Terceira Parte O Candeeiro

. Mas que isso senhor Zinia não estou entendendo o senhor não, a não deixa pra lá, amanhã e outro dia e nossos serviços por hoje já estão encerados amigo, podemos ir embora para casa descansar para amanhã chegar lá pelas seis horas da manhã , e ajeitar os bois e colocar no carro de boi que já está carregado, e pegarmos o caminho para a roça da praia grande lá nas margens do córrego da garapa , para segunda feira começarmos a tombar a terra, os seis arados já estão todos no carro, as correntes também, os vinte e cinco moi de bicos pro arados e as chaves todas já estão amaradas no embornal , então amanhã e só canga os bois carreiros e zarpar para o outro lado do rio lá para as terras roxas da estiva , perto do rio do sossego nas margens do córrego da garapa , deixar a traia lá na roça debaixo da gameleira secular, virmos embora , descansar para segunda feira começar a tombar a terra.

E senhor Zinia há nossa semana está sendo abençoada, como sempre a cada dia, cada segundo é, com Deus adiante amanhã vai dar tudo certo e nós iremos terminar bem nossa tarefa da semana, com a força e as benções de Deus, e Saracura vamos embora para casa descansar e amanhã bem cedinho estaremos de volta no pé do eito se Deus quiser, e com a benção do Criador, iremos sim concluir bem nossa semana, e fazendo e claro nossa parte. Neste instante o sol já ia bem baixo no horizonte, beijando o cume das montantes distantes ao sul indicando que já era umas três e cinquenta quase quatro horas da tarde, ai o senhor Zinia e o pequeno Saracura saiu pela estrada que corta o comprido e raso vale ,a caminhar e conversando sobre a semana os serviços feito durante o curso dos cincos dias já trabalhado que se findava , ai lá em cima na porteira que dá acesso à sede da fazenda , cada um pegou o seu caminho, com destino a sua casa, senhor Zinia que morava na beira do córrego dos patins quase na foz com o córrego da varginha, desceu pela estrada que passa do lado do cemitério e dá acesso ao vau do guatambu , ali na porteira os dois amigos e peões se despediram até amanhã senhor Zinia vai com Deus, amem até amanhã Saracura vai com Deus também e espero que sua noite , seja abençoada , e que você vai me lá na casa do senhor Tião capataz, e que dê tudo certo esta noite para você Saracura, que isso senhor Zinia tranquilo vou descansar um pouco e creio sim que irei lá na casa do senhor Sebastião mais tarde tocar um pouco a sanfona , mais ainda vou decidir mais lá eu vou mesmo que seja para justificar minha ausência amanhã no terço de Santo Agostinho de Hipona, o santo considerado Doutor da Igreja, e senhor Zinia pois e amanhã que vou decidir se irei lá para o outro lado do rio no forro na casa da madrinha ou se fico por aqui e vou no Terço de Santo Agostinho de Hipona , e Saracura vou descer pra aqui a baixo , vou lá em casa aproveitar que hoje estamos parando mais cedo um pouco e vou ajeitar algumas coisas lá em casa , para minha veia, ela que vir aqui na casa d seus avos trazer uma encomenda para sua vó , ai também aproveito e vejo aquele catira que eu amis seu avô esta amarado a muito tempo, até mais tarde , e senhor Zinia também vou para casa ajeitar umas coisas e depois preparar para descansar mais cedo hoje, vai com Deus , amem vai com Deus também menino. Ai cada um pegou o seu caminho senhor Zinia desceu pela estrada da cava afora assobiando uma suave canção, e Saracura saiu a passos leves e calmo caminhando pela a ruazinha de terra batida , até chegar na casa de seus pais , onde morava junto com toda sua família, do lado esquerdo do lote no canto da pracinha morava seu tio mais novo, no rancho feito de adobe com alvenaria e coberto com a palha da folha da palmeira de babaçu rebocado com estrume de animal com areia fina do rio, na entrada do comprido lote morava o Patriarca da família seu avô Manoel, morava na casa central , casa de alvenaria feita de pau a pique e rebocado também com estrume de animal e areia , mais a cobertura já era de telha comum, aquela telha produzida antigamente na coxa, com um pequeno assoalho onde era a oficina de artesão do seu Manoel , produzia com o bambu fino balaios , cestas, Moises e esteiras para carro de bois de tudo que o bambu fino proporcionasse se Manoel era mestre na arte da tecelagem com as taquaras de bambu, mais ao lado da casa de seu Manoel fica a casa de seus pais , já quase na divisa do outro terreno que era do seu tiozão , já quase saindo para a rua que passa ao lado da pracinha de terra batida , no centro e em volta toda granada com a grama boiadeira , o ponto de encontro da criançada da vizinhança e de toda comunidade, e nas tardes de domingos e nas noite de luar para contemplar as estrelas e conversar com os amigos, era o Pointe da pequena ruazinha de terra batida e de boa parte da comunidade do beco da fábrica.

No canto virando a rua acabando de subir o pequeno tope do beco, escutando o apito da mugiana que apita lá nos trilhos da estrada de ferro distante cortando a estrada de ferro com destino a goiás pelo horário ou talvez deslizando sobre os trilhos de ferro com a destino à capital, o som do apito da nugiana mistura cm o som suave e encantado da voz da tia Cinta em seu vai e vem rotineiro , vem chegando com um feche de lenha na cabeça , proferindo na mente uma antiga Oração Hebraica , proferida por ela de hora em hora , pois o relógio do tempo corta a linha do horizonte indicando de hora em hora o horário tanto do dia como também da noite, canta os quintais na garganta do carijó indicando que já e cinco horas da tarde , e não tarda muito o sol começa a ceder de graça seu espaço para sua amada lua , para embelezar a leveza das luzes das estrelas em noite sem luar.

Senhor, se eu ti amar por querer o Céu, exclui-me dele....

Se eu te amar por medo do inferno, joga-me nele...

Agora, se eu te amar pelo que tu és, senhor, não me escondas o rosto...

Na esquina da pracinha as crianças começam a chegar de duas as duas uma daqui outra dali, para as brincadeiras de pega-pega, boca de forno, brincadeira de roda, pique esconde, e também jogar bola com abola feita de meia, as meninas também para jogar queimada, a vida a passos leves e soltos percorrendo a beleza e a riqueza impar do pequeno vilarejo, incrustado no encanoado entre os dois córregos dos patins e da varginha, um lugar onde é o lugar. Seu Manoel bem cortes cumprimenta o neto que vai aproximando saúda e coloca a benção da tarde, no fogão de lenha , mamãe começa a saracotear ajeitando a lenha no rabo do fogão e a fumaça em caracol, começa a denunciar que o feijão já está que cozido para o jantar, o arroz já está na cuia feita de cabaça, e a banha do porco caipira na panela de ferro na trempe do fogão de lenha aquecendo a banha para recebe r o alho bem fatiado fininho pelas mãos suaves de mamãe, e começar a dourar e a denúncia que já , já o arroz da cuia vai ser afogado, e na segunda trempe do fogo de lenha a panela de ferro já começa a ferver com a mandioca picadinha para cozer o quibebe colorido com o açafrão, pimenta verde e cebolinha colhida no quintal , o cheiro do tempero contagia e aumenta o apetite do peão. Seu Manoel na oficina trabalhando em seu oficio de artesão com o palheiro no canto da boca tirando uma tragada e outra , e conversando com o cliente que está fazendo uma encomenda de um esteira , para o carro de boi de quarenta e dois balaios, Saracura sentado no comprido banco feito de casqueiro de aroeira, escutando a conversa em silencio de seu avô e o cliente , um fazendeiro que mora lá , na volta da espiga quase descambando no vau do rio do sossego , depois de alguns minutos e os dois terem chegado ao valor da esteira d e bambu para o carro de boi de quarenta e dois balaios do senhor Dio , o senhor jota Quim engraçado me ,ninguém conseguia explicar , por que ele chamava Jota, creio que nem o senhor Jota explicava direito, mais ai acabou o negócio com o senhor Manoel , bisavô do Saracura brincou com o Saracura que dia vocês vai lá para as roças da vargem do rio do ouro, uai senhor Jota creio que vamos levar a traia para lá , a semana que vem , pois já segunda feira agora já vamos começar lá na vargem do córrego da garapa, e depois vamos lá para a vargem do rio do ouro, creio primeiro vamos começar nas roças maiores , e época de começar a tombar a terá e preparar para jogar a semente no seio sagrado da terra, e nos também lá mais no fim deste mês iremos começar a tombar a terra , fica com Deus seu Manoel, Saracura até mais a estrada ainda e das grande para chegar em casa e ainda vou na venda comprar umas encomendas para a patroa e vai com Deus senhor Jota, e assim que a esteira estiver pronta , aviso para o senhor vim buscar , certo seu Manoel , até mais, até mais vê Jota. Ai o fazendeiro montou na mula que estava amarada no pau ao lado da oficina de seu Manoel e saiu muna marcha boa pela a rua afora, e seu Manoel raspando a garganta pergunta para o seu neto , ai como foi seu dia Edgardo pelo jeito foi bom chegou até cedo hoje, e vô foi bom o dia hoje , e conseguimos acabar com a nossa tarefa da semana mais cedo, agora amanhã e só levar a traia de arar para a roça que já está dentro do carro de boi arrumada e concluir nossa missão da semana, se Deus quiser iremos concluir nossa semana bem com a força e as graças de Deus , vai sim meu neto conseguir, pois Deus sempre escreve certo mas linhas e entrelinhas da existência, até mesmo em nossas linhas tortas traçadas por nós mesmo, pois certo jamais falha , nós e que erramos e muitos. E meu avô mais vou tomar um bom banho e ajeitar para ir ali em cima um pouco, passei aqui para dar um recado para o senhor vô, o senhor Zinia mandou lhe dizer para o senhor que daqui a pouco ele vai vir aqui , e se o senhor poder esperar para ver aquele negócio que vocês dois está fazendo, o senhor sabe o que e, a sim não tenho eu sair agora não Saracura, quero acabar este balaio ainda hoje e colocar também o arco naqueles dois ainda, o cliente deve vir mais tarde buscar, tenho algumas coisinhas para terminar ainda hoje, e vô vou lá em casa ajeitar para ir ali em cima , e ai Saracura saiu calmo pela a horta afora, caminhando tranquilo, até chegar em sua casa, na casa de seus pais , tomou a benção de mamãe , cumprimentou os seus irmãos que brincava debaixo da sombra do pé de manga bobona , e foi para o seu quarto , pegou a roupa limpinho na caixa de madeira, colocou na porta do banheiro , ajeitou a agua no balde e foi tomar seu banho, tomou um belo banho , e passou de novo direto para o seu quarto, ajeito vestiu a roupa na guina calçado o par de sapatos bem engraxados e passou aquele perfume , e saiu na beca tranquilo de volta, foi até o rabo do fogão a lenha tomou uma boa e aromática xicara de café fresquinho, voltou até o seu quarto e pegou a gaita de doze baixo e saiu cantando uma suave canção por entre os dentes , ai seus irmãos que brincava debaixo do pé de manga cassou , e o Saracura hoje dá mal intencionado , mamãe raiou logo coma s crianças, que isso meninos, fica quietos, não mamãe, da tudo bem eles estão certo mais, estou aninado mesmo, vou ali ensaiar um pouco alguns acordes só isso, vão mesmo meu filho , vai com Deus, e que Deus te abençoe amem mamãe bênção fica com Deus também. Mais ai não foi nada demais, e Saracura saiu calmo, passou na oficina de seu avô , pediu a benção já laia saindo na porta encontrou com o filho do senhor Zinia , Tico rapaz já formado um jovem de ótima reputação , ai os dois se cumprimentou e não deve outra, aquela brincadeira uai Saracura está aninado hoje ainda e sexta feira , e você já vai pro bailem pelo jeito a noite vai ser daquelas , não tico e que hoje vou só ensaiar uns acordes, passar uns togues musicais com alguns amigos , se der certo nossos acordes , ai amanhã deve ter arrasta pé, vou indo por que não quero atrasar, dá certo Saracura vai mesmo fazer o que você gosta, sei e posso falar você e um ótimo gaiteiro , a por acaso esse forro de amanhã vai ser lá na casa da minha madrinha , pois amanhã tem o terço lá na casa dela que ela faz todo ano , até me convidou para o terço e depois diz ela que eles estão pensando em fazer um arrasta pé , para nos cair, na dança e tico vai ser sim lá mesmo e que o senhor Sebastiao Capataz , dá sem gaiteiro na banda dele , ai ele me convidou para tocar com eles amanhã, mais ai falei para ele que tinha que passar alguns acordes , hoje para ver se dá certo os nossos acordes a nossa afinação tocando juntos ne, você sabe o senhor Sebastiao e muito bom musico e o irmão dele também e as três filhas então canta demais, não posso fazer feio ne, e como eu mais eles nunca tocamos juntos e bom dar uma passada nos acordes para ver ser acertamos o togue, dá certo Saracura vai dar certo sim eles são bons juntos mais você também está entre os bons da região, já e mestre na sanfona, , e então já vou até falar para a namorada que amanhã vai ter sim forro pé de serra e dos bons , que tico vou lá ver se dá certo , neste instante seu Manoel que escutava toda prosa dos dois amigos do lado sentando e cuidando da sua arte de tecer, tecendo seu balaio no colo sentando no tamborete, raspou a garganta e disse vai dar certo sim meu Neto , vai com Deus , amem vovô benção, Deus te abençoe Edgardo , ai Saracura bem cortes despediu e saiu devagar pela rua a fora caminhando em sentido da praça da Matriz.

Mas a vida e feita de encontro e também por que não de muitos desencontros , nos grandes encontros sempre lembramos , dos desencontros pouco falamos, mas e a vida, a existência pulsando na linha horizontal e vertical do tempo, a vida pulsa , a vida segui, as energias se remova , as pessoas mudam, estamos sempre em uma mudança constante dentro de nós mesmos, mudamos e não vemos, as tentamos no colocar a um ou dois passos atrás e só, nada mais que isso muito pouco para quem quer ser humano, viver além da vida, viver além da vida e ir além de ser humano, de ser real , ser imortal, ser um ser em movimento , viver além da vida deixando a existência humana sempre presenta a cada novo instante, até mesmo nos instantes em que estamos distantes de nossa própria existência, E ali no vai e vem da oficina tecendo a taquara nos esteios do balaio , seu Manoel longe do tempo, porém dentro e insanamente vivendo cada instantes de seu precioso tempo, no oficio de artesão com o bambu fino, segue tecendo o balaio e dê repente , seu Zinia o cumprimenta boa tarde seu Manoel , com vai a vida, seu neto Saracura lhe deu o meu recado. Boa tarde compadre deu sim seu recado, e já saiu com a gaita de doze baixos nas costas, para ir tocar não me disse aonde ia mais posso imaginar, e a fase da vida, também já vivi essa fase e foi ótima, mas com esta a família do senhor compadre. Zinia espero que esteja bem, a família está ótima compadre Manoel, e a do senhor também creio que está boa, esta sim compadre, nossa vida segue um ótimo curso, e nesse curso sempre temos o melhor presente, até mesmo quando achamos que as coisas não estão tão boas, e a hora em que elas está no lugar e no momento exato da nossa existência, graças a Deus a família está show , a minha família e a mis perfeita para mim, sei que ela tem muitos defeitos, mais são os defeitos que a faz mais perfeita , buscando expressa sempre uma ou outra qualidade que são limitadas, e os defeitos ilimitados a torna minha família muito especial, pois são os defeitos que impulsiona cada um em sua estrada , na estrada da existência, impulsionando estes meus passos já um pouco quando cansados e frágeis pela estrada da vida , depois de já ter percorrido mais de oito décadas , ainda sim tenho forças para conduzir o meu próprio corpo reto, meio torto , pois as forças do corpo já não são mais as mesmas de quando era jovem e cheio de vida , e percorria de sol a sol as estradas e curvas deste meu amado rincão de amor, amando a existência em cada curso , a cada novo togue que vem e eu nos toca , em cada novo instante .

