Divinópolis
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Qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.
RENASCER XIV
Retornando à Divinópolis
Letícia chegou na Rodovíaria e se dirigiu ao balcão
da Empresa de Ônibus, não sabia bem qual horário
haveria para adiantar sua viagem, mas teve sorte.
Havia um Ônibus com destino à Divinópolis que
sairia em quinze minutos.
A viagem foi tranquila, haviam poucos passageiros.
Quando estava chegando avisou a mãe que a
esperasse na Rodoviária, como sempre fazia
quando viajava.
Seus pais a esperavam, o Senhor Vicente e Dona
Elisa a abraçaram carinhosamente e Letícia entrou
no carro, era um Prisma Prata, bem conservado. O pai
tinha o maior luxo com o carro.
A casa era perto da Rodoviária, chegaram depressa.
A mãe estava alegre com a volta da filha. Eles eram
em quatro filhos, duas moças e dois rapazes.
Somente Letícia e Rubens moravam em Divinópolis,
Ana Laura e Francisco, moravam em Passos.
Letícia entregou as flores que havia trazido para sua
mãe e foi contando sobre a viagem para seus pais,
Estava feliz com a novidade sobre o casamento.
Dona Elisa ficou muito feliz com o mimo recebido e
também surpresa com a notícia e perguntou
para a filha como ela faria com a Loja mas a Letícia
explicou para ela seus planos de se mudar para
Belo Horizonte e levar a Loja de Roupas Infantis
e a outra de Langerie que iria montar também.
Havia uma mudança de planos com certeza, mas
era para melhorar a vida dela. Seu pais iriam sentir
a falta da filha.
Sentaram-se à mesa da cozinha, a casa era simples
mas bem grande, haviam muitos quartos. O Sol
entrava pelas janelas naquela hora da tarde.
Dona Elisa tirou do forno os pães de queijo que
a filha pedira. Ela costumava deixá-los congelados
para assar quando fosse preciso. O cheiro de café
fresco invadiu a cozinha. A tia Eulália chegou de
surpresa, tinha visto o movimento do outro lado
da rua e viera ver sua sobrinha.
- Olá Letícia! Como vai?
- Oi tia Lalá, acabei de chegar, fui ver o Rodrigo.
A viagem foi ótima. E tio Augusto, como está?
O Celular tocou, era Rodrigo.
- Oi, Letícia! tudo bem? como foi a viagem?
- Oi, Rodrigo, deu tudo certo, consegui um Ônibus
que já estava saindo. Como foi a Cirurgia?
- Terminamos agora a pouco, a cirurgia foi um sucesso,
o paciente já está na UTI se recuperando.
Usei a técnica do Stent da forma que aprendi no
Congresso em Paris. Foi ótimo!
- Que bom! Então agora descanse viu?
- Estou aqui com papai, mamãe e tia Eulália.
-Beijos!
-Beijos querida! vamos nos falando!
E desligaram.
Tia Eulália era irmã de seu pai e eles moravam perto,
no mesmo quarteirão, onde também ficava a casa
da avó de Letícia que já estava bem idosa.
Ficaram ali na cozinha conversando, comendo as
quitandas que sempre havia nos vidros em cima da
geladeira. O pessoal de Divinópolis gostava de ter
sempre alguma coisa para servir para as visitas.
Era tradição naquele lugar e em todas as cidades
da região. Os sequilhos derretiam na boca e os
beliscões de goiabada eram divinos. Mas Letícia
gostava mesmo era de Canelinha de Veado porque
não era muito doce.
Sua mãe fazia todas as quitandas e guardava nos
vidros e latas.
Ficaram ali até escurecer, havia muito assunto para
conversar. Depois ela foi descansar um pouco
até a hora do jantar. Desde quando se separara
de Júlio,voltara a morar com seus pais. Eles foram
muito compreensivos, entenderam que a filha estava sofrendo e a acolheram com carinho.
Escureceu, a família se reuniu para o jantar, Eulália
foi buscar Augusto para ver a sobrinha e a conversa
seguiu até a hora da novela. Não podiam perder
o Capítulo daquele dia, porque era importante.
Assim era a vida naquela cidade do Interior.
Letícia pediu licença e se retirou para seu quarto,
queria descansar.
Ia pensar em tudo o que havia acontecido, a viagem
havia sido maravilhosa e estava ainda mais apaixonada
por Rodrigo.
continua no próximo capítulo
Divinópolis
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