Belo Horizonte
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Qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.



                             RENASCER XII



          Chegando em Belo Horizonte


  Letícia e Rodrigo se despediram de Paulo, o guia
para o passeio no Parque Nacional da Serra dos
Orgãos e na visita que fizeram a Petrópolis.
Entraram no ônibus que os levaria até o Rio de Janeiro.
 A viagem foi rápida, ainda estava claro. Chegaram
em  pouco mais de uma hora de viagem.
 Pegaram um taxi para irem até o Aeroporto, teriam
que esperar duas horas para embarcar.
  Foram até uma lanchonete tomar um lanche.
Aproveitaram para descansar um pouco, andar
para esticar as pernas.
  Letícia comprou algumas revistas numa Banca
  que encontrou. As novidades eram muitas.
  Gostava de moda e sempre se atualizava. O inverno
  de 2016 seria lindo, os veludos e chamois estavam
 em alta e as botas também.
  Chegou a hora do embarque. O casal sentou em seus lugares. O avião estava cheio. Para Letícia ainda era
 uma emoção viajar assim. Ela havia feito poucos voos nacionais e nenhum internacional. Quanto a Rodrigo,
ele estava acostumado com as viagens. Várias vezes
no ano tinha que viajar a trabalho.
Já era noite quando chegaram no Aeroporto Tancredo Neves. Rodrigo conduziu Letícia até o Estacionamento onde havia deixado seu automóvel. O Aeroporto ficava
um pouco distante da cidade. Em meia hora eles
chegaram.  O apartamento de Rodrigo em Belo
Horizonte ficava perto do Hospital no Bairro de Lourdes
 onde ele trabalhava.
 Entraram pela garagem e foram até o estacionamento.
O Prédio era bem Grande, com quatorze andares.
 Pegaram o Elevador e subiram para o décimo
onde ficava o apartamento dele.
 Quanta alegria ao verem as meninas!
 Clarice e Cleide, correram para abraçar o pai sorrindo.
Ele as abraçou emocionado. Já fazia quinze dias que
não as via. Então elas abraçaram Letícia. A moça
estava encantada com as meninas. As gêmeas
tinham dez anos.
 Foi uma festa, Tilde também veio recebê-los
e abraçou Letícia carinhosamente. Foi pegando
a bagagem e levando para o quarto.
 - Como são bonitas!  Deixa eu ver: Você é a Clarice e
você a Cleide? Acertei?
-Sim Letícia, eu sou a mais velha e a Cleide a caçula,
sorriu a menina, ela havia nascido primeiro que a irmã.
 - Meninas, vejam o que eu trouxe para vocês de Paris.
- A Mochila que  queriam e aqueles chocolates Belga
que adoram...
- Que delícia papai! Conte sobre a viagem, o que viu em
Amsterdã, em Paris e em Petrópolis?
Então, Rodrigo foi contando tudo em detalhes para as
meninas enquanto Matilde colocava a mesa para o
jantar. Já eram nove horas mas as meninas tinham dito para ela que iam esperar o pai e Letícia chegarem para
jantarem todos juntos.
Letícia havia trazido algumas revistas para as meninas,
que comprara no Aeroporto enquanto esperavam o embarque.
Rodrigo havia dito que iria levá-la para conhecer
Belo Horizonte quando ela voltasse porque ele ia
recomeçar a trabalhar na manhã seguinte.
Sua agenda estava lotada e ela também tinha seus compromissos em Divinópolis.
Iria embora na tarde de segunda feira.
Ele contara para ela que a cidade era bem interessante,
que no Bairro Santa Teresa surgiu aquele movimento musical chamado Clube da Esquina, com Milton Nascimento, Lô Borges...  um bairro bacana, tranquilo,
bem mineirim. Que iriiam passear na Lagoa da Pampulha, onde muitos fazem uma boa caminhada, na Praça da Liberdade muito linda, que tem uma feirinha
aos domingos; no Parque Municipal, no Mercado
Central  um lugar bem  legal para passear e comer
um pão de queijo quentinho com café, no Palácio das
Artes, onde há concertos de música clássica,
exposições de grandes artistas e fica ao lado do
Parque Municipal.
Letícia disse a Rodrigo que já estivera em BH algumas vezes mas não conhecia muito bem a cidade.
Então o jantar foi servido, Tilde havia feito uma
salada de brócolis com alface roxa e tomates cereja
e bifê à rolê com purê de bata doce. Um arroz bem
soltinho para acompanhar. A sobremesa foi doce de abóbora com coco que ela também havia feito e queijo fresco.
Depois do jantar eles foram para a Sala conversar mais
um pouco, mas estavam cansados e logo se recolheram.
Já passava das onze horas da noite.
Letícia pode ver que havia alguns retratos de Amanda,
a esposa de Rodrigo que havia falecido anos atrás,
em cima de alguns móveis e da família completa: Rodrigo,
Amanda e as crianças e algumas dela sozinha.
Em cima de uma mesa de canto ao lado de um grande abajur, na sala de estar havia uma foto dela em uma
das viagens que fizeram. Ela sorria em frente ao Coliseu
de Roma.
Rodrigo levou Letícia até seu quarto e as meninas
vieram desejar boa noite. Beijaram o casal e se
recolheram para seu quarto. Elas dormiam no mesmo quarto desde pequeninas.
Rodrigo então a abraçou  e perguntou a ela:
-Meu amor, está gostando de conhecer minhas filhas,
nosso apartamento? Elas adoraram você!
-Sim, querido, eu também, me senti muito bem aqui.
-E então vamos marcar a data do casamento?
-Que tal setembro?
- Sim! Na entrada da primavera!
E se beijaram apaixonadamente.



                continua no próximo capítulo
 
  
  Igreja de São Francisco de Assis  - Niemayer e Portinari
  
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 02/04/2019
Reeditado em 19/05/2019
Código do texto: T6614014
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