segunda parte O Candeeiro
Saudade amiga imparcial e companheira fiel do peito, nas horas mais fieis da vida , no curso do tempo, assim pulsa o coração e a alma dos amantes , uns senti saudades sem entender o porquê de tamanha saudade, por não sentir tanta saudade, outros por ainda não dizer nada da saudade, e nem tão pouco pra ela mesma, engraçado , porém, hoje tanto Peara como também o serelepe Saracura , sentiu suas almas enamorando , dizer algo um para o outro, sem proferir se quer uma única silaba, mas o entrelaçar em seus olhares reluziu e descrevia os sentimentos que ambos, sonham em proferir um para o outro, ai vem aquela antiga e sublime frase vai ter que ir lá na casa dos pais da sinhá Peara, e pedir a mão da gata em namoro, isso passa na mente do Saracura, Peara sua mamãe e inha Chica segui a rua reta em direção da casa delas, senhor Zinia está mesmo com calma, para , senta ali no comprido banco, do lado do Senhor Manoel , e começa a conversar , Saracura se despedi do senhor Zinia e entra para dentro da casa de seus pais, ai toma benção de seus pais vai direto temperar um balde de agua para colocar na bacia de alumínio grande , bacia de tomar banho para banhar , pois o projeto continua firme a bater no peito, ir até a venda do tio Lepi, pra ver se encontra um companheiro para a viagem de sábado, não demora muito o cabra já está todo quinado na grife para sair, e quando vai passando perto de seu avô e do senhor Zinia , seu Manoel puxa assunto , ai meu neto Saracura vai lá na venda do compadre, jogar um pouco e Voo , vou ver se encontro com os amigos , pois estou querendo ir lá no baile na casa de titia Charlote no sábado , o senhor sabe e um pouco longe , se arrumar um companheiro para a viagem , a estrada fica melhor, fica mais pequena, e Saracura você está certo , quando tinha a sua idade também não quedava , estava sempre para aqui e pra li, até que conheci minha doce e meiga , a beleza rara de meu mundo, a tua avó e até hoje amo como se fosse a primeira vez, mas estava aqui conversando com o senhor Zinia, a sinhá Peara está uma moça, muito bonita , você não acha Saracura, a danadinha tá de arrepiar corações, e uma boa moça, e vô o senhor sabe que ainda não reparei , trabalhamos lá na fazenda mas vejo ela todo dia, as vezes até trocamos algumas palavras e nada mais, vou ali na venda , ser se topo com meus amigos, depois venho jantar, para descansar amanhã o batido e dos bons, me senhor Zinia temos que ir umas duas ou três vezes lá na roça do Zé pequeno , lá na prainha , carrear mais um pouco de milho, e amanhã já e sexta feira , a semana só da encolhendo, daqui a pouco e sábado, e Saracura se despedi do senhor Zinia e te seu Avo e sai, pelo trilho da ruela , repleta de vassouras curraleiras , assobiando uma canção de amor.
Seu Manoel ai puxa a prosa pro lado de uma barganha que ele , mais o senhor Zinia estava nela a bastante tempo, como e compadre Zinia, vamos fazer o negócio uai, te dou a novilha amarela , aquela que tem uma estrala na e testa , mais uma terça daquela porca e duas leitoas em troca do lote de terra, neste instante seu Zinia deu aquele sorriso, que isso seu Manoel, não dá negócio não, o senhor está mais sovina do que nunca, deste jeito levo prejuízo , a semana passada o senhor me ofereceu um valor bem melhor, não mais o negócio e que a novilha e bem melhor do que as duas marrões, mais seu Manoel, só que o lote de terra ainda assim está barato. Vamos fazer então assim o senhor me dá a novilha , a terça parte do porco, e as duas leitoas , e mais cinco galinhas e me volta o mesmo valor, os três contos de res, em um rompante seu Manoel , de jeito nenhum, esse lota tá muito caro, não seu Manoel , o preço tá bom é que o senhor sabe, pra mim vender a novilha, e as leitoas e bem mais fácil, achar quem compra na espécie do que o lote, e a patroa tem que ir na casa da tia dela, que está meia perrengue, não senhor Zinia, tá salgado o preço do senhor, pelo jeito não vamos dar negócio não, é seu Manoel estou precisando da espécie sim, mas nesse valor do senhor não dá não. É compadre já está ficando um pouco tarde , vou passar ali no comercio e descer para casa, a patroa e as crianças já teve estar preocupadas, até amanhã seu Manoel, vai com Deus compadre Zinia, e pensa até amanhã , não seu Manoel desse jeito não dá negócio, e seu Zinia foi saindo pela ruela de chão batido, já com as estrelas por companhia, senhor Zinia caminha suave pela ruazinha do vilarejo enquanto , na venda o murmúrio e grande, alguns já degustou a terceira dose de cachaça pura do engenho , e ai você sabe é um murmúrio para cá e para lá, e também o movimento no entra e sai dos fregueses, aumenta sempre, no cair da noite, na venda tudo se vende e também se compra , negócios acontecem assim do nada, de repente está feito, alguns sai no prejuízo , outras vezes até ganha é o jogo da existência. Neste jogo onde até mesmo, o senhor Lipe que comanda toda a agitação, por detrás do comprido balcão de madeira maciço, uma noite ou outra quando vai fechar o balanço do dia, note que está faltando algum, isso e da vida. Ao chegar na venda, senhor Zinia com boas cortes que é, cumprimenta a todos e com um sorriso no rosto caminha para próximo do balcão senhor que está atendendo uma freguesa, pois a dama sempre tem a vez, cumprimenta boa noite compadre, como esta as crianças, está tudo bem graças a Deus, apesar que eu mais o Saracura saímos bem antes do galo cantar pela quinta vez, de nossas casas, mais creio que estão todas bem, que bom compadre. Neste instante a filha mais velha de senhor Lipe aproxima do senhor Zinia do outro lado do balcão boa noite Zinia, o que o senhor está precisando para hoje, boa noite uai, estou precisando de uns dois objetos, quero um pedaço de fumo capoeirinha e dois quilos de açúcar mascavo, ai a filha do tio Lipe pega a concha com carinho e segui em direção ao caixote de madeira , onde fica o estoque de açúcar mascavo, pega o saquinho produzido de papel pardo de papel de dois quilos e começa com carinho a medir duas conchas de açúcar bem cheia e coloca no saquinho , dirige elegantemente até a balança para pesar os dois quilos de açúcar , conferi faltou umas oitenta gramas, volta até o caixote e apanha com a concha novamente se abaixa delicadamente sobre o caixote de açúcar mascavo e coloca maus um pouco de açúcar completando o que faltava para os dois quilos de açúcar , e caminha suave até o balcão e pega o pedaço de fumo , entrega por senhor Zinia fazendo a venda e se despedi do senhor Zinia, agradece , e vai atender outra freguesa que já está apresada no outro canto da venda, senhor Zinia agradece cordialmente e sai pela porta frontal da venda, pegando a rua de terra batida que é também a estrada de rodagem , que dá aceso até lá para as bandas de Goiás, e desce pela estrada afora cantando, lá do alto do moro avista o rancho de folha , feito da folha da palmeira de babaçu , cercado de pau a pique ,e uma parte de adobe ,a lamparina clareia todo o ambiente dentro do rancho.
No calor de um abraço apertado de encontro ao peito, nos braços apertados de encontro ao peito , uma lagrima desliza suavemente escorrendo pela face, deixando sobre a pele um fio cristalino de esperança extraído da rustica poeira de tempos hidros distantes, ao tocar de encontro com a poeira , deixando seus pés, traduzindo a grandeza de uma simples gota cristalina de lagrima em um único e singular barulho sem igual, toca suavemente depositando no seio maternal da mãe natureza todas as carências de dias hidros de sedução e de razão, tanto sentido na estrada sentindo de si mesma, seguindo o sentido do caminho, nas curvas que contorce o mesmo rio, rio da saudade, rio da alegria , rio da felicidade, rio escuro, rio do sossego, rio manso, rio agitado mais e apenas um rio, e a estrada também e apenas mais uma estrada, a lagrima também , por que não, qual seria a melhor razão , ser seduzido pela razão, ou um dia tentar seduzir a própria razão, de ser e de viver, apenas buscando encontrar em um único abraço talvez. O rio se inicia pequenino um fino , fio de agua brota do seio maternal da terra vindo das profundezas dos grotões de onde a jaguatirica uiva fino e forte seu uivo , gota a gota vai se ajuntando uma a outra gota e segue se ajuntando no mesmo paralelo, e após cada queda vaia aumentando sua força e a capacidade, e a profundidade também, a agua não debate contra as rochas ela, busca contornar os obstáculos imposto no seu caminho, vai se acumulando gota a gota e de repente aquele espetáculo vislumbra todos os olhares, sem exceção alguma de idade , sexo , racional ou irracional, um show múltiplo de predicados para toda a plateia, indiferentemente se esta ao vivo e a cores ou olhando pelos olhos seduzidos da câmera, a estrada começa calma no raiar e no entardecer do sertão, as mesmas pegadas quase sempre, difícil notar um togue diferente , parece tranquila olhando assim do alto a estrada parece que cresce , fica enorme e assim do meio do nada, começa a cruzar o primeiro trilho onde bastantes rastos da reses cruzam sempre o mesmo trilho, e na mesma hora, seguindo para a aguada lá na baixada , da baixa pequena onde curva, as curvas das aguas caudalosas e cristalinas do rio pequeno e do córrego da garapa que desce e pega a planície , ficando bem distante dos olhos quase não dá para ver a próxima curva , lá na frente a bem mais ou menos umas duas léguas em linha reta e de vez ou outra cruza um cavaleio que vai ou que vem seguindo a mesma direção, de repente um roído começa a quebrar o silencio da estrada, está distante bem depois da tal curva será, os galhos da mangueira secular começa a abanar , apressadamente de um lado para o outro contorcendo uma galha aqui a direita e outra também a esquerda, os frutos da mangueira ainda verdes começa a cair , um , dois , três, quatro, vários múltiplos e vai se misturando cobre as folhas secas da mangueira espalhados pela terra sobre o chão , o cavalo campolina relincha alegre, as angolas cantam e saem em revoada, com só assovio o inhambu plaina em teu voo rasante, pela palhada da roça de arroz no meio das touceiras do arrozal , e no meio da palha seca posa suave se escondendo , a estrada transporta a alegria e também as dores da vida, onde há existência , existi o existir, existi também paz, mais também existi paixão, que pode seduzir e ser seduzido pela própria existência de ser. A estrada percorrendo , apressadamente seu curso, compassadamente , não querendo atrasar e nem tão pouco adiantar, mesmo assim busca compreender que não adianta nada, sair correndo sem reparar por onde está passando , cada detalhe , cada curva, cada trilho que começa ou também termina , faz parte do conjunto completo do corpo, e alimenta cada célula que alimenta a vida ao longo do curso da estrada, tantas estradas, de repente a casinha cinza de um lado e do outro lado ainda está somente na alvenaria, olha foi produzida toda a estrutura de adobe, tem um parte que ainda está no pau a pique , quantos passos, quantos risos e um longo agradável abraço de encontro ao peito, suspiro profundo, sem dizer uma única silaba ou palavra a alma emana toda a biblioteca percorrida pela existência , apenas os lábios , sedentos e suculentos de prazer afaga o suspiro do corpo, que deixa as palavras da alma ir adentrando pela mente, um beijo de amor a alma que se compraz com o corpo, reto espichado pela calçada , na linha do tempo. Os olhos que vê, não acredita as vezes, nó por que, que vê, talvez não tenha o mesmo poder de sentir e vibrar, e ver a mesma vibração expressada, pela felicidade contida em cada existência, pois é única e ímpar, o beijo que apraz e compraz o corpo e seduz a existência, um beijo de amor, por amar a alma, que sabes amar o corpo e também necessita, de outro corpo e de outra alma.
Nesta estrada vida, vibra a paixão pela existência de ser e de amar uma outra vida, no corpo que reflete a alma de sua amada, é Saracura a estrada da existência, tem seus mistérios e suas paixões pela própria existência, de amar e ser amado pela paixão que transborda o amor de sua vida. Mesmo que não aja mais o amanhã, que o sol não nasça mais para muitos por aí, porem cada um vive e viveu sempre o melhor que tem em si próprio, mesmo nas horas mais banais da própria vida. Na porteira da fazenda saudade , Tião Grilo canta suavemente uma melodia triste, com o sentido bem distante de tudo, até mesmo de si mesmo, entoa em ladainha versos sem nenhuma compreensão logica, pela estrada da linguagem atual de um idioma distante, onde apenas uns poucos compreende a ideologia de estar aqui ou ali, se debatendo dentro de si mesmo, ás vezes o porquê de estar aqui sentado na varanda do nada, de muitas histórias passadas, porem e canção de um povo , de uma Nação , de uma origem, digitalizada na mente para cada tempo , dentro do seu melhor tempo, ou até dos piores entre todos os tempos, e a saudade que emana e fala bem mais alto no coração de quem ama , amar sua Pátria , sua terra Natal, mesmo ausente e muito distante , sabendo que jamais ira retornar , os valores e costumes jamais se esquece, jamais se apaga, ninguém pode tirar do peito o valor de amar, a própria saudade de sua amada terra.
Na linha do tempo, muito tempos. Uma vida repleta de sonhos, de amores imortais, de sonhos reais e irreais, onde a vida ultrapassa a linha da existência aos olhos humanos do ser, correr atrás da razão ou da emoção não sei, mas amar a grandeza que encanta e mistifica cada ser talvez, seja o ápis maior de existir e de ser. Saracura amo a paixão, que pulsa em meu peito , a certeza de amar a minha alma gêmea, a meretriz que seduz e da luz clareando os meus dias e noites, beijar talvez não seja a formula correta de descrever , tão sublime poesia que encontro em teus braços, tem horas que nem o peso dos janeiros , já percorridos pela palma de meus pés, deixando os rastos vividos de amor , estampados na face da mãe natureza, descrevendo e sentindo amor, que vivo e vivifica em meu ser , iluminando pela minha alma, que ama amar a minha alma gêmea, que compraz e seduz o meu corpo, com teu corpo encantador , que reluz o brilho de menina na flor da suas seis décadas , bem vividas , e de nossas quatro décadas de paixão e amor, juntinhos um do outro, e sedução pela existência que pulsa em nosso ser , em nossa alma. Pois e senhor Zinia espero um dia encontrar com a minha paixão, a sedução que seduz minha alma, e encanta o meu corpo, compraz a mente e da jus a própria existência, e amar perdidamente em todos os instantes dos meus dias a mesma mulher que veio a este universo, para ser a minha cara metade, não Saracura mas a vida tem seus mistérios, onde a curva do tempo , pode nem aparecer frente de teus olhos , ou até mesmo se encontrar bem ali do seu lado, ao togue das suas mãos, quente, ardente de sedução pela vida, porem em muitas vezes não temos tempo, para admirar e beleza da própria vida, imagina , pois estamos sempre ocupados por demais em pensar e pensar tão somente em amis um ou mais de um valor , que não contem nem um valor, e deixando assim em muitas vezes passar debaixo de nossos olhos , as coisas reais e verdadeiras humanas de ser e de viver ir passando , deixando para o último minuto, em último plano na face da terra, esquecendo que talvez o amanhã não chegara, para os nossos olhos , em muitas vezes temos a chance de demonstrar o que sentimos em palavras ou até mesmo em apenas uma única atitude, e não o façamos por medo talvez, indiferença ou por vergonha de não ser retribuído talvez, a altura de nossas expectativas , e ai sairmos mal, sentirmos envergonhados , essas coisas que não deveria ser maior do que a gente mesmo, não nada de bonito nesta vida, descrevo com meus lábios , as vezes palavras , rusticas, ríspidas de loucura em muitas vezes sem sentido algum, e sem nem uma razão, o que gosto mesmo e de sentar em um canto qualquer , bem à-vontade e deixar o corpo descansar das insanas razões que em muitas vezes, são bem mais reais e nítidas do que eu mesmo. Pobres mortais que somos, corremos tanto e permanecemos , sempre no mesmo lugar, falamos por demais e não escutamos nem uma palavra que nossos próprios lábios profere, então pra que falar, gastar nosso precioso tempo, oscilando entre a indiferença e a razão, descrever em pensamentos um livro inteiro, com versos de amor, contemplando a mais sublime poesia, entre cada linha e um pressuroso livro, com mais de milhares de milhares de páginas, em apenas uma noite mal dormida , e no outro dia levantar de manhã e dizer que não aconteceu nada, apenas teve uma noite de insônia, talvez seja essas e outras atitudes , que nos tira a razão ou a emoção sei lá, porem sei , que de nada eu sei. Que isso senhor Zinia a vida , e mais bela quando se compraz o ser e encanta a alma , e no pouco que eu ouço , por ai e que eu busco compreender , o senhor tem muitas qualidades e atitudes dignas de um rei, tens a gabes dos grandes líderes , e por onde o senhor passa é sempre respeitado , e muito bem valorizado, o nome do senhor e a dedicação que o senhor tem para com os outros, e em especial para com a sua família , não tens medo de errar , e n linha de frente em qualquer trabalho, é sempre o número um, buscando apenas fazer a parte do senhor, e também ensinar o que sabe para os outros a tua volta, tanto que a família do senhor graças a Deus, já está muito bem formada, alguns muito bem casados, e os netos do senhor tem uma boa índole, o nome da família do senhor e muito respeitado , não somente neste nosso guião de terra aonde vivemos, mas também por toda a região. E no pouco que sei, do senhor o meu avô fala muito bem do senhor e das suas qualidades senhor Zinia, e da sua família também, e no pouco tempo em que ele encontra com o senhor , pelos caminhos da vida sempre aprende uma ou outra coisa com o senhor, que isso Saracura seu avô, e que é um grande homem, muito honesto, tem um bom caráter e toda a região sabe quem e ele , e a grandeza de seus atos, apesar dele já ter mais de oito décadas de vida, e um bom garoto, e muito jovem por sinal, dá gosto tirar um minuto do tempo, para escutar como ele descreve as linhas da vida, já vividas por ele, e sua avó sempre ao lado dele, seu avô Manoel ali encostada no tronco daquela gameleira secular, próxima da palmeira de babaçu, faz de seu tecer muitas esteiras , balaios, rede Moises faz de bambu fino uma grande obra prima de arte, e que através de sua arte alimentou com dignidade e muita propriedade , toda sua família e até hoje ajuda e ensina , muito para toda comunidade ,a grandeza de ter uma família.
