" DESTA ÁGUA, NÃO BEBEREI ! " // CONTO DE AMOR
SEJA DEUS LOUVADO !
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CANTA, MINH'ALMA, CANTA AO SENHOR !
RENDE-LHE SEMPRE ARDENTE LOUVOR !
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AO SEU AMOR EU ME SUBMETI
E EXTASIADO ENTÃO ME SENTI
ANJOS DESCENDO TRAZEM DOS CÉUS
ECOS DA EXCELSA GRAÇA DE DEUS ! " HINO
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CONTO // ESTHER LESSA
“DESTA ÁGUA , NÃO BEBEREI !”
Roberto era um rapaz estudioso e descontraído. Cursava a Universidade Federal e era bastante responsável. Tinha a sua vida bem arrumada. Como outros jovens de sua idade, trabalhava nas horas vagas. Tinha também perspectivas de no futuro ter uma boa clientela na área da Odontologia.
Aquela profissão era pra ele, um misto de ciência e arte. Ciência, porque exigia um conhecimento racional e sistemático do objeto a ser estudado. Ou seja, tudo o que se refere aos dentes. E Arte, porque cuida da estética como finalidade, acoplada à saúde bucal. Era pois, um entusiasta da profissão que exerceria um dia.
Mas Roberto, sempre que conversava com sua mãe, dizia abertamente que jamais se casaria com moça pobre. Na verdade, só admitiria o casamento, se fosse com mulher rica. Não lhe apeteceria nem mesmo, alguém que tivesse meios de com ele conseguir situação econômica estável. O que ele queria mesmo, era casar-se com alguma grande herdeira de fazendas, minas de ouro, grandes empresas... tudo muito plural. Se assim não fosse, não valeria a pena prender-se pelo casamento a alguma jovem.
Frequentava as festas do Diretório Acadêmico e era um sucesso com as garotas. Naturalmente bem falante e com boa estampa, não lhe faltavam pretendentes. E disso, ele tirava muito proveito. Não se comprometia seriamente com ninguém. Ia curtindo a vida.
Mas eis que um dia, sem mais nem menos, ele se depara com alguém que o impressionou bastante. Viu-a por acaso quando se encaminhava para o laboratório da faculdade. Ia sozinho e de repente tropeçou ( não fisicamente) na beleza daquela figura. Estava simplesmente vestida, fugindo ligeiramente a sua indumentária