Petrópolis
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Qualquer semelhança com a realidade terá sido mera conincidência



                            RENASCER XI



              Conhecendo Petrópolis


Rodrigo desligou o telefone emocionado por ter falado
com suas filhas. Já fazia um bom tempo que não as
via por causa das viagens que havia feito há pouco.
Ele se apegara ainda mais às meninas depois da morte
de Amanda, sua esposa. Ela havia partido vítima daquela
doença: Esclerose Lateral Amiotrófica, que a levou em
seis meses.
Foi muito difícil para as gêmeas se acostumarem sem
o carinho materno e Rodrigo com a ajuda de Tilde,
sua secretária do lar, conseguiram fazer com que as
duas garotas pudessem ir se recuperando.
Elas tinham  cinco anos quando Amanda faleceu.
Era assistente de Rodrigo no Hospital, acompanhava-o
em todas as cirurgias, era seu braço direito.
Eles haviam se conhecido na Faculdade e foi um amor
misturado com amizade que os uniu fortemente.
Com a morte de Amanda, Rodrigo se tornou um
ermitão, voltou-se totalmente para sua profissão
e família. Somente ao conhecer Letícia que
recomeçou a  ter ilusões.
Foi assim, lembrando de seu passado que Rodrigo
estava ao desligar o telefone. Letícia percebeu o
semblante emotivo de seu amado e respeitou aqueles
momentos de reflexão. Depois o chamou para que
arrumassem as bagagens para a viagem da manhã
seguinte. Arrumaram tudo rapidamente porque ela
havia trazido poucas roupas, só o essencial e Rodrigo
havia separado as suas em duas pequenas valises:
Uma com roupas mais socias para a viagem que fizera
à Europa e outra com as roupas esportivas que usara
no Chalé. Somente depois o casal pode se amar tranquilamente.
Queriam sentir o carinho um do outro ainda mais uma
vez naquele ambiente idílico. Letícia ligou o abajur que
havia no pequeno criado mudo e começararam a se
beijar. A felicidade era imensa, o amor dos dois tão
encantador. Ficaram assim por muito tempo,
aproveitando a última noite no Chalé da Montanha.
A Manhã os despertou com o raios de sol entrando
pelas frestas da janela. Era a hora de partir.
Foram tomar o café e se despedir dos donos do Hotel.
O Sr Antônio e dona Adelinha eram muito simpáticos.
Eram descendentes de Portugueses e sabiam receber
os Hóspedes com carinho e acolhimento.
Regina e Sandro que também já estavam por ali, vieram
abraçar os amigos. Eles estavam indo para o Rio de
Janeiro passear no outro dia. Combinaram de rever Rodrigo e Letícia, talvez no casamento deles que iria ser   marcado para breve. Despediram-se, com alegria.
Paulo já estava a postos para levar o casal para
Petrópolis. A viagem foi breve, era perto. Letícia se
deliciava e se despedia daquela região tão bela que a cativou.
Chegaram em Petrópolis com tempo bom, o friozinho
que fazia era muito bom para passear.
Quando chegaram em Petrópolis, Paulo fez questão
de levá-los até a Loja de doces de sua esposa, a Vera,
que os esperava solícita. Ela ofereceu a eles bolo de
frutas secas com café quentinho e Letícia comprou
alguns potes de doces para levar de presente para
suas funcionárias e sua mãe. Conversaram um pouco
com a moça e despediram-se dela, agradecendo.
Paulo iria levá-los também para conhecer Petrópolis.
Então começaram o passeio pela Catedral de São Pedro
Alcântara, lindíssima por sinal. Rezaram ajoelhados
por alguns momentos agradecendo por tudo de bom
que estava acontecendo em suas vidas.
A Igreja é uma Obra de arte, as colunas que sustentam
o teto muito bonitas e tudo ali contribui para a
meditação e oração.
O casal foi então visitar o Museu Imperial, conhecido
como Palácio Imperial, é um museu histórico-temático
localizado no centro histórico da cidade.
Ficaram maravilhados com a beleza arquitetônica que se
apresentava ali. Entraram e ficaram impressionados com
a conservação e riqueza dos trajes e coroas da família
imperial.Foram conhecendo cada Sala, a de música,
com seus instrumentos, inclusive a Espineta e a Harpa
Dourada, a Sala de Estado onde Dom Pedro recebia os
Visitantes Oficiais, os Quartos das Princesas Isabel e
Dona Leopoldina. Algumas peças que chamaram a
atenção como o Cofre de bronze e porcelana e a
cigarreira de Dom Pedro.
Foram conhecendo tudo e admirando as
dependências de tão bela edificação. O tempo passava rapidamente e já era hora do almoço, então foram até
o Café Duetto's que fica ao lado do Palácio e lá pediram
uma massa: Rondelli a quatro queijos com uma cerveja artesanal feita ali na cidade mesmo para acompanhar.
A sobremesa também era muito boa: Ambrosia e
Torta de Limão.
Descansaram um pouco, à sombra das árvores
centenárias e continuaram o passeio.
Foram até o Palácio ou Hotel Quitandinha, na zona
Sul de Petrópolis. Este Edifício foi construído em
1941em Estilo Francês Normando para ser o Maior
Cassino da América do Sul, já foi também um Resort
de Luxo e atualmente é um Centro de Convenções.
Ficaram maravilhados com a exuberância da obra e imaginando tudo o que já aconteceu ali.
Depois foram até o Museu de Cera. Acharam bem
divertidas as figuras de Albert Einstein, Bathman,
Mr Bean, The Beatles, Santos Dumont, Ayrton
Senna e outros.
Foram também  ao Palácio de Cristal que foi um
presente do Conde D'Eu para a Princesa Isabel
cultivar suas hortaliças.
O tempo estava passando rapidamente e o Casal
tinha que pegar o Ônibus para ir para o Rio de Janeiro, então estas duas visitas foram mais rápidas. O ônibus estava marcado para as quatro e meia da tarde.
Paulo os levou até a Rodoviária e eles se
despediram dele agradecidos.


                   
   continua no próximo capítulo.
 



 Espineta e Harpa Doura
 Sala de Música do Museu Imperial de petrópolis.

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Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 01/04/2019
Reeditado em 06/05/2019
Código do texto: T6612924
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