Na esquina da ruazinha de terra batida a saudade pulsa bate apertando no peito, uma sensação estranha, embriaga o ser, enaltece a alma, a lagrima presa na garganta sufocando o corpo e também a mente, a alma silenciosamente, espera a chance de dizer o quanto, ama o corpo que emana amor, sem entender a dor, que vibra por amar a grandeza da existência. A noite já vai alta, no vilarejo o som das modas de violas tocadas no radio a pilha vai acalmando em todo entorno do pequeno povoado, os sapos em seu coaxar dita a melodia vinda das várzeas , tanto do córrego da varginha com também do pequeno córrego dos patins, a lua em teu ciclo menor curva lá no alto no alto , próximo ao firmamento iluminando os corações apertados de sentimentos, amando a paixão pela vida, as vezes sem poder estar ou tocar simplesmente de leve, um togue suave que acalma o corpo e compraz a alma, que ama em todas as estribeiras da vida a mesma alma, o mesmo corpo, que seduz e engrandece o ser , seduzindo o prazer por amar a paixão de ambas as vidas. Saracura ainda na venda do tio Lipe , passando de um lado pro outro em volta do esnoque garrado no jogo de vida, parece que hoje a noite e de sorte, as horas já vai alta e de repente entre pela porta lateral da venda, a ruiva e sua madrinha ,compra dois quilos de açúcar mascavo , cumprimenta a todos e sai, porem a ruiva deixa aquele sorriso maroto para o Saracura, por entre os ombros, mas Saracura está naquela noite de sorte no jogo, ai você sabe deixar o taco e meio complicado. Mas como Saracura e um bom garoto ensaboado, logo da aquele sorriso e diz e meu amigo, vou acabar essa e tenho que ir embora , a noite já vai alta e amanhã o batido e dos bons, temos que dar mais três viagens de milho ,lá da roça do senhor Zé pequeno , lá na beira do córrego do prainha, para o paiol da fazenda do senhor Ruralindo, a estrada e das boas, por isso vou essa a saideira de vinte quem topa e a saideira amanhã jogo mais, ai alguns concorda outros discordas mas no final , firma e vai de vinte, mas o trem e danado e a noite e mesmo dele , joga um daqui outra dali , e a bola do Saracura sempre viva e ele sempre matando um aqui outro ali, tirando as vidas dos adversários até que sobra ,Saracura e mais dois, ai um diz não salvo hoje com você Saracura, e coco, e o outro tenho duas vidas, você Saracura só tem uma também não salvo, ai Saracura tranquilo diz tudo bem , de quem e a vez de tacar, e você Afrânio mas pensa bem você só tem uma vida , e eu vou te tirar a vida agora e o tio nego agora pode parar aonde foi tiro uma vida dele , ai arisca você ir também, veja onde vai parar, que isso Saracura essa não , na minha mão , não vou deixar a sua bola assim tão fácil e vou defender bem a minha, ai Afrânio joga aquela tacada, e a bola do Saracura para uns dois planos da caçapa, e a bola do tio nego está na tabela e a do Afrânio rola suave e para pouco depois do meio da banca, ai Saracura giza bem a ponta do taco, e a galera em volta da mas, o que vai fazer Saracura, vou matar a bola do tio nego , num dobra de uma tabela só,, e vou pegar a bola do Afrânio retinha, ai tio nego não aquenta e diz , que isso quer inventar Saracura, não alguns aqui já viu eu matar essas bolas assim e agora não vai ser diferente, o senhor só vai ficar com uma vida, mas também depois que eu tacar ai e eu e que não livro mais, ai Saracura abaixa na mesa se posiciona, e mira da aquela tacada e a bola sete do tio nego rola suave no pano verde da mesa bem calma e cai n, num dobra perfeito na caçapa do canto, e a bola treze do Saracura rola suave na mesa e para retinha pra matar a bola do Afrânio , ai todos em volta da mesa , os sapos, fala é o rapazinho hoje está impossível, e Afrânio não quis livrar acho que ele não era, e deixa ele tacar, Saracura rodeia a mesa e taca certeiro e mata a bola quatro do Afrânio, sem pegar queixo algum, e para bem no centro da mesa , defendendo da bola sete que está na mão do tio nego, que sai do ponto, ai tio nego olha pensa e taca de novo, procura mais defender apenas, da bola treze do Saracura , como se diz taca correndo , e a bola do Saracura para quase colada na tabela de baixo, e a bola sete do tio nego fica mais no meio da banca, um tanto quanto difícil de matar, mais o Saracura está naquelas noites impar pro jogo, caminha tranquilo até o lado de baixo da mesa , abaixa e mira mais que tacada outro corte perfeito meia bola e a bola sete rola suave e vai cair na mesma caçapa , que ele tinha matado ela antes, e ai fim de jogo, Saracura sorri e diz , e hoje e meu dia de sorte, mas agora tenho que ir descansar.
A noite paira no tempo, na linha onde a vida em muitas vezes contemplando a estrada da existência , pulsa apressado e descompassado os sentimentos , buscando um afago n alma, no corredor da esperança , que ama , amar um dia encontrar , frente a frente no silencio da linha do tempo, seu momento face a face, dizendo um ao outro , do desejo , da paixão, da sedução, do amor de seus corpos quente, ao verem um ao outro , solto, leve sentindo deslizar pela estrada da existência humana, amando o abstrato , porem concreto amor no tempo, em todos os tempos, sentimento imortal que vive e vivifica na linha imaginaria de todos os tempos, amor real, humano , sincero que vence todas as batalhas, ganhando ou até mesmo perdendo a guerra , guerra interior e exterior no curso da estrada , sempre a caminho de se amar em um novo tempo, sem até mesmo compreender o porquê de tantos , porquês , amar a existência humana, que compraz e dá sentido à vida, amando o seu oposto na escultural curvas da amada, pois e nas adversidades do caminho que encontramos , com nós mesmos , sentindo prazer por amar , a alma gêmea que caminha em um corpo oposto.
Lá na esquina do mundo , contemplando a beleza da existência, sentada na pedra encostada sobre o barranco d apequena cava, da entrada do pequeno e aconchegante vilarejo no começo daqui para lá, ou no fim de lá para cá da gavinha que começa lá embaixo , perto da baixada do córrego da varginha e corta a pequena subida que dá acesso ao povoado, refletindo sobre a vida, escutando os sentimentos de amor, que pulsa no seu peito , sinhá Peara cuspira baixinho, contemplando a noite, vagando o olhar sobre a escuridão da lua, a saudade embriaga o coração, repleto pelo de sua paixão, ali sonha , sonhos ardentes , apaixonada pela tua alma gêmea, , delírios que envolve o corpo, aquecendo o calor de sua pele, imaginando , sonhando estar nos braços , envolvente de seu amado, programando versos de amor na mente, que vindos da alma , faz morada certa na mente , incandescendo a paixão de seu corpo, do teu ser, a áurea brilha na mais sublime, essência de amar, o amor profano, cigano, amor real, amor insano, amor que nem mesmo as linhas imaginarias da vida , pode explicar , pois e sentimento imortal, além desta e de outras vidas, na penumbra da noite vaga na escuridão de teu quarto , por entre as quatro paredes, apenas esperando um sim dos lábios de seu amado, dentro da essência de seus sentimentos , toca com carinho cada parte de seu esplendido corpo, nu por entre a camisetinha transparente de dormir ,a caricia a pontinha de seus seios fardos e pontiagudos , sentindo que em breve , muito em breve , será tocada , delicadamente e ardentemente pelas mãos, fugas e ásperas de seu eterno e imenso , sentimento de amor da sua alma. E na candura da noite, abre-a da existência , finda teus laços de paixão e sedução , pelos trilhos do tempo, contemplando a vida e iluminando a essência de todos os seres, que ama o amor, sincero da alma, o amor sem limites e sem maldade, amor que completa o conjunto perfeito , da obra exclusivamente criada pelo criador , apaixonado de amor, pelo universo contemplando a beleza humana, não somente a beleza da carne ou de um corpo escultural e sedutor, saciando ambas as vontades do corpo, mas sim saciando a beleza impar também da alma. Não que na terra não tenha outras belezas, mas a beleza humana, surpreende a própria essência humana de se de amar, o amor imortal de todas as essências , a existência humana contempla a si mesma , na candura da alma, que emana amar , o amor e os sentimentos , envolventes da paixão , pela própria existência em existir dentro de si a mesma paixão e a razão por amar, além desta e de outras, a existência por existir ultrapassando a linha imaginaria desta existência, fomentando a beleza da vida , entre os belos, de todos os belos , a beleza do ser por existir-se, sentindo dor , sendo até mesmo traído por si mesmo, a todo instante , encanta a magia da existência criada pelas mãos sublimes do Criador , de toda existência terrena e também universal. E não por acaso, já passa das nove e quarenta e cinco da noite, e a escuridão da noite no pequeno povoado , somente e quebrada por algumas candeias e lamparinas, que ainda está acessa sobre a soleira das casa, e de repente seu Gotinha aparece já quase na porta da venda e encontra com o Saracura saindo , é ai Saracura boa noite , boa noite seu Gotinha, o que foi o senhor por aqui há esta hora, e Saracura passei lá na sua casa , e seus pais me disse que você estava aqui, e que estou precisando de ir lá na casa do seu Rurias , lá na beira do córrego da varginha e como você conhece bem ele, queria ver com você se , dá pra ir lá na casa dele comigo, estou precisando dos serviços dele amanhã bem cedo, e me disseram que ele está atoa e procurando por serviços, , tenho que entregar o pasto lá da vargem depois de amanhã, e antes de plantar as roças , ainda vou em Goiás, e seu Gotinha uai posso ir lá sim com o senhor, o senhor não deu muita sorte , ele estava aqui, até agorinha mesmo, mas vamos apressar o passo, de repente encontramos com ele ainda no caminho, já deve estar descendo a gavinha para o córrego da varginha a essa hora, a lua ofuscada, por entre as nuvens no final do mês de agosto, já quase chegando setembro e as estrelas encoberta juntas ao firmamento , dá o tom da escuridão d anoite sem luar, e os dois sai caminhando pela rua afora e conversando sobre o tempo, sobre a vida, essas coisas das andanças , das lutas do dia a dia , passa um dois quarteirões e já está chegando perto da gavinha , da saída do povoado, ai seu Gotinha , uai Saracura a casa do senhor Sebastiao Capataz ainda está acordada , o xará está deitando tarde, e seu gotinha mais está muito quente, o tempo está mudando para chover. Vamos apressar o passo a lamparina ainda está acessa mesmo, e a porta do rancho ainda está aberta e a candeia está na soleira da porta e a lamparina na beira do barranco da cava, mas vamos apressar a lamparina está andando da cava no sentido da porta do rancho de folha de babaçu, vamos aproveitar o reflexos da claridade da lamparina seu gotinha, chegando mais próximo da porta do rancho , Saracura suspira baixinho, pois olha só que ele vê de ante de seus olhos, a princesa de seu mundo, a meretriz de seus dias e noites, em muitas vezes , nas noites em devaneios loucos, e ardentes de amor, a sinhá Peara e que estava do lado de fora do rancho, sentada na pedra contemplando a noite , com sua prima Riaila Mendes, que também mora com ela na casa de seus pais, ai eles dois passa sério e saúda , as moças com respeito , seu gotinha saúda o xará que está assentado na porta do rancho, boa noite xará e o senhor Sebastiao capataz retribui e saúda também Saracura, boa noite Saracura, está andando longe vocês dois, uai aonde vai a essa hora, não xará estou procurando um peão para amanhã , o senhor viu o Rurias , já passou por aqui , a sim ele passou agorinha nem deve ter chegado na casa dele ainda, batemos até um dedo de prosa , ele está mesmo procurando trabalho, se vocês apertar o passo pode até encontrar com ele antes dele entrar para dentro de casa , mas vocês vão sim encontrar com ele ainda acordado, uai Saracura oces dois são amigos, dá um grito , que ele de repente reconhece que e você , e responde quem sabe dá certo, e ele espera por vocês, ele deve da chegando no córrego. Ai sem pensar Saracura começou a ecoar um grito chamando o amigo dele pelo próprio nome, o amigo Rurias, aqui e o Saracura, não e nada demais não, e que tem um serviço para amanhã , não sei se você está escutando, e fazendo um instante de silencio ecoa um grito , uma resposta lá em baixo na beira da baixada do córrego da varginha debaixo para cima, , o Saracura espera ai vou voltar , ai acabei de passar na passagem do córrego da varginha, tá bom Rurias , mas pode esperar que descemos até ai, não Saracura deixa que eu volto pode esperar ai na porta do rancho do seu Sebastiao mesmo, até bom e que eu esqueci de comprar o fumo , ai aproveito e volto na venda do tio Lipe, pois sai e esqueci de comprar , e estou sem fumo para fazer um palheiro , certo então vamos de esperar por aqui mesmo, certo Saracura. Na linha da estrada de nossa existência , sempre a algumas curvas , alguma virgula e até mesmo um e outro ponto, a vida se expressa nas mais variadas e diversificadas formulas, e também em muitos e muitos novos encontros, até mesmo quando aos nossos olhos , não parecem ser assim tão novo, tão diferente não é, que nos encontramos sempre com a mesma pessoa todos os dias e até mesmo convivemos , com essa mesma pessoa, vinte e quatro horas por dia, que este jeito de ser e de viver, em nossos dias tem que serem todos iguais da mesma formula , tanto a gente mesmo , como também a outra pessoa sempre está em um novo momento, presenciando e vivendo dentro de si um único e exclusivo momento, momento este que passa e não volta mais, assim como o amanhã e amanhã , e o hoje e hoje mesmo, não podemos também querer mudar nossos momentos, vivemos mais na retração ou na retaguarda , dentro de nós mesmos, por medo ou indiferença , não por medo do outro ou coisa deste tipo, mais com medo de nós mesmos, de ferimos por exemplo os nossos próprios sentimentos e depois não conseguirmos , mais resgatar o que machucamos por exemplo, pela indiferença que pulsa e reclama pela nossa própria ausência de nós mesmos, com medo de olharmos no espelho em nossa frente.
Na busca desenfreada da vida, pela essência de sermos seres, evolutivos e produtivamente , produzirmos resultados , bem diferentes de nosso último momento , que mal acabamos de saborear e de viver, esquecemos de nós mesmos, e a áurea sublime de nossa alma em busca de reluzir o querer , que cremos sempre mais, que ela não quer que sejamos apenas , um ser vazio e sem nem um valor, por mais rápido em que nos encontramos , na corrida real e humana da vida , podendo até estarmos bem à frente de nós mesmos , temos que ter alguma cautela , pois apenas um descuido pode atrapalhar o trabalho de uma vida inteira. As vezes buscamos , por entre as entrelinhas em uma troca de olhares percebermos muito mais, mais muito mais do que a outra pessoa , quer dizer sem expressar uma única silaba ou palavra, palavras em algumas vezes apenas agrega valores , o que o olhar já expressou bem antes , mesmo que os lábios proferirem , até mesmo um livro inteiro, não e capaz de descrever e nem entender o porquê de tantos porquês, escritos na linha imaginaria e invisível do tempo, podendo assim, deixar passar por algumas vezes a grande chance de ser feliz e de expressar a realidade , que o ser busca em si mesmo.
E nesta de sair para fazer um pequeno favor , para o amigo que Saracura conhecia de pouco tempo, porém apresenta ser uma pessoa de boa índole e muito bom de serviço por sinal, mal sabia Saracura que iria encontrar , frente a frente com teus olhos e todo seu ser, a alma na candura do corpo sublime e escultural de sua amada, a mulher de sua vida, a dona de seus sonhos e teus devaneios tolos, repletos de razoes e emoções , que nem mesmo ele o conhecia direito, naquela noite impar em noite sem luar , lhe presenteara , ai olha quem sai na janela da sala do rancho feito de adobe e coberto com folha da palmeira de babaçu, clareada pela luz da candeia , que está sobre a soleira da porta da sala, ele toda reluzente e deslumbrantemente linda, sinhá Peara, neste instante Saracura que e um sujeito bom de improviso , perdeu-se ali mesmo o chão debaixo de teus pés, um filme , uma vida inteira, pois sinhá Peara , bem cortesmente e com uma voz suavemente linda, cumprimenta seu Gotinha e também o pequeno Saracura, e pedi licença para os dois e pedi a benção ao teu papai , com licença papai , peço lhe a benção para ir me dormir, e também saúda seu gotinha e Saracura o que você está aprontando para estas bandas a essa hora , boa noite amanhã e cedo me, e sinhá Peara amanhã o batido e dos bons, boa noite, mas a semana já está acabando , depois de amanhã já e sábado, final de semana está chegando . Neste instante seu Sebastiao capataz, tosse e dirigi a palavra para o Saracura, uai Saracura teve até bom você aparecer por aqui , vai ter um terço depois de amanhã no sábado , ali na casa do meu cunhado, você pode ir lá ajudar nós a rezar e pedir as bênçãos de Deus, para as lavouras e degustar umas quitandas , e depois da reza nós estamos pensando em fazer um forro pé de serra um arrasta pé pra amimar a turma um pouco, uai senhor Sebastiao talvez vou sim , vou ver mas a minha titia também me convidou para ir lá na casa dela , este final de semana , vou pensar e aqui ´até mais perto, lá e mais longe o senhor sabe me, pois e Saracura mas também estamos precisando de trocar umas ideais e colocar o assunto em dia, no sábado nós vamos tentar animar a rapaziada , depois do terço , como se diz vamos arranhar alguns acordes de foro pé de serra, só que o meu irmão que toca a gaita , não está aqui , e no sábado ele deve estar viajando , mas vamos tentar sem ele , mas sei que você e um ótimo gaiteiro Saracura, e de repente poderia ajudar nós embalar o forro pé de serra , que sempre arriscamos por ai nas noites de sábado, mas como meu irmão vai viajar amanhã , ai só vai eu e meu irmão na viola de doze cortas, meu tio e as minhas três meninas, mas está faltando a sanfona apaixonada nas mãos do gateiro, e se der certo para você Saracura , poderia nos ajudar , pois sei que você e muito bom nos acordes, que você está entre os melhores da região, mas creio então , que você deve tocar lá no baile do sua tia, não seu Sebastiao . Lá só vou mesmo para divertir, o pessoal de lá mesmo e quem vai fazer o forro. Neste instante sinhá Peara , já estava toda assanhada pro lado de Saracura, como se diz de orelha em pé, apenas escutando a conversa e o convite do seu papai, mas ai o Rurias, foi chegando e começou a conversar sobre o trabalho , só que ai sinhá Peara, foi embora lá para dentro e Saracura mas o seu pai ficou conversando, e Saracura amanhã à noite o que você vai fazer, uai seu Sebastiao vai depender de como for o dia, pois o senhor sabe eu mais o senhor Zinia tem que dar três viagens de milho lá da roça da prainha , e o senhor sabe , tem dia que até dá para acabar cedo, mais tem aqueles dias complicados e alguma coisa estraga, sabe como e , seu Sebastiao , por que. Não se vocês chegar lá na sede da fazenda eu não estiver aí você vem aqui dar a resposta então, uai seu Sebastiao vou pensar e amanhã lhe dou a resposta, mais para nos tocarmos no sábado, seria bom dar uma ensaiada amanhã, o senhor não acha seu Sebastiao, dar uma passada no repertorio com a sanfona para ver se acertamos nos acordes, é claro Saracura, mas então amanhã à noite damos uma ensaiada e depois do ensaio tomamos um bom café, ficamos combinado então. Nessa hora Saracura sentiu mais ainda o chão sair debaixo de seus pés, e o folego ficar pequeno, mais ai não sei de onde arrumou forças e coragem e disse e senhor Sebastiao, vou dar um jeitinho de vir aqui amanhã à noite, trago a Gaita , para ver se acertamos o acordes, no pensamento o pequeno Saracura imaginava será que seu Tião , já percebeu que tenho um certo enderece em sua filha a sinhá Peara, mas este pensamento tão somente em seu consciente , sem expressar uma única palavra por entre seus lábios trêmulos , somente imaginando , mais ai o pequeno Saracura , sem rodeio de rompante diz pode ficar tranquilo se acertarmos os acordes amanhã, no sábado ajudo o senhor mais a sua família fazer o forro pé de serra, para animar a rapaziada e aqui ate e melhor pra mim e bem mais perto, mas agora tenho que ir já esta tarde e daqui a pouco quanto o ponteiro certeiro do tempo, anunciar o quarto cantarolar m sua garganta , secular e milenar tenho que pular da cama e ir cuidar da luta do meio dia, e o senhor também seu Sebastiao, sei que chega bem cedo na seda da fazenda saudade, mais então ficamos combinado amanhã à noite venho para nos passarmos alguns acordes e ver se dá certo, os meus acordes e a melodia do grupo do senhor, boa noite seu Tião até manhã.
