abração.

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12/07/2019 11:31 - 
geraldinho do engenho


Quero sentir o gostinho do sal do mar de Ipanema
Em cada gotícula da tua pela bronzeada e morena
Quero estar em teus braços, não importa que seja,apenas deitados na areia
Beijando teus lábios ouvido nas ondas, murmurar a sereia
Trazendo-me de volta em teu cantar encantado os belos momentos que passei ao teu lado!!!-


PS. Parabéns espero que não pare por ai e que nos brinde com mais uma outra aventura... Obrigado meu compadre um grande abraço!


Para o texto: “HOMEM NÃO CHORA FINAL” (T6693386)
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 11/07/2019
Reeditado em 12/07/2019
Código do texto: T6693386
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