E compadre Manoel dou graças a Deus de ainda ser um aprendiz de mim mesmo, sei que não sei de nada, porém gosto der ser quem eu sou e muito feliz, e também gosto de ouvir estas palavras vindas do senhor, é ai compadre pensou em nosso catira , como esta os negócios pelo jeito está indo bem ne, tem feito algum catira por estes dias, não dá meio parado Zinia, mas não posso reclamar, mas estou passando por aqui para ver se o senhor pensou na minha proposta, aproveitando que a patroa também veio aqui ver umas coisas com a comadre e comprar um pouco de condimentos para as despesas lá de casa, e pensei sim , compadre , andei pensando mas o senhor vai ter que dar uma melhoriazinha na sua proposta, estava pensando quer me dar as novilhas e as leitoas até ai tudo bem , mais estava pensando direito , até está fácil de nos acertarmos pego as leitoas e as novilhas, mais ai para ficar bom para nós dois, o senhor compadre deixa as novilhas lá no pasto , mas seis meses , pois sei que já pagou o aluguel ai fica bom para mim e por senhor compadre, mais as leitoas busco assim que passar todos os documentos da gleba da terra para o senhor, que não teve demorar muito creio, que como os documentos está tudo em dia nus três dias no máximo o cartório deve ajeitar a papelada para nos dois assinar as cláusulas , e ai assim que assinar busco as leitoas e as novilhas ficar quieta lá, no pasto da vargem , onde o senhor arrenda do Zeca por mais seis meses , mais os cuidados delas já são todos por minha conta , ai fica bom para mim e por senhor compadre, e compadre Manoel o senhor e duro mesmo , estava pensando em chegar no negócio uma bezerra que dá mamando ainda , ela tem dois meses, mas vejo que o senhor não vai querer mudar a proposta, creio que deste jeito fica bom pro senhor, para mim também está bom , vamos fechar o negócio então, está fechado na segunda o senhor pode encaminhar a papelada por meu menino o tico, lá na venda onde ele trabalha para os seis dois dar os devidos cuidados nos andamentos dos papeis, e assim que tiver pronto venho mais cedo um pouco do serviço , para nós dois assinar as cláusulas, mas se o senhor quiser pode buscar as leitoas amanhã mesmo, pois confio na palavra do senhor seu Manoel, e amanhã creio que lá pelas três horas no máximo já estamos de volta do trabalho, pois a traia já está pronta no carro de boi, e só canga a boiada e engatar no turbo, nós só vamos levar a traia de arar e voltamos os bois vão ficar todos por lá mesmo, creio que no mais tardar eu e o Saracura deve chegar lá pelas três horas , três e pouquinho , com Deus adiante vai dar tudo certo. E senhor Zinia, o um neto Saracura me disse mesmo, e ele hoje saiu aninado que só vendo, para ir ensaiar com o pessoal do compadres Sebastiao , mas tá certo seu Zinia , então negócio fechado, e vamos dar os andamentos nos papeis e assinar, mas quando buscar as leitoas vou ver aqui e amanhã cedo falo por Edgardo , lhe dizer por senhor se ajeitei o chiqueiro ou não para colocar as leitoas, pois tenho que ver com o Zé da équa o dia que ele vai levar as porcas dele , lá para a roça, emprestei o meu chiqueiro pra ele , ele me disse que tirava as porcas amanhã cedo mais o senhor sabe como e, tá bom compadre , mais vou ali na venda comprar uma mercadorias para as minhas meninas , para voltar cedo para traz ainda não jantamos nem eu e nem a minha patroa, e o sol já foi embora deixando seu espaço para o brilho das estrelas, e a lua em teu ciclo crescente, já desponta junto ao firmamento , e seu Zinia também vou ir lá dento na cozinha para ver se a minha veia, já terminou de fazer o jantar, pelo o cheiro do tempero ,c reio que já teve estar pronto, vamos entrar para dentro e jantar com nós compadre mas a comadre Zia , não senhor seu Manoel, muito obrigado , outra hora jantamos , vou ali na venda do tio Lipe e já volto para ver se a patroa , que ir embora, descer mais cedo para casa, amanhã ainda e sábado e tenho que levantar bem cedo para concluir os afazeres da semana. E seu Zinia dá certo vai lá´. E nessa hora da noite a venda já dava um vai e vem danado de gente conversando , conversa daqui conversa dali, a sinuca já estava lotada e a porta da venda também, com gente sentada no comprido banco de madeira e nos tamboretes em volta ,a prosa corria solta, e o vai e vem de gente comprando e vendendo de tudo na venda do tio Lipe, era gente saracoteando de um lado pro outro e de dentro do balcão tio Lipe e a família dele num corre, corre danado , para atender a todos os fregueses sem muito demora, até os filhos mais novos pula para ajudar atender a todos mais rápido , por fregueses não ficar muito tempo esperando.

Mas também a venda era onde se encontrava quase tudo que precisava na vila e não só vendia , mas também comprava todos os produtos , produzidos na região tanto nas lavouras com também os produzidos nos quintais , comprava galinhas, frangos, ovos, porco, castanha do coco de babaçu, farinha, canjica, fubá , arroz , feijão milho até algodão, e vendia de tudo tanto para a população do vilarejo como também transportava o excedente para outras cidades maiores e também para o Estado de Goiás, ia no trem tanto para a capital como também para Goiás, como se diz a venda era um grande mercado de compra e venda , até barganha fazia na venda, levar uma mercadoria que estava excedendo em casa e trazia uma outra mercadoria que estava faltando, eita tempo bom. E nesse vai e vem da existência , na linha invisível do tempo, entre aas duas margens dos dois córregos o da varginha e o córrego dos patins, a vida noturna do pequeno vilarejo seguia seu curso natural e as estrelas e a lua em teu ciclo crescente , cortando a escuridão da noite iluminando toda comunidade, no murmúrio de palavras, nomes que ecoa distante, saudades dos que partiram, acontecimentos e causos rotineiros , corta o silencio da noite, que já vai quase chegando no meio do segundo quarto de hora, a vida noturna do pequeno vilarejo em parte já se acalma, algumas crianças indo para a cama, outras ainda brincando em volta da pracinha e os mais velhos em um tom mais baixo na voz, conversando nas portas dos lares sentados em tamboretes ou em alguns compridos e expresurrosso banco na porta da sala ou da cozinha, e avida no pequeno vilarejo , vai se acalmando e de repente , já vem voltando da venda senhor Zinia vai chegando na pracinha de terra batida, e no centro da pracinha a graminha boiadeira , um triangulo entre as duas ruazinhas do pequeno vilarejo famosa por todo povoado, e até mesmo em outras regiões e estados da federação. Na porta da oficina sentado no comprido banco de aroeira, conversando com o amigo Zé da équa, numa prosa boa que só vendo, prosa que pelo jeito vaia até altas horas da noite, aí seu Zinia vai chegando bem calmo saúda os amigos com uma boa noite, e aproxima e bem tranquilo diz para o senhor Manoel e ai compadre demorei um pouco na venda, nada ainda dá cedo compadre, e será que a patroa já está pronta para irmos embora para casa, uai compadre Zinia creio que sim , a comadre Zeia mas a Zezé está ali na pracinha conversando com as amigas , creio que elas já se acertaram, mais vamos entrar pra dentro , ainda tem comida , vamos jantar depois o senhor desce, não seu Manoel, atrasei bastante na venda , e as crianças estão sozinhas em casa, temos que ir embora, que seu Zinia , o senhor já tem duas mocinhas e dois rapazes em casa e com certeza as crianças estão bem cuidadas, por eles e a hora que o senhor chegar lá , elas já vai e estar dormindo , pelo eu conheço da educação e da moral de seus filhos e filhas. E graças a Deus seu Manoel , disso não posso me gueixa tento dar aso meus filhos , o que aprendi com meus pais, e a patroa também tenta passar para os nossos filhos, os conhecimentos e aprendizados de seus pais, sempre preocupamos , não somos perfeitos , mais vou descer para descansar um pouco amanhã e sábado ainda, até amanhã, compadre, talvez amanhã à noite passamos por aqui com as crianças a Zeia , que ir lá no terço na casa do compadre Tiãozinho e da comadre Zefina , dá certo Zinia vai com Deus, a o meu neto Edgardo , o Saracura até está para lá hoje, para a casa do compadre Tião, ensaiando alguns acordes, para ver se eles faz um forro lá amanhã mesmo a noite ,depois do terço de Santo Agostino de Hipona , e quem vai rezar o terço lá amanhã , e a minha veia Zezé, uai seu Manoel quem sabe nós nos encontramos lá na casa do compadre amanhã, a noite boa noite seu Manoel , boa noite seu Zé da équa, boa seu Zinia e vai com Deus Amem para todos. E enquanto isso lá na casa do seu Tião capataz , os acordes corria solto, quebrando o silencio d anoite, e sufocando o coaxar dos sapos na várzea do córrego da varginha, e de longe na margem do córrego dava para ouvir o som suave e afiando dos acordes musicais da acordeom bem afiando e os músicos estão tocando o mesmo ritmo musical, pelo jeito vai dar certo a nova formação musical do forro pé de serra, vai sair afinado amanhã e as três filhas do seu Sebastiao capataz , sentadas ouvindo os acordes, musicais até a mais velha que já e casada e mamãe de família, também está sentada do lado do marido , escutando os acordes parece que a festa , já e hoje mesmo na casa dos ei Tião, e a sanfona do Saracura rasga gostoso o silencio da noite, entoando os acordes para a viola de dozes cordas , o cavaquinho , a viola de dez cordas, a zabumba e o tio chefe segura o dom e o triangulo mas o pandeiro, o pandeiro nas mãos suave da tia Zezinha, e o triangulo mas mãos de ouro da senhora Querência, o ritmo e o astral da rapaziada , em volta dos acordes musicais do grupo parece que vai até altas horas da noite pelo jeito, alguns casais até cai na contradança , ali mesmo no terreiro da sala da casa dos eu Tião capataz, que fica na beira da estrada que dá acesso para a serra grande e também para a cidade sede do pequeno vilarejo, que ainda e distrito ,a animação e tamanha que Peara e sua irmã Cidinha , não segura e começa a cantar as melodias que elas são acostumadas a cantar , e embalar as noites de sábado , e seu pai seu Sebastiao, mais seus tios e tias começa a tocar nos lares da família, e também em alguns festejos da família , são eles os responsáveis pela animação musical, Saracura feliz e entusiasmado com o sucesso do grupo , solta o dedo nos acordes , gostoso e suave da gaita , e com essa animação toda , o que era só um ensaio foi até altas horas da noite.

Ai seu Tião fez o sinal o grupo parou de tocar, mas já era lá pelas tantas, tarde da noite, seu Sebastiao deu os parabéns para o sanfoneiro os elogios essas coisas normais, Saracura já foi guardando a gaita na bolsa começou a despedir de todos mais pintou um café com suco e quitanda e demorou um pouquinho para começar a sair a família do seu Sebastiao deu um raleada, Saracura levantou do banco e começou a sair e seu Sebastiao do lado dele, uai Edgardo pode deixar gaiata aqui em casa amanhã, você não vai vir para tocarmos lá na casa da minha irmã depois do terço, uai seu Sebastião vou sim , mas tenho que dar uns acertos em algumas teclas e também afinar alguns baixo , sabe como e , e bom fazer mais tranquilo sossegado, dá certo então estamos combinado , estamos sim , e nisso os dois já tinha andando uns dez passos saindo da porta da casa do senhor Sebastião em direção da estrada, já chegando na beira da estrada. Ai não sei de onde, raspou a garganta e disse , e seu Sebastião , tenho muito respeito e muita admiração pelo senhor e por toda sua família, mas o que não estou conseguindo mais esconder o que sinto pela sua filha a sinhá Peara, não sei mas creio que o senhor já até viu , em meus olhos que ando meio distante e diferente por estes dias, e quero pedir a mão dela por senhor para namorar comigo, , namorar serio seu Sebastião , penso e quero seriamente casar com o ela , se o senhor me concede , mas nunca disse nada nem para a senhorita Peara , e nem muito menos para alguém ,mais o que sinto quando a vejo , não consigo explicar , mas não foi por isso que vim aqui hoje , ensaiar com o grupo do senhor não, vim por que amo tocar a minha Gaiata, sei que estou até errado m pedir por senhor a mão da sua filha do senhor , desce jeito e puxar a conversa assim aqui no meio da estrada com o senhor , queria fazer este pedido lá dentro do lar do senhor , sabe como e creio que o senhor está me endentando me senhor , Sebastião Ananias Valadares de Teófilo, neste instante Saracura branco e tremulo silenciou-se , e seu Sebastião bem calmo puxou da ji-beira da camisa um palheiro acendeu , e bem cortes e calmo , como sempre o é, sorriu e com um brilho no olhar calmamente foi sentando tranquilo no comprido tronco de aroeira , que ficava deitado na beira da estada entre a casa do seu Tião e a estrada, tipo uma proteção do terreiro da casa e da estrada, ai seu Sebastiao começou a responder o Saracura. Claro que sim Saracura, calma da minha parte e de meu gosto sim, ter uma filha casando com um rapaz, igual a você, mas espera um minuto vou ter que chamar a minha menina, Peara, por mais que hoje as vezes olho ´para as minhas três filhas e as vejo com o corpo formado e o semblante, aparência de mulher, de moça feita, formadas, ainda assim amo chama-las de minhas meninas, para mim elas jamais iram crescer, será sempre minhas crianças, as mais lindas deste universo.

Neste instante da conversa seu Sebastião raspou a garganta e falou mais alto com o tom da voz em direção da casa dele, o Querência , a Peara já deitou ou ainda está de pé, e a dona Querência respondeu cortesmente lá da porta da sala, não Sebastiao a Peara ainda está de pé, está na cozinha tomando um copo com agua para ir ajeitar o seu quarto para ir dormir, então pede para ela trazer um copo com agua para mim aqui afora , e daí a pouco sai na porta da sala elegantemente a sinhá Peara, carregando em um prato de alumínio esmaltado, dois corpos com agua fresquinha , tirada do filtro de barro, um maior e outro menor , caminhando com uma elegância que somente os olhares que tiveram o prazer de deslumbrar, tendo a lua em teu ciclo crescente e as estrelas radiante junto ao firmamento por companhia , e capaz de contar e descrever o momento ,calçada com um par de precatas , feitas de couro cru, couro de boi nos pés, com seu vestido de chita, uma deusa repleta de encanto , esplendida de beleza e encantadora, caminhado suave parece desfile , caminha suave e tranquila até chegar de frente de seu papai, sentado sobre o tronco de aroeira deitado no chão, Saracura em silencio de pé com a gaiata de doze baixos encostada sobre a ponta do tronco da aroeira , uns dois a três passos distante dos eu Tião capataz. Ai seu Sebastião pegou o copo menor cheio de agua e ofereceu ao Saracura, que cortesmente respondeu, não seu Sebastiao muito obrigado mesmo, não estou com sede acabei de tomar um copo com agua a pouco, dá certo Saracura, ai seu Tião toma o copo com a agua fresquinhas suavemente, e pedir para a Peara repetir mais um pouco de agua, e ela bem delicadamente uma princesa em teus gestos e jeito meigo de mulher caminha como sempre ela é, pega o copo grande no prato esmaltado que está na palma de sua mão, e servi mais um pouco de agua fresquinha no copo pequeno que está na mão do seu papai, e seu Tião toma novamente agua do copo toda saciando sua sede, ai dá uma gostosa bicota estralada , eita agua gostosa e fresquinha, não quer mesmo tomar um copo com agua Saracura, não senhor Sebastião não mesmo obrigado, ai Peara cortesmente e graciosa pega o corpo na mão de seu papai, que o agradece e Peara retribui grata papai, só isso mesmo, posso ir para dentro agora , ajeitar para dormir, pois amanhã e cedo papai, com licença Saracura, toda, brigado minha menina, mas pode ficar por aqui um pouquinho, pode sentar aqui um instante, eu mais o Saracura estamos conversando aqui nós o assunto creio e de seu enderece, pois diz respeito a você minha filha amada, , e que o Saracura me pediu a sua mão em namoro, mas para mim saber, qual e a minha resposta que vou dar para ele , e bom também ouvir você primeiro, sempre agi desta forma com todas as suas duas irmãs e seu irmão que já são casados e tem até família , então também com você minha menina preciso escutar sua opinião, se e que você Peara quer responder agora ou se quiser pensar tem todo direito você sabe disso e estou sempre com você minha princesa, e creio também que o Edgardo não irá incomodar se você quiser pensar um pouco, neste momento da conversa Saracura interrompeu a conversa entre os dois e disse claro que não seu Sebastião, pois até acho muito justo você pensar sinhá Peara.

Peara suspirou profundamente , e bem cortes e muito educada, com um sorriso reluzente que encantava até mesmo as estrelas , suspensas junto ao infinito , suspira baixinho a braça suavemente seu papai, e com sua voz suave , doce, meiga diz sim papai, o senhor está certo por querer ouvir a minha palavra, como sempre fez com as minhas irmãs e irmãos e é por isso que me orgulho em sempre dizer , quantas vezes for possível e preciso que tenho o papai e a mamãe mais linda , bela deste mundo, deste universo inteiro e a minha resposta , já tenho e sim , se o senhor consentir e claro a minha mão pra namorar com o Edgardo, coma sua benção e claro, claro que sim minha princesa consinto sim sua mão para o Saracura e dou a minha benção , e faço muito gosto no namoro de você dois, e concito a tua mão para namorar com você sim Saracura , então Saracura a minha resposta e sim você dois pode namorar sim, mas dentro do mesmo terno de suas irmãs, e vocês dois tem que ter mais juízos ainda, pois trabalhamos no mesmo ambiente de trabalho, a muito tempo e não quero ter problemas , para com os meus patrões, ainda mais relacionados a vocês dois, não papai o senhor está certo de minha parte vou me comportar papai , e da minha parte senhor Sebastiao pode ficar sossegado , busco valorizar e respeitar muito o meu trabalho, e principalmente o meu local de serviço que e sagrado para mim, pois e de onde tiro o sustento da minha vida e ajudo muito os meus pais , e ainda mais respeito por demais o padrinho Ruralindo e a madrinha o senhor sabe, dá certo mas não e tão somente lá no serviço, mas aqui em casa também, não o senhor está certinho seu Sebastiao, pois e Saracura tanto você e a minha menina Peara , para namorar tem que ser só na sala, sem muito agaragara , quando for sair aos sábados , tem que chegar as sete e não e bom atrasar , e sua mamãe ou um das suas duas irmãs mais nova ou sua tia , tem que ir juntas e não pode vir embora sem elas, tá certo, e aqui em casa Saracura , Saracura não e Edgardo rapaz , só pode vir mas quarta feira e no sábado e no domingo à tarde certo, sim senhor, e já vamos logo marcar o noivado, quando você pode comprar as alianças para podermos marcarmos a data, pensa e amanhã à noite , antes de irmos para o terço quero a resposta, tá certo senhor Sebastião, mas creio que não vai ser difícil não, as alianças Graças a Deus , tenho algumas poucas economias e devo mandar fazer as alianças na segunda feira tá bom assim, vai depender do ourives, e a data do noivado só tenho que conversar com meus pais primeiro , pois tenho que ver se eles me abençoa e dos compromissos deles, pois o senhor sabe como e tenho que conversar com a minha família também, pois a amo muito meus pais , que são meu maior tesouro. Então já que estamos todos de acordoe combinados creio que vocês dois já pode considerar-se namorando e nisso a família do seu Sebastião , já estava toda por perto, os que ainda estava na casa tipo a mamãe Querência de Peara, suas duas irmãs mais novas a prima quase irmã, a irmã mais velha já casada mas o marido e o irmão mais velho do seu Sebastiao, então vamos deixar os dois por cinco minutos aqui sozinhos com minha amada esposa Querencia, e nos eu acho que já podemos irmos embora para dentro, ai todos começa a sair de fininho a filha mais velha de seu Sebastião , que já e casada pega na mão do seu marido Tergo e diz , e papai nos também já estamos de saída até amanhã mamãe, benção mamãe, fica com Deus Peara, , fala e já vai saindo, só vou lá dentro pegar as crianças que já está dormindo para nos irmos embora para casa amanhã e cedo me Tergo, e sim rainha já estamos indo benção só Sebastião, benção dona Querência, e saiu um para cada lado , outro por outro e todos foram embora para dentro, e somente ficou o mais novo casal de namorado do vilarejo já sentados no banco na porta da sala do senhor Sebastiao mas a uns dois palmos de distância um do outro, conversaram um pouco e a dona Querência , também deus uns conselhos para agora já namorando, e daí já disse pois e Edgardo , já esta tarde a senhora dona Querência tem razão já estou indo embora, tchau sinhá Peara, até amanhã à noite , boa noite dona Querência , até amanhã se Deus quiser, mas despediu tão somente pegando na mão da agora namorada, apenas dois olhares dizendo e proferindo um poema de amor imortal, descrito com todas as silabas, vogais, consoantes formando e tanto jus ao olhar descrito no olhar dos dois pombinhos, frases e mais frases de sentimentos vividos, que descreve um livro inteiro com mais de mil páginas, mais ou menos, de sonhos e sentimentos expressadas em apenas o primeiro olhar de despedida do casal de namorado, sentimentos a flor da pele, que ambos partilhavam em apenas seus olhares no dia a dia, mas que chegou o grande momento de ambos s conhecerem melhor, e partilharem o sentimento de amor , compreensão , valorização de um ao outro, encontrar em teus corpos o mais lindo enlace de amor, começava a se escrever na mesma linha , do livro da vida em branco de ambos, sinhá Peara e o Saracura, Saracura não Edgardo.