Nessa hora o senhor Gotinha e Rurias já tinham dado uns dois tossidos, como se diz que o assunto entre os dois já estava certo, Saracura tratou logo de encerar o assunto ali mesmo e despediu do senhor Sebastiao e foi saindo de mansinho, com as mãos gélidas de frio em pleno final do mês de agosto, já quase chegando no nono mês do ano. E então vamos seu Gotinha , o senhor mais o amigo Rurias se acertou para amanhã , assim Saracura deu certo sim , mais o seu amigo Rurias também vai com nós até a venda para comprar fumo, para levar amanhã cedo pra roça a traia de fumar, uai amigo mas se você quiser voltar daqui Rurias , eu compro para você o fumo e amanhã o senhor Gotinha já leva , e você diminui a viagem , para hoje te ajeito um pedaço de fumo do meu, se você quiser e claro, uai Saracura sabe que você está certo uai, eu mais o Saracura vai passar na porta de venda do tio Lipe e amanhã bem cedo nós vamos encontrar lá no pé do serviço uai, e sabe que dá certo, fica até melhor, e então vou voltar daqui mesmo e amanhã bem cedo seu Gotinha estarei esperando o senhor lá na porteira da cava , perto do cemitério , pode ficar tranquilo amanhã cedo , nós encontramos lá bem cedinho, bem antes do sol sair, boa noite Saracura , boa noite seu Gotinha, até amanhã , muito obrigado Saracura, que isso amigo Rurias você e uma pessoa muito boa, e muito trabalhador, e já me ajudou também nesta vida, não estou fazendo nada demais não, somos mais que amigos, somos irmãos de fé camarada, certo Pequeno, vai com Deus, amem, fica com Deus também, a Saracura toma o dinheiro para comprar o fumo, não pode deixar, depois vemos isso, deixa comigo pego lá na venda do tio Lipe e depois nós acertamos tá certo Saracura. Ai Saracura e seu Gotinha se despedem de todos , e sai caminhando pela ruazinha da terra batida, e também atalhando por dentro dos lotes vagos , pelos trilhos , outra hora no meio das vassouras curraleiras pelos trilhos e ruazinhas do pequeno povoado, Saracura caminha do lado de senhor Gotinha em direção da venda do tio Lipe, passando pelo largo da praça da Matriz, Saracura debulha um monte de palavras e mais palavras , sem muito sentido sem muito nexo , dizendo das expectativas par o ano vindouro, de fé , de religião , crenças e mitos, saem de seus lábios , palavras evasivas proferindo sem muito sentido ou nada a ver, seu Gotinha , já mais vivido escuta calmamente cada palavra , tem instantes que concorda em parte , e também discorda em algumas vezes, apenas sim e não, faz sua sugestão. As luzes da praça já estão apagadas os lampiões na soleira da porta da venda da esquina da praça, também já se apagaram, e os passos firmes dos dois companheiros de caminhada, vai atravessando, tranquilo a praça da Matriz, já quase tocando a palma dos pés, na esquina da rua principal do povoado, no canto esquerdo da praça no sentido em que eles caminha vindo da estrada que conduz para a cidade mais próxima da povoação. Dali da esquina onde todos têm uma vista bem ampla de quase toda povoação, olhando para baixo avista na próxima esquina da frente a venda do tio Lipe, do lado direito avista a casa grande da tetina no final da cidade, olhando por lado esquerdo avista o final da rua principal, e se olhar para traz também dá para ver o final da cidade e o mato que começa pouco para cima da vargem do córrego da varginha, e vai até lá no alto dos rosas. Quebrando o silencio por um instante seu Gotinha, diz para o pequeno Saracura a venda do tio Lipe , ainda tem movimento vai dar certo para nós comprarmos o pedaço de fumo capoeirinha para o Rurias, e senhor Gotinha e mesmo vamos apertar o passo pelo jeito daqui a pouco , o tio Lipe puxa a porta da frente da venda. E já esta tarde Saracura a cidade já dorme e os grilos com sua sinfonia bem orquestrada edita o som de suas notas musicais, ao longe da para escutar aa melodia no curso do silencio noturno da noite, daqui a pouco a hora começa a ser anunciada no cantar da garganta do relógio secular que atravessa a linha do tempo. Ali na porta da venda eles se despedem um do outro seu Gotinha caminha tranquilo pela ruazinha de terra batida em direção do seu lar, e o pequeno Saracura ali no curso da rua que dá acesso ao portão da casa de seus pais, a mente vaga na escuridão da vida, o coração pulsa apertado resplandecendo na face a felicidade , a alegria, a luz de sua esperança , apenas dentro do ciclo bem menos de bem menos que vinte e quatro horas, um ciclo de um dia por completo , a explosão de desejos sonhos, busca na sedução , prazer misturada a felicidade que emana sua alma, entontece teu ser, aumentando o prazer de seu corpo, querendo chegar , logo , logo o outro dia e naturalmente o curso da próxima noite vindoura, parece tão calmo que o quarteirão fica leve debaixo de seus pés, o corpo compassadamente com a mente , imaginando o que será, que irá acontecer , certezas e incertezas brilha ao mesmo tempo em teu semblante, reluzindo a essência de seus sentimentos. A noite promete ser longa demais e amarga para ele, uma noite pode parecer uma eternidade bem ou mal vivida, mas também muito mal vivida, a cama fica pequena, o travesseiro não consegue aconchegar bem suave a cabeça a mente repleta de perguntas e mais perguntas, resposta milhões de bilhões, com a mesma resposta, sem nem uma resposta exata ou errada, todas incompletas, talvez a imaginação fale mais alto, bem mais alto do que qualquer razão ou emoção , loucura ou sedução, todas juntas sem nem um motivo logico para acalmar o corpo, e contemplar a alma ,no descansar do corpo, deitar se faz necessário , porém cadê o sono, o corpo cansado da jornada de quase uma semana por completa de trabalho de sol a sol, porem o sono foi embora e a certeza de uma noite , sem pregar os olhos pode parecer bem visível aos olhos do pequeno Saracura, porem jamais assumida pelos amantes. Lá na pequena casa quase na saída do povoado, sinhá Peara, já está deitada sobre os lençóis de algodão tecidos no tear da tia Siara, com a cabecinha bem aconchegada sobre o travesseiro , feito de retalhos e cheio de painas da brasileira do brejo, e as colchas de retalho feitas pelas mãos suaves da bisa por entre as pernas, com as duas mãos em forma de conchas encostada debaixo de sua face e seu corpo escultural descoberto sê-me nu, e mês de calor é com os prazeres e instintos , ditado pelos seus sentimentos de amor, a noite percorre o curso na linha do tempo , assim como um vendaval que passa e desnuda toda relva, assim o curso do relógio percorre seu curso e sinhá Peara com seus devaneios tolos , na mente não da paz para o corpo, que vira e remexe n catre de um lado para o outro, sua prima fica preocupada e puxa uma conversa bem baixinho , oi prima está muito calor esta noite, o que foi Peara , perdeu o sono está virando demais de um lado para o outro a muito tempo na cama, não prima irmã , estava sonhando só isso, e nada não, pode dormir que vou dormir de novo, nem percebe que estava mexendo na cama, é apenas sonhos e nada mais que isso, mas dava para imaginar que estava a viajar nas ondas do prazer, se seus sentimentos a flor da pele, pelos sentimentos de seu amado que por mais que quisesse negar , os olhos dos outros não iram acreditar, a prima insistiu mas está tudo bem , também estou sem sono , estou cansada amanhã lá na casa grande tem muito serviço , e tenho eu que pular da cama agorinha mesmo, vamos dormir, e mas acho que este seu sonho , como você mesma está dizendo , tem nome e sobrenome Peara, que isso prima Teolândia , está muito tarde e mamãe e papai, já estão dormindo e ocê sabe que eles , não gostam de ser acordados com nós duas conversando na cama, vamos dormir á Teolândia se você está sem sono, é melhor ir lá na cozinha e tomar um copo de agua doce , e caçar um meio de ficar quieta, boa noite até amanhã. A noite passa como um vendaval, dentro do ciclo de um furação, trazendo consigo as rajadas de ventos, junto dos trovoes, á uma tempestade de prazer e emoção repleta de muita razão, pela manhã, dá para ver nos olhos de ambos, o peso da insônia de uma noite mal dormida, com seus devaneios tolos, loucos e insanos, onde a razão contempla a emoção da vida.
Em uma metáfora. a vida corre para aqui e para ali em busca de viver , feliz para sempre, atrás das vitorias que em muitas vezes não chega , através de seu próprio esforço , por si mesmo, vencer e uma luta diária em que cada dia , se aprende com os erros e os acertos , e as vitorias somente e completa quanto alçamos o apise de nossas batalhas diárias, e a mais irreal entre todas as vitorias, somente e completa , por alguns segundos no máximo , alguns pouquíssimos dias, pois somos seres racionais em evolução , estamos sempre em busca de evoluirmos para melhor, mesmo que isso não aconteça aos nossos olhos trêmulos, sempre falta alguma coisa , buscamos vencer, sem até mesmo em muitas vezes apreciar o sabor de nossa única e exclusiva vitória ou conquista, a vida e feita de lutas e batalhas reais, e no curso completo da vida, amamos o desconhecido , mais do que amamos , o que já conhecemos, pode até alguns desdizer, mas a busca sempre e incompleta para o ser, por mais que vivamos milhares e milhares de anos, o nosso respirar sempre expressa o prazer de conquistar o que ainda não conquistamos. Depois de uma noite de insônia , o dia começa a amanhecer para Saracura , mal o galo acabou de cantar pela quarta vez, Saracura pula da cama tranquilo com um leve assobio por entre os lábios, veste a roupa de trabalho , calça as pregadas feitas de couro cru, e sai pela porta do quarto com um sorriso nos lábios, caminha suave até a porta da cozinha abre-a lentamente e segue até o pequeno lavabo , perto da caixa d’água feita de pedra , que mais parece uma escultura milenar , escova os dentes e lava o rosto, volta até a cozinha pede a benção a mamãe e o papai, que também já estão de pé, mamãe calmamente neste instante diz , o que foi Saracura pelo jeito sua noite foi ótima, e mamãe foi sim, neste instante seu avô entra pela porta da cozinha bom dia a todos, e ai Saracura aonde esteve ontem até tarde, chegou bem tarde e também dormiu pouco , pelo seu jeito o sonho dourado de seus sentimentos esteve , por perto de você esta noite, o que foi , não estou entendendo vovô , pois ontem fui a venda e a mesa de sinuca, ontem era minha , ganhei bastante e este é o motivo da minha felicidade hoje, ganhei bem a semana ontem jogamos bastante e não perdi nem uma, estava naquela noite , em que tudo dá certo e amanhã , já e sábado, mais um final de semana chegando hoje já e sexta feira, e se Deus quiser nos também hoje vamos ver se acabamos de carregar o milho lá da roça da prainha , para o paiol da casa grande , amanhã vamos levar a traia para a roça lá do outro lado, perto do rio do sono e vamos começar se Deus quiser na segunda feira a tombar a terra. É Saracura, mas não e disso que estou falando, vai com Deus meu neto e que ELE abençoe o seu dia de trabalho, benção vô fica com Deus também, e tenha um ótimo dia de serviço, benção mamãe, benção papai, fica todos com Deus, Deus abençoe vai com Deus também meu filho, amem. Ai o pequeno Saracura sai tranquilo pela a ruazinha afora ,pensando no que seu avô estava , querendo dizer, e o vô Manoel está ficando maluco , não entende nada o que ele estava dizendo, ontem à noite quando cheguei em casa ele já estava dormindo, a casa dele estava toda apagada, a bisa estava até roncando, estranho ele chegar hoje de madrugada , dizendo essas coisas estranha, será que ele tem pressentimentos , sei que ele sabe benzer, faz algumas orações , e um mestre na arte de tecer o couro, o bambu e também e um ótimo capitão de folia de Santos Reis , e tudo bem e eu que estou sonhando demais, só por que o pai da minha adorada santa , e admirável amada, a sinhá Peara me convidou para ir na casa dele hoje à noite, já estou aqui comigo imaginando coisas, nem sei se o seu Sebastiao vai deixar ela namorar comigo, e se ela também vai me querer, e melhor Saracura desligar esses seus pensamentos tolos da cabeça , pra ver se o dia passa, nesse momento Saracura já estava com a mão direita empurrando a porteira da entrada da fazenda na entrada onde também entra para o pasto onde fica os bois carreiros sempre dorme, e bem ali logo depois da porteira já começa a ver um dois bois deitado outro de pé tirando umas bocadas no capim provisório , levando o alaranjo , peixão vamos embora , eira balão está na hora de começar mais um dia.
E no curso certeiro na linha do tempo, os raios dourados do astro rei, começa a brindar a manha de todos os seres, começando a despontar por detrás dos altos montes bem distantes, quase invisível aos olhos, beijando as campinas e várzeas, o orvalho da madrugada, vai doando seu espaço nas folhas para a energia contagiante do amanhecer, indo escorrendo pelo caule e se alimentando as raízes da relva. Neste momento Saracura e o senhor Zinia já está curvando a curva da esquerda , depois do vau do rio do sono, já quase avistando o colchete da roça do senhor Zé pequeno , as criadas da casa grande , já está acabando de passar, aquele tradicional cafezinho fresquinho da manhã, o primeiro do dia, a mesa do café da manhã, já está quase pronta , sinhá Peara e inha chica , está terminando de ajeitar os pires e as xicaras , pois os patrões já está quase descendo pelas as escadas do sobrado da casa grande, para tomar o café matutino, sobre a mesa pão de queijo fresquinho, bolo de fubá de canjica, frutos colhidos pela manhã no pomar, os peões na labuta dentro do curral extraindo o leite no peito das curraleiras, tio Sifronio já está desnatando o leite , e o creme corre fresquinho na desnatadeira , tom querele no mangueiro tratando da vara de porcos , e os capados esperando sua vez , roncando suave , e as galinhas começa a ajuntar perto da porteira do paiol de milho, pois tia chica e dona Marita, caminha suave por entre o pomar em direção do paiol para tratar das galinhas, mais atrás desfila sinhá Peara, sorridente que só vendo, parece que viu passarinho verde em teus sonhos, com a face brilhando , porem estampada na face a noite mal dormida que tivera , caminha serelepe , bem calmamente , inha chica pergunta uai Peara sonhou com o príncipe encantado esta noite, está feliz por demais hoje, muito feliz indaga Marita o que foi , nada inha chica tem dias que estamos tranquilos , mas pelo seu rosto dormiu pouco a noite, e engano da senhora dormi muito bem, apesar do calor nem vi a noite passar. E tá certa Peara , mas estava falando com sua mamãe a comadre Serafina , enquanto nos duas arrumava o café da manhã, para o patrão ela me contou que ontem , já era bem tarde e o seu Gotinha e o Saracura apareceu por lá, lá ia na casa do seu Rurias mais ai eles encontraram com o Rurias , saindo da porta de sua casa e ficaram lá até tarde conversando com seu pai, é vi mesmo eles lá conversando com papai, quando fui até a janela tomar a benção de papai para ir para a cama, estava cansada , nem vi a hora em que eles foram embora, é mesmo Peara, indaga Marita , mas então a comadre Serafina lhe disse , que hoje seu pai convidou o Saracura para ir no terço ,lá na casa da sua titia, não, não me disse nada não, mais o que tem demais se ele for, vai estar lá como muitos outros que também são convidados, é Peara pode ser , essa a razão de sua noite mal dormida, não e não madrinha , já lhe disse dormi muito bem a noite inteira, e seu coração está dizendo que você está , entre a dúvida se ele vai lá hoje mesmo ou não, fica tranquila você e muito linda , e uma negra de beleza rara, e tem muitos dotes valiosos, ele vai estar lá sim , para conversar com o seu papai, e o tempo entre vocês dois ira disser se você nasceu para ser dele , e mesma feita para ele e ele para você minha afilhada, e de dou a minha benção você sabe, e sua mamãe mas seu papai, também já viu em teu olhar o olhar em que olha para ele, e o olhar dele por você Peara , e o enderece dele por você. A madrinha para a senhora e difícil tentar esconder o eu sinto por ele, mas é verdade, papai convidou o Saracura para ir no terço e também para ir ´lá em casa esta noite, estou ansiosa sim e quero que chegue logo a noite, para ver se ele vai ir mesmo, já conversamos outro dia a senhora lembra, mas ficou só naquilo mesmo Madrinha, mas também e por que a senhora sabe , a família dele como e , olha assim como sou sua madrinha e amiga de toda sua família Peara , que considero como a minha família , a única que tenho, aqui nesta terra, e também conheço a família do seu Manoel , e por mais que o Saracura parece meio sem juízo e um bom moço e busca respeitar os calores e os princípios de sua prole, que e uma das mais antigas e valorizadas aqui deste povoado, nós sabemos muito bem que o pai do avo dele chegou aqui quando estas terras só tinha uma casa , a casa deles ali naquele lugar, foi a segunda construída , então ele tem princípios e valores , pode ficar tranquila , se ele realmente está interessado em você Peara, ele vai estar lá sim , na sua casa hoje à noite, pode acreditar e um bom rapaz, e vai te dar muito valor, igual a todos da família dele, que valoriza e muito suas esposas, e tem um vida bem planejada , o Saracura não e diferente , seu papai meu compadre sabe muito bem disso, e com certeza não vai fazer objeção algum no namoro de vocês dois, e ali a conversa , mudou de rumo sinhá Peara disse para sua madrinha , e madrinha vou cuidar da vida, vou lá pro rego d’água , cuidar de mudar o curso do agua , para regar as hortaliças e a senhora mais a inha chica vai ficar ai cuidando das galinhas.
