TROVADOR E SUA ESPOSA 2018 ANIVERSÁRIO DA NETA, OITO ANOS.
“HOMEM NÃO CHORA 03"
Eu ficava me perguntando o que ela encontrou em mim, sempre me achei feio, sempre fui pobretão, meu carro tinha seis anos de uso e era modelo pop e eu não tinha nem me esforçado para conquistá-la por pensar que não teria chance e também por que os garanhões da empresa, a nata, os chefões, todos já tinham levado um não pela cara, e embora ela sempre tivesse um daqueles lindos sorrisos guardados para mim, eu ficava na defensiva e nunca nossas conversas passaram muito de duas ou três frases habituais: como vai, como foi o final de semana, já assinei aqueles papéis pode enviar, por favor? Obrigado.
Um dia não quis almoçar no refeitório da empresa, quando ia caminhando para a saída ela saiu de uma sala e demos um encontrão, caiu-lhe alguns papéis e depois de apanhar eu lhe entreguei e ela me premiou com aquele sorriso de desmanchar cara feia, e eu só consegui dizer: vou almoçar fora. Quer vir comigo? Para minha surpresa ela respondeu que sim e fomos caminhando até o restaurante que ficava bem perto da empresa. Engraçado que até ali eu não sabia que tinha tantas coisas a dizer a ela e menos ainda quantas ela tinha a me dizer, foi como descobrir um mundo novo e mágico onde tudo nos encanta e sempre queremos mais.
Voltamos por outra rua e que demorava mais a chegar à empresa, numa calçada onde a casa era afastada da rua e deixava uma espécie de pátio ela parou, e ficou querendo falar, mas como se dançasse na minha frente, não falou, foi como se um ima nos puxasse e de repente estávamos nos braços um do outro, nossas bocas ficaram como que grudadas e foi difícil entender. Quando nos separamos ela me olhava e eu a ela e sem falar como num gesto previamente combinado caímos numa gargalhada gostosa e foi assim rindo e nos descobrindo que voltamos à empresa, não a mesma empresa, agora era como um paraíso, onde sempre gostávamos de estar.
“HOMEM NÃO CHORA 03"
Eu ficava me perguntando o que ela encontrou em mim, sempre me achei feio, sempre fui pobretão, meu carro tinha seis anos de uso e era modelo pop e eu não tinha nem me esforçado para conquistá-la por pensar que não teria chance e também por que os garanhões da empresa, a nata, os chefões, todos já tinham levado um não pela cara, e embora ela sempre tivesse um daqueles lindos sorrisos guardados para mim, eu ficava na defensiva e nunca nossas conversas passaram muito de duas ou três frases habituais: como vai, como foi o final de semana, já assinei aqueles papéis pode enviar, por favor? Obrigado.
Um dia não quis almoçar no refeitório da empresa, quando ia caminhando para a saída ela saiu de uma sala e demos um encontrão, caiu-lhe alguns papéis e depois de apanhar eu lhe entreguei e ela me premiou com aquele sorriso de desmanchar cara feia, e eu só consegui dizer: vou almoçar fora. Quer vir comigo? Para minha surpresa ela respondeu que sim e fomos caminhando até o restaurante que ficava bem perto da empresa. Engraçado que até ali eu não sabia que tinha tantas coisas a dizer a ela e menos ainda quantas ela tinha a me dizer, foi como descobrir um mundo novo e mágico onde tudo nos encanta e sempre queremos mais.
Voltamos por outra rua e que demorava mais a chegar à empresa, numa calçada onde a casa era afastada da rua e deixava uma espécie de pátio ela parou, e ficou querendo falar, mas como se dançasse na minha frente, não falou, foi como se um ima nos puxasse e de repente estávamos nos braços um do outro, nossas bocas ficaram como que grudadas e foi difícil entender. Quando nos separamos ela me olhava e eu a ela e sem falar como num gesto previamente combinado caímos numa gargalhada gostosa e foi assim rindo e nos descobrindo que voltamos à empresa, não a mesma empresa, agora era como um paraíso, onde sempre gostávamos de estar.