Como já estava tarde da noite, Saracura saiu tranquilo , caminhando muito feliz pela estrada de terra batida, que dava acesso ao pequeno vilarejo, uns duzentos metros mais ou menos das primeiras casas dois ranchos de folha na entrada do vilarejo , o candeeiro Saracura, Saracura não, agora o jovem Edgardo , ´pois a sua sinhá sempre chamou Saracura pelo seu nome Edgardo, mas ai me o coração e todos os sentimentos , pensamentos pulsando a mil por segundo, batendo forte e vibrante no peito a mente vagando de degrau a degrau de seu mundo, e o pequeno vilarejo já quase todo adormecido, algumas pouquíssimas casas ainda estava acordada, alguns aventureiros da noite na mesa de jogo, e alguns amantes voltando para seus lares, feliz e mais apaixonado , amores acontecem na consagração do enlace de amor , as sinhazinhas sonhando em encontrar com seu príncipe encantado, igual a primeira noite de enlace de amor de sinhá Peara e seu príncipe Edgardo, que demorou mas até que enfim para ambos, mais para Deus este era o momento exato, do pequeno Saracura conseguir falar com seus pais e pedir a mão da sinhá da princesa de seu mundo , em namoro e casamento. Dentro da escuridão no ciclo da noite, Saracura flutuando pelas ruazinhas vazia e sozinho consigo mesmo , a passos suaves na escuridão da noite, iluminado pela lua em teu ciclo crescente e as estrelas pontilhando junto ao firmamento iluminando o caminho da existência, até chegar em sua casa, na casa de seus pais que já a essa hora da noite , já estão todos deitados e repousando o sono suave e calmo dos justos, com a gaiata de doze baixos nas costas tipo carregando uma mochila que nem parece pesada para os ombros, vendo Saracura caminhar pela ruazinha de terra batida, no meio das vassouras curraleiras , até parece que não está carregando nada mas nada mesmo, mais ai chegando em sua casa caminha devagarzinho pelo quintal adentro até chegar na porta da cozinha , abre a porta da cozinha, bem calmamente vaia até o seu quarto e guarda a gaiata de doze baixos, senta na cama tirar os sapatos e bem calmo , espirando profundamente , passa as duas mãos em forma de colcha pelo rosto, sorrindo sozinho com seus pensamentos e sentimentos a flor da pele, iluminando e clareando seu universo inteiro, na magia que encanta e brilha ,a luz do amor real, amor humano, amor insano, amor profano, amor além desta e de outras existências além, outros ancestrais, amor sentimento imortal e humano pulsando , refletindo no pulsar do coração emanando todo corpo e acalmando o calor escaldante da pele , que arde em brasa viva, em plena noite gélida de inverno , quando a temperatura chega a marcar nove dez graus negativos abaixo de zero, na estrada da existência, , contemplando a poesia da existência. Ai Saracura ergue a passos calmos na ponta dos pés, caminha lentamente saindo do quarto , passando pela cozinha devagarzinho pela porta da cozinha abre a porta sem fazer barulho algum e na ponta dos dedos segue até debaixo do pé de manga bobona, senta calmamente no banco debaixo da mangueira secular, e por entre as folhas da mangueira começa a observar a lua e as estrelas iluminando o firmamento, acalmando , teus pensamentos , de repente quebrando o silencio da voz da noite, suave e compreensível a voz de seu Manoel corta o silencio de encontro aos ouvidos de seu neto querido, boa noite Saracura, tá na hora de dormir, o que foi perdeu o sono , não vovô, só vim ver a lua e as estrelas um pouco, e apreciar a beleza de leveza sem igual do ciclo da noite, tá certo meu neto, mas esta noite, está um pouco quente, um bocado, e a lua esta ímpar, única, esplendida, magica, magia que encanta entontece os corações dos amantes, amantes do amor carnal, humano, do amor real, profano, do amor imortal, irreal, surreal pela existência , de tão sublime da própria existência, amando sem entender , e tão somente compreender o sublime , encontro no encontra r de duas almas gêmeas, estando até mesmo ausentes de corpos presentes. Amor além desta e de outras vidas, que isso vovô, está apaixonado , não sabia que o senhor deve outros amores na vida, que isso Saracura não e pôr e nem de outra pessoa , que digo, mas sim da única e impar mulher que eu mais amo neste universo, e ela está aqui em casa dormindo o sono dos anjos, a mais sublime dama, que os meus, olhos já fintaram frente a frente nesta e em outras vidas além, se e que já nos existimos talvez e questionável , mas entre o amor que vivemos , nesta existência ardentemente , tão atraente até hoje, entre eu e sua avo, que tudo parece aos meus olhos as vezes , já ter existido em outra vida, em outra existência, mas deixa pra lá este e o meu lado meio místico, eu muito até contradiz por ai, mas e você Saracura como esta as paixões e amores, se e que você quer conversar.

Sabe vovô até quero sim , muito dizer para o senhor a vovô, meu papai e minha amada mamãe, e todos os meus irmãos, mas o que o senhor acha da sinhá Peara , filha do seu Sebastião, pois hoje depois do ensaio , eu pedi a mão dela em namoro, o que o senhor acha, será que papai e mamãe , vai abençoar o meu namoro com a senhorita sinhá Peara, por que o senhor sabe , que ela e bem mulata, mas o que sinto por ela , e algo que sai de meu controle e não aguentei e hoje conversei com os pais dela, mas disse para eles, que eu também tinha que pedir a bênção de papai e de mamãe , e do senhor meu querido e amado avo, e da vovó Sarina. Não você fez e está certo, e não há porque de estar preocupado, eu seu avô e seu papai meu querido filho e sua mamãe minha adorada nora, questionar seus sentimentos, o que você senti pela linda e deslumbrante sinhá Peara, a filha do meu amigo e compadre Sebastião, meu neto, você está certo em nos comunicar , e por isso que eu amo vocês todos pelas atitudes e os bons princípios e valores , e não canso de elogiar não somente você Saracura e também receber elogios dos meus amigos e do povoado todo, não tão somente falando bem de você , mais de todos os meus outros filhos , filhas e meus netos, pelo comportamento de vocês , que são alguns me Edgardo , se minha mente, não estiver me enganando, creio que ainda não perdi a conta , pois tenho hoje tão somente cinquenta e nove netos e netas, dez bisnetos e nove filhos e filhas graças a Deus todos ainda estão vivos, o senhor está certo vovô, por isso que te amo tanto o senhor, busca sempre ver o lado belo do situação , não meu querido neto mas não e tão somente a mim, que você tem que respeitar e ver com estes mesmo sentimento , sua mamãe minha nora e seu papai meu querido menino Edgalhardo, também são muitos responsáveis pela sua educação e compreensão , para com a sociedade lá fora na rua, e também para com sua responsabilidade para com sua prole, a sua família. Mais creio que vou voltar para a cama, já esta tarde e o cansaço da semana de trabalho denuncia , o cansaço de meu corpo, pelos meus olhos piscando repetidamente e a boca a bocejar constantemente , uma, duas, três vezes seguida, dizendo para mim mesmo que já está na hora , ou até mesmo passando da hora de levar o meu corpo para o meu leito sagrado ao lado do corpo da minha querida e amada esposa , sua avoa, para descansar pois amanhã ainda e sábado, mas de minha parte meu neto, pode dormir tranquilo e sossegado , pois faço muito gosto e deste de já abençoou seu namoro, e até por que nãos eu casamento com a sinhá Peara, filha do compadre Tião capataz, pois e uma moca muito preciosa, valiosa e com muitos dotes, e com certeza tem muitos rapazes por ai de família bem poderosa que pode estar também afim de casar com a sinhá Peara, mais se os sentimentos de amor da Peara por você Edgardo e os teus sentimentos também são verdadeiros por ela, são reais não tem nada neste mundo e nem em outro plano , que vão separar vocês meu neto, creio que você sabe me, e meu avô não sei não, sou apenas um eterno apaixonado pela senhorita Peara, a minha sinhá, deste o primeiro instante que a vi passar , por mim e muitas e muitas luas minguantes distantes, lá no pomar da fazenda saudade, mas nunca tinha dito e nem tão pouco tive a coragem de comentar com ninguém, pois o senhor como sou, gosto de ficar na minha, dentro de mim mesmo, mas não resisti hoje conversei com os pais dela , não sei vovô , mais creio que papai e mamãe não vai se impor, e vai abençoar meu namoro, quando a minha escolha por sinhá Peara, claro que sim meu neto que vai dar certo , que seu pai e sua mãe não irá se impor, em suas escolhas mais via deitar e descansar, amanhã você conversar com eles , de minha parte lhe concedo a minha benção meu filho , até amanhã boa noite, benção vovô, vou ir deitar um pouco, pois daqui a pouco tenho que pular da cama e correr atrás da vida, para completarmos a tarefa a semana , creio que com as bênçãos de Deus , iremos chegar amanhã bem cedo , se Deus quiser, certo meu filho vai dar certo sim com Deus adiante você e o compadre Zinia, vai acabar o serviço da semana amanhã bem mais cedo, boa noite Saracura.

Ai seu Manoel levantou do assento do comprido banco feito de tronco de aroeira que ficava debaixo do pé de manga bobona , e o pequeno Saracura suspirou profundamente olhando as estrelas por entre as folha da mangueira , por alguns segundos tentando silenciar teu coração e todos os seus pensamentos ,levantou também do banco e saiu vagarosamente caminhando pelo quintal , até chegar na porta da cozinha de sua casa, abriu a porta calmamente e entrou para dentro , sem acender a lamparina ou a candeia que ficava na soleira da porta, caminhou tranquilo sem fazer nem um barulho pela cozinha até seu quarto ,assentou-se na cama, e com as duas mãos em formado de conchas encostadas na face começou a rezar , agradecendo a Deus por todas as benção recebidas a cada segundo de sua vida, e por Deus sempre colocar anjos e santos intercessores em teu , para ajudar a iluminar e decifrar o que está certo ou errado em sua estrada, Rezou por alguns minutos , e pediu a benção da noite e agradeceu pelas as benção recebidas no dia, deitou vagarosamente na cama, abraçando ao travesseiro encostando o delicadamente debaixo da cabeça, e foi dormir o sono dos justos, depois de um grandioso dia repleto de vitorias e conquistas ao longo do seu curso, que se estendeu até altas horas da noite, e principalmente pela vitória alcançada , de ter conseguido conversar com os pais de sua amada e ter pedido a mão de sua alma, gêmea , a sua amada sinhá Peara aos pais dela, e ele e claro ter aceitado , seu pedido de namoro, noivado e casamento tudo junto.

Aí você sabe a cama de solteiro fica pequena demais para o corpo, e a noite longa demais para a alma, e o sono vai apartar distantes muito distante do cansaço do corpo, por mas que o dia tenha sido corrido, agitado a noite transformou no maior e mais completo agito, para o apaixonado Saracura, em seu leito de descanso e o relógio milenar do tempo de hora em hora anunciando que o dia vindouro já estava quase batendo a porta da aurora com os raios dourados do astro rei buscando ligeiramente romper a luz da escuridão da noite , bem distante no cume de alguma montanha o relógio já bate as asas e canta o início do quarto cantarolar do seu canto , após os ponteiros do relógio se encontrarem nos mais completo e perfeito enlace de amor, se seus corpos apaixonados por um segundo , junção de amar, conjugando o verbo amor, e por um segundo a mente vai desligando lentamente de todo acontecimento do dia e também da noite , os olhos vão se cerrando lentamente e o apaixonado Saracura pega no sono , o sono dos justos, porem quase de nada descansa pois na quinta batida do relógio , já tem eu pular da cama e preparar para estar no pé do eito com os bois de carro já fechados no curral antes da sexta batida do relógio , mas e a vida do homem do campo, do sertanejo mesmo tento por companhia uma noite de vendaval ou de aventuras , mas não e um preço alto demais para se pagar, faz parte da conjunção do ser e do aprendizado da existência humana.