Assim como toda rotina da fazenda parece a mesma, mas não é, todo dia e diferente, os peões já estavam soltando as vacas leiteiras, apartando os bezerros velhos, que não vai para o pasto com elas e que mama só de manhã cedo, mas um monte de bezerrinho novo vai pôr pasto grande com as vacas de leite, e passa para o outro lado do córrego dos patins, para o pasto das vacas paridas o posto do morro vermelho. A vida editando e ditando o tom em todos os rincões da terra, o sol já está quase indicando as sete horas da manhã e a terra toda vibra sentindo o amor, encantando vivo na linha da existência, amando a própria vida por existir, no barracão da fazenda saudade seu Sebastiao capataz , dita os afazeres do dia a dia, como sempre todos os dias , para os peões , o que batem pasto já escuta o golpe das foices , rocando logo embaixo do outro lado do córrego, e nas divisas das fazendas os que fazem aceiros , já pegou o caçote e começa a afiar bem afiado na lima , para cortar o capim provisório suave, os peões que olha o gado solteiro , recebe as instruções para onde eles vão. Toe querele está chegando na varanda da cozinha da casa grande, cumprimenta a todos com um sorriso no rosto, bom dia a todos, anoite foi ótima e o dia vai ser repleto de energias, sinto a brisa suave da vida, tocar o meu ser, o café da manhã já está pronto, para levar para a roça, dona tica, já está na gamela as quitandas toe e o café já está na garrafa grande, e o leite estou terminando de colocar na outra garrafa, mas clara e a azul e a gamela já está na mesa, sim senhora vou pegar a estrada , já acabei de arrear o cigano , já estou pronto , espera tem o café para os peões que está do outro lado do córrego da garapa, que estou terminando de passar enquanto isso come um pão de queijo fresquinho e toma uma xicara de café, tá bom dona tica, dei uma atrasada hoje desculpe , que isso dona tica ainda está cedo o dia só está começando, e hoje o dia está tão bonito, não preocupe , ainda dá tempo e toe querele só o senhor mesmo, o dia e belo a vida tem sentido dentro de todos as nossas emoções e razões , de nossos sentimentos , sempre pulsa o sentido maior de viver e de amar os sentimentos que emana em nosso ser, sem palavras dona tica, está pronto o café da manhã de todos os peões pode levar seu toe querele.
A vida se forma em muitas partículas ao longo do caminho, e os pês as vezes não consegue tocar o chão e acompanhar a velocidade dos trilhos da estrada da existência de seu oposto, os pensamentos flutuam por entre as correntes de ar, elevando a todos os tempos, o sublime sabor de amar a existência , amar a beleza dentro do curso da leveza retrata da vida, nos pergaminhos que pulsa dentro do ser, caminho quase indecifrável aos olhos humanos da razão, pela existência, pois os sentimentos que pulsa no ser somente são lidos e descritos com os olhos imortais e invisíveis da alma, as vezes parece insano dizer , e até mesmo descrever , por que não , em muitas vezes as palavras perde o sentido , não existi palavra exata, que consegue expressar a dimensão exata da própria existência.
Razoes as vezes se perdem na linha imaginaria da vida, lá na roça do senhor Zé pequeno, mas margens da prainha do rio do sono, o pequeno Saracura e o senhor Zinia joga os últimos balaios de espigas de milho no carro de boi, completando a carga, a primeira viagem do dia, apenas mais alguns detalhes e já vai colocar o turbo para cantar na estrada que conduz até a estrada de rodagem que cruza o município com destino para Goiás, e também atravessa o povoado com destino ao interior do estado. Saracura muito calado , pensativo , desligado das preocupações , na mente apenas reflete palavras e sentimentos , evacua no ser, a alma tenta acalmar o corpo, o corpo e a mente não conseguindo fazer silencio por um instante, dentro do peito, sussurra baixinho para ele mesmo , calma o seu dia vai ser bom , acredita a noite vai ser coroada com a mão da sua princesa, sua alma gêmea , deixa as coisas acontecerem , só que as razões do corpo, por mais que tentamos as vezes não conseguimos silenciar o corpo desligar a mente, neste instante seu Zinia, diz vamos pegar a estrada Saracura e se Deus quiser , ainda vamos dar mais as duas viagens de milho aqui hoje e resumiremos a nossa tarefa da semana, e sim senhor Zinia, vou passar lá na frente da guia do balão e do namoro, e Saracura caminha do lado esquerdo da boiada , toda cangada até chegar na frente da junta de boi da guia do balão e do namoro, e começa a chamar pelo nome fasta namoro vem cá balão, levanto a ponta da vara de ferrão no focinho do namoro, fasta namoro vem balão, vamos pegar a estrada e o carro de boi bem carregado começa a aluir cantando sobre o eixo feito de balsamo e os chumaços de sangra d’água, de encontro com a cantadeira do eixo de balsamo, o carro de boi sai cartando suave , pela palhada afora até passar o colchete , feito de arame farpado na saída da roça , mais ou menos uns trezentos metros pela roça afora, na saída do colchete uma pequena descida , segura diamante e arvoredo ouuuuaaaaaaaaaaa, segura senhor Zinia firma diamante e arvoredo, Rochão e rochedo, e a junta de boi da chaveia firma o passo em linha reta e o carro começa a rabear suave, e cantando que só vendo, até pegar a estrada devagar e pegar em linha reta, senhor Zinia pede a benção de Deus e agradece também ao Pai UNIVERSAL E Celestial para encaminhar a viagem para que o dia seja tranquilo e calmo. Vamos embora firma, aperta o passo traiçoeiro e sabia, canário balão e namoro, na frente da boiada do carro de boi o pequeno Saracura começa a cantar uma suave melodia , compassando com as notas musicais do carro de boi, carregado com quarenta e dois balaios de milho , parece que ambos cantam a mesma alegria e os mesmos sabores , pela existência de mais uma jornada no curso completo da semana, por estar quase acabando , e por estar todos com saúde e de bem com a vida, e as coisas estarem encaminhando para mais um final de semana de paz e muito produtivo . Mais talvez eles estejam e agradecendo a Deus , por mais uma manhã que chegou repleta de vida, e sentindo o apse de estar na estrada em busca de ser e de estar ali mesmo com ideais diferentes, mas porem cantando a beleza da existência eu pulsa em tu ser , em tua jornada terrena em busca de ser feliz, e de amar a si mesmo, na busca de encontrar face a face meiga e angelical de sua alma gêmea, que emana amor por amar a existência de sua alma gêmea, que completa a sua, vem cá namoro segura um pouquinho balão , pois eles já está fazendo a curvinha quase dentro da cava que dá acesso a pequena descida , que dá acesso a passagem do vau do rio do sono, e hora de parar a boiada carreira na aguada do vau , para eles beberem agua fresquinha e cristalina oua, ai mesmo sendo cedo a boiada abaixa a cabeça e nem precisa tirar a canga do pescoço deles, pois já acostumaram a beber agua com a canga , e ali os bois bebem da agua cristalina , uns bebem mais outros nem tanto, parece que eles também sabem que o dia hoje vai ser assim , indo e vindo mais de uma vez ou mais, parece não eles já estão acostumados coma rotina de seus dias, meses e meses , entra ano e sai ano, a vida percorrendo teu curso, o trabalho eleva a grandeza da existência de todos os seres vivos.
Ali também na aguada do vau do rio do sono, senhor Zinia e também o Saracura bebe um gole d’água , deixando a agua que fora pega pela manhã fresquinha na cabaça , amarada no fueiro direito da traseira do carro de boi, para ser usada no curso do dia, quando com toda certeza os raios dourados do astro rei , estiverem um pouco mais alto , ai o sol já deve ter aquecido bem mais a agua do rio , senhor Zinia diz para o Saracura vamos embora , passa lá na frente da junta da guia do balão e do namoro, , eles já mataram a sede , vamos pôr o carro na estrada . E ali na beiradinha próximo do vau do rio do sono , o carro de boi , bem carregado, sai cortando firme o chão misturado com a areia do rio, cantando firme e começa a sair da baixada, entrando na cava cortada na picareta , já quase no fim da subida, depois de uns duzentos metros em que a cava vai se rasurando e tanto lugar a planície, e a reta e outra depois da curva para a direita , Saracura na frente da boiada, avista um cavaleiro e mais umas duas pessoas andando a pé, atrás do cavaleiro montado no cavalo castanho , com uma estrela branca pequena na testa, surgi e vem se aproximando em direção de encontro com o carro de boi e a boiada, Saracura tranquilo cantando na frente da boiada carreira, cruza com o cavaleiro e as duas senhoras momentaneamente a esposa e a filho mais velho do casal, que mora do outro lado do rio do sono, lá no alto depois dos dois campos de futebol , de terra batida, já indo descambar para o buracão, , nas margens da nascente do córrego da felicidade com um sorriso no rosto, todos saúda o pequeno Saracura, encostadas na beira da estrada, dando passagem para a boiada e o carro de boi , que está bem carregado de milho na espiga, o rapaz pergunta para o Saracura, ai Saracura você vai ir , lá no baile na casa da sua madrinha e titia no sábado, acho que não tenho que ver .mas devo ficar quieto na cidade mesmo, certo mais lá vai está bom demais, e eu sei mas creio que não vai dar certo este ano de ir lá não, vai com Deus e se vocês veem a madrinha , mais o padrinho Tedio , por lá pede a benção , e diz para eles que mando pedir a benção , tá bom Saracura , e a boiada já estava chegando , pois Saracura tinha conhecido a família e tinha dado uma apressada no passo, vem balão , namoro, vamos embora, senhor Zinia raia com o peixão e o alaranjo , firma o passo sabia e traiçoeiro , e aboiada puxando o carro carregado de milho , firme seguiu pela estrada cantando que só vendo, bom dia compadre , bom dia comadre e a minha afilhada como esta, está boa compadre Zinia , ai seu Zinia dá uma parada por ali e conversa um pouco com seu compadre, e o carro conduzido pelos doze bois bem traquejados vai seguindo a estrada , acompanhando os passos do candeeiro Saracura , puxando a dianteira da guia. O dia percorre o curso no compasso da linha imaginaria do tempo, a vida reflete nos passos, compassados a sombra de todo ser que o acompanha com amor e muito prazer pela estrada da existência, o amor emana na alma a sublime magia do ser, a grandeza vivida que pulsa em todas as vidas, conduzidos pela estrutura ósseo de cada ser, a magia e o encanto que encanta e engrandece a beleza de ser e de viver. Viver ir além de cada ser, superar obstáculos um a um de cada vez, por que não se encontrar na incandescência do corpo a beleza rara, sublime que emana a alma, alma que emana amor, na beleza escultural do corpo, encantando os olhares e multiplicando a vida, em si mesma.
Ai senhor Zinia se despede do compadre e sai a passos firmes pela estrada até chegar na traseira do carro de boi , que já está passando a porteira que dá acesso ao comprido corretor , feito de arame farpado dos dois lado , e a estrada percorrendo seu curso , segui até a entrada para a esquerda , para o pasto das vacas solteiras as mais amojadas e depois do primeiro pasto das vacas paridas , as vacas leiteiras, ai Saracura segurando a porteira bem aberta até passar os dozes bois carreiro vai passando junta por junta a junta , a junta de boi de cabeçalho vai passando e o carro de boi , cantando que só vendo, e seu Zinia a passos firmes vem chegando também, para passar logo atrás uns dez passos mais ou menos , ai Saracura espera o senhor Zinia passar a vai fechando a porteira , e senhor Zinia vou tomar um gole de agua fresquinha da cabaça , hoje bem cedo já acordei com sede, e Saracura hoje você desde de cedo está pairando entre seus pensamentos , entre a certeza e em algumas vezes a incerteza seduz teu mundo, bailando na linha da paixão e da razão, emoção e sedução, o que foi, com certeza mais uma noite daquelas , em que o sono dá lugar ao vazio de nossa cama , e a noite passa como um vendaval de loucuras, dentro de um ciclone imaginário , onde cada cantar do relógio secular que atravessa a linha do tempo na garganta do carijó , atravessa a linha imaginaria aos olhos invisíveis do tempo , e contado pela nossa mente em cada segundo. Que isso senhor Zinia , o senhor hoje está viajando nas palavras, o que foi , o amanhecer percorre teu curso natural , cursando vales , montanhas e chapadões distantes até os confins dos longínquos rincões , das cavernas secretas da terra, o sol começando a brilha sobe a montanha da esperança neste instante Saracura, e o senhor Zinia já estão na traseira do carro de boi tomando agua fresquinha , e um gole de café da garrafa , a boiada carreira contornando a curva para a esquerda do lado do pasto das vacas solteiras e daí a pouco já avista o pasto das vacas leiteiras, e senhor Zinia a poeira fina compraz, o ser e emana amor para começar mais uma nova jornada diária em seu curso completo.
Na mente a imagem da linhagem surreal da amada, ditando compassadamente no peito as palavras , bem categoricamente tanto jus o mais sublime poema de amor, emanando a beleza da existência nos trilhos , no compasso de seus passos , de seus amores e paixões passados, transcendente a magnitude da existência, na mais perfeita junção de sua existência, formatando , e tanto sentido , em tuas andanças vil, pelos trilhos árduos de seu caminho , entre o existir e o buscar descompassado pelos lábios calientes e sedutores de tempos idos , deixados para traz , sentindo que a existência de seus passos , começa a fazer mais sentido , sentido maior a partir daquele instante , iluminado em que seu Sebastiao o convidara para ir na casa dele, naquela noite, mas o dia estava longo por demais , para ser percorrido pelos teus pés, a mente matutando, dialogando consigo mesmo, parece que já levantei a mais de doze horas, e agora que ainda estamos subindo com a primeira viagem do dia , aqui no moro do vau do guatambu , e pelo jeito , só vamos parar depois de descarregar a última espiga de milho do carro de boi. Neste instante seu Zinia raspa a garganta, e Saracura tenta desligar de si mesmo, pois o dia hoje e daqueles, e nestas horas em que as imagens do mundo, belo, magico, encantado e tudo parecem ter e fazer mais sentido, nada melhor que saborear o momento, assim diz o meu bisavô, mas como fazer, somente o tempo poderá lhe dar a melhor resposta, assim também e o que ele diz sempre. Na vida existi , encontros e desencontros e nos caminhos em que percorremos , existi sempre respostas , onde muitas vezes, não conseguimos ver as mesmas, pois nestes momentos preocupamos por demais , apenas querendo saber a nossa resposta, e as vezes conseguimos , fazer tudo ao contrário e esquecer o fim do dia , viver apenas aonde estamos sem preocupar se vai , ser sim ou não, no fim do dia, as coisas fluem , mais leve , mais suave percorrendo os instantes ,os momentos, os segundos e minutos, horas e mais horas, manhas e tardes, desligar do que queremos , pode ser uma ótima respostas para nossas mesmas perguntas.
Nesta retorica já me encontrei em algumas vezes, preso em minha razão, imaginando que o dia e as noites , estão em um curso quase que infinito , transgredir-me na linha imaginaria do tempo, ultrapassando a linha imaginaria da própria existência , é encontrar em algumas vezes as respostas, cabíveis somente a mim mesmo, abraçando a indelicadeza da própria existência, imaginando aquilo ou é isto que está certo, deixando para traz o notório aos olhos, passar-se invisível aos meus olhos, e somente bem depois, muito depois mesmo , e que vamos ver que deixamos algo de nós mesmos, esquecidos por muito tempo. Porem nada e sem tempo , pois tudo chega até nós, mesmo sem nós mesmos percebermos, mas sempre estão vindo e indo, na hora e no momento exato, de nossa amada e inexplicável existência, contemplando assim com o carisma da vida, a rara beleza de ser, enaltecendo a joia rara que és amar sem cobrar nada em troca, em algumas raras vezes conseguimos ver e ser tão objetivos em nossas perguntas, e olha que somos feitos mais de perguntas do que de respostas exatas, ou seja a resposta que você quer Saracura , somente irá encontrar , quando chegar a hora exata, e pelo que estou vendo em teu semblante , pode até levar muito tempo para você, mais não vai demorar muito não, pois o dia , o instante, os segundos as palavras mais sublime , pertence somente a Ele, você creio que sabe. O que foi senhor Zinia está muito filosófico hoje, parece que o senhor anda meio inspirado, teve ter sonhado bem a noite passada.
