Qualquer coisa...
Os fins de semana não eram bons, eram meio ameaçadores, mesmo com um sol retumbante,o isolamento os rodeava. Desde que se separara, sofria desse mal: a solidão, não sabia ser só. A instabilidade dos fins de semana a dilacerava, vivia a procura de companhia, já nas quintas-feiras, procurava qualquer coisa que pudesse sair nos findes, o whatsapp, face, tinder entre outros aplicativos apitavam sem parar. Ela se distraia conversando nas noites frias, acompanhada dos seus três gatos, porém nunca havia nada seguro para os fins de semana: a sua eterna tortura. Nas sextas-feiras, ao final da tarde, quando chegava à hora de ir embora para sua casa, batia o um desespero surdo e um medo visceral daquela longa noite sexta-feira pela frente. A sua carência em ter companhias era tanta que ela não possuía bom senso nas suas escolhas, invariavelmente, acordava ao lado de estranhos/esquisitos ao qual nem lembrava em qual bar os pegara. Ela sempre precisava expulsá-los antes de passar a ressaca que a consumia por inteiro.