La distante de tudo, e bem aparte de quase tudo, a vida pulsa, uns sonham, alguns pode dormir até mais tarde, outros já estão de pé, assim segue o curso da existência por todos os rincões da terra. E na pequena vila , quase toda comunidade dormi o sono sereno e calmo, mais alguns já agita as ruazinha no vai e vem , já está firme no batente cuidando de seus afazeres com muito amor, pelo curso de seus passos, no chilique , chilique de suas precatas ,parece que já está na sua terceira viagem de agua do chafariz para a caixa d’água , arrastando a sua carrocinha de quatro rodinhas de madeira, mas e assim mesmo a existência , e a vida do pequeno vilarejo incrustado entre os dois córregos, uns dormem outros acordam o ritmo não para e a vida se produz e reluz em cores formas vibrantes de energias positivas alimentando o sonho e a esperança de todos, sempre na esperança de melhores dias vindouro. O trem já apita sobre os trilhos , bem distantes e o progresso adentrando pelo sertão , conduzindo as riquezas e trazendo as iguarias da capital, no vai e vem sobre os trilhos da locomotiva movida a lenha o sereno da madrugada cai suave sem os olhos perceber , deixando a relva bem suave quase molhada , e com o anunciar do galo , que já dita e batida da quinta badalada do relógio , Saracura pula da cama , e começa a se preparar para a luta do dia a dia pega no batente, arruma rapidinho , vai até a cozinha , pede a benção da manhã para mame, toma uma xicara de café fresquinho e sai pela porta da cozinha em direção do portão feito de talo extraído d afolha da palmeira de babaçu, abre a tramela feita de madeira, e sai tranquilo a passos calmos , , caminha suave cantando uma canção apaixonada, por entre os dentes , calma a mente e aquece o coração na madrugada fria do mês de agosto, já quase batendo a porta o mês de setembro. Mês em que a mudança do tempo e certa, para a época, as chuvas e as flores não tardam a chegar na região as arvores balança os galhos com a brisa vinda do oceano. A vida em tua plenitude começa a brindar a luz da madrugada, surgi um daqui, outro dali uns vai tirar o leite das curraleiras , outros tem que caminhar cedo para chegar do outro lado do rio bem cedinho e começar a cuidar de seus afazeres, e assim como também o Saracura outros já estão indo no sentido de pegar a traia carreira e ir cuidar de seus afazeres, pois a aurora da manhã , já anuncia que já passa bem das cinco e quarenta por ai, já quase seis, e os raios dourados do astro rei brilha distante , por entre as montanhas, começando a clarear toda terra, a iluminar e aquecer toda várzea, anunciando que não tarda muito o relógio indicar que já e seis horas da manhã de sábado. O senhor Zinia com seu palheiro no canto esquerdo da boca, tirando um trago e outro, ajeita uma canga aqui e outra ali, e os doze bois carreiros começa a entrar pela porteira adentro do curral, seu Zinia já vai ajeitando a junta de boi da guia balão e namoro, e começa a canga as juntas de bois , e daí a pouco logo atrás da boiada vem chegando Saracura com um assobio por entre os dentes, e saúda o senhor Zinia bom dia seu Zinia , bom dia Saracura retribui seu Zinia a boiada carreira hoje estava fácil chegou cedo, e com se diz seu Zinia os bois hoje parece que adivinhou que se tudo dar certinho, nos hoje soltamos eles mais cedo, estava todos deitados na entrada do colchete, e Saracura com Deus adiante nós vamos sim concluir nossa tarefa hoje em uma boa hora, tanto para nos soltar a boiada mais cedo, coo também para nós dois voltarmos para casa , e amanhã podermos descansarmos tranquilo no domingo, pois na segunda feira o batido e dos bons e começa cedo de novo, e verdade seu Zinia mais vai dar tudo certo sim com a graça de Deus. E Saracura vai ser sim um ótimo dia hoje de sábado, e enquanto isso no curral principal os peões já estão ordenando as vacas leiteiras, tira leite daqui um , outro dali, e a rotina alto dentro do curral, peão tirando leite pra todo lado próximo do barracão tirando o leite da africana bem lado tossi e da bom dia para os carreiros seu Edgalhardo pai do Saracura bom dia a, Saracura pede a benção e retribui o bom dia, uns doze peões tirando leite da curraleiras e ainda tem algumas que está chegando no curral, o creme já corre manso e grosso na desnatadeira o batido das bacias embala ditando o togue , togue dos pratos na desnatadeira, senhor Zelaia colocando leite na bacia grande da desnatadeira com carinho, enquanto o senhor Toe Zé carrega as latas de alumino de dezoito litros cheia para o porão onde desnata o leite e traz as latas vazias para serem cheias novamente. A rotina da fazenda saudade , vai seguindo seu curso , pela estradinha ou pelos trilhos no meio do orvalho regado pela madrugada, os passos das pessoas vão doando vida pelas estradinhas em volta do vilarejo e formando ainda mais a vida plena no pequeno vilarejo , sinal da existência humana, tanto vida plena ao pequeno rincão e mais lindo lugar aos olhos trêmulos da existência humana, as galinhas já estão descendo do poleiro, o galo já canta ciscando as folhas espalhadas pelo chão, chamando as galinhas avisando que o dia já está claro, e é hora de descer do poleiro, na estrada por entre o vale vinda da vila começa a aparecer aas cozinheiras, as lavadeiras, as arrumadeiras da casa grande um bale aos olhos cansados. E no barracão com traia carreira já está calçada , senhor Zinia e o pequeno Saracura ,já estão prontos até o carro de boi de quarenta e dois balaios, já está engatado na canga da junta de boi de coice já calçada, e as outras cinco jutas de bois todas perfiladas para seguir viagem, como se diz parece que vai desfilar , todas as seis juntas de bois cangadas e ajoujadas a traia carreira , muito bem cuidada pelo senhor Zinia e o candeeiro Saracura afrente da junta de boi da guia balão e namoro, pronto apenas esperando a ordem do carreiro Zinia, que raspa a garganta e diz para o candeeiro vamos embora lá Saracura com Deus adiante com a aba do chapéu levantada da cabeça, fasta balão v aca namoro, e o Saracura na frente da junta de boi , leva a guiada de ipê amarelo no focinho do balão indicando para ele fasta um pouco e chama fasta balão vem namoro, e as juntas de boi da chaveia até a junta de boi de coice , começa a aluir o carro de boi bem devagar, e o carro bem caceado começa a cantar , só de aluir e os doze boi cangados em seis juntas vai passando , junta por junta na porteira da saída do barracão , para pegar a estrada carreira que segue para o destino de todos , que vai e que vem dando do outro lado do rio quando da região mesmo, e a mesma estrada que passa do lado dos currais da fazenda saudade que começa na divisa do pequeno vilarejo e vai até as margens do rio do sono, uns dez quilômetros mais ou menos em linha reta, da sede da fazenda saudade até a divisa , com o outro fazendeiro e para os lados uns oito a nove quilômetros a fazenda era quase quadrada. A vida seguindo seu curso, cada um já começa cuidar de seus afazeres , o sol vem seguindo seu curso , beijando o cume dos montes começando a secar o orvalho da relva, o senhor Zinia mais o Saracura , já descambou por traz do canto do mato do barro preto, bem antes do sol beijar as copas das arvores mais altas, as vacas leiteiras já está saindo do curral , até mesmo as retardarias , as mais apressadas já estão passando a passagem do córrego dos patins na aguada ,e já está subindo a pequena cava depois do córrego, lá na curva do gigantesco e secular banqueiro seu Zinia do lado da boiada carreira, Saracura correndo para abrir a porteira pesada feita de tabua de aroeira e segurar ela aberta para as juntas de boi carreira passar junta por junta, até passa a traseira do carro de boi, que canta uma beleza, e olha o carro de boi não está com a sua carga total, apenas a traia de arar, os arados ,as correntes, os moi de bicos de arados , algumas juntas de cabo de arado, as chaves, ai quando passa a traseira do carro de boi, seu Zinia também já está parado, junto do batente da porteira, ai os dois carreiro começa a descrever a manha de trabalho, pois e Saracura as coisas lá vai bem , e nossa semana está ótima, apesar de alguns imprevistos , nas a semana em um todo está ótima, e senhor Zinia está mesmo , mas os imprevistos tanto no trabalho como em nossa vida pessoal, e com nossa família também, faz parte do nosso aprendizado diário, as vezes nem vemos as complicações em que nós entramos no curso agitado de nossos pensamentos e somente bem depois de algum tempo, e que paramos e ia vemos que em certo instante, estávamos em dificuldades com nossas atitudes, mas sem até mesmo os nossos olhos verem nosso corpo sentir os efeitos de nossas atitudes , mas de repente nos deparamos com nossas fraquezas e sem percebermos conseguimos vencer alguma barreira imposta, colocada por nos mesmo em nosso caminho, mas engraçado e que superamos ela sem até mesmo, percebermos antes de supera-la , mais ai fica o aprendizado que levamos para o resto da nossa vida, o existir e um eterno e abençoado aprendizado que levamos, para o resto da nossa vida na estrada da nossa existência humana aqui nesta terra. E Saracura você está certo a vida, o existir e um eterno e magnifico aprendizado dentro de nós mesmo, para com nos mesmo, na estrada de nossa existência, amo, amar a existência que pulsa em mim mesmo, a existência que se estende através de meus passos seguindo com prazer a tocar o chão , a terra que me alimenta, que me abençoa , me guarda, guia e rege meus passos pela estrada, conduzindo-me ao infinito , ao extremo, ao belo, e no mesmo tempo me deixando na cinzas quentes da minha própria existência, pouco depois do incêndio provocado por mim mesmo, na imensidão da minha existência indo além de mim mesmo , diante de meus olhos trêmulos e com medo, vivendo com tamanha insegurança a minha própria existência, por hora com medo de não mais existir, o próprio existir do meu ser, mas o existir e eterno e esplendido vai e segue além de mim mesmo , o infinito e meu mundo e minha realidade, e a extensão de meu ser aqui nesta terra, segue flutuando através do desconhecido dos meus próprios olhos cansados. E Saracura as vezes me perco dentro de mim mesmo, mas me diz ai Saracura como foi sua noite de ontem para hoje, estive lá na casa do seu avô Manoel, ontem à noite , deu certo nosso negócio ,mais acabei chegando o que ele queria, seu avô e muito marrento nos negócios , mas eu mais ele dá certo pra fazer uns catiras, sempre chegamos ao um bom entendimento para os dois lados, dá certo seu Zinia a vida e assim mesmo, mas ia deu certo lá ontem para você na casa dos eu Sebastiao capataz, seu avô me disse que você saiu aninado com a sanfona nas costas bem cedo, e seu Zinia mas não fui direto para a casa do seu Sebastiao não, passei na venda e joguei uns três fichas , depois e que fui pra casa do seu Sebastiao , e ai ensaiamos alguns acordes sim e hoje vamos tentar animar o forro na casa do seu Tiãozinho , o senhor vai ir lá seu Zinia, uai vou ver com minha veia, a Zeia já teve está lá hoje , hora desça na casa da comadre , ela vai ajudar a fazer as quitandas para o terço de hoje à noite, ai tenho que ver com ela, se ela não tiver muita cansada , pois o batido lá hoje e dos bons, você sabe como e Saracura, tá certo seu Zinia mas se ter certo vai lá por senhor ver nos tocar um forro pé de serra, a mas quero ir sim lá hoje na casa do compadre Tiãozinho no terço e depois eu mais a minha veia , cair no foro até altas horas, Saracura, mas e a sinhá Peara cantou também aquelas melodias lindas que ela canta mas a irmã dela, uai seu Zinia cantou sim algumas músicas ontem, era só para ser um ensaio mais ai dava os parentes quase todos do seu Tião capataz lá , e ai o senhor sabe eles são animados e a animação foi até altas horas, creio que o senhor escutou o togue da sanfona lá na casa do senhor até tarde, pois o ar estava parado e ficamos no terreiro até tarde , que bom Saracura você merece e um rapaz muito bom e muito trabalhador, fico feliz por ter dado certo os acordes, e as coisas do coração , por seu lado está tanto certo , lá na casa do seu Tião , a sinhá Peara e uma moça muito bem prendada e tem um bom caráter, que isso senhor Zinia. Neste instante Saracura tentou mudar o rumo da prosa que isso seu Zinia, ontem à noite fui na casa do senhor Sebastiao Ananias Valadares de Teófilo, tão somente pra ensaiar alguns acordes , para tocarmos hoje lá casa do senhor Tiãozinho cunhado do senhor Sebastiao, depois do terço ,para animar um pouco o pessoal e se alguém quiser dançar um pouco para esquecer o estresse da semana e celebrar o sábado véspera de domingo, tão somente isso e sem nem um enderece direto ou indireto de minha parte, que isso Saracura seus olhos lhe condena mais tudo bem deixa pra lá , e senhor Zinia. Aí Saracura respirou profundamente dentro do silencio absoluto de seu ser, segurando o copo de alumínio na mão direita, tomando suavemente agua fresquinha degustando até a última gota de agua cristalina do copo, e coloca suavemente na boca da cabaça, e começa a desfiar um longo e comprido rosário, extraído de seus sentimentos bem cortes come a dizer para o senhor Zinia, e o senhor está certo seu Zinia a vida de gente, tem muitos caminhos , a estrada e longa e sempre nos encontramos , em certas encruzilhadas , porem todos os caminhos são bons para seguirmos em frente, e hoje por mais que minha noite foi esplendida de alegrias e até conversei sim , com os pais da minha doce e meiga Peara, e eles consentiram com o nosso namoro , nosso noivado, e por que não como nosso casamento, ainda assim tenho que estar meio ressabiado , por que o senhor sabe, somos de casta bem diferentes e a minha família ainda não sabe, que eu estou apaixonado e pedi a mão da minha linda sinhá Peara ontem à noite em namoro, hoje quando chegar em casa quero comunicar para papai e para mamãe e conversar com eles, pois sem a benção de meus amados pais, não acho correto continuar o assunto com a família da sinhá Peara, o senhor não acha certo, e Saracura cada dia me surpreendo mais com você meu rapaz , um menino como costumo dizer por ai, e você sabe bem disso , que tenho o maior carinho e muito respeito por você, lembro de você ainda criança correndo lá correndo , lá na porta da casa do seus pais, brincando junto das crianças de sua idade de pique esconde, quinada, pega-pega, depois cresceu e começou a trabalhar, e já tem uns quatro anos que trabalhamos juntos , quase todos os dias, e admiro seu comportamento e a educação que seus pais lhe deram , o menino tomou rapaz e hoje já e homem formado e com muita responsabilidade. E senhor Zinia sei de alguma coisa sim e claro, mais não e nada comparado coma compreensão e a sabedoria que o senhor tem , aprendo muito da vida com o senhor , as vezes sem até mesmo o senhor expressar uma única palavra, mas estou sempre buscando compreender a mim mesmo, e as atitudes da minha existência humana, que muito me ajuda no meu aprendizado, que não e nada comparado a de meus queridos e amados pais, a do meus avos então nem se compara, pois tenho muitos defeitos que sempre me levam , para os caminhos escuro da minha existência, um deles o senhor sabe, gosto por demais de aventuras perigosas, não parece mas estou sempre na berlinda , sempre comprometido com alguma aventura, em algumas vezes me dá um pouco de trabalho , dor de cabeça sair, coisas que as vezes o senhor não sabe, mas tudo bem deixa pra lá, e Saracura talvez você tenha certa razão mas tipo aquele romance que você teve com aquela dama comprometida , que não e nem daqui me, mas creio que acabou, mas também nem sei se ainda rola por ai no caminhos da vida, até aqui vocês dois , fazem muito bem, mas eu também já tive as minhas loucuras, e até hoje não me arrisco colocar a minha própria mão no fogo por mim mesmo, mesmo estando casado e muito bem casado com minha comadre lá de casa , de vezes enquanto tem algum raro de saia que tenta tirar o juízo sim, mas ai busco me concentrar fazer a minha parte, pois o amor que tenho e sinto até hoje pela minha amada , doce amada e minha esposa a mamãe a mais perfeita mãe de meus filhos , não e apenas uma aventura que pode me tirar o sono e nem tão pouco tirar do caminho, que caminho ao lado dela, mas quanto a você e coisa da idade creio eu, e vejo assim , pois seus olhos não me deixa dúvidas quando o amor que você senti pela sua gentil e meiga sinhá Peara, que es uma linda e deslumbrante moça.

Tudo bem as vezes você pode até estar meio receoso , quando a conversa que você vai ter com sua família, mas pelo pouco que conheço da sua família, a diferença de suas castas, não irá intervir na benção do namoro de vocês, pois ela a sinhá Peara por ser de descendência africana creio que o seu papai e sua mamãe, os meus compadres não irá intervir e nem tão pouco o compadre Manoel , nem sua bisa Sarina, pois a família de você dando do lado do seu papai , quando também do lado da sinhá Peara tem muito apreço uma, pela a outra , e creio que este seu receio e um pouco da ansiedade de falar com seus pais, seja normal , pois seus pais seus avos , viram vocês crescerem juntos, e a descendência dela e a sua pode até ser diferente sim ,mas isso jamais interferiu no convívio de suas famílias, e nem no convívio das outras descendências que existi aqui no vilarejo, e na região, sua família e muito bem respeitada, por toda região e todos só falam muito bem , tanto dos mais velhos , quando de vocês mais novos, e creio eu que seus pais nem vai questionar a descendência da sua pretendente Saracura, quanto a isso pode ficar tranquilo seu avô Manoel e um sujeito bem vivido e com certeza dentro das entrelinhas , já adivinhou seus pensamentos e conhece muito mais do que você possa imaginar , até mesmo de seus sentimentos, mesmo que você ainda não disse nada para ele, mas ela já sim desvendou nos teus olhos, coração de pai não engana meu filho de avo então. E senhor Zinia ainda , não tinha olhado por este lado ainda de minha família, com a família da minha amada Peara, o senhor está certo devo deixar as coisas acontecerem no curso do nosso dia a dia, e assim que eu chegar em casa e descansar um pouco e esperar meu papai chegar do trabalho e conversar com meu pai e minha mamãe, e creio que vai ser de bom grato de meus pais sim, quando a abençoar a união de meus sentimentos de amor pela minha asinha Peara, que também tens o mais puro e sublime sentimento de amor por mim, uau esta poeta hoje, ontem à noite foi boa, a sim senhor Zinia depois do ensaio conversei com o senhor Sebastião e pedi a mão da sinhá Peara em namoro, noivado e casamento, mas o danado do velho me surpreendeu , pois pediu para mim conversar com meus pais hoje, pois ele aceita e abençoa sim nosso namoro, mas quer já quer conversar com meus pais , hoje mesmo para ver se eles também concorda com o namoro e marcar logo o noivado e o casamento e segundo ele tem que ser no máximo até o começo do mês de janeiro do ano que vem, como si diz não dá dando nem seis meses, e Saracura do vendo que no começo do ano , tem mais gente passando por lado de cá da existência , lado este magico e encantado, lindo de viver , quando os sentimentos são reais e verdadeiros , e os sentimentos de vocês dois o são, tanto os seus sentimentos Saracura e os sentimentos da sinhá Peara, e olha que ela tem alguns pretendentes bem conceituados , e muita linda aquela morena, uma senhora de classe e beleza ímpar, vocês dois formam um lindo par, um belo casal , que com certeza ira viver muito felizes ambos e com muita benção de minha parte que sou só amigo da sua família e padrinho de sua irmã mais novo os abençoo. Muito obrigado senhor Zinia. E nisso os dois amigos carreiros já estavam descambando para entrar já na porteira do pasto do vau do ribeirão que dá acesso ao pasto que dividi com a divisa coma cerca da roça que ele ia deixar a traia de arar , para começar a tombar a terra na segunda feira como se diz quase que a metade da tarefa do dia, já estava concluída, pois a porteira já avistava o colchete da entrada da roça, a uns duzentos metros mais ou menos , ai e só encostar o carro debaixo d assombra da gameleira secular que fica logo na entrada da roça e rabear o possante e ajeitar bem a traia carreira , calcar bem o carro de boi descalçar as seis juntas de bois e soltar ele para o pasto do lado da roça mesmo, ajeitar bem a traia debaixo do carro e voltar para a sede da fazenda saudade como se diz bater o ponto e ir embora para seus lares , e isso era mais ou menos umas nove e meia da manhã no máximo, o sol ainda estava alto , e tudo corria dentro do programado como se diz , lá pelas uma hora da tarde , uma e pouquinho os dois carreiros já estava chegando na fazenda de volta, missão quase comprida, ai os dois chegou descalçou a boiada , colocou um pouco de sal no cocho ao lado da cerca ajeitou as canga os cambões debaixo do carro, deu uma dê cansadinha , enquanto dava uma olhada na roça , ali por perto do carro de boi mesmo, e virou pra traz sem almoçar. Ai o senhor Zinia sugeriu que andasse um pouco e almoçasse na sombra do córrego da garapa lá depois da curva uns três quilometro mais ou menos, Saracura que também dava doido para parar mais cedo ano se fez de arrogado e concordou logo , e não estou com fone ainda da cedo , então vamos embora caminhar um pouco , ai saiu os dois pela estrada afora, batendo um gostoso assunto, como se diz para não ver a estrada, jeito de peão de viver com muito amor , pela sua profissão , sendo não apenas companheiros de trabalhos, mas amigos irmãos. E o curso da vida seguindo os passos da estrada , em cada canto da terra, a vida flui e reflui nos trilhos, na imensidão do universo, as galinhas ciscam, o cisco espalhado no quintal de um lado para o outro , revirando o que já foi revirado a pouco , a galinha de angola pia distante no meio do capim provisório na baixada do córrego dos patins , anunciando que já começou o ciclo de pôr os ovos da galinha de angola já chegou, e o ganize canta apresado no alto do morro, tirando a concentração do senhor Sebastiao que estava negaceando aonde a galinha de angola estava piando, para encontrar teu ninho , mas com se diz , vai ter de deixar para amanhã. E na esquina da venda a notícia do dia e da noite anterior corre solta, pelo vilarejo chega de um e de outro lado , a cavalo outro já vai saindo a pé do vilarejo , durante todo dia e um vai e vem danado de pessoas indo e vindo de várias regiões , umas morra as vezes até em outros municípios , e até mesmo em outro estado, só que o comercio do vilarejo e o mais próximo para todos ai o vilarejo durante todo dia e um movimento de gente que só vendo, o vai e vem de pessoas de todos os lados uns comprando outros tentando vender a produção, e por ai a vida segue nos trilhos, estradinha e estradas, que cruza o distrito e toda zona rural em várias direções. Na casa grande tia Siara raspa a garganta e chama sinhá Chiquinha , para anunciar a patroa que o almoço já está quase pronto, e se já pode ser servido na mesa , o sol já brilha alto , quase entrando no ciclo do curso da decima primeira batida do relógio, na garganta do carijó canta alto e bate as asas, e canta de novo, lá mais embaixo , no canto do mangueiro , no curral, na várzea, nas montanhas, no canto do mato do barro preto , no rancho do senhor Zé da équa , e a vida segue anunciando e emanando amor, sentimento imortal, sublime da existência humana, no existir dos dias e noites com e sem luar , a luz das estrelas cintilantes que em muitas vezes brilha apenas no íntimo do ser, que emana este sentimento esplendido da existência, em teu existir. Na porta da oficina seu Manoel ajeita os últimos detalhes na esteira que já está no carro de boi do senhor Zizinha , tia Luleia ajeitando o cisco , já na porta de saída dos fundos da oficina , para a horta cantando uma linda canção vinda de tempos distantes, seu Manoel ajeitando os últimos detalhes da esteira conversa com os amigos sobre o tempo , a vida, os acontecimentos do vilarejo, e até mesmo da região , um senhor de certa idade mas de muito bom e fino assunto, sensato muito calbês e de uma educação ímpar, parece um rei, para com seus ai seu Manoel termina faz a entrega de seu trabalho artesanal e um gênio na arte de desfiar e tecer a taquara de bambu fino, um completo artesão seu Zizinha com muita calma como sempre o é, diz e seu Manoel a esteira ficou ótima e o caniço também , essa e a primeira de muitas outras que o senhor vai fazer para os meus dois carros de boi, e também vou querer comprar uns três balaios dava tanto uma olhada nos balaios que o senhor produz e pura arte, se o senhor não tiver de pronta entrega vou pagar o senhor seu Manoel, e assim que estiver pronto o senhor pode me mandar os balaios pelo o tiozinho , o senhor sabe quem e ele, sempre vem aqui de quinze em quinze dias trazer galinhas, feijão, algodão, a mercadoria que ele negocia lá na casa dele, ele mora lá na curva da gamela, o ponto de pouso dele e lá e casa quando ele vai daqui , sei sim quem e , mas aqui no vilarejo quase todo mundo conhece o tiozinho da venda das gamelas, ele sempre passa aqui na oficina para comprar ou vender algumas mercadoria que ele traz para vender, segundo ele nós somos até meio que parente , mais distante , sabe como são as coisas, e seu Manoel a vida e cheia de surpresas , mas o assunto está danado de bom, mas tenho que andar um pouco, como se diz estou bem longe de casa, então vamos acertar quando eu devo por senhor, a esteira e os três balaios, ai seu Manoel convidou seu Zizinha para dentro da oficina e os dois fizeram lá o acerto. Enquanto isso a vida segue seus passos na estrada , no vai e vem do vilarejo sempre de braços abertos para a evolução e a grande revolução da existência, seu Zinia mas o candeeiro Saracura chegando já na margem do córrego da garapa bem na barra onde o pequeno e gigantesco córrego abraça com teus braços, nos abraços sedosos e apaixonados com as aguas cristalinas do ribeirão da ferragem, lugar magico bem na margem da barra debaixo da gigantesca gameleira secular e a uns cinco metros de distância o gigantesco pé de sangra d’água , também secular abraçam seus galhos com os galhos da gameleira , junção perfeita de amor da natureza que deslumbra os olhares trêmulos , e cansados , exaustos da existência, saboreando o encanto e a magia do lugar, a sombra fresquinha debaixo de seus galhos que também refresca a barra tanto do córrego da garapa , com também do ribeirão da ferragem, refrescando e cedendo agua cristalina de ambos de graças para todos os seres, que percorre o caminho que margeia coma margem da barra da garapa coma barra da ferragem, que lugar e ali na barra do córrego com o ribeirão seu Zinia raspa a garganta e diz ,e Saracura acho que aqui e um bom lugar para darmos umas duas colheradas , na matula do dia, para calçar o estomago , e depois chegarmos na sede, e seu Zinia estava pensando nisso mesmo , o senhor está certo então vamos sentar por aqui na boca da cava do córrego da garapa e matula um pouco, e Saracura vamos sim matula um pouco , já está na hora , o estomago esta rocando , e o astro rei já está quase virando lá no alto próximo ao firmamento junto ao universo, e seu Zinia já teve ser quase meio dia, mais ou menos, e sim Saracura já teve ser mais ou menos onze e meia quase meio dia. E ali debaixo daquele enlace de amor sublime da natureza os dois amigos carreiros se assentaram na boca da pequena cava, e amatularam por alguns minutos , e enquanto fez o quilo da boia, seu Zinia tirava uns tragos suaves no cigarro de palha , produzido por ele mesmo , feito do fumo capoeirinha enrolada na palha de milho, que fumaça gostosa , enquanto tirava uns dois tragos no palheiro os dois conversavam sobre a vida, e claro, e o assunto sempre voltava na noite anterior, e nas perspectivas da tarde , e do fim de semana vindouro, como se diz curtir o domingo sem preocupar com nada, apenas descansar no domingo , e estar com as energias renovadas para iniciar bem a semana vindoura, e colher os frutos do trabalho sagrado que edifica e valoriza o ser no curso de seus passos retos pelos caminhos da existência, e não tão assim do nada surgi um cavaleiro na curva debaixo , vindo do sentido da roça para o vilarejo montado em um cavalo meio que castanho claro, como se diz meio roxo numa marca gostosa e suave pela estradinha a forra e a marcha vem aproximando dos dois carreiros sentados na boca da cava do córrego e a marcha do cavaleiro vem chegando até que aparece na margem da barra do córrego da garapa, e sobre a sela o senhor Zé carteiro que com certeza também está indo para o vilarejo , mais ai seu Zé carteiro quase que não para , passa devagar e cumprimenta o senhor Zinia e o Saracura, boa tarde senhor Zinia e ai Saracura tudo bem , esta ai descansando um pouco e seu Zé, dava amatulando e descansando um pouco, mas já vamos também pegar a estrada de volta para ver se chegamos na sede mas cedo hoje , creio que vamos sim chegar mais cedo, e senhor Zinia o senhor mais o Saracura vai sim chegar bem mais cedo na sede já está perto, e eu vou apertar o passo do pangaré pois ainda tenho que chegar no vilarejo , ajeitar umas coisas lá, e fazer uma comprinha e voltar para casa e também quero ver se chego em casa mais cedo , antes do sol ceder seu lugar para as estrelas que traz consigo o brilho e a suavidade da noite, e Zé o senhor vai sim conseguir chegar cedo , em sua casa hoje sim, ainda está cedo, já teve ser mais ou menos meio dia, e for mais de meio dia e pouca coisa, vai com Deus, amem vocês também ficam com Deus, vou apressar o passo dá certo, e o Zé Carteiro passa as esporas no sovaco do cavalo e sai em uma marcha gostosa pela estrada a fora, e seu Zinia mas o amigo Saracura , neste instante também já está terminando de passar pela porteira que divide o pasto da beira do rio do sossego com o pasto da ferragem , já tinha andando mais ou menos uns trezentos metros na margem do córrego até a porteira.