Não amigo e companheiro de trabalho , não estou filosofando e nem tão pouco tive uma noite de devaneios tolos, acompanhada pelos vendavais da existência n alinha do tempo, talvez esteja expressando um pouco acima do tom da minha mente para comigo mesmo, pois a reciproca e real, estou apenas conversando com meus botões, desenhando um fino e comprido fio de meada, da minha soberba as vezes, mas como foi sua noite de descanso Saracura, parece muito sumido hoje, mas sim amanhã já e sábado, mas um fim de semana chegando , e com a força e a graça de Deus, estamos quase vencendo a nossa tarefa da semana, capaz de dar só mais uma viagem hoje e resumiremos o dia, e com a benção de Deus vamos descarregar e virar para traz, antes do almoço não acha, e senhor Zinia , mas não trazemos o resto do monte de milho de uma só viagem senhor Zinia, não Saracura a nossa tarefa e só mais uma viagem de milho hoje, pois o patrão me disse que vendeu um carro de milho para o Jeremias pegar lá na palhada , da roça do senhor Zé pequeno, e diz ele , que vai pegar a viagem de milho lá e amanhã, então só temos que carregar mais o resto daquele monte de milho em que estamos pegando, pois o que está do lado já está vendido para o senhor Jeremias, e aquele monte de milho , não vai dar mais uma viagem das boas nada, a não se e assim senhor Zinia, vai dar certo de trazermos o resto de uma só viagem, dá para trazer a colheita da roça do senhor Zé pequeno, ei então , Deus abençoando , vamos chegar mais cedo hoje um pouco, se tudo correr bem no curso do nosso dia. E Saracura com Deus adiante, e Deus quer sempre o melhor para nós, acredito mas boas energias da vida, que vai dar certo de pararmos um pouco mais cedo hoje sim, dependendo da hora quem sabe ainda começamos a carregar o carro de boi , com a traia de arar, para amanhã resumirmos nossa semana mais cedo , você não acha. Claro senhor Zinia, o senhor está certo, ainda vamos sim deixar a traia de arar, já carregada no carro de boi e amanhã saímos bem cedo, com as bênçãos de Deus, acredito que vai dar certo e só quatro arados , mais um monte de moi de bicos de arados, que está lá na casinha de despejo, e as correntes de arar, e mais as ferramentas que vamos levar amanhã para a roça na beirada do córrego da garapa, não está muito longe não, vamos começar por lá este ano, e resumir se Deus quiser lá nas roças da varginha, e senhor Zinia achei bom o projeto, quando o patrão pediu para começarmos pelas roças grandes primeiro, rende mais, e melhor de trabalhar , o senhor não acha. Claro que sim Saracura, quando estávamos conversando sobre o assunto na reunião da semana passada , eu dei essa sugestão e o senhor Ruralindo mais seu Sebastião , gostou muito da ideia, ah você não estava na última reunião do mês, estava cuidando da cerca que tinha estragado na passagem desculpa Saracura, por não der me lembrado de dizer para você, os acontecimentos da última reunião, o que tinhas acertado, de começarmos a arar pelas roças maiores e concluir lá nas roças pequenas nas margens do córrego da varginha, as roças que planta somente arroz, vamos ver se conseguimos , plantar todo milho antes do fim do mês de setembro, e deixar as terras também todas tombadas, todas prontas e preparadas para receber a semente de arroz em teu seio no início do mês de outubro, vamos sim senhor Zinia conseguir mas vai ter que colocar mais arado nas roças, a mais vi aumentar a traia este ano o senhor Zé Troia já foi buscar ontem na estação mais quatro traia novinha que chegou no trem, pois e vai ser as nove traias que já tinha o ano passado e mais a quatro novinhas que acabou de chegar, vai ser ao todo treze traia este ano dobrando a terra, o dia inteiro de sol a sol, amanhã vai o nosso carro de boi com a metade da traia e o senhor Zé Troia com a outra lá para o esbarrancado, vamos ver quem chega primeiro lá nas roças do espigão da estiva , pois este ano vai ser as duas trais juntas, vamos também dobrar o outro lado da vargem até, lá em cima perto da estrada , no pau de angico secular, junto da seringueira milenar , e a tarefa este ano vai ser das boas senhor Zinia, claro que sim Saracura.
A vida seguindo o seu curso nos trilhos e curvas da estrada, na linha da existência no vai e vem do carro de boi, as marcas segui desenhando o coração do carreiro na face meiga e angelical da mãe natureza, e Saracura hoje já e sexta feira , dia de se preparar para as aventuras , que isso senhor Zinia, o senhor já tem até filhos e filhas, quase que da minha idade, e ainda vive umas aventuras , e Saracura claro que sim , pois amar e estar sempre inovando, amando a cada novo instante e de forma diferenciada a mais linda e escultural mulher, conquistar a amada , a minha alma gêmea a todo instante a cada novo dia, um legado que venho tendo , deste o primeiro instante em que eu a vi , passar por mim , pela primeira vez, serena desfilando em minha frente seu escultural e reluzente corpinho de princesa , a rainha de meu reino encantado, , a seduzir e me seduz até hoje a cada nosso instante, a cada novo dia mais e mais, apesar de meus meninos já estarem quase todos bem grandes ,ainda assim temos no peito ao ardor da paixão, do amor, da sedução um pelo o outro, pois sabemos que nos amamos o amor incondicional , até mesmo nos erros da estrada, nas dores e amarguras do caminho, estamos sempre pronto para escutar , entender, amar o amor nas dores e nas alegrias da vida. Pois na história da vida humana, não existe somente vitorias , existe sim mais lutas, incansáveis batalhas diárias, que temos sempre que superar, amar não e tão somente , um compreender o outro apenas, no olhar, não precisa muitas vezes de palavras , nem um livro inteiro , expressando palavras e mais palavras bem definidas, mais de milhares de linhas entre parágrafos, virgulas e ponto final, não adianta , não expressaria nem uma quinta parte de uma vida bem vivida , entre as dores e a sedução de um corpo de uma vida, pelos trilhos da existência, podemos as vezes até questionar , o que e questionado na estrada , pesando e até dizendo que não temos nada, mais nós engamos completamente , viver e aprender na estrada da existência, e estar na estrada da vida, nas voltas e nos atalhos na hora exata, proferir uma oração que minha tataravó me ensinou quanto eu era ainda criança e todos dias a procuro em volta de meu leito, ajoelhar e no silencio da minha voz, apenas proferir com a mente , segundo ela me ensinou essa linda oração Hebraica.
Oração Hebraica.
Senhor se eu te amar, por querer o Céu, exclui-me dele.
Se eu te amar por medo do inferno, joga-me nele.
Agora, se eu te amar pelo que Tu és, Senhor, não me escondas o teu rosto.
Nesta vida , nada e mais importante do que amar, a beleza que Deus nos presenteia a todo instante, a cada novo respirar de nosso ser, sempre todos os dias apenas , nos sugerindo o jeito simples de olharmos e vivermos , buscando tanto somente , a nos ensinar como amar em cada novo encontro, o ser que emana o amor em cada togue, em cada gesto, até mesmo quando nós encontramos na espreita da mulher amada, de nossa alma gêmea, amar com prazer , o melhor entre todos os corpos que nos toca , seduzindo sem expressar nem uma única palavra, o nosso amado corpo, proferindo o mais perfeito poema de amor, tão somente com o olhar de ambas as almas, eis-me sempre aqui, minha eterna amada, lábios que me seduz, pela luz de tua boca de encontro de encontro com meus lábios, braços que aquece o frio de meu corpo, suaviza também o calor do corpo, sempre sabendo que está de braços abertos ao encontro de meus braços ao tocar de encontro com teu corpo, coberto de amor saciando o um corpo, caliente de paixão ao encontrar cada minúscula parte de teu corpo ao encontrares com o meu corpo, saciando o mesmo prazer pela existência, ufa que foi senhor Zinia, parece meio apaixonado , não Saracura não estou meio apaixonado, sou um eterno apaixonado pela minha amada esposa e mãe de meus queridos filhos e filhas, por mais que nos encontramos às avessas do mundo, meu amor por ela e real, humano , profano, sedutor real e imortal, além desta e de outras vidas além, há amo com seus defeitos e suas qualidades, pois ela completa o meu mundo e eu completo o mundo dela também. Mas e você Saracura, como anda com sua paixão, hoje Saracura parece que está em outro mundo, distante , pensativo, meio sério a sua voz ecoa no vazio de seu ser com muitas perguntas e mais perguntas, e as respostas cadê, parece não encontrar tal respostas, não se preocupe na hora exata , ela vai chegar, não senhor Zinia hoje o dia parece muito grande, ainda nem chegamos com a primeira viagem , e eu queria era estar acabando a última, ir embora para casa sei lá, mas talvez seja melhor desligar de tudo e focar com toda força no trabalho, e deixar o dia correr, mas por que Saracura, que seu dia está meio ofuscado, não sei mais pelo seu jeito , teve ser por que , a causa e motivo só pode ser certa morena, que está nessa hora , teve e de estar lá na lida, na casa grande, e se não estiver enganado e a sinhá Peara, com aquele , jeitinho meigo e delicado que embriaga e seduz, com todo seu carisma e respeito claro o coração deste meu companheiro de trabalho, e amigo também. É senhor Zinia , e ela mesmo, deste de ontem à noite que o meu coração aperta no peito, procurando respostas, para certas perguntas, mas cadê as respostas, mas o que foi se você quiser dizer , posso de escutar meu amigo, e que o pai dela me convidou para ir na casa dele hoje à noite, iiiiiiiiiiiiiii, então o velho também já teve estar sabendo do seu enderece na filha dele ,e do enderece dela por você também, e então hoje à noite , você irá na casa do Sebastião Capataz , meu amigo Saracura , que isso senhor Zinia , devo sim ir na casa do senhor Sebastiao , esta noite mais apenas , para ensaiar uns dois ou três acordes , uns togues de forro para o terço de amanhã na casa da irmã do senhor Sebastiao.
E Saracura no pouco do que de nada absolutamente nada sei, já vi e também, já vivi muitas loucuras e amo, esta minha vida cigana, vida mundana de ser de mim mesmo, por mais que minhas atitudes de agora , seja bem mais direcionadas na minha mente, muito me julgo e me castiga as vezes, por estar aqui ou ai, procurando sempre encontrar comigo mesmo, vivendo feliz com minha amada esposa e meus dez filhos e filhas, amando cada um deles do meu jeito ímpar de ser, não apenas por um instante dentro do ciclo completo de cada momento, sendo fiel em todos os âmbitos de meu ser com minha amada, e buscando fazer dela a minha eterna rainha, a deusa do meu mundo, amar essa pequena que somente tão somente , ela que compraz com prazer e muito amor apraz meu ser minha alma, deste o primeiro dia que eu havei pela primeira vez, cruzar o meu caminho e sorrir, sorrir não desenhar o que os nossos sentimentos diziam um para o outro , mas também , não tenho nada a ver com teus passos e somente você e capaz de ver e de entender , o que passa em teu ser, Saracura.
Nessa real instancia de sermos e de vivermos , as vezes da vida nos brinda , com grandes e memoráveis encontros , e entre tantos e tantos encontros , talvez a leveza com que passamos por nós mesmos , nós privando as vezes de nós mesmos dentro de nós mesmos nos prendendo dentro de nossa redoma de medo e de insegurança total, mas nisso os dois companheiros de jornada , já estava avistando a passagem do córrego dos patins, ali depois da curva no canto do campo de bola ai uma descida e depois subir a pequena subida e logo na baixada já começa a entrar pelos currais , adentro da sede da fazenda saudade, a casa grande do outro lado, e só atravessar todos os currais e rabear o possante na porta do paiol e descarregar a primeira viagem de milho do dia, e só restava no roça do Zé pequeno mais uma viagem, pois no sábado tínhamos que levar a trai de arar para a roça da praia grande nas margens do córrego da garapa. , e na semana seguinte , já estava tudo ajeitado , pois já estava na época de começar a tombar a terra, para jogar a semente no seio sagrado da mãe natureza. O mês de agosto já indo para o seu final , São Pedro, São João e Santo Antônio , já tinha ficado bem pra trás e no sábado , ainda tinha de escolher entre ir no terço da casa de minha madrinha ou ir no terço que nem sabia , que tinha na casa da titia da minha deusa, da minha vida, dona de meus sentimentos, irmã do papai da rainha de todos os meus pensamentos a filha do senhor Sebastiao, ai minha mente voava , baixo o que fazer mais ai chegamos, rabeamos o possante no porta do paiol começamos a descarregar as espigas de milho, sabe como e.
Só que nossa, sexta feira até que estava caminhando muito bem, pois ainda era bem cedo do ainda, os peões a sede tinham acabado de concluir suas tarefas e eu mais o senhor Zinia, já estava chegando na porta do paiol de milho com o carro de boi bem carregado, para descarregar a primeira viagem de milho do dia, ainda tinhas que voltar na volta grande na beira da margem do rio do sono, no mínimo mais uma vez, e se tudo correr bem no curso da viagem, iremos chegar cedo. Só que quanto estamos em conflitos com nossos sentimentos repletos de dúvidas e mais dúvidas, ai parece sempre aquela pergunta e em seguida já aparece a mesma resposta, mais a resposta sua ,a resposta que você tanto quer ouvir, olhando em sentido do trilho bem ao lado da usina , por entre o pomar, no meio das galinhas ciscando o cisco de um lado para o outro no interior do pomar, aparece a bela Peara, a deusa sinhá , caminhando com seus passos , suaves beijando a face da mãe natureza, subindo pelo trilho afora, de baixo para cima vindo da beira do rego d’água , do córrego dos patins , no sentido da varanda da cozinha da casa grande, ela deslumbrantemente linda, atraente e incandescente com tua beleza feminina, beleza impar com a gamela na cabeça repleta de alumínio já limpo, abaixando aqui e ali um pouco a cabeça , em um esplendido espetáculo de beleza, um bale clássico por entre os pés de laranjeiras , mexericas, marmelos e as grandes mangueiras , mas distantes um pouco doando sua sombra de graça , para boa parte do pomar, e por alguma razão a emoção emana no ser , engrandece e compraz o olhar, enaltece a vida , e tá jus a existência, refletindo o brilho da alma, que emana amor , sem compreender o porquê de tantos por quês. E por um único instante , sentir-se longe da prisão, mesmo vivendo em um terra distante, aprisionando o ser nas amaras de aço da existência humana, no vai e vem do carro de boi, porem de coração aberto , começa a cantar ao vento uma suave canção , tão somente dentro do peito , querendo apenas que brisa do vento atravesse todos os tempos, e encontre do outro lado do tempo, do outro lado do mundo, seu mundo oposto e agradecendo a todos os povos , por mais um dia no entoar do teu cântico , que traz lembranças do seu mundo, de sua gente, do teu povo, alimentando a esperança de ré encontrar-lhes um dia, e abraçar de encontro ao peito acariciando a saudade que corta o ser e corre em tuas veias, espedaça a alma, emergindo na pele adentro igual a lamina afiada da navalha, sem extrair uma gotícula de sangue, lembrando tão somente de sua liberdade distante e ausente, que está acorrentada em outro mundo. Dentro deste mesmo mundo, sentindo que és os sentimentos de amor , que emana em teu ser pelo corpo escultural que conduz , aquela exuberante dama, e real e humano, profano cigano, refletindo em tua pele a beleza de tua alma, no desfilar de seus passos na passarela encarnada de cetim , por entre as curvas e trilhos que conduz todo seu exemplar e escultural ser, ereto com a gamela cheia de alumínio sobre a cabeça, e por debaixo gamela seus cabelos negros cacheados ondulados ao vento, igual as ondas douradas do mar , por entre as correntes de ar, seu perfume de amor, extraído de seus sentimentos por amar a beleza da vida, que emana em teu ser, por ser mulher , ser feminina e de cor rara e exuberante beleza. O ser humano e incompleto e invisível , a criatura e visível , mais os sentimentos não , os sentimentos completa o ser e só o tempo, traz a consciência de que somos nada, no meio de tudo, e nesta labuta bem desigual com o sentimento, sentindo se dono absoluto dos sentimentos de amor , de seu ser e do seu mundo, o candeeiro Saracura , saracoteia de um lado para o outro , dentro de carro de boi, empurrando as espigas de milhos com os dois pés firmes de dentro do carro de boi, para ajuntarem-se ao monte de espigas de milho sobre o chão na porta da porteira do grande paiol, e o curso do relógio do tempo, seguindo teu curso , percorrendo na linha imaginaria da estrada , os peões já saíram cada um para os seus afazeres, a s cozinheiras prepara a cozinha para começar a projetar o almoço, senhor Zinia e Saracura , já está acabando de descarregar as últimas espigas de milho da primeira viagem de milho do dia.
Quando de repente aparece montado sobre o alazão negro, seu Sebastião capataz, perto da cerca de arame farpado e cumprimenta o senhor Zinia e o Saracura, bom dia para vocês dois , como está indo o dia de vocês hoje, vejo que andou bem cedo hoje, já foi lá na roça do vau do guatambu nas margens do rio do sono, e já está acabando de descarregar a primeira viagem de milho, , e se Deus quiser vai acabar cedo hoje a tarefa de vocês me , senhor Zinia, agora só falta mais uma viagem d milho para vir , para cá para a sede da fazenda, o resto do monte já está vendido para o senhor Jeremias me , e ele vai pegar o milho lá na roça mesmo amanhã, pois e pertinho da casa dele, tá certo senhor Sebastião , e com as benção de Deus vamos chegar mais cedo, e vai dar tudo certo sim ,e ai Saracura vai ir lá em casa hoje à noite para ensaiarmos uns togue a noite, , estamos esperando oce lá as seis e meia da tarde dá certo, uai senhor Sebastião se ter tudo certo e nós acabarmos os nossos afazeres na hora certa, vou ver se apareço lá sim na casa do senhor, mais vai dar certo Saracura, estamos contando com você, para nós ajudar a puxar o forro lá na casa da comadre amanhã. E mais vamos ver se dá certo de passarmos umas duas modas, hoje à noite, pois ainda não tocamos juntos, mais sei que você toca muita sanfona Saracura, mais o senhor seu Sebastiao sei que toca demais a sua viola de doze cordas, e eu modéstia parte mal arranho alguns poucos acordes na sanfona, mais o compadre ainda tem o compadre do senhor no cavaquinho e as meninas do senhor que também canta muito e toca triangulo e a zabumba muito também, e mais o que o senhor acha senhor Zinia. Uai seu Sebastião vai formar uma grande banda, vai arrasar na animação, pois o forro vai ser e dos bão, uai o senhor até me convidou para ir no terço amanhã, e se a veia lá de casa mais os meninos, quiser ir, creio que vamos ajeitar as coisas lá na casa do seu rafa mais cedo, e vamos dar uma chegada lá no terço na casa da comadre dina, e quem sabe eu mais a veia até arrisca uma contradança ao som do togue desta banda. E vamos virar a guia para a estrada e pegar o rumo do vau do guatambu Saracura, a prosa da das boas, mais nós temos que voltar lá ainda na roça ainda e depois ajeitarmos a trai de arar no carro de boi, e o senhor Sebastião mais oce Saracura ainda tem um compromisso mais tarde, e eu mais a boiada não queremos atrapalhar o ensaio não, pois amanhã quero e estar lá no terço e depois da reza agradecendo as benção de Deus com a interseção dos santos, comer aquela broa de fubá de canjica, tomar um bom quentão , quero e cair na contradança ao som de vocês no palco, passa lá na frente do balão do namoro. Da certo senhor Zinia , e passando na frente da junta de boi da guia se despedi do senhor Sebastião até mais seu Sebastião, fasta namoro vem cá balão , Saracura com a guiada de guatambu sobre o ombro esquerdo, e segurando com a mão direita o pé da guiada, resmunga o nome d ajunta de boi da guia e o carro de boi começa a aluir devagarzinho e vai saindo rabeando devagar e deixando o resto das espigas de milho que está no recavem do carro de boi , juntas do monte de espigas de milhos espalhadas no monte sobre o chão, ai sinhá santinha vem chegando rapidinho com uma jarra de alumínio cheia de suco de limonada fresquinha que acabou de fazer e com um prato cheio de pão de queijo quentinho que saiu do forno de barro agorinha, ai senhor Zinia você s estão com presa mais dona um gole de suco, dá certa dona Santinha vamos sim aceitar um corpo de limonada com pão de queijo quentinho me Saracura e voltarmos para os nossos afazeres. Ai Saracura manda parar os bois e o senhor Zinia deixa a guiada tocar de leve o pé no chão, deslizando do ombro até tocar de encontro coma face da terra , a boiada endente com este gesto que pode parar e tipo uma ordem de sua voz, oaaaaaaaaaaaa, ai os dois carreiros come uns dois pão de queijo quentinhos e toma um bom copo de suco de limonada fresquinha , e volta para a luta, e Saracura enquanto degusta a merenda pela garganta , disfarçando por entre a aba do chapéu , olha em sentido da varanda, como se diz os sentimentos e os pensamentos , estão procurando pelo andar exuberante da sua amada dama, a deusa de seu mundo, mas como se diz não podia deixar que os olhos atentos do mundo, seja flagrado pelo seu olhar, pois ainda não tinha pedido a mão da sinhá Peara , para os pais dela, nessa época , tinha que pedir o consentimento de toda família para namorar uma moça, e era na sala dos pais da moça e depois do consentimento , ainda tinha que ter uma pajé sempre do lado.