O sol seguindo seu curso dentro do ciclo da estrada da existência, já quase virando a sobra toda das arvores , e de todos que caminham pelos caminhos na estrada da existência, o vento quase leve um pouco pesado e quente sopra distante, tocando com prazer os galhos e as pontas das folhas da palmeira de babaçu lá no alto, um vai e vem esplendido aos olhos, as folhas do conjunto paisagístico das palmeiras de babaçu, , baila aplaudindo a todos tocando com prazer a ponta de uma folha a outra, um balé único , impar e os passos leves ou até mesmo cansados da existência, percorre o caminho , conduzindo o vai e vem que emana o ser de encontro com o próprio ser, no ciclo da magia e encanto da existência, sempre contemplando o ciclo da vida sem os olhos perceber a sinhazinha donzela, canta o plebeu também , os súditos , o príncipe , a princesa donzela e o vagabundo, a existência fluindo o existir no ciclo da vida. E pela estrada que corta o pequeno vilarejo e toda zona rural do distrito percorre , variados e distintos passos , uns apressados outros calmos, na expressa calbês do corpo ereto , caminha a vida , pulsando a juventude e também a existência já vivida, debaixo dos cabelos brancos , os passos não tão ereto o corpo um pouco exalto na estrada, já percorrida a infância percorrendo bem apressada, porem devagar aos olhos de quem a conduz, e a vida em sua sublime essência, contemplando a existência a seduzir-se a si mesmo, talvez somente a mim mesmo, o vai e vem a caminho no caminho , seguindo direções opostas , dentro do mesmo caminho, na mesma estrada, por tudo contemplando o existir no ciclo da existência da vida. Na estrada avista longe distante quando está no topo dos morros, e nos chapadões, e nas planícies a vista também e ímpar, tem lá seus percalços o caminho e a estradinha , cortando e contornando curvas e mais curvas, segue seu curso, saem um estradinha aqui , sai outra para ali, mais adiante cruza uma e outra, a outra lá na frente na curva por entre as pedras da cava depois do pau de óleo , é seu Zinia , e o Saracura seguindo a estrada sai um galho aqui para cá mais a frente outro galho que leva para as terras espraiadas mas margens do córrego, e o sol cobrindo seus passos, e entre uma prosa e outra o relógio segue teu curso na garganta do galo canta na porta do rancho da família , que mora na margem do córrego da garapa já quase em sua nascente , e o outro responde de lá, na barra do córrego dos cabritos, canta também distante bem lá para traz canta o galo ganize , respondendo ao cantar do galo de cá, e na curva do jatobá já tá para avistar o canto do mato do barro preto, e ai e só subir a pequena súbita uma pequeno lançante , que já vai deixar a estrada de rodagem que cruza o distrito e segue para o outro estado, quando virar na estrada que desce para a sede da fazenda da saudade cruz bela, já dá para avistar lá de cima a sede lá embaixo do lado da margem do córrego dos patins, quanto os dois companheiros de trabalho vai calcando o alto do lançante já avistando a encruzilhada , onde vira para a sede da fazenda, os dois carreiros avista lá na curva da aroeira meia deitada, um mundo veio de cavalos, burros todos areados com gente sobre as selas , muita gente caminhando pela estrada afora, na direção do vilarejo em uma caravana e uma conversa danada , um zum , zum danado , uai seu zinia aquele tanto de gente está vindo da estrada da ponte , parece que são os nômades viajantes, e Saracura são ao nômades viajantes da terá sim, pelo jeito da caravana estão vindo do Goiás , e deve subir para dentro do nosso estado, mas e muitas gente nem dá para contar , mais parece que tem bem amis de cem cavalos e burros, são muitos mesmo e uma enchente de gente, senhor Zinia, passa de cem cavalos com certeza , lembra da última caravana deles que passou por aqui no final do mês passado era bem menos cavalos e a caravana deles tinha oitenta e cinco cavalos, e Saracura lembro sim , até o meu compadre fez um catira com um dele, pelo horário deve que vão acampar lá embaixo nas margens do córrego das pitangas com a barra do córrego dos patins, na baixada da barra , pois o pasto lá na várzea esta danado de bom e o patrão não imposta que eles acampe por ali, e seu Zinia o senhor teve está certo, e nisso os dois companheiros já estava chegando na encruzilhada tanto seu Zinia mais o Saracura que caminhava lado a lado na estrada , quando a guia o ponteiro da caravana de nômades andantes da terra , já estava uns passos pra frente da encruzilhada da fazenda saudade, que sempre circulava pela região em um ir e vir danando, ai seu Zinia mas a direita foi encostando aproximando da encruzilhada por lado esquerdo da estrada e foi chegando e virando devagar e o Saracura também e a caravana dos nômades do tempo, que era bem grande foi pegando a descida logo adiante na estrada que desce do lado do vale na curva do buracão , que dá acesso a vila pela entrada principal do vilarejo , e ali no alto próximo do campo de bola , seu Zinia e seu companheiro de trabalho pegou a estrada para descer para a sede da fazenda, e chegar nos currais e na casa grande, e os nômades do tempo seguiram para descer a descida que ta acesso a vila, e era muitos e assim que os dois companheiros andou uns dez passos , o pequeno Saracura disse , uai senhor Zinia o senhor está certo se seu não tiver errado contei na fila da caravana , só até o cavalo pampa de pintas pequeninas noventa e oito cavalos e burros e tinha cavaleiros ainda na curva da roça pra traz, não sei se tinha muito mas deve mesmo passar de cem cavalos e cavaleiros esses que contei , todos tinha gente montado , mulher meninos e homens também , são muitos esses nômades , o senhor viu , eles tem até umas vacas, carneiros, cachorro, tem de tudo, vi sim Saracura essa família de nômades e grande mesmo, tem muita gente. Pois e Saracura esses povos nômades e em muito questionado por muita gente, e claro que eles vivem de seus negócios , as vezes meio injusto nos catiras, mas eles só fazem também se a pessoa concordar , e aceitar a proposta deles, mas são um povo sábio , místico sim tem muitos secretos , mas quem não tem nem um secreto , que se julgue primeiro , são povos que não consegue viver quietos , são sim , mais tem um inteligência milenar e uma cultura impar também de valores , respeitos e tradições valiosas, são homens e mulheres repletos de conhecimentos e de uma mística muito rica, eu gosto de ficar observando a cultura e os valores deles, e estão sempre passando , por estas bandas as caravanas deles, e quando eles acampam lá na beira do córrego , perto da minha casa na várzea o córrego da varginha , a tarde fico sentado na porta do rancho e observando os valores e a cultura deles, sempre aparece um ou outro lá na porta de casa e as vezes até incomoda por que não, mas eles tem muitos valores, sempre converso com eles quanto vem em minha porta e também , posso de garantir eu eles jamais incomodaram a minha família, sempre respeita a família e tem um cultura única, admiro o modo e vida deles, e senhor Zinia o senhor e bom de coração e tem uma cultura muito bonita também , admiro o jeito que o senhor lida com as coisas, e m todas as questão sempre com calma e muita cautela, e muito carinhoso para com sua família, acho muito bonito , olha o senhor está certo, parece que os nômades vai mesmo acampar, lá na barra dos dois córregos, o córrego das pitangas e dos patins, e vai mesmo Saracura, já tem uns parados , outros já até desmoutou dos cavalos, e já tem uns mexendo com as barracas , e agorinha o acampamento deles já teve estar montado, e nós já estamos também descendo na passagem da aguada do córrego dos patins , e já estamos chegando na sede da fazenda, agora vamos ver se tem mais alguma coisa ou outra para fazer hoje para o patrão , se ele vai ainda precisar de nossos cuidados em algum serviço , se não tiver agora a mesmo já poderemos ir embora descansar , essa semana foi das boas, um pouco puxada mas foi ótima e de grande valia, se der certo ainda devo ir lá na casa de seu avô, Manoel , para ver se ele pode buscar as leitoas hoje mesmo, e deixar só as bezerras , e seu Zinia vamos ver ainda está meio cedo, já teve ser uma e meia já indo para as duas horas mais ou menos, , pois os peões ainda não chegou com as vacas paridas agora que eles estão virando lá em cima no canto do mato . E nesse instante as tias e as sinhás que mexe na cozinha já está com o café de tarde pronto, sobre a mesa, ai seu Zinia mais o Saracura vai chegando no barracão dos carros de boi , que está um pouco vazio, pois os dois carro de boi de quarenta e dois balaios cada e a traia de arar ficou lá do outro lado do rio do sossego, quase na beira do ribeirão da saudade, chega abre a porteira e entra para dentro como se diz tarefa comprida, ai seu Zinia pega a cabaça de agua e coloca um pouco de agua fresquinha no copo de alumínio , que ele tira do embornal que carrega o caldeirão da boia e a traia de fazer os palheiros. Neste instante o patrão vem chegando pela porteira do curral principal adentro montado no seu cavalo manga-larga bem trajado , e na marcha do alazão chega perto do moirão perto na porteira que dá acesso ao barracão dos carros de boi, chega o alazão no moirão para o manga-larga e apeia devagar, do alazão desce com a rédea na mão direita e o cabo do cabresto junto, solta a rédea na cabeça do areio cutia no , e vai até o moirão e amarra o cabo de cabresto , e arrastando as esporas , caminha até a porteira , entre para o barracão vaia até no cabeçalho do carro de boi, que está parado do lado esquerdo da entrada da porteira e senta, do lado só senhor Zinia e o candeeiro Saracura, está tomando agua no meio do carro de boi , cumprimenta os dois carreiros , boa tarde compadre Zinia e o Saracura também , e o dia hoje foi tranquilo compadre , correu tudo bem lá por lado lá pro lado do rio da saudade, está tudo bem, agora lá para aquelas bandas, e só segunda o senhor mas o Saracura e os outros carreiros ir cedo para a roça da vargem rio do sossego e começar na segunda ou ainda tem algumas coisas para ajeitar antes na segunda feira compadre, não compadre já está tudo certo hoje já até aproveitei os bois na canga e dei uns dois riscos no fundo da roça do seu tiziu , já até marquei o lado de cá da roça , que o senhor sempre tá a meia para o chico da chica, dá certo compadre, então tá tudo certo posso mandar os outros carreiros ajeitar , mais uns peões para as outras traias de arar, a pode sim compadre então eu mais o Saracura na segunda feira já pode rumar bem cedo para o outro lado do rio e começar a arar a tombar a terra, pode compadre , e hoje os seis dois já estão liberados , se quiser ir descansar , para segunda começar a arar ,hoje vocês já cumpriu a tarefa de vocês dois, e com os seus deveres da semana , e enfiando a mão direita na guaiaca e pegando a espécie já foi contando o salário dos dois carreiros pagou o mês de trabalho , ai o Saracura conferiu o pagamento e disse olha senhor Ruralindo , está errado , o meu pagamento, o senhor não descontou os dois contos que ainda devo para o senhor da novilha a última parcela, a que isso Edgardo você tá certo, mas o pagamento também está certo , os dois contos e um ´presente meu para você de aniversario, está assim estamos certo, o senhor e quem sabe, não já disse para o seu avô, o compadre Manoel , tive lá hoje na oficina , para pôr e prosa em dia e disse para ele , que ia de dar um presente , então estamos certo , e a novilha da indiana já está paga, pois só falta essa parcela, mais patrão negócio e negocio , então muito obrigado o senhor pelo presente, mas se o senhor quiser receber pode pegar os dois contos , pois já não estou contando com eles para este mês mesmo, dentro de minhas finanças, nas estamos certo se você quiser comprar aquela outra novilha que desmamou a semana passada, a bezerra da baiana, e muito boa a bezerra da baiana, e mais vou ver e amanhã ou na segunda feira dou a resposta para o senhor , seu Ruralindo, tá certo filho você quem sabe. Ai seu Zinia e o Saracura despediu do patrão e começou a levantar em direção da porteira de saída, que dá acesso ao pequeno vilarejo passando pelo vale, ai seu Ruralindo sujeito bom e cortes , disse uai compadre e senhor mais o menino Saracura não quer tomar o café da tarde , comigo, vamos lá dentro merendar depois vocês sobe o moro, não gosto de merendar sozinho, uai compadre o Saracura que sabe mas eu acho que vou sim se não for incomodo para o senhor, que isso compadre sabe que gosto que meus funcionários andam pelos corredores da minha casa e não gosto de merendar e nem tão pouco almoçar ou jantar sozinho a mesa somente com a minha família, compadre, e vocês não são meus empregados são meus parceiros, sem vocês não conseguiria tocar os serviços da fazenda e nem teria a mesma qualidade na produção de toda propriedade, graças a Deus e a todos os meus secretários que são os melhores amigos, vamos lá pra dentro da varanda merendar, ai saiu os três amigos pelo curral a dentro passa uma porteira e outra e a prosa fluindo na boa, prosa boa , ai o senhor Ruralindo tanto risadas contando os acontecimentos bem sucedidos da semana , do mês, a compadre hoje tem um terço lá na casa do irmão do seu Tião Capataz, o senhor mais oce Saracura também vai ir lá no terço, eu vou e não quero atrasar , eu e toda minha família , até as meninas minhas sobrinhas que veio da capital, para passar uns dias aqui na fazenda, vai ir também, elas hoje tá numa prosa que só vendo, só falam no terço estão se ajeitando coisa de mulher e o senhor sabe me compadre, claro compadre a minha veia está pra lá hoje, foi bem cedinho para ajudar as mulheres ajeitar os preparativos para o terço de hoje à noite, a festa vai ser das boas como sempre e todos os anos me compadre, e mesmo o ano passado e senhor lembra a festa , dava boa demais , e dava lá foi boa mesmo, fiquei lá até tarde da noite, cheguei em casa com os galos já cantando eu também compadre, quando cheguei aqui na fazenda, já tinha peão chegando para ajeitar as coisas para tirar o leite das curraleiras , mas ai fui deitar um pouquinho, mas levantei cedo como sempre, mais a peonada e das boas , disso não posso me queixar, o meu amigo , Edgalhardo seu pai Saracura e muito bom funcionário , e não sabe o que e atrasar, sempre dá conta das coisas na hora certa , muito direito, mas também tem a quem puxar seu Manoel e um homem, de respeito e de uma índole , não só aqui mas em toda região , eu ando só se fala bem do meu compadre Manoel, não fico mais de dois dias sem ir ter com ele um dedo de prosa, e ver como o compadre está, eu mas o compadre Manoel, parece irmão, parece não eu considero e respeito ele como meu melhor irmão, , tudo que tenho por estas bandas devo ao senhor Manoel, quando cheguei aqui nesta paragem a alguns anos atrás a uns quarenta anos , foi ele quem me deu de tudo , todo suporte até na casa dele morei , junto com os meninos dele, dormia , eita homem de bom coração , tem um grande avo Saracura. E o senhor tem razão meu avô e um bom homem e tem alguns valores, mas também tem seus defeitos, é como ele sempre nos diz, por mais eu ele tenta ser bom, tem lá sem alguns inimigos, por que não, mas e o que ele me diz e a vida, e viver e fazer alguns amigos e colecionar também alguns inimigos, ao longo da estrada percorrida da vida seu Ruralindo, e meu filho pode ser, por que não. A vida da gente tem muitas surpresas , umas tentamos leva-las para o gélido tumulo do corpo, no seio amado da terra que nos recebe de braços abertos, sem questionar o que semeamos, por isso ama , cada instante desta minha existência terrena, mesmo sabendo o que já passei na estrada da vida, para chegar até aqui e ser , quem sou hoje, não pelo dinheiro e pelas poses que tenho, pois sei que tudo que tenho , mais quanto chegar a hora da partida definitiva da vida, vai ficar ai para ser desfrutado por outro, espero que eles tente desfrutar da melhor formula possível , mais sei eu tudo que vem fácil , pode também ir embora mais rápido ainda. Pois e seu Ruralindo o senhor está certo, o assunto está muito bom, mais tenho que subir o moro e chegar em casa mais cedo para ajeitar umas coisinhas e dar uma passada nos acordes antes de ir para o terço, pois vou ajudar o senhor Sebastião aninar a festa hoje no palco e a acordeom não pode desafinar, a pesar de mal saber arranhar alguns acordes , mas vou tentar acompanhar o grupo do senhor Tião mas as suas filhas e seus irmãos que toca muito um bom forro pé de serra, para os casais arrastarem o pé até altas horas essa noite, tá certo Saracura , vai mesmo como se diz ajeitar os últimos detalhes da sanfona, pois vou estar lá logo mais à noite e também quero dançar um pouco com minha amada, minha princesa, a rainha dona do coração deste que voz fala , e seu Ruralindo então já vou subindo e nos encontramos logo a noite , obrigado pelo presente , a sim der certo e se você Saracura quiser ficar com a outra novilha , pode levar ela lá por pasto da estiva , junto com as suas e no fim do mês ai você dá a entrada oce quem sabe. Vou pensar e amanhã de dou a resposta. Ai o pequeno Saracura caminhou tranquilo no sentido da porta da cozinha, e seu Zinia raspou a garganta e compadre também já vou ir indo subir o moro, espera aí Saracura vou subir com você também, vou lá ver o seu Manoel, para acertar os detalhes do nosso catira, sim senhor seu Zinia, então vamos, até mais compadre Zinia, vai com Deus, até logo mais à noite, amem compadre fica com Deus também, e ser ter certo nos encontramos lá no terço logo mais à noite.

Nisso já era umas duas e pouco quase duas e meia da tarde, mas para os dois amigos e companheiros de trabalho o dia de trabalho já tinha terminado estava cedo, ai os dois saiu pelo curral afora , passando as porteiras e fechando com carinho , cada uma pelo meio das vacas leiteiras e dos bezerros que ainda estava no curral, apartados das vacas, mas ainda fechados esperando o peão abrir a porteira para sair para o pasto dos bezerros, seu Zinia mas o saracura , saiu dos currais e pegou a estrada que vai no sentido do pequeno vilarejo e assim que subiu o morrinho , na porta da fazenda olha para o outro lado da várzea e vê dois cavaleiros chegando na porteira dos currais da fazenda saudade e do outro lado na margem do Corguinho das brasileiras , tá pra ver a multidão dos nômades andantes da terra, todos parados na margem do córrego uns já apeados dos cavalos ,a s crianças correndo, aquele alvoroço de gente na beira do córrego. Ai seu Zinia diz para Saracura , e pelo jeito os nômades vão acampar ai na beira do córrego na margem do córrego dos patins e do Corguinho das brasileiras ,e pelo jeito vai mesmo seu Zinia, o patrão não importa me e aqueles dois cavaleiros deve ser os líderes que vieram conversar com o patrão, deve ser sim Saracura, e pela estradinha boiadeira afora os dois companheiros seguiu conversando sobre a semana que estava já concluída a parte dos trabalhos da fazenda, e projetando também a semana seguinte, calculando quando de terra ia tombar com o arado de boi, como se diz se ter tudo certo creio que aramos para umas cinco quartas de arroz cada arado , e seu Zinia se a terra cá para cima não estiver dura lá aonde nos deu aqueles dois riscos para marcar esta macia , se a roça estiver toda macia deve sim dar para arar para umas boas quartas de arroz durante toda a semana, e Saracura com a graça Deus vai dar certo sim, mas vamos descansar , neste resto de sábado à tarde e amanhã que e domingo, para segunda feira , chegarmos lá na roça bem cedo, está certo seu Zinia, e bem melhor descansarmos e estarmos com as energias recarregadas para segunda feira começar bem a semana, mas para começarmos bem a semana e bom viver também feliz o nosso resto de tarde e nosso domingo , em paz e com muito orgulho descansar o corpo e curtir a família , em cada detalhe durante todo sai, dá certo menino, ó nem vi que já estamos chegando na oficina de seu avô Manoel , a oficina hoje pelo jeito da movimentada, o compadre me disse que estava aqui hoje durante todo dia, e lá na porta tem dois cavalos amarados , e seu zinia graças a Deus meu avô e um homem de bom coração e a oficina sempre tem algum movimento, e Saracura seu avô, e um sujeito honrado e muito respeitado em toda região. Graças a Deus seu Zinia, minha família tem muitos defeitos mais no vilarejo e por onde ando, sempre as pessoas falam bem da minha família, e bom ter nascido e amar a mesma família, e a minha família e perfeita para mim, certo menino.

Chegando na porta de oficina Saracura saudou a todos com boa tarde e pediu a benção a seu avô , benção vovô , seu Manoel abençoou o neto com sua benção da tarde, seu Zinia também cumprimentou todos também, Saracura prosseguiu por fora da oficina na rua virando a esquina ao lado , para chegar no portão de tabua de aroeira que dava entrada para o quintal da família e ia até a porta da cozinha da casa do seus pais, e seu Zinia ficou na oficina despediu do amigo Saracura até mais tarde , creio que devemos nos encontrar lá no forro , logo mais à noite, está certo seu Zinia creio que o senhor vai estar lá, eu como o senhor bem sabes vou estar lá tocando o meu acordeom , tá certo Saracura , até mais tarde. Ai cada um tomou seu destino , seguiu seu rumo, como se diz ocupar com os afazeres da tarde, seu Zinia entrou para dentro da oficina e rapidinho acertou os detalhes finais do catira com seu Manoel , e saiu tranquilo pela a rua afora, mas rapidinho já voltou daí uma meia hora quarenta minutos no máximo com as leitoas na traseira do carro de boi do seu quinzinho , que por sorte estava passando vazio na porta da sua casa e estava indo embora para a estação, e o caminho a rua era a mesma que passa na porta do oficina do seu Manoel, sorte danada, ai seu Zinia caminhando rápido na frente dos bois , já foi chegando na oficina e chamou o senhor Manoel, ai seu Manoel as leitoas já está aqui, danos uma sorte danada seu quinzinho foi passando assim que acabei de chegar em casa ai conversei com ele ,e seu quinzinho não se fez de arrogado, fez muito gosto em trazer as leitoas para o senhor compadre Manoel, ai foi só pegar as leitoas e carregar para o carro de boi dele que está vazio , já vai rabear o carro de boi na porta do chiqueiro do senhor , vamos lá por senhor conferir se dá certinho as leitoas.

E então vamos lá no chiqueiro compadre Zinia e os dois saiu e foi até o chiqueiro conferir as leitoas e desceu elas do carro de boi do seu quinzinho, conferiu se estava tudo certo , seu quinzinho deu uma olhada nas leitoas já endereçou por duas e logo começou a indagar seu Manoel se ele tinha comprado as leitoas para criar ou se tinha alguma que ele vendia, seu Zinia despediu dos dois amigos e foi saindo de volta para seu lar, e seu Manoel mas seu quinzinho , ficou lá na beirada do chiqueiro olhando as leitoas. Saracura sentado debaixo do pé de laranjeira, conversando com seus pais sobre, o seu pedido de namoro coma filha do seu Sebastiao a sinhá Peara, pedindo aos teus pais a sua vó a benção o assunto não dura muito, para chegar a uma conclusão e receber as benção de seus pais e de seus avos, seu pai Edgalhardo e Edgardo seu avô Manoel meu pai hoje cedo me contou que tinha conversado com você ontem de noite, quase de madrugada, quando você chegou da rua , papai me disse da sua paixão, e de seus sentimentos , que achei muito digno e muito bonito de sua parte, e hoje conversei com sua mamãe antes do almoço e seu avô Manoel conversou com seu papai na hora do almoço , e estamos todos muito felizes e de acordo, com seu pedido de namoro e quem sabe noivado e até mesmo o casamento meu neto amado, sinhá Peara e uma moça muito bonita e muito bem prendada , depende e de vocês dois agora, nós que somos seus avos e seus pais queremos o melhor para você, e se sua felicidade se chama pelo nome da sinhá Peara , que flechou seu coração com a flecha do cupido, que Deus abençoe o amor de vocês dois, e que sejam muito felizes , calmo vovó , mas seu Sebastiao está querendo conversar com vocês também, e eu disse para ele que hoje lhe daria a resposta , pois ele quer conversar com a minha família amanhã na casa dele , e pediu para mim convidar vocês todos para almoçar amanhã na casa dele , as duas famílias juntas lá na casa dele e acertamos o meu namoro , e porque não até o nosso noivado marcar, nisso seu papai e senhor Edgalhardo , raspa a garganta e disse, mas o compadre Sebastiao está certo Saracura , pode dizer para o compadre que sim, que amanhã nos vamos na casa dele e conversamos sobre seu namoro, mas a senhorita Peara , tá certo papai , seu avô, mas a sua vó também vai , papai já tinha conversado comigo , hoje estava esperando você chegar, para saber qual e suas intenções com a filha do compadre Sebastiao, que e uma senhorita muito bem distinta e muito bonita, repleta de boas virtudes e espero que seja as melhores, claro papai por isso mesmo que disse para o senhor Sebastiao ontem à noite, que tinha que conversar com o senhor mais a mamãe e meus avos para saber, se vocês não ia se impor , pois o que eu sinto pela sinhá Peara , me aflige e muito tempo, e sinto papai que quero e casar com ela ,e ela será a mamãe de meus filhos e futura mamãe de seus netos e dos bisnetos de meus avos, e serio papai quero namorar, noivar e casar tanto no litigioso , quando também no civil. Neste instante seu Manoel o patriarca da família raspou a garganta , ai meu querido neto não lhe disse ontem à noite que vai dar tudo certo, quando da parte da nossa família, está tudo certo, já conversei com todos hoje , pode ficar tranquilo , e vai lá dentro tomar seu banho e arrumar , pois você hoje tem um show para fazer, e eu não quero ver os acordes desafinar , na hora em que estiver arrastando o pé no salão de baile com a sua avó, tá certo vovô então vou ir me barbear e tomar meu banho para ir embora lá para a casa do seu Sebastiao , dar mais uma passada nas músicas antes de irmos , lá para o terço, dá certo meu filho , disse sua mamãe Belciata, que Deus abençoe o amor de vocês dois meu filho te amo muito.

E o relógio do tempo, gozando de seu brilho, segue o seu caminho no curso natural do tempo, com carinho enumerando mais um instante, um segundo, um minuto, uma hora completando mais uma volta em teu próprio ciclo, dentro de seu círculo magico, indicando que a tarde já chegara para todos, o agito e grande tanto na porta da casa do seu Tiãozinho , quanto também dentro da casa e no quintal, próximo do forno de assar quitandas feito de tijolinho de barro forrado com caço de telhas comum , a agitação , o corre, corre e grande das quitandeiras de um lado para o outro , um vai e vem digno de aplausos de formas com as quitandas e peneiras e balaios de biscoitos , bolos de fubá, biscoitos de amendoim , de goma, broa de fubá uma delícia de guloseimas da culinária rural, do pequeno vilarejo, os últimos detalhes dando em volta do forno de tijolinho feito de barro, quando também no rabo do bom e velho fogão de lenha, ajeitando o quentão, o cafezinho e o chá de ervas naturais de variados sabores e aroma, e no vilarejo o assunto e um só, começa a tomar formula e vida, nas vestes e nos corpos dos rapazes , das moças , das senhoras e senhores e também da criançada toda, na casa do senhor Edgarlhardo e da dona Belciata, Saracura já ai saindo do quarto , todo bem trajado em um terno de algodão cor de camurça , feito no bom e velho tear de sua avó, costurado na máquina de costura da sua mamãe Belciata, e o sapato nos drinks num brilho que só vendo, pega a caixa com a sanfona coloca nos ombros sobre as costas, e pede a benção aos seus pais , e sai tranquilo pela porta da sala com muita calma, ajeita os últimos detalhes do sapato com a barra da calça na guina, e sai tranquilo calmo pela ruazinha de terra batida, vira na esquina uns dez , doze metros no máximo , distante da porta da sala de sua casa e dobra a esquina na ruazinha, no sentido pelo jeito destino certo, pois dali a pouco torna virar na outra esquina e já está a alguns passos de avistar a praça da Matriz. Ai a tarde foi chegando Saracura , passou direto pela praça e tomou o rumo da casa do senhor Sebastiao , a família toda do Saracura seus pais , avos, irmãos e irmãs, tios e tias, todos se ajeitando pra ir por terço , como se diz quase toda a comunidade do pequeno vilarejo era presença garantida todo ano no terço de Santo Agostinho de Hiponia , na casa do seu Tiãozinho , ai a tarde foi cedendo teu espaço de graça para o brilho da noite , e na porta do rancho coberto com a folha da palmeira de babaçu , só via aquela multidão de gente, para todo lado que olhava tinha até a carruagem do seu Zé Paulista, que morava lá do outro lado do rio grande, estava estacionado perto do rancho, na cerca de arame farpado só via cavalos, mulas e burros todos amarados , nos postes da cerva, dava até bonito de ver, e a conversa dos féis dava para escutar longe, a i foi chegando a banda que ia tocar no baile depois do terço , isso era uns cinco e cinquenta e cinco minutos mais ou menos, já quase inda para as seis horas da tarde, pois o terço era sempre pontual e começava as dezoitos horas e trinta minutos, da tarde todo ano, e sempre proferido pela dona Sarina esposa de seu Manoel artesão avos do moço Edgardo, vulgo Saracura, dona Sarina já está nos drinks quase oposta em teu posto preparando os últimos detalhes , para iniciar a reza do terço, e nisso a família de seu Sebastiao capaz , já está toda posta junto à frente do altar ao lado os donos da casa seu Tiãozinho e sinhá chica , seu Tiãozinho e seu Sebastiao era irmãos de sangue , e o apreço e respeito da família era muito grande pelo senhor Tiãozinho, que era o primogênito da família , o irmão mais velhos dos quinze irmãos e irmãs, pois seus pais já havia falecidos a algum tempo. A uns poucos passos mais para traz no meio do povo próximo do altar toda a família do senhor Manoel e dona Sarina já na sua posição , Saracura junto da família dá uma olhadinha para o lado e do lado de seu avô Manoel o senhor Ruralindo seu pai Edgalhardo e toda família do senhor Ruralindo próxima da sua mamãe Belciata e seus irmãos, numa prosa danada pelo jeito o assunto e dos bons, ai Saracura avista um velho amigo irmão Tergo , já casado e pais de dois filhos , homem de família que mora bem distante mais o amigo irmão aproxima e toca no ombro do amigo Saracura ai meu irmão como estas as coisas , pelo jeito vejo que você está bem , vi você chegar com acordeom nos ombros , pelo jeito o sanfoneiro da noite e você, que bom revelo meu velho amigo, e pelo jeito está flechado e flechou o coração de alguma dama, senhorita donzela, está apaixonado , olha mais não esquece o velho amigo para o casamento se ter quero ser padrinho do seu casamento, que isso Tergo não sei do que você está falando, mas também estou sim muito muito feliz em tiver , o que de trouxe por estas bandas, saudades dos velhos amigos e sua esposa como está e seus filhos espero que estejam todos bem, não esqueceu que sou seu padrinho de casamento e no civil em, que isso amigo sabe que tenho por você Saracura mas que admiração e amizade , ti tenho com meu melhor irmão, eu também Tergo , pois os irmãos e irmãs as vezes a gente até desentende e fica até de mal por alguns instantes, mais entre nós dois não tem essa não, sempre confiamos um no outro, não somos irmãos de sangue, mais somos irmãos de coração , estava pensando em você ainda hoje mesmo, mas cedo, lá em casa antes de sair para cá , pois vou sim tocar no forro aqui hoje, e quando essa de estar apaixonado , essa também e verdade, amanhã e meu grande dia e espero que me deseja sorte amigo, pois para você Tergo não tem como negar que estou apaixonado, apaixonado totalmente , amando uma pequena sim , e você conhece ela e a sinhá Peara, filha do seu Sebastiao, não me diga e verdade sim Tergo, vamos chegar mas por lado , ai os dois amigos foi encostando na parede do rancho uns vinte passos mais ou menos distante do altar, ai foi colocar o assunto em dia, Tergo e daqueles amigos que a gente tem na vida, que e mais que um irmão tanto o Saracura considera com ele também , só que os dois amigos hoje vive , bem longes um do outro e quase não se vê , mas quando encontra tem sempre um tempo para colocar a prosa em dia. A noite foi chegando e as candeias e alguns lampiões e lamparinas foram acessas para iluminar a escuridão da noite, e o terço já em caminhando para o final das orações , já quase na parte dos agradecimentos e as considerações finais, e o terreiro na porta do rancho do senhor Tiãozinho lotado de gente , e as conversas rolando solta mesmo com o curso do terço , como se diz nem todos são tão féis e devotos da mesma denominação , mas todos em uma perfeita confraternização com os amigos e familiares não faz mal a ninguém, e nessa época por mais que as dificuldades existiam , e a vida era mais dura e mais corrida do que nos dias atuais, o povo era mais unido , mais irmãos acho que sim, não sei talvez possa até estar errado ou enganado sei lá, mas ai o terço acabou foi concluído pela dona Sarina, e começou rapidinho a servir as quitandas e o quentão mas a cachaça da roça para aqueles que bebia, e muito suco natural para as crianças , senhoras , donzelas e os rapazes mais novo , tinha fartura muito fartura eita tempo bom , logo em seguida começou a tocar um bom forro pé de serra, e a noite percorrendo seu curso natural , os casais caíram na contradança , embalados ao som da sanfona do Saracura e no ritmo do grupo musical do seu Sebastiao capataz, e o baile ficou muito aninado , e o povo em algazarra se divertindo muito dançou até tarde de da noite, , e os galos já estava cantando pela segunda vez, indicando que o relógio natural do tempo já entrara no seu terceiro quarto de hora, e que a madrugada não tardaria a bater na porta de todos, e para aqueles que tira o leite das curraleiras já estava quase na hora de ajeitar e ir para o curral , ai sabe como e o peão sai rapidinho um sai daqui outro dali e foi ficando somente os parentes mais próximos e os familiares do seu Tiãozinho e alguns amigos ajudando ajeitar umas coisinhas e ir também caçar o rumo da cama , dormir um pouco, pois ninguém e de ferro.