E na passagem do córrego da varginha, as comadres lavadeiras saracoteando de um lado para o outro, em uma ladainha danada, umas lavando as loucas, outras ensaboando a roupa produzidas do fio de algodão, roupas, cobertas de algodão tecidas no tear, da bisa entoando cânticos de amor, e ladainhas de paz embelezando a alma e a grandeza do ser. Na vila pelas ruazinhas de terra batida , as crianças brincam , outras ajudam a mamãe nos afazeres do lar, umas carregam agua cristalina do chafariz , vindo d amina do córrego dos patins, até o chafariz da praça da Matriz enganada, pouco para baixo os dois pés de mangas milenar grandões doa de graça muita sombra fresquinha para quase toda a praça no curso completo da tarde , e na parte da manhã para grande parte da vila e todo entorno da praça da Matriz, ´principalmente no quarteirão central da vila e na esquina a direita da porta de entrada da Matriz de Santa Cruz, até a venda de assoalho do senhor Zequinha que fica na esquina do quarteirão que desce para a venda do tio Lipe, o carro de boi do senhor Zé viola começa a aparecer a junta de boi da guia, diamante e tiziu, engraçado eu o diamante e um boi preto um boi caracu e o tiziu um boi coraleiro amarelo, quase alaranjado , mais a junta de boi na lida só vendo e um estouro de bom, e o carro cantando suave que só vendo, mais também estava cheio de sacos de arroz em casca uns vinte e cinco sacos mais ou menos, para limpar na máquina de arroz . E naquela época não tinha muita condução e o transporte tanto da vila com também de toda redondeza era feito no pescoço dos bois de carro, ou no lombo dos burros areados com a cangalha, cada burro carregava mais ou menos de oitenta a cem quilos cada, mas quando um carro de boi bem traquejado rompia o silencio da vila, a criançada até sabia de quem era o carro de boi e a junta de carreiro, que estava conduzindo a boiada no carro de boi. Por exemplo ,mais cada carreiro tem um jeito de caviar o carro de boi, uns gosta de ajeitar a traia bem cavilhada cantando fino, outros groso, outros assobiando de tão fino ai por diante mais cada carro de boi canta diferente um do outro, e também a boiada carreira, tinha carro de boi com as juntas todas aparadinha outros só as juntas , e os carros de boi sempre entrava pelas ruazinhas da vila bem carregados e cantando que dava gosto parar e ficar escutando, mais também carreava se de tudo deste os alimentos até a lenha para quinar no bom e velho fogão a lenha, e a criançada adorava correr para a porta da casa para ver os carreiros conduzir a boiada carreira transportando o progresso da região, então todo dia o dia inteiro tinha carro de boi chegando e também saindo do pequeno vilarejo, e também muitas tropas conduzidas pelos tropeiros , e também tinha os cavaleiros que vinha para a vila montados nos cavalos , fazer compras e também vender a mercadoria que produzia esses carregava no lombo dos cavalos em mala , feitas de sacos de algodão branquinha que só vendo, pois a região também produzia muita castanha do coco da palmeira de babaçu, fonte de renda para muitas famílias, a castanha do coco da palmeira de babaçu era moeda de troca , pois a castanha e rica em muita coisa , fonte de produção de óleo vegetal, rico e saboroso, também tem o doce produzido com a castanha que uma saborosa e deliciosa sobremesa, e a castanha também ajuda a regular o aparelho digestivo. Eita tempo, bom, a vida tinha lá seus empecilhos , as coisas tinha mais dificuldades , para ir daqui para ali , ir na cidade maior as vezes gastava dias e dias, pra ir tinha que ser de a pé ou de cavalo, nos carro de boi , e tudo que a região consumia e também produzia era transportado no pescoço dos bois e no lombo das tropas, meu bisavó já buscou muito sal para as fazendas da região no carro de boi , gastava mês ou até mais para ir até a onde tinha os depósitos de sal, mais era uma época boa as crianças brincavam , era de pique esconde, de pula corda, cobra cega, peteca , bola de meia , essas coisas cavalo de pau, a escola não tinha nem cadeira para as crianças sentarem tinha direito , como agora era feita no rancho, mas a vida muito avida, e repleta de felicidades, andar a noite no vilarejo topava mais com as éguas e os cabritos pra todo lado. Mais no vai e vem da vida de gente , as coisas acontecem , sem a gente perceber e o dia segue sempre teu curso natural sem os nossos olhos em muitas vezes , trêmulos perceberem , na estrada da existência de sermos aprendemos mais com os erros do que com nossos acertos, e a melhor parte jamais achamos que estamos totalmente errados, podemos até nos achar no meio da conversa e sair de fininho, pela tangente da vida, saindo mal mas sempre damos um jeitinho de tentar reverter a coisa a situação para o nosso favor, parece louco ou até mesmo insano ou anormal , mas ganhar e perder e o jogo da vida, só que nem sempre sentimos a hora certa de aceitar a derrota , mais e a vida e o existir. Mais aí nosso dia laia bem e correu tudo como tínhamos planejados, colocamos a boiada carreira na estrada novamente e pegamos estrada no sentido da roça do vau do guatambu e fomos lá enchemos o turbo bem carregados e voltamos descarregamos e o dia seguindo teu curso natural, e na beleza da vida o sentimento a flor da pele, e a pergunta que o Saracura fez para ele mesmo o dia todo viva, pulsando na mente, ir ou não ir na casa do senhor Sebastião , a pergunta que pulsou do dia todo dentro do peito do pequeno Saracura , só que ai quando o dia já estava indo para o seu findar os afazeres dos dois carreiros , senhor Zinia deu aquela cutucada, e ai amigo Saracura já está pronto vai ir lá hoje na casa do seu Tião capataz, ensaiar uns togues de forro para sábado à noite toca pra nos cair na contradança , sábado não amanhã à noite, espero que você esteja lá tocando, pois quero dançar ao togue dos acordes da sua sanfona, e senhor Zinia estou pensando , mas também tenho um convite para ir na casa da minha madrinha , lá do outro lado do rio , ela também sempre faz um terço nesta época do ano , e estou em dúvida com meus pensamentos, e mas pelo que estou vendo em teu semblante Saracura , creio que você vai e estar por aqui mesmo , por perto , e a sua esperança grande me, não sei do que o senhor está falando senhor Zinia, a que isso Saracura não se faça de arrogado ou esquecido e nem tão pouco despercebido, pode até tentar enganar a você mesmo, , mais já faz alguns dias , que sempre falo com você Saracura , sobre a moça que trabalha lá na sede da fazenda na casa grande, e você sabe de quem eu estou falando, do jeito que seus olhos olham para ela, e o olhar dela para você também , e a sinhá Peara muito linda deslumbrante joia rara, a pedra preciosa, a filha do senhor Tião capataz.
Tudo bem senhor Zinia, mas o senhor sabe que a sinhá peara e muito pretendida por muitos , até o filho do irmão do nosso patrão , que mora fora tem lá uma queda por ela, e eu que nasce e me cresce por aqui mesmo por estas terras, , creio que não tenho chance nenhuma com ela senhor Zinia, por mais que eu me ajeite e me olhe ao espelho os meus olhos me mostra que a casta dela e bem diferente da minha, tudo bem que tanto ela quando também eu senhor Zinia temos quase que a mesma idade, sou mais velho do que ela apenas um ano, só que ela pode ir à escola e estudou , tem um bom conhecimento, o pai dela o senhor conhece tão bem quando eu , e o nosso chefe, e tem alguns valores , ela trabalha na casa do patrão, e de uma linhagem bem deferente da minha, mas os meus sentimentos e todos os meus pensamentos não consegue esquecer, o jeito daquela morena, as noites em meu leito , a solidão me abraça forte, e a emoção em muitas vezes embala as minhas noites de vendavais loucos, e Saracura por mais logico que possa parecer aos teus e aos meus olhos , as diferenças entre vocês dois existi, mais isso não e impossível, pois para o amor não existe impossível, por mais que os outros posso até dizer, e agir de forma contraria , por medo de alguma coisa, as diferenças não existem para as pessoas que sabem reconhecerem os valores reais da existência humana Saracura, apesar de estar por entre estas poucas palavras querendo apenas, nada dizer para você mesmo, pois pelo que conheço de sua prole você tem uma família que e sinônimo de respeito, e que valoriza e busca preservar os valores reais da humanidade, dentro de suas fraquezas e claro , por mais que seus pais e seus avos tenta ser e lhes passar os valores que todos conhecem e busca respeitar eles, não sei talvez você não possa ver ainda, mas quase todo dia no curso completo do dia e boa parte também da noite, e difícil seus avos e teus pais não estarem conversando ou escutando alguém , uma ou outra pessoa tanto de vila com também até de outras regiões, que vem escutar e tirar uma ou outra opinião com eles, Saracura sua família tem um valor muito grande para a vila e a região são considerados os guardiões da sociedade, não somente daqui da nossa vila, mas de toda região, o nome de vocês são respeitados por todos, errar claro que vocês erra por que não, vocês são humanos, mas a tua família e muito valiosa aos olhos de uma região inteira uma benção de Deus para todos nós , e até mesmo e conhecida em outros estados também , tem muitos valores e conceitos são mestres, escolhidos por Deus para viver aqui entre nós.
E a família da sinhá Peara sabe destes valores , apesar das diferenças mas o que completa são nossas diferenças , o oposto que atrai os nossos olhares, pois por exemplo seu papai e sua mamãe são de famílias bem distintas uma da outra Saracura, os valores deles são bons mas a formula de expressar de agir o seio da família de seus pais são bem diferentes creio que você já notou, mais o assunto e de você e de sua sinhá e olha ela também de olha com um olhar de paixão , de sentimento de amor, mas até hoje somente olhares, que sei pois trabalhamos juntos nada mais além de apenas um olhar e nada mais, só que não sou adivinho , não leio cartas, e nem sou bruxo são o que os olhares de vocês dois refletem , um para o outro que vocês se olham apaixonados, mas tudo bem isso e você Saracura e ela a sinhá Peara que tem que ver um no outro e nesta metáfora da vida, também ti vi lá meus empecilhos para conquistar a madame, que hoje vive e mora lá em casa e é a mamãe de meus dez filhos e filhas minha amada esposa, a senhora lá do meu lar.
E senhor Zinia talvez, o senhor até tenha razão em tuas palavras, aqui dentro de mim, do meu peito existi, perguntas e mais perguntas e a melhor ou a pior parte sei lá, a resposta que mais quero ouvir e uma só tão somente, que a senhorita Sinhá peara aceite o meu pedido de namoro e porque não ate de casamento, pois aqui dentro de mim tem mil projetos que, já projetei para mim viver ao lado dela, em minhas noites de luar em que não via a luz da lua. Mas também sei que nada, neste mundo vem de graça senhor Zinia, hoje por mais que possa parecer , dentro de mim pulsa uma certeza, de ir na casa do senhor Sebastião sim esta noite, mas este pensar dentro de mim também tem lá minhas dúvidas, se vou mesmo ou não, pois nesta minha vida até hoje , só fui até a casa da santinha a única mulher , mulher moça que fui e pedi a mão dela em namoro, essa foi e pedi a mão dela para namorar comigo, mas entre nós dois não deu certo, e não me arrependo por que não era pra ser, ando por ai , mas minhas andanças noturnas sim, mas gosto mesmo de uma boa aventura, um bom rabo de sai aqui e ali e bom sentir adrenalina no corpo, na pele, na mente mesmo sabendo dos perigos , e Saracura que que o diga, mas ter a mulher que compraz com a nossa alma e outro nível outro sabor, e outra adrenalina ,a vida transforma e refaz todos os dias , a todo instante , isso não que eu seja santo ou um bom moço, mas deste que conhece a minha amada esposa e mãe de meus filhos, até hoje sempre tenho amis vitorias na estrada da vida, por mais que o dia pareça tudo errado, , as crianças tão muito trabalho, ela também as vezes diz e agi de forma que não gosto, mas também nãos ou perfeito , tenho meus erros , mas vale muito a pena viver ao lado dela, por mais que os espinhos da estrada se multiplica , quando começamos a caminhar na mesma estrada da existência , um ao lado do outro, vale muito para mim , viver e ter conhecido a minha alma gêmea, a mulher que amo a rainha do meu mundo, a sacerdotisa da minha vida.
Agora quando a sua paixão , a sua princesa, a deusa do seu mundo, ai e você quem e que teve compreender e tomar a decisão, por mais que as coisas estejam mais complicadas , por seu lado, e que também sei que nestes momentos da vida, as vezes existi muitas dúvidas e incertezas Saracura, mas viver e acreditar até mesmo nas incertezas de ouvir sim ou não, em tudo que fazemos , pelas as estradas da existência, ir além de nós mesmos, em muitas vezes sem saímos do lugar aonde realmente estamos, mas sim estar em um outro mundo apenas em pensamentos , viver além desta e de outra vida além.
As perguntas as vezes não encontramos as respostas, pois não existi respostas exatas, para todas as nossas perguntas, pois somos feitos de milhares de bilhões de perguntas, e apenas uma ou outra resposta. E senhor Zinia a vida e cheia de surpresas , mas todas são legais de viver e saborear até mesmo as horas mais difíceis do existir faz sentido viver, por mais que busco entender o meu por que, dentro de meus muitos porquês , ainda sim de nada sei, vivo feliz sim, sentindo a vida escorrer pelas minhas arderias pulsantes , as vezes pulsa a saudade de dias e noites distantes , do curso de meus passos , já quase apagados na estrada da minha existência, dias que passaram , que passa para todos, como um vendaval e desnuda toda relva, igual a uma tempestade deixando no momento apenas um rasto de destruição total, sem noção alguma do tamanho exato do estrago eu produziu, mas e nestes instantes que depois vejo que , foi ali que mais aprende do que perdi.
E Saracura e assim mesmo, a vida seguindo seu caminho, sua estrada nós nossos dias e noites, aprendendo, tirando proveito de cada instante, aprendendo com os erros e sem até mesmo conhece-los no momento nos quais os praticamos, mas depois de certo tempo vermos aonde erramos, e também acertamos por que não, aprendemos muito com nossos erros mais também com nossos acertos, Saracura. Mas vamos lá vai abrir a porteira, pois já estamos acabando de percorrer o corredor e a passagem do córrego da garapa, já podemos avistar lá em baixo , ai caminha a passos firmes do lado dos bois de carro Saracura o coração aperto no peito ,e todos os pensamentos e sentimentos imaginando a único pensar logico de um homem apaixonado, perguntando para si mesmo dentro da mente, e minha sinhá Peara , aminha flor de lótus, será como ela está hoje, será que ela dormiu bem, ou teve uma noite de devaneios , a mais e melhor eu tentar cuidar de meus afazeres ,e prestar atenção no serviço, cuidar da junta de boi da guia ,pois se eles ataiar na curva da descida do córrego da garapa , pode nos dar problemas e atrasar nossa tarefa do dia, e chamando com a voz firme a junta de bois da guia , Saracura fala firme com o balão e namoro, fasta balão vem cá namoro , nisso os dois carreiros e o carro de boi com as doze juntas de bois ,já estava descendo a descida do córrego da garapa de voltando para a roça de milho da prainha, lá do outro lado do rio do sono , mais já estava descendo de volta no córrego da garapa perto da barra do ribeirão da ferragem , ai era só acabar a descida passar pelo córrego e o ribeirão e subir a pequena subidinha uns trezentos metros mais ou menos, que já dava para avistar do outro lado do rio na margem de lá do rio do sono era a roça , aonde ia carregar a segunda viagem de milho do dia. Mais isso ainda era umas nove horas e quarenta e sete minutos mais ou menos já quase dez horas da manhã, ai seguiu a estrada carreira n marcha boa da boiada puxando o carro de boi, subiu a subidinha e foi descendo e já estava pegando a baixada na várzea do rio do sono no vau do guatambu, ai seu Zinia com uma voz sua oua, oua ,oua oua, ouaaaaaaaaaaaaaaaaaa, para ai Saracura vamos parar aqui na baixada e almoçar e enquanto almoçamos , vamos deixar os bois tirar umas bocadas ai no capim provisório, ai parou a junta de boi da guia e as outras cinco juntas foi parando uma a uma até o carro de boi ficar quieto paradinho , ai seu Zinia vai até a junta de boi de coice , abre diamante entra no meio da junta de boi e tira a chaveia do cabeçalho , desengatando o cambão do peixão e Rochão , soltando do cabeçalho do corro de boi, desceu bem devagarzinho o cabeçalho do carro de boi no chão , soltando do cabeçalho a junta de boi diamante e arvoredo, e foi só tirando os cambões das cangas e soltou as seis juntas de bois cangadas mesmo tocando as juntas para a baixada para eles pastar um pouco enquanto o Saracura mais o senhor Zinia, ajeitou por ali e foi almoçar. E como o dia está correndo bem , as coisas estavam acontecendo dentro do esperado na normalidade do dia, e ali na baixada na beira do vau do guatambu, sempre era o ponto de almoçar de alguns carreiros, principalmente do senhor Zinia mais do candeeiro Saracura, quando estava carreando das roças do outro lado do rio para a sede da fazenda saudade, sempre almoçava ali próximo do vau, tinha vezes que almoçava sem parar a boiada dentro do carro de boi mesmo mais sempre que dava para por ali uns minutos para os bois dar uma pastada e descansar um pouco, ai depois que soltou os bois para pastar, Saracura caminhou tranquilo com os pensamentos a mil claro, pois o dia estava longo demais para ele, foi até a traseira do carro de boi bebeu um gole de agua da cabaça pegou o embornal com o caldeirão calmo, e sentou no cabeçalho do carro de boi, e foi ajeitando por ali mesmo para almoçar, senhor Zinia também tranquilo assobiando ajeitou e sentou-se na beira da cava sobre uma pedra bem grande ,encostando as costas no barranco da cava, um banco improvisado , mais este era o ritual dos dois amigos carreiro sempre para aquelas bandas, ai como o dia dava tranquilo almoçou e ficou por ali uns vinte minutos mais ou menos, e já foi voltando para a luta do dia a dia, começou ajeitando as juntas de bois uma por uma engatou o carro de boi na junta de boi de coice diamante e arvoredo, atravessou o vau do guatambu , e subiu para chegar na roça da prainha e carregar o carro de boi de quarenta e dois balaios , com o milho na espiga, que ainda estava na palhada para ser transportado para a sede da fazenda saudade. Aí chegou na palhada da roça rabeou o turbo no monte ao lado do monte de milho, e começou a carregar o carro de boi, jogando espigas e mais espigas do monte de milho para dentro do carro de boi, aí a hora que já estava quase cheio sempre Saracura pula pra dentro do carro de boi, e começa a sogar o milho com os pês dentro do carro na beirada da esteira feita de bambu fino uma obra de arte. Quando já estava nos últimos detalhes aparece entrando no colchete da roça, o senhor Ruralindo, o Zé pequeno e o capataz Sebastião, seu Ruralindo montado na sua mula preta de sete palmos de altura um brinco de mula , como se diz eles envia dar uma olhada no serviço, mais não era nada demais, era coisa do patão , ele sempre aparecia por onde os funcionários estava trabalhando de vez enquanto, aparecia assim do nada, mais estava certo tanto o senhor Ruralindo com também o senhor Zé pequeno , tinha mesmo que verificar se o serviço foi bem feito, ai os três foi aproximando do carro de boi cumprimentou o senhor Zinia mais o Saracura, seu Ruralindo começou a conversar com o senhor Zinia , Saracura que já estava terminando de ajeitar o carro de boi continuou tranquilo travou bem os fueiros com a corta de bacalhau , amarrou bem desceu do carro de boi deu uma olhadinha na traseira do carro conferindo o caniço traseiro se estava tudo em ordem, pegou a guiada no chão com a ponta do pé direito e jogou para cima e segurou na mão esquerda , ajeitou a guiada no ombro depois de beber um bom gole de agua fresquinha da cabaça, e caminhou do lado as seis juntas de bois até chegar na frente da junta de boi da guia do balão e do namoro, mais como o patrão era bom de papo, o senhor Zinia mais o senhor Ruralindo e o Zé pequeno ficou conversando um pouco, , e o Saracura pronto esperando , já na frente da junta de boi da guia coma guiada na mão esperando a ordem do senhor Zinia , para iniciar a viagem de volta a última viagem de milho da roça da prainha depois do vau do guatambu, como se diz estou pronto para concluir mais essa tarefa.