E o domingo chegou, assim como chega para todos, mais domingo e domingo e as energias vai se lentamente renovando, enchendo da alegria e muito esperança a todos os seres, a vida para aqueles então que se amam , e quando e o primeiro amor, a primeira visita especial , ai tudo tem que estar quase que perfeito, tem que sair direitinho na cartilha , ai lá pelas as nove e pouco antes das nove e meia mais ou menos seu Edgalhardo e dona Belciata , já estavam pronto no traje e as crianças também, de repente seu Manoel mas dona Sarina aparece na porta da cozinha de frente para a caixa d’água feita de pedra , seu Manoel em seu traje de gala bem trajado e dona Sarina com aquele vestido de seda pura , com uma flor no cabelo e o colar de gala e os brinco dourados ouro puro, completando o figurino, seu Manoel dá um tossido e todos entende, Saracura sai por último na porta e se assusta mas não diz nada, seu pai seu Edgalhardo , diz já está pronto Edgardo, estou pronto sim papai, então vamos , já está quase na hora , e não podemos atrasar , dá certo papai e a família toda do seu Manoel patriarca da família sai pela ruazinha a fora no sentido da casa do seu Sebastiao capataz, caminha tranquilos pela rua principal da vila até a praça da Matriz e a vila toda começa a comentar a visita da família de seu Manoel na casa da família de seu Sebastiao sabe como é, a família de seu Manoel artesão está indo almoçar casa do seu Sebastiao Valadares, teve ser algum namoro novo a caminho, os mais cautelosos não e nada demais não ,eles são compadres e ontem o terço na casa do seu Tiãozinho foi um sucesso absoluto uma grande festa, a família de seu Manoel lavai e comemorar junto com a família de seu Sebastiao , a dona Sarina e sempre a rezadeira do Terço da casa do seu Tiãozinho, irmão do seu Sebastiao, e deve ser mesmo, mas a família do seu Manoel artesão segue tranquila passa pela praça da Matriz e segue a estradinha até chegar na casa do seu Sebastiao , rapidinho já dá chegando na decidida a uns quarenta passos da casa do seu Tião capataz, já dava para ver o movimento da família do seu Sebastiao Valadares , as irmãs e os irmãos dele parece que já estão todos lá, mas ai a família do seu Manoel vai chegando devagar o senhor Manoel mas o filho Edgalhardo mais à frente da família, ai seu Sebastiao aparece na porta da sala de sua casa muito bem trajado em seu traje de gala, para receber a família do seu Manoel, recebe a família com muita alegria e muito calor humano, convidam todos para entrarem , para dentro e as duas famílias se confraternizar e vai se reunindo na varanda nos fundos da casa de seu Sebastiao e começa a conversar , uns daqui outros dali, quase todos se conhecem , então o assunto e o que não falta, ainda mais que mal tinha acabado o Terço na casa do seu Tiãozinho , e todos estavam lá também presentes , na noite anterior, mais ai rapidinho seu Manoel mas o senhor Edgalhardo e seu Sebastiao e o senhor Tiãozinho reunidos mas num canto da varanda , conversando ai de repente sai seu Manoel e seu Tiãozinho começa a caminhar devagar e conversando que só vendo, um assunto e dando, e vai entrando para a casa adentro e seu Sebastiao só dá uma olhada para sinhá Peara e sua esposa Santinha , sinhá Peara passa direto para o quarto, e seu Edgalhardo também só dá uma olhadinha discreta para o filho Edgardo e sua esposa Belciata , e segue devagar e sai conversando com a senhora Santinha , ai vai todos os dois casal um da cada família mais o senhor Manoel e o senhor Tiãozinho que já está sentado na sala ,mas Edgardo e Peara caminham para dentro , vai entrando pela porta da cozinha e vai para a sala, Edgardo senta do lado do seu pai Edgalhardo , o restante da família de seu Manoel e do senhor Sebastiao permanece na varanda da cozinha, mais todos curiosos para saber se o namoro e serio mesmo, se vai dar casamento , as irmãs as cunhadas de seu Sebastiao , cuidando das panelas no fogão a lenha na cozinha, ai os patriarcas da família começa a conversar sobre o namoro de seus filhos, eles conversa ajeita os ternos e os pombinhos felizes e afoitos ao mesmo tempo, concorda com tudo , pois quem conversa mesmo são seu Sebastiao Capataz, seu Edgalhardo , as esposas dona santinha e dona Belciata, mas seu Manoel e seu Tiãozinho e os dois pombinhos tão somente escuta e concorda com a conversa , sobre o namoro, e ajeita os detalhes do namoro, mas também quando levanta todos e volta para a varanda, para ajuntarem ao restante da família e contar a notícia do namoro, de seus filhos já está tudo acertado tanto o prazo de namoro, até o dia do noivado, de colocar as alianças e também do casamento, tudo isso em seis meses e meio .A i todos reunidos em volta da mesa da varanda do fundo da casa de seu Sebastiao , alguns debaixo do pé de manga bobona espalhados pelo quintal , ai todos volta os olhares e os ouvidos para escutar o pronunciamento dos patriarcas das duas famílias, na frente da mesa da varanda , opostos os dois convida o novo casal de namorado e anuncia , o início do namoro do agora moço Edgardo e da donzela sinhá Peara, mais ai até o dia do noivado que já está marcado e agendado para o dia dezoito de setembro de mil novecentos e dezoito, e seu Sebastiao mas seu Edgalhardo anunciam também o dia do casamento dia vinte e nove de janeiro de mil novecentos e dezenove , tudo em comum acordo e de agrado de todos. E ai a festa foi maior muita cachaça da boa , aquela para comemorações e datas especiais , em família em algazarra sorrindo e parabenizando o mais novo casa de namorado do vilarejo , e o domingo seguindo seu curso natural e lá pelas onze horas e cinquenta minutos as cozinhara anuncia que o almoço está pronto, essa hora para o sertanejo já e tarde , somente em datas especiais e em alguns domingos , como era festa de início de namoro entre sinhá Peara e o agora moço Edgardo e as famílias deles eram muito especiais para todo vilarejo o almoço saiu mais tarde , mais ai todos se confraternizaram almoçaram juntos as dias famílias, e acabou que a família do seu Manoel ficou na casa do seu Sebastiao até bem tarde e lá pelas duas e meia da tarde a família de seu Manoel despediu e foi embora para suas casas descansar o resto da tarde de domingo.

A segunda feira chegou assim como chega para todos , e cada um foi cuidar de sua vida, correr atrás de seus afazeres, e a notícia que rolava no vilarejo , na zona rural do distrito e até na sede do distrito era o início do namoro do Saracura e da sinhá Peara, mais a segunda feira e sempre segunda feira Saracura acordou cedo no pé do eito para começar a luta da semana , seu Zinia também chega quase junto na porteira da entrada da fazenda e os dois pega o caminho da roça isso com escuro pois a roça era mais ou menos uma légua de distância do vilarejo , e ai os dois peão tinha que chegar cedo no pé do eito, e ia de a pé e só parava de tardinha , sabe como e , e as distancias nessa época eram percorridas de a pé , ou de a cavalos , e chegando no serviço pega firme no cabo do arado e no vai e vem d ajunta de boi , vira o arado no telão e segue a rotina, só vira e volta os bois no risco e um vai e vem no risco do arado o dia inteiro, os bois lá pelo meio dia só troca as juntas solta os que arraram a manhã inteira e pega os que está descansando , mas a conversa surgiu não assim do nada , o assunto sobre o almoço na casa do senhor Sebastiao capataz, com a família do seu Manoel , ai todo feliz Saracura contente com a felicidade de um canto ao outro na face, conta os detalhes do início do namoro e já diz para o seu Zinia a data do noivado e do casamento , ai seu Zinia bem cortes como sempre , diz e Saracura sabia e via que entre você e a sinhá Peara tinha alguma coisa, algum sentimento a muito tempo, e seu Zinia o senhor está certo e por senhor não tenho como negar , que olho para ela com um olhar diferente, já faz algum tempo, mas agora com as benção de Deus e de nossos famílias , vamos namorar , noivar casar a sinhá Peara e a parte que faltava , para completar meu coração e dar jus a minha existência , e ela será a mamãe de meus filhos e filhas e minha amada esposa, sinto que a amo muito , sabe seu Zinia, não sei se o senhor sente ou pensa assim, só que de quarta-feira da semana passada para cá tenho pensado bastante na minha vida, e vejo que para ser feliz , a gente tem que ter uma companheira e para um casal ser feliz, não adianta tão somente ter paixão, e sentimentos, mais aja o que houve temos que buscar respeitar as diferenças um do outro, seu companheiro um do outro em todos os momentos da vida, não somente mas horas boas da vida mas nas horas mais difíceis principalmente , um compreender e respeitar o outro. Dá certo Saracura eu que o diga, a vida e assim mesmo, amar a mulher amada e compreender que ela também sentiu dores e amarguras e ser compreendido também por ela, errar, erramos sim por que somos humanos, mas compreender que erramos e aceitar, que erramos e tentar não ficar errando os mesmos erros sempre, viver arte magica e encantada do existir, na linha da existência da vida humana. Amo a minha amada tica, a como a amo, mas temos lá nossas dificuldades e nossas diferenças que são muitas, há algumas barreiras claro que sim, mais superar todos os dias, e amar e ser amado e ser até cumplice por que não um do outro, se completar no existir tão somente um em ambos os dois, porem sermos um único casal enamorado, eternamente, completando um ao outro.

E saracura vejo e sinto que você e um bom moço, e a sinhá peara faz e uma ótima escolha, então vocês dois já marcaram o noivado e até o casamento, e seu Zinia já marcamos o nosso noivado vai ser no segundo sábado do mês de setembro e no dia dezoito de setembro agora , e o senhor mais a família do senhor são meus convidados , para a festa de nosso noivado, quero que o senhor esteja presente na hora de colocarmos as alianças , que hoje minha mamãe mas minhas irmã , vai ir lá na casa do senhor Sebastiao para ver as alianças com a sinhá Peara , para elas ir lá no ourives para tirar a medida do dedinho da minha deusa , amada, e a hora que eu chegar a noite vou lá na casa do ourives para tirar a minha medida , mas também quero que o senhor mas a madrinha tica , seja meus padrinhos de casamento, que isso Saracura e muito honra para mim participar deste momento de sua vida, onde ira realizar o grande sonho da vida de todo ser humano, em união matrimonial , juntamente com a senhorita Peara, um momento único e esplendido na vida da gente, e ser se convidado e com muito gosto que pode contar com aminha presença de minha parte , pode ficar sossegado , tanto no seu noivado , quando no seu casamento de minha parte pode ficar tranquilo, mas amanhã e que posso de dar uma resposta mais concreta , pois tenho que conversar com a minha esposa, por que não costumo tomar decisões tão importantes assim, sem o consentimento da minha amada tica, creio que por isso que nós formamos um belo casam tão apaixonados. Está certo seu Zinia , o senhor tem toda razão, meus pais e meus avos, diz muito bem deste modo de vida de vocês dois, temos que sermos sempre ocultos e cultos um ao outro, em qualquer situação , primeiro temos que conversamos com nossa companheira de estrada , na caminhada de nosso dia a dia, e ai o assunto rendeu, e sem até mesmo os dois companheiros de serviços perceberem o dia já estava raiando baixo , para terminar , o sol já bem baixinho querendo se esconder no cume da montanha distante , na frente dos olhos , como se diz o dia já estava acabando a segunda feira.

Ai seu zinia bem tranquilo , diz para Saracura graças a Deus o nosso dia hoje foi bom , está sendo ótimo ,rendeu bastante hoje o vai e vem foi dos bois , e nisso os outros cinco ternos de arados que estavam também na mesma roça , cada um num canto da lavoura tombando aterra , já ia ajeitando para parar desengatando a corrente do arado ,e tocando a junta de boi no sentido da gameleira secular , a onde fica a traia e o carro de boi, ai cada um vai descalçando a junta de boi e os peões vão chegando a reunindo debaixo da gameleira, e cada um já vai ajeitando as cangas debaixo do carro de boi , o tocador dos bois no arado , já vai tocando os bois para o rumo do colchete de saída da roça para o pasto dos bois de carro, para eles irem se ajuntarem aos outros bois que já estão descansando no pasto , as juntas de bois que trabalharam na parte da manhã, , ai cada um faz sua parte no serviço , ajeitando cada um à sua traia de arar, e depois o peão pega o embornal com o caldeirão joga no ombro, outro pega cabaça com agua fresquinha toma um bom copo com agua , as vezes sempre tem uma garrafa com o golinho de café gelado, toma aqueles gole , aqueles que pita ascende um palheiro no canto da boca, e todos vai pegando a estrada uns mora mais perto da roça , outros mais longes , mas o caminho e quase sempre o mesmo, até bem adiante quase todos vão juntos pela estrada a fora, seu Zinia mais o Saracura e uns dos poucos que tem que ir para o vilarejo , mas junto deles também vai uns quatro que mora nos arredores do vilarejo, ai a peonada pega estrada e a prosa flui ,a passo firme dita o ritmo do caminho de casa, para todos só uns dois que vai de acavalo , então eles fica para traz para arear o animal, são ao todo doze peões tombando a terra, arando com os bois o dia inteiro, mas nessa época as coisas parecia mais difícil , mas era uma época boa de festas e muita alegria, parece que as pessoas eram mais humanas, sei lá, a individualidade de hoje tirou parece um pouco do brilho da existência para muitos. As coisas era mais sofridas mas todos amavam , víamos o amor em tudo, pulsava bem visível aos olhares, mas como a distância era longa ai quando seu Zinia mas a turma de carreiro chegou no canto do mato do barro preto , onda já avista a casa grande da fazenda saudade e os currais o sol já tinha ido embora e a luz da lua juntamente com as estrelas , já estava bem nítidas no firmamento junto ao universo, em une versos , repletos de amor e magia para com o encanto d avida , brilhando e iluminando a existência , mas nisso eles já tinha saído bem antes do sol arraiar do vilarejo , mas ai uns morava na beira do córrego dos patins , ali despedi até amanhã, amanhã cedo nos encontramos aqui uns três desce pela estrada que segue para o pontilhão e os outros quatro desce no rumo da sede da fazenda, um mora pouco pra baixo da sede , Saracura mora na pracinha quase no começo do vilarejo na casa de seus pais, logo depois da porteira de entrada da fazenda , seu zinia lá embaixo na beira da margem dos dois córregos entre a margem do córrego dos patins e do córrego da varginha, ai eles desce o moro passa a aguada do córrego dos patins no fundo já quase chegando nos currais da casa grande, passa pela porteira do lado dos currais e vai seguindo a estrada, seu Zinia despedi da peonada na porteira e vai para a casa grande, como se diz tem que passar para o patrão e o encarregado geral da fazenda os acontecimentos do dia, eu foi bom, nessa época e o mesmo que tirar o cartão do ponto, e a vida segue seus trilhos curvando as colunas íngremes do tempo, ultrapassando a linha imaginaria indo as vezes apartar em outro porto, em outras terras distantes, o curso do rio segue seguro seu caminho, percorrendo sua margem , refrescando as encostas e vales, beijando a vida, e assim passa se um dia , uma hora, um instante , um segundo, uma semana, duas semanas, dando para os que amam , quando também para os que busca o mesmo sentimento , a vida trilha os passos do caminho, da existência, escrevendo com tinta instransponível os passos da existência , tanto nas horas propicias e reciprocas , como também a tinta e a mesma, a formula e o jeito de escrever e que as vezes difere apenas.

Aí chegou o grande dia do noivado dos dois pombinhos apaixonados, todos opostos a vila no maior borborejo, só fala no noivado da sinhá peara filha do seu Sebastiao capataz, gerente geral da fazenda saudade estrela da manhã, com Saracura o filho do senhor Edgalhardo, que também trabalho na fazenda saudade e é líder dos currais na lida do gado e responsável pela as vacas leiteiras, e também tem uns dez agueires de terra muito boa, o senhor Edgalhardo tem umas boas posses, a tarde de sábado vai chegando beijando a relva quente, escaldante com os raios dourados do astro rei a beijar durante todo dia, e a noite suave e calma vaia aproximando de seu iniciar-se , a brisa longe suave tocando a pele de mansinho acalmando o calor do corpo, os peões já estão finalizando seus afazeres suas tarefas já estão quase todas concluídas, até mesmo nos rincões mais distantes, e os retardatários labuta finalizando o dia, o pequeno Saracura pronto deste bem cedo, pois no sábado seu Ruralindo o liberou para ir embora mais cedo e a sinhá Peara mas sua mamãe nem foi trabalhar deve folga, mais estava em casa na labuta ajeitando os últimos detalhes para o jantar de noivado, juntamente com as cunhadas e suas irmãs , tias e a sinhá Peara , Peara no quarto ajeitando os cabelos dá um trato nas unhas , perfumar o corpo com ervas e cremes e essências das flores , extraída todas as essências e creme do próprio campo de flores e do jardim da família , essências raras e perfumadas, de aroma ímpares sem igual. Tudo pronto , os convidados , alguns amigos da família, nada de uma nega festa, mais pelo jeito e pela animação da turma a festa de noivado promete ser das boas, umas trezentas e cinquenta pessoas no máximo umas quatrocentas mais ou menos, apesar de ser tão somente o noivado, mas para a redondeza e o tamanho do vilarejo e muita gente, até o patrão dos pais da noiva e do noivo presente com a família dele toda na festa de jantar d noivado, do mais novo casal do vilarejo, também me dando seu Manoel que e considerado irmão do senhor Ruralindo, e seu Sebastiao , seu Edgalhardo são o braço direito do senhor Ruralindo, mas deixa pra lá , pois família que é família que se preza sempre confraterniza unida, e arte de ser do ser humano, mas ai quase na hora de sair para a festa de noivado do neto mais velho do seu Manoel, com aquele traje de gala na guina, com sua postura reta como sempre, e muito bom cortes para com todos, mas já estava saindo pela porta da sala de sua casa, mais ai chega um freguês bem atrasado tinha uma compromisso mais deixou para a última hora, só que ele morava longe uma stress léguas e meia quase quatro, mas chegou afoito e seu Manoel estou com muita pressa e não quero de forma alguma atrasar o senhor mas a família para o noivado do seu neto, mas era que daria para o senhor me entregar os dois balaios ainda hoje , agora se ter, o senhor já até fechou a oficina, e já está até saindo, que isso seu Zica, mais seu Zica e um sujeito tinhoso pra danar, mas seu Manoel bem cortes que isso dá sim uai , os balaios estão prontos, vou abrir a oficina para pegar os dois balaios pra o senhor seu Zica, isso não e atraso, ai seu Manoel foi lá dentro pegou a chave na soleira da porta da cozinha , onde somente ele e sua esposa podia pegar , foi até aporta da oficina tranquilo, colocou a chave com carinho na fechadura abrir a porta dos fundos , ascende a candeia na soleira da porta, ai seu Zica tose cá de fora , uai seu Manoel dá difícil pode deixar, amanhã eu passo aqui e pegou os dois balaios seu Manoel, já estou abrindo a porta da frente da oficina seu Zica, tá certo e o senhor quem sabe seu Manoel, ai seu Manoel entreabre a porta da frente da oficina, onde ele fabrica seus balaios, redes, cestas , Moisés , tudo produzido na taquara de bambu fino, abre a porta principal da oficina, , e a oficina toda iluminada coma luz das candeias acessa, ais eu Zica mais que de pressa entra para dentro , e seu Manoel vejo que o senhor mais a sua família está com pressa , pois tem uma festa de noivado para realizar, qual mesmo que e os meus balaios, não seu Zica não estou nem um pouco incomodado não, os dois balaios são estes dois aqui, só que seu Manoel estava do lado dos dois balaios, a sim está certo seu Manoel , então vou levar os dois balaios, para liberar o senhor mas a família que está esperando o senhor para ir , para a festa, e falou e já foi pegando na alça do balaio e fez o gesto para colocar nas costas, mais a i seu Manoel, mais tinhoso ainda, não e sujeito besta, e bem cortes e com muita calma , mais muita calma mesmo , colocou a não bem suave no braço do seu Zica , uai seu Zica , não sei ou até mesmo sei , mas parece que o senhor e quem está com muita pressa, engraçado mais o senhor ainda não disse, a forma que vai fazer o pagamento o senhor não acha, sei bem de sua fama por ai, seus dois balaios são estes que você me encomendou , mas não me disse ainda se é aprazo , ou avista a formula do pagamento meu rapaz, sei bem com quem estou mexendo, por isso mesmo que abre a oficina pois não estou nem um pouco com pressa, se alguém aqui está com pressa não sou eu, mas seu Manoel tinha dito tudo isso numa calma, tão grande que até parece que ele está sorrindo, parece não estava com um sorriso no rosto, embriagante de alegria e muita felicidade, mais ai seu Zica começou a coçar a cabeça, que foi seu Zica sei que o senhor e meio tinhoso e não costuma pagar suas contas , mais e deste mesmo que eu gosto de fazer negócio e melhor de mexer, vamos resolver rápido, vai ou não vai levar os balaios, mas tem que vir primeiro as espécies não tenho nem uma pressa se tiver de ir em algum lugar buscar o dinheiro te espero, se for amanhã não tem problema, depois de amanhã também não uai, e seu Manoel estou sem dinheiro agora , mais na segunda feira e certo, sem falta trago o dinheiro para o senhor e seu Zica ai já temos um probleminha , o senhor não acha, que isso seu Manoel mas segunda feira e certeza, então tá certo , segunda feira e certeza mesmo, que oce vai trazer o dinheiro para pagar os dois balaios, que horas cedo, ou de tarde, na volta do dia, uai seu Manoel, lá pelas onze horas não hora do almoço e certo, então dá certo amanhã e domingo e na segunda feira o senhor vai vir pagar os dois balaios, vou sim seu Manoel, certo então seu Zica mais me desculpe e por gentileza com licença , pois vou fechar a oficina e na segunda feira o senhor pode ter certeza que os dois balaios do senhor está aqui guardadinho, neste cantinho , já que o senhor vem aqui na segunda feira mesmo, então o senhor não vai precisar dos balaios a segunda , e amanhã e domingo , então o senhor me desculpe mais a minha família está me esperando e não quero me atrasar para o noivado do meu querido neto, ai não deve jeito por mais que eu Zica fosse bom de lábia , não teve jeito , foi saindo e coçando os piolhos pela rua a fora , saiu de fininho , pois ele sabia como era seu Manoel, você sabe naquela época , seu Manoel não era homem de repetir duas vezes a mesma conversa, mais ai seu Manoel rapidinho ajeito de novo a oficina e a família já esperando , mais em silencio saiu sem questionar e foi para o noivado do neto Edgardo e a festa de noivado foi um festão danado, conversa da boa , para todo lado, uma rodinha aqui outra ali, o novo casal colocou as alianças e as coisas correram , seu curso natural , Saracura aranhou uns acordes no acordeom do tio da sua agora noiva sinhá Peara, e anoite foi de muito algazarra e muita confraternização entre todos os familiares das duas famílias e os amigos, que agora já tinha mais afinidade ainda e bem mais cordialidade , uma para com a outra, acabou que a festa de noivado foi até altas horas , os galos já estava cantando nos poleiros pelas redondezas toda e a turma dava aninada , mas ai como se diz toda festa que se preze , termina deixando saudades para a próxima, e todos foram descansar um pouco mais isso lá pela meia noite e tanta já indo quase para uma hora da madrugada.

E neste vai e vem da vida, passa se os dias, vive as saudade, lamentos e tormentos, dias bons e dias ruins, noites calmas e também noites traiçoeiras, ciclo magico do existir, pulsando no peito, alimentando a existência humana. Mas ai os dois pombinhos enamorando eternamente apaixonados, encontrando sempre nos dias marcados e cada um contanto nos dedos os dias que faltava para o grande dia de suas vidas, o dia mais desejado e nestes momentos da vida, o tempo parece que voa, para algumas coisas e para outras parece estacionados andando em câmera lenta, e tudo passa de pressa, planos e projetos vão se concretizando ao longo dos dias, uns dá mais trabalho outros conclui mais rápidos, o termo do noivo alguma prova aqui outra ali e já está na guina, o vestido e mais demorado os detalhes por menor que seja tem que estar no devido lugar, mas também que ser e o dia ímpar de duas vidas, dois seres, dois corpos , duas almas e as duas famílias ajeitando cada uma , os preparativos de sua parte, para o grande dia da cerimônia , preparando tanto os detalhes dos papeis, como também para a grande confraternização , para juntos com toda a comunidade celebrar a união matrimonial de seus filhos, convites são distribuídos , o pequeno Saracura ajeitando sua parte , compra os noveis , essas coisas, e também coloca alguns peões a mais na construção do seu lar, vai no pasto olhar o seu pequeno rebanho umas quarenta e cincos novilhas todas gordas , peão na trabalhando na roça tanto de arroz que ele plantou como também plantando o feijão no meio do milho , a vida em um agito danado, e ainda a noite tem que ir na casa da noiva ajeitar os últimos detalhes para o grande dia, e dar atenção tanto para o sogro e a sogra , e também dar aquele afago na gata , mesmo eu rapidinho , por que os sogros não tão trégua , estão sempre de olho em cada movimento dos pombinhos, tudo para não adiantar os sentimentos que pulsa na essência do ser , e na essência da carne. E quando estamos nesta roda da vida, nesta fase as coisas andam rápidas , os dias voam , as noites parecem pequenas , os minutos voam, mas quando os sentimentos são reais, profano , humano, simples e abençoado por todos , as coisas vão acontecendo as roças já estavam grandes o milho gramado , já começando a secar, o arrozal soltando os cachos, até o feijão no meio do milho já estava bem grande subindo pela cama do milho , todo dobrado na roça, o ano está indo muito bem e as roças todas estão boas, indícios de ótima colheita, e muita fartura na mesa de todos , amis ai chegou a semana do casamento , ai os últimos detalhes , tem que ser sempre corrigidos , pois os pequenos detalhes faz muita diferença, o togue final sempre dá o requinte , a leveza , a elegância que vai completando e beleza humana , pelos caminhos da existência humana. Nas esquinas, nas vendas, nas rodinhas de conversas , todos os comentários era o casamento dos dois pombinhos, o mais novo casal do vilarejo, de potestades bem diferentes, porem na expressão de seus seres , o sentimento mais sublime o amor límpido e cristalino na face de ambos, resplendecendo pelo corpo, e na alma, Saracura vindo de família descendente do velho continente , e ela sinhá Peara descendente de família do continente mãe de toda civilização, da terra que e o berço da humanidade , mãe África, porem ambos de família calbes e tradicional no vilarejo, de valores impares, como valorizar o trabalho, o respeito , o carisma, cultivar a humildade, o mutuo amor, e muito prazer e amor pela existência.

A vida seguindo seus trilhos nos caminhos da existência, contemplando a jornada da estrada a cada dia, passa se os grandes e inesquecível momentos, e chegou o grande dia para os dois pombinhos e toda família, os detalhes , todos nos devidos lugares , e a multidão eufórica , entusiasmada para assistir a cerimonia do enlace matrimonial de Edgardo e sinhá Peara, pois era somente pelo o nome de batismo que Peara chamava seu amado, os noivos afoitos , nervosos como todos os noivos e noivas , a noiva foi cedo para a casa da tia dela cuidar da beleza, e o noivo se trancou na casa do seu avô Manoel com dois amigos, e ai chegou a hora de ir para a igreja , o tio avo de Edgardo que veio para o casamento e era padrinho de casamento e alfaiate de primeira linha na cidade grande, foi quem fez e ajudou o Saracura a ajeitar o termo e dar o nó na gravata , que ele confeccionou em seu ateliê na cidade grande. E lá pelas três e meias por aí os dois saiu de a pé pela rua a fora Saracura estava impecável no termo, o sapato brilhando, aí foi devagar conversando e aproximando e claro da igreja e uma multidão, já se encontrava em volta da praça, e alguns até já dentro da igreja faltava uns vinte minutos para as dezesseis horas, para a hora marcada da cerimônia religiosa , e de repente a igreja dava lotada de gente , o padre e todos os convidados presentes , os padrinhos opostos na porta da igreja, a igreja toda decorada com flores do campo, e um lindo tapete de veludo coberto com rosas vermelhas colhidas dos jardins da fazendas , mais a noiva deu uma atrasada , e o noivo aflito de pé diante do altar , esfregava as mãos, uma na outra e conversava com seu tio avo, e mais uns amigos para distrair ,os padrinhos do lado , como se disse para disfarçar a angustia da espera, dai depois de uns quinze minutos depois da hora marcada , eis que anuncia na porta principal da igreja que a noiva estava chegando na carruagem puxada pela cavalaria de gala do senhor Ruralindo , adentrando no corredor principal da praça da Matriz, e foi parando próximo dos degraus da igreja e sem que o noivo soubesse dois fotógrafos opostos registrando cada segundo do momento em fotos , a noiva chegou na carruagem se seu padrinho de batismo, e que também foi padrinho de casamento, mais sua esposa, a carruagem chegou conduzida pelo o cocheiro conduziu a carruagem até próximo dos degraus da entrada da porta principal da igreja, um sonho de princesa se realizando ali naquele instante, as moças do vilarejo em um borborejo danado, todas encantadas com a cena imaginando todo clamor no dia de seu casamento, mais ai o pai da sinhá Peara, e espera da filha no primeiro degrau para conduzir a sua linda e deslumbrante filha até o altar da igreja , bem trajado em seu traje de gala feito para a ocasião, o cocheiro apega bem elegante com muita classe vai até a porta da carruagem e abre a porta da carruagem , e bem cortes seu Sebastiao Valadares estende a mão e pega na mão da sua princesa Sinhá Peara , para conduzi ‘lá até o altar . Neste instante seu Sebastiao que era durão, não aguentando tamanha emoção deixa escorrer devagarzinho pela face duas lagrimas de felicidades, no altar Saracura com as mãos , gélidas , começa a tocar a marcha música de entrada, a noiva do lado do seu papai Sebastiao , desfila pelo comprido corredor da igreja Matriz de Santa Cruz , Padroeira do vilarejo, toda decorada e as floristas na frente espalha pétalas de rosas vermelhas , seu Sebastiao caminha de braço dado com sua linda e exuberante filha do lado até o altar e há entrega na mão do noivo Edgardo , e a família emocionada deixa escorrer lagrimas de alegrias na face, contagiando ainda mais o brilho e o encanto da magia do momento, nos sentimentos de amor que emana entre os dois apaixonados aos pês do altar, o Pároco proferi as bênçãos , pede a Deus que os abençoe nesta nova caminhada de suas vidas, e a igreja toda lotada emocionada com a beleza da cerimonia resplandecendo o brilho da vida, lá do alto junto ao firmamento as nuvens suspensas deixa cair por alguns minutos a leveza da chuva sobre todo rincão, abençoando com as benção de Deus a união matrimonial do agora senhor Edgardo e da sinhá Peara.

Ai depois que o Pároco, terminou de realizar a cerimônia de casamento do agora casal senhor Edgardo e dona Peara , os noivos saíram da igreja ainda sentindo alguns pingos de chuva que tocava a terra e cai de encontro com eles benção de Deus sobre eles , a carruagem que trouxe a noiva esperando , o casal de pombinhos agora casados entraram na carruagem e o cocheiro conduziu o novo casal até a casa do senhor Sebastiao , onde uma multidão já esperava todos os convidados e as pessoas da igreja, todos os parentes tato do noivo como também do lado da noiva que estava na igreja foram chegando e ai lotou mesmo dando a tenda grande que estava repleta de mesas e cadeiras para todos os convidados, e no entorno também , vai ter gente assim lá não sei aonde, estava parecendo dia de ultima novena da festa da padroeira , mais também as famílias dando do lado de seu Manoel artesão com o também a família do senhor Sebastiao capataz, era muito grande e veio parente deles de longe de outros estados tinha parentes do Saracura que morava na capital federal que veio junto com os parentes do padrão dele uai pra ver como a família era unida. Ai a festa foi uma festa e tanto regada com muita comida boa, e muita cachaça da roça aquela de engenho pura , musica raiz e muito forro pé de serra , durante a noite toda até o amanhecer , e os noivos foram embora mais cedo e claro, para a noite de mupicais a primeira noite, a lua de mel que foi um presente do seu padrinho e padrão Ruralindo na pousada recanto da paixão, que ficava a uma légua e meia nas margens da estrada de ferro do outro lado do rio grande já nas margens do estado de Goiás, até o transporte também foi tudo pago pelo padrão , os noivos viajaram no trem das nove e meia saindo da estação , por lá ficaram uma semana. Mas a festa foi o assunto de todo mundo no domingo em todos os lares e nos arredores do vilarejo, nas pequenas vilinhas que ficava próximas do pequeno vilarejo, assunto que rende até hoje boa prosa de tão boa que foi a festa, repleta de união e muita confraternização.

NUTE DO QUARA
Enviado por NUTE DO QUARA em 01/02/2019
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