Ai o senhor Zinia ficou conversando com o patrão mais o Zé pequeno , mostrando o trabalho eu já estava concluído, enquanto o senhor Tião capataz dava uma caminhada de a cavalo pela roça no meio da palhada, dando uma olhada como se diz para ver se não tinha ficado nem uma bandeira de milho esquecida para traz , essas coisas sabe como e, daí a pouco se aproximou de onde o patrão mais o senhor Zé pequeno e o senhor Zinia estava acertando os detalhes final do serviço, bambeou a rédea da mão acima do cavalo alazão em que estava montado , um alazão cor de sangue , ai o alazão começou a tirar umas bocadas na palhada de milho dando um passo e outro em direção do pequeno Saracura , e o Saracura com os pés cocando para pegar a estrada de volta com se diz concluir mais cedo a tarefa, e ai o senhor Tião capataz deu um tossido e começou a conversar com o Saracura , pois e saracura boa tarde e como está sendo o dia hoje, está bom seu Sebastiao , que bom e ai você acha que vai dar certo de fazermos a parceria amanhã no baile depois da reza d terço na casa da minha irmã, , neste instante Saracura suspirou profundamente e começou a responder , sem muito anexo, uai senhor Sebastiao creio que vai dar certo de ir, lá na casa do senhor hoje à noite ,para passar um pouco dos acordes, que sei se nos acertamos nos acordes, creio que dá certo sim seu Tião ,pois o senhor mais o irmão do senhor e suas filhas a sinhá Peara, são muito bom com os instrumentos e eu só arranho um pouco a sanfona , então e melhor nos fazermos esse teste hoje primeiro lá na casa do senhor a noite ai vamos ver se vai dar certos de tocarmos , amanhã na casa do seu compadre Tiãozinho, não acha melhor ficarmos assim combinados , hoje à noite vou lá na casa do senhor ai testamos , umas músicas , pois nunca tocamos juntos, sabe como é, vamos dar uma ensaiada no acordes se ter certo , ai a noite fechamos. Tá certo Saracura , então estaremos todos de esperando hoje à noite lá em casa , já até falei para a patroa ajeitar alguma quitanda para nós mastigar mais tarde hoje, e a minha menina Peara e quem vai cantar, mas sei também que você e muito bom de segunda voz, e nos vocais arranha também, quem sabe vocês dois pode fazer uns bons arranjos musicais, e senhor Tião capataz, vamos ver se conseguimos entender em nossos acordes primeiro, e ai quem sabe não arranhamos uma ou outra canção depois, mais pode ficar tranquilo que lá pelas seis e meia sete horas da noite , se tudo correr bem daqui para a tarde com as benção de Deus , eu estarei chegando lá na casa dos senhor Sebastião com minha acordeom . Ai o senhor Zinia já foi despedindo do patrão, mas do senhor zé pequeno e começou a caminhar do lado da boiada carreira toda em fila indiana, do lado direito oposto ao lado em que estava o seu Tião capataz, acendendo o palheiro com a binga de duas pedras de riscar e com um tossido disse vamos embora Saracura , vamos colocar o carro de boi na estrada, e começou a mandar a junta de boi da guia e foi falando o nome de cada junta de boi , bora vamos pegarmos a estrada com Deus adiante , balão namoro diamante traiçoeiro , firma peixão , e o carro de bom bem carregado começa a aluir devagarzinho e já sai cantando, madeira com madeira, na cantadeira de balsamo do eixo do carro de boi carregado de milho na espiga. Ai sabe como e o carreiro senhor Zinia segue do lado da boiada carreira falando firme o nome de cada junta de boi e o pequeno Saracura na frente da junta de boi da guia conduzindo o balão e o namoro no trilho certo por dentro da palhada de milho , até chegar na saída da roça, no colchete que já está aberto para traz , e vai passando seguido pela junta de boi da guia e as outras cinco juntas de oi , seguindo o mesmo passo , até passar a traseira do carro de boi e logo atrás vem chegando os três cavaleiros o patrão seu Ruralindo Zé pequeno , Tião capataz os três conversando entre si e escutando o cantar bem afinado do carro de boi, dava gosto de ouvir o cantar do carro de boi bem afinado pelas mãos do senhor Zinia nas cantadeiras de madeira com madeira.
Enquanto isso na sede da fazenda, saracoteando de um lado para o ouro em volta da mesa de jantar, servindo a refeição, sinhá Peara, desfilando de um lado para o outro em volta da mesa feita de balsamo puro, ajeitando um talher uma bandeja com um grafo servindo a patroa e as sinhazinhas todas em volta da mesa, seguindo todo um ritual um esplendido bale de encanto e magia, completando todo conjunto estrutural de sua beleza. Peara desfila pela a escada sentindo cada degrau da comprida escada, descendo pela escada abaixo que dá acesso a varanda grande de estar nos fundos da cozinha, e bem calmamente bem lentamente vai levantando o olhar esplendido encantado e começa a olha lá no canto do mato do barro preto , e por alguns instante se desliga do mundo a sua volta e fita carinhosamente o olhar nas arvores e na estrada carreira, que passa ao lado do mato , e suspira baixinho sentindo cada pulsar do seu coração , cada gotícula de sangue que corre em tuas veias e impulsiona teus passos retos pela estrada da existência, no semblante apaixonada pela vida a expressão de cada parte iluminada de seu corpo, que conduz a beleza e a leveza de sua alma, um corpo escultural , todo torneado com curvas bem definidas , desenhado esculpido pelas mãos do todo poderoso artista da impar criação universal Deus, na hora exata do enlace de amor de seus pais no apise de sua criação, enamorados eternamente , concretizando a junção e o ato maior de amor da sublime criação humana , onde dois corpos ocupando o mesmo e único espaço, por alguns instantes um único e sublime instante, onde nem mesmo a física e a ciência dos homens jamais , compreendera o sentido pleno e insano do ser refletindo a estrutura humana da existência , na tela imaginaria do existir, por um único e exclusivo momento deliciando a grandeza do amor de seus corpos, criado e abençoado por Deus, dois corpos um contemplando o outro refletindo em apenas um.
No transcorrer da linha da existência, os passos retos de ser caminha , sentindo a suavidade da existência, ao tocar de encontro com a face meiga e angelical da mãe natureza, contemplando o existir, o pulsar e o amor à vida, pela própria vida, existindo apenas por um único e exclusivo instante, sentindo a linha mágica do existir , e ir concluindo cada etapa em tua mente, deliciando apenas o prazer do momento, bem calmamente senhor Zinia, puxa assunto com o amigo Saracura e ai Saracura já estamos pegando o estradão daqui mais ou menos uns quarenta minutos se Deus quiser , já estaremos avistando a sede da fazenda , com Deus adiante, e senhor Zinia o curso do nosso dia hoje está indo bem graças a ELE, e com as boas energias positivas do tempo, nos impulsionando para seguirmos em frente com carinho, buscando fazer a nossa parte por mais que erramos ou acertamos, uma ou outra vez, e Saracura vamos tomar um gole de agua fresquinha da cabaça, que está no meio da palha de milho, o calor do mês de agosto , já está concluindo, indicando que o mês de setembro vai ser bom, mês da primavera, mês das flores vem chegando ,coma certeza de que irá nos brindar com o perfume das flores , nos jardins e nos campos muitas flores silvestres, deste nosso rincão de amor querido e amado. E Saracura vejo em teus olhos o brilho da vida, a esperança e os sonhos florescer em teu ser meu filho, se e que posso de chamar de filho, pois os filhos são tesouros e os amigos de verdade são joias raras, pedras preciosas esculpidas pelas mãos sublime do Criador e insubstituíveis , por mais que o tempo ultrapasse a linha da existência de ambos, e um ou o outro se vai pela estrada da certeza do desencontro, mesmo assim jamais conseguimos retirar da memória ou até mesmo substituir um amigo de verdade por outro amigo, amigo de verdade e insubstituível, podemos sim ter e conviver com muitos amigos , ao mesmo tempo e em diferentes tempos, por que não, mas substituir um amigo irmão, companheiro , a isso creio que para mim e quase que insubstituível, pois procuro ser fiel aos meus princípios e valores e também querendo e buscando compreender a linha imaginaria da minha existência, o esplendido brilho da existência humana, que está sempre em evolução continua pela estrada da vida, percorrendo os caminhos da existência humana. E senhor Zinia , vejo que o senhor hoje está bem filosófico , o que foi sonhou com flores e rosas, estrada de sonhos reais, onde o irreal as vezes bem real, e o lado humano da existência fala mais alto aos ouvidos , em muitas vezes fechados do corpo e a alma gritando , querendo ser ouvida por si mesma apenas e nada mais, e na leveza do existir , existir faz o maior sentido aos olhos humano da existência , nos trilhos e encostas da estrada da vida, viver e sentir se feliz, não tão somente nas horas alegres e sim ser e se fazer humano em todas as estações do ano, amar a certeza contraída no conjunto sublime da razão e da emoção , com todo respeito pelos teus janeiros já percorridos , pela estrada de vida, sou fã e considero o senhor mas que meus pais, não que eu não ame meus pais e meus avos são meus melhores amigos e ídolos também, pois para mim eles são as raízes de minha existência e as pessoas que mais amo sem cobra nada em troca, mas confio algumas coisa no senhor que não digo nem para eles, as vezes meus velhos pais , até vê e senti as minhas preocupações e em algumas vezes meus aflito e conflitos diários comigo mesmo, mas tem coisas que o senhor sabe a gente , não consegue as vezes expressar com palavras certas para os nossos pais, não sei se o senhor está me entendendo mais tudo bem deixa pra lá, vamos seguindo ao nosso caminho a nossa estrada, e daqui a pouco já estamos avistando o colchete da entrada para o pasto das vacas paridas, que conduz a estrada que passa na porta dos currais da sede da fazenda saudade, e saracura daqui a pouco começamos a descer o moro lá no canto do mato do barro preto. E senhor Zinia se Deus abençoar e não aparecer nem um imprevisto daqui para baixo hoje com Deus adiante daqui a pouco vamos concluir a nossa tarefa da semana, do mês essa e nossa última viagem de milho das roças do patrão para a sede da fazenda este ano, me senhor Zinia com as bênçãos de Deus , a semana que vem nós já vamos estar nas roças de novo, começando a tombar a terra para receber em teu seio sagrado a semente, que gera o pão que alimenta o corpo da humanidade, e Saracura mas no pouco que sei , em cada rabisco que mal consigo interpretar nas entrelinhas mal rabiscadas da minha existência, no livro da minha vida, seus sentimentos senti o pulsa apressado e a esperança em conseguir chegar bem no fim do dia, e mas antes mesmo de acabar o nosso dia , os seus olhos ainda ira fitar em breve com o olhar meigo e angelical de sua doce e meiga paixão, paixão no pouco que anda sei, absolutamente sei, seu amor a doce Peara, e talvez se eu não estiver errado pela hora em os ponteiros do relógio do tempo aponta, no universo, ela teve estar saindo da mina d’água perto da moída de bambu fino, com a gamela feita de tamboril cheia de louca do almoço, já todas arriadas voltando da mina d’água no sentido da varanda da cozinha da casa grande, para colocar a louca para secar sobre o girar feito com varas de marmelo, que senhor Zinia estou em paz comigo mesmo e com meus pensamentos tranquilo, projetando a minha noite , e eu sei Saracura , e vai ser uma noite única, impar iluminada , mas olha lá mal acabei de falar , e olha lá embaixo se não estou enganado e os meus olhos não estiver em uma ilusão de ótica, aquele desfilar da cintura de pilão do meio, e de sua doce e meiga Peara, e senhor Zinia , o senhor e meio místico ou mago sei lá , e para o senhor e difícil de esconder as coisas , mas e ela mesmo a Peara ,e o senhor sabe que meu pensamentos hoje estando realmente pensando tão somente nela, se vou ou não na casa dela esta noite, e claro ter a coragem de pedir a mão dela em namoro, não Saracura , não precisa de ser mago ou místico para compreender os sentimentos , basta desligar das coisas insanas da razão, que em muitas vezes dita a razão, expondo a razão a maior das virtudes, quando na minha humildade e pequena visão não existi mas nada concreto do que a beleza de descobrir em cada curva a mais bela curva vindoura no desfilar de nossos encontros , aminha certeza de agora pode ser a minha incerteza de daqui a pouquinho, e tudo que está certo neste momento se transformar na incerteza em apenas instantes, ou seja eu nada sei de mim mesmo, amo a cultura e a beleza humana , embananada , no meio e nos seio de todas as incerteza dentro de mim mesmo.
E senhor Zinia somente o senhor mesmo, para me descontrair um pouco hoje, e fazer-me desligar por alguns instantes da minha própria mente que em muitas vezes vaga em busca de encontrar uma que seja apenas resposta. Mas o senhor está certo mesmo e a sinhá Peara , sua madrinha mais a inhá Chica com as gamelas de loucas , já lavadas do almoço, senhor Zinia mas neste instante estava pensando se amanhã o dia vai ser mais calmo , não sei mas estava distante do vai e vem dos afazeres da fazenda saudade, só que realmente essa pergunta que ainda não tenha resposta, apesar de já projetar qual será a resposta, ou até mesmo em alguns instantes , encontrar a resposta nos lábios e no olhar de certa dama , mas deixa pra lá senhor Zinia e com a benção d Deus , já estamos descendo a descida do córrego dos patins para chegarmos na sede da fazenda e começar a descarregar o milho e com mas essa tarefa comprida , o nosso dia com certeza , ira concluir na hora certa hoje. Mas vamos ver me senhor Zinia, e Saracura com as benção de Deus o nosso dia está indo bem e com Deus adiante vamos sim acabar mais cedo a nossa tarefa do dia, os dias são ótimos mas nós as vezes e que fazemos dele um dia ruim, viver e essa arte maravilhosa , onde a magia da vida nos brinda a cada novo instante , com o esplendido e magico espetáculo da vida, nós as vezes e que não estamos preparados para tanto, e nos contentamos com o que já temos em nossas mãos tremulas , repleta de medos e incertezas.
Mas então vamos cuidar da nossa lida Saracura, fasta balão vem cá namoro , segura arvoredo rochedo firma cartão e diamante , e o carro de boi bem carregado cantando uma beleza , vai descendo a cava que ta acesso a passagem do córrego dos patins e a inha Chica , mas as duas sinhazinhas , vai encostando na beira da estradinha na curva para a boiada e o carro de boi do senhor Zinia passar, sinhá Peara cumprimenta elegantemente o Saracura e sauda também o senhor Zinia com uma boa tarde, Saracura responde radiante de felicidades boa tarde sinhá, e as senhoras também , que nossa tarde seja abençoada e o senhor Zinia também sauda todas as damas com uma boa tarde, e os doze bois carreiros vai passando junta por junta ate passar a traseira do carro de boi de quarenta e dois jaca, inhá Chica retruca , e sinhá Peara o que foi sinhazinha Peara, parece que você viu passarinho verde ou são meus olhos que esta vendo muito. Neste instante Cidinha bem cortes e muito elegante como sempre o é, entra na prosa , não e nada demais sinhá Chica , e que a sinhazinha Peara , e uma sinhazinha muito feliz pela vida, e quem sabe em breve não encontrara com os encantos da paixão , e que assunto esse dona Cidinha, não estou te entendendo não ,nada demais e os caminhos da vida sinhá Chica , sendo a senhora uma pessoa muito bem distinta e bem vivida, no pouco que sei compreende que a sinhá Peara já tem dezoito anos , já quase chegando nos dezenove anos de idade, sei sim comadre Cidinha, e tia quase avo de sinhá talvez não veja e nem tão pouco entenda que ela já se tornou moça a bastante tempo, e não por que estamos falando de sinhazinha Peara perto dela não, mas a Sinhazinha e uma moça muito bem prendada , muito educada e tem até um grau muito bom de estudo graças a Deus , não titia não e nada de mais , apenas lembrei daquela música que sempre gosto de cantar a senhora sabe, e hoje papai e o tio Tonho está pensando em dar uma ensaiada para amanhã , às vezes vamos cantarmos um bom forro pê de serra , lá no terreiro do tio Tiãozinho depois do terço, a senhora sabe titia hoje a mamãe até ganhou folga dos afazeres da casa grande , e está lá em casa preparando e ajudando a titia para os preparativos de amanhã , eu também não devo vir amanhã se vir devo ir embora mais cedo , e logo depois de servir o almoço , depois vou embora mais cedo para ajudar nos preparo e nas assada das quitandas , para o terço a noite , lá na casa da titia , a e mesmo estava me esquecendo do terço de amanhã lá na casa da minha irmã, seu pais e meu irmão até me disse mesmo hoje mais cedo, pra mim ir lá na sua casa hoje que vocês vão cantar umas modas boas lá hoje à noite, ele me disse que convidou o moça Edgardo para vocês ensaiarem , dizem por ai que o rapaz e bom sanfoneiro será mesmo, não sei titia mas todos dizem que ele e muito bom sanfoneiro sim, eu estava acorda ontem quando o Saracura mais papai conversou sobre esse assunto ai escutei papai convidar ele mesmo, mais nãos ei se ele vai ir lá hoje à noite não , por que escutei ele dizendo por papai que tem um compromisso hoje à noite, não prestei muita atenção no assunto do papai, eu estava alinhavando aquela colcha de retalho que a senhora viu eu fazendo a semana passada , já estou quase terminando o acabamento dela titia. Está vendo comadre Cidinha minha sobrinha e muito prendada está escutando, estou sim comadre Chica e a Peara vai ser muito feliz pelos caminhos desta vida, e ira casar com um bom partido e será muito feliz, com certeza comadre. Nisso o carro de boi do senhor Zinia puxado pelas seis juntas de bois carreiro cangados já estava entrando na porteira que dá acesso ao paiol de milho e as três sinhás também estava no vai e vem que dá acesso do pasto das vacas paridas para o pomar e o quintal da casa grande, sinhá peara na frente sorridente, com um sorriso envolvente e encantador nos lábios, senhor Zinia da só um tossido e o Saracura na frente da boiada carreira já sabe que tem que segura o balão e o namoro e ir virando devagarzinho o namoro para o lado direito chamando o balão para ir apressando mais o passo do que o namoro, e o senhor Zinia do lado esquerdo ajeitando as outras cinco juntas e falando firme com o arvoredo e diamante segura diamante arvoredo no cabeçalho do carro de boi , e o carro de boi vai mudando a cantiga e rabeando bem suave em movimento até chegar ao ponto de afastar , ai senhor Zinia dá a ordem oua, oua ,oua ,ouaaa, e a boiada toda junta por junta vai parando . ai Zinia coloca a vara de ferrão encostada na esteira do carro de boi, bem devagar bate na bunda do arvoredo abre , abre arvoredo e entra no meio da junta de boi de cabeçalho , desengata o cambão do cabeçalho do carro de boi, e sai do meio da junta de boi bem tranquilo , pega a vara de ferrão e coma guiada bem firme na mão caminha até a frente da junta de boi de cabeçalho e fala firme fasta, fasta, fasta arvoredo diamante fasta ,fasta, e a junta de boi vai fazendo força conjunta e afastando o caro de boi bem devagar , cantando rodando ao contrario até encostar no monte de milho que está na porta da porteira do paiol de milho , onde as espigas de milhos e armazenadas para o ano todo, até a próxima colheita, ai Saracura já ajeitando a boiada em ordem , senhor zinia pega a corrente do cambão , que está no chão em sua frente e começa a fala com o peixão e o Rochão fasta , e o candeeiro Saracura dita o tom na frente da junta de boi da guia balão e namoro, fasta, fasta até chegar perto do cabeçalho do carro de boi e o senhor Zinia oua, oua , oua e engatar de volta o cordão das cincos juntas de bois no cabeçalho do carro de boi. Neste instante senhor Zinia , vai saindo do meio da junta de boi da chaveia do carro de boi, o candeeiro Saracura encosta a guiada de ipê amarelo na porteira na frente do balão de do namoro, a junta de boi da guia , e caminha suave do lado das cinco juntas de bois até chegar quase na traseira do carro de boi , o senhor Zinia já está com acabaça de agua na mão direita destampada e com o copo de alumínio na mão esquerda , começa a despejar a agua fresquinha da cabaça para o copo de alumínio, para tomar um copo com agua e refrescar a garganta e matar a sede, Saracura respira profundamente esperando a sua vez para também tomar um gole de agua fresquinha , e as três sinhá , caminhando por entre o pomar da horta da casa grande já quase chegando debaixo do pé de pêssego. Ai seu Zinia mais o Saracura tomando agua fresquinha da cabaça , refrescando o calor da garganta , conversa uns dois dedos de prosa e caminha até a traseira do carro de boi e começa a retirar o caniço e as espigas de milho na paia começa a escorregar de dentro do carro de boi, para o monte de milho na porta do paiol , neste instante tio Chico vai aproximando devagar dos bois cangados com um palheiro no canto esquerdo da boca, tirando uma fumaça no fumo capoeirinha , dá uma boa tragada e com uma voz bem suave e calma cumprimenta o senhor Zinia e o Saracura , boa tarde senhor e o dia hoje está indo bem graças a Deus, me senhor Zinia , vou mexer mais um pouco com esse monte de milho , vê se guardo mais uns dois balaios de milho ainda hoje, e seu Chico com Deus adiante o senhor ira conseguir sim guardar, mais um pouco de espigas de milho seu chico, e mais o senhor sabe como e senhor Zinia agorinha já tenho que parar aqui e ir tratar da vara de porcos, ajeitar a manga com os capados , mais ainda está cedo , vai dar para guardar mais um pouco de espigas de milho sim, essa e a última viagem de milho do ano , me senhor Zinia para ser armazenada no paiol quero ver se a semana que vem eu termino de colocar esse monte de milho no paiol e tio Chico o senhor vai conseguir sim acabar de guardar o milho too no paiol a semana , que vem , vai dar certo , e eu mais o Saracura na segunda feira , já estamos querendo começar a tombar a terra para o mês que vem , já nos primeiros dias começar a colocar a semente no seio sagrado da mãe natureza.
As três sinhás já estava voltando para o lavabo da mina de volta no vai e vem da cerca de arame farpado que cerca todo quintal da casa grande junto com o comprido pomar de frutas inha chica caminha na frente e as meninas segui atrás os passos da tia chica pelo trilho afora no meio do quintal a fora no meio do pomar no sentido saindo da casa grande para o açude do córrego dos patins , com a gamela na cabeça repleta de vasilhas sujas para lavar no açude do córrego dos patins, o restante do louca do almoço servido na casa grande, senhor Zinia e o candeeiro Saracura dentro do carro de boi vai empurrando com os pés quase sentado no assoalho do carro de boi as espigas de milho para ir se ajuntando ao monte de milho na porta do paiol, tio chico com um cantar suave por entre os dentes extraído dos eu assobiar ,separando as espigas de milho para armazenar no paiol tirando as cabecinhas de galinhas e as espigas eu tinha um estragozinho ,para não colocar no paiol junto com as espigas boas se não garruchava o milho todo, um ritual que encanta os olhos apressados da vida no separando espigas por espigas, uma a uma sem deixar passar nada desapercebido um pequeno estrago na espiga , até parece simples, porém com a agilidade e a rapidez que o tio chico vai abaixando o monte de milho na porta do paiol , até parece que ele está e pegando no jaca e jogando todo milho para dentro do paiol , mas também anos e anos de trabalho uns vinte anos de estrada , tento todo ano mais ou menos de quarenta e poucos a cinquenta corro bem carregados de milho para separar todo ano, e não tão somente na sede da fazenda nas também nas sedes dos quatro retiros da fazenda da saudade. Tio chico um senhor de barba branca e cabelos negros nos ombros , engraçado somente a barba branquinha e os cabelos todos negros cobrindo os ombros, mais já com seus setenta e poucos janeiros percorridos pela a estrada da existência, e parece um garoto , levanta todo dia no mesmo horário , pode ser dia de trabalho ou até mesmo nos domingos de folga,, e até nos dias dos festejos da vila em que ele sempre ajuda com seu trabalho e sempre o último a ir embora deitar mais levanta todo dia as quatro horas da madrugada , quatro da matina não falha , pode chegar no rancho do tio Chico que o cafezinho já dá fresquinho feito na hora está passando no coador de café de algodão , no mancebo , escorrendo no bules de louca secular herança de sua bisavô , segundo ele diz , eita tio chico , bom de história e de um bom causo. O galo canta alegre e feliz ciscando as folhas debaixo do pé da goiabeira anunciando que os ponteiros do relógio , já beija a segunda balada depois do meio dia , e as curraleiras mugindo na aguada do córrego dos patins , também anunciando que já está quase na hora de ser apartada dos seus filhotes uns mugem daqui outro dali procurando a mãe no meio do rebanho , e os peões do outro lado da margem do córrego dos patins , ecoa seus gritos firmes e distantes na margem do córrego afora montado no traiçoeiro , Chico seriema , vai chegando na aguada do córrego traiçoeiro abaixa a cabeça e começa a beber um gole de agua fresca e as vacas leiteiras segui , seguindo a passos lentos pela estrada carreira , que dá acesso a entrada da porteira do curral , umas lambendo o sal mineral com farinha de osso no cocho feito do tronco de um angico , debaixo do pé de manga bobona secular, outras remoendo o capim do bucho, e os peões vindo logo atrás do rebanho leiteiro, vai chegando e calmamente chico Seriema na marcha suave do traiçoeiro vem chegando e devagar puxa a porteira do curral , para fechar toca a bezerra da índia, e fecha a porteira , passa as esporas no sobaco do traiçoeiro , encosta o pagares no mocho do curral debaixo da mangueira secular, apeia amara a corta do cabresto no mocho , tira o palheiro do bolso e ascende o palheiro , pega a guiada de ipê amarelo na mão direita e caminha lentamente para a porteira , abre a tramela e joga a porteira para traz dá um tossido e começa a chamar as vacas leiteiras , que cena de cinema aos meus olhos, e sinhá Peara , encostada debaixo do pessegueiro com as costas sobre o tronco do pé de pêssego , com as duas mãos , para o alto tocando o primeiro galho do pessegueiro , cantando uma suave canção.
Momentos dentro do curso de um único instante ímpar , onde o curso do tempo, segue em linha reta contornando as curvas íngremes , e as entrelinhas do tempo, senhor Zinia mais Saracura , já nos últimos detalhes nos preparativos finais na porta do paiol de milho , ajeita o caniço dentro do carro de boi, Saracura pega a guiada com a mão esquerda e coloca sobre o ombro direito, e caminha do lado dos dozes bois carreiros até chegar na frente da junta de boi d águia, senhor Zinia raspa a garganta e com uma voz suave , vamos embora com Deus adiante, balão, Rochão , jeitoso sabia e diamante e o carro de boi começa bem devagarzinho a aluir suave e Saracura na ponteira da junta de boi da guia caminha devagar e os bois carreiros segue seu passo no compasso em direção da porteira do comprido curral rumo pegar a porteira para entrar por comprido barracão coberto onde guarda a tralha de carreira, e tipo o estacionamento dos carros de boi, o comprido barracão feito com esteios de aroeira na puro serno e coberto com telha comum , ai ajeita o carro de boi no lugar e começa a descangar a boiada carreira senhor zinia vai chegando calmamente do lado da junta de boi de coice fala com o diamante e arvoredo, abre diamante entre no meio da junta de boi desengata o cambão do cabeçalho , dá um togue com a mão nas costas do arvoredo e tira o cabeçalho do carro de boi do tanoeiro e coloca no chão com jeito , e começa a desabotoar a brocha desabrochando a junta de boi de coice e pega a canga da junta de boi e descanga a junta de boi de coice ,e vai seguindo o mesmo ritual junta por junta até descangar a última junta de boi a junta de boi da guia, saracura vaia ajeitando os cambões e os ajoujos e os dozes bois carreiros todos descangados quietos dentro do barracão uns remoendo outros urinando , senhor Zinia diz para o Saracura , abre lá a porteira vamos soltar a boiada mais cedo um pouco pro pasto para ele descansar um pouco , ai saracura abre a porteira para traz e sai assobiando no meio dos bois e ele começa a sair pela porteira afora no sentido do pasto para que ele sabe , saracura caminha até a traseira do carro de boi, pega a cabaça de água e toma um gole de água fresquinha da cabaça, ai senhor Zinia e Saracura enquanto você vai levar os bois lá no pasto do canto do mato , eu vou lavrar uns dois canzil de jacarandá amarelo ai Saracura sai assobiando atrás da boiada carreira, acompanhando a boiada, como se diz vai atrás mesmo somente para ajeitar os ajustes e fechar o colchete , pois os bois já até sabe o caminho , vai mais mesmo para abrir e deixar a boiada passar e fechar o colchete. E o curso do dia segue seu curso certeiro , cruzando o cume e os vales , planícies e chapadões, do rincão amado, um filme de no máximo trinta e poucos segundos , percorre o cenário real e humano na mente do Saracura, em sua frente a cena impar e de beleza sem igual , no imaginário amando o belo entre os belos, a beleza do corpo escultural de sua esplendida sinhá Peara, sem até mesmo saber se ela irá aceitar ou não, namorar com ele, mas na mente tudo pode e na vida real também deste que seja atitudes concretas e reais, extraídas da alma , deixando as refletir no corpo que emana a grandeza da vida. Depois de soltar a boiada no pasto do canto do mato Saracura caminha tranquilo e volta para o barracão dos carros de bois e os serviços do dia para os dois carreiros até quase concluído , senhor Zinia sentado concentrado lavrando os canzil de jacarandá, e senhor Zinia até esta cedo vou lá por paiol ajuda o tio Chico a guardar uns dois balaios de milho, não Saracura espera ai um pouco, nós dois ainda vai ajeitar a traia de arar no carro de boi para amanhã sairmos cedo ,vamos deixar o carro carregado e amanhã bem cedo e só chegar e canga a boiada e engatar no carro já carregado, vai lá na casinha e pode começar a trazer os bicos de arados as correntes a traia que está lá guardada de arar, e os arados nos dois coloca no carro, amanhã só vamos levar os arados a toda traia para a roça e deixar lá e na segunda já começamos a tombar a terra bem cedo. Pois e senhor Zinia o mês de agosto já vaia alto , daqui a pouco chega o mês de setembro ai e hora de semear a semente no solo sagrado da mãe natureza, a nossa sexta feira já está quase fechando as cortinas da tarde, e sol bem devagarzinho segue o curso natural e já começa a dar o ar de sua graça do outro lado da terra, saudando com carinho ,, com o brinde de seus raios dourados a beleza da vida, no nascer de mais uma aurora matinal, e para nós aqui vai deixando seu suave e delicado tchau com um até breve , até amanhã bem cedinho no próximo raiar da aurora. E Saracura vejo que esta inspirado parece que viu pássaro verde , vu não ou melhor , seus olhos lhe condena esta apaixonado , mas pode ficar tranquilo , sossegado ela também esta apaixonada por você, e creio que hoje os ponteiros da vida de vocês se acerta, não que seja eu um místico ou adivinho sei la, mas pelo que vejo e no pouco do que sei sobre a vida, que não e nada, apenas um aprendiz de mim mesmo e vivo muito feliz, com o amor da minha amada e maravilhosa esposa e mãe de meus dez filhos e filhas, trabalho duro para levar o pão até a mesa da minha casa, para todos eles e faço com muito prazer e muito amor, pela minha profissão, não fui a escola mas procuro dentro das minhas limitações que são ilimitadas dar aos meus filhos e filhas um pouco de estudo, não sei se irei conseguir . dar para eles o magistério completo para todos mas com a graça de Deus meus três meninos mais velhos, já está quase acabando de concluir os estudos e os outros , já está a caminho da escola, apesar de tudo não irei conseguir encaminha-los para a cidade grande, para eles fazer um curso melhor, mas dou graças a Deus ,por eles estarem acabando o ensino fundamental e já sabe até falar latim , com muita influência graças a Deus, o mais velho já trabalha na venda do senhor Zeca e a minha mocinha e uma ótima assistente do senhor Guia farmacêutico e a Nise também começou esta semana na venda do compadre Lipe, sinto feliz por meus meninos já estar se encaminhando na vida, em uma profissão bem diferente da minha profissão , não que eu não seja muito feliz com a minha profissão pois a da minha profissão de carreiro que tira o sustento de toda minha família e minha profissão e abençoada e muito por Deus, , e daqui a pouco se Deus quiser meus dois caçulinha ira também para a escola da vila. E senhor Zinia , mas o senhor merece , pois e muito trabalhador e um bom pai , para os seus filhos e filhas , e sua mocinha já está muito bonita com todo respeito , daqui a pouco já terá algum pretendente , batendo na porta da casa do senhor creio que o senhor está me entendendo , ela e ainda novinha sei, mas já tem dezesseis aninhos de idade, o tempo passa senhor Zinia, já está uma gata muito elegante e muito meiga, om todo respeito que tenho pela família do senhor, e o senhor também creio que sabe , que meu enderece e meus sentimentos , já tem nome e sobrenome , só que ainda não encontrei com ela pessoalmente, mas creio que não vai demorar muito e nestas minhas andanças pelos bailes e caminhos da vida, daqui a pouco ela irá cruzar comigo em um destes bailes da vida sei lá, e Saracura da querendo enganar ou confundir quem por aqui, só se for você mesmo, mas nem mesmo você e capaz de confundir com este seu palavrear, mais vejo em teus olhos que nem você mesmo está confiando nestas suas palavras jogadas ao vento, pois e menino , mais você com bom cortes que e , não engana ninguém e você sabe disso, pois sabe o nome , sobrenome e até o apelido da sua amada, de sua sinhá , e ela está a quase todo instante próxima de você ,tocando de encontro com seus olhos , seus olhares se cruzam e não engana mais ninguém ultimamente amigo, nem a vocês mesmo, e creio que hoje à noite, daqui a pouco vocês dois iram , dizer sim aos sentimentos de você e se acertarem , a não ser que você Saracura se amarela sei lá, mas parece que e um bom , e no pouco que conheço de você , no que ouço falar por ai , você é um bom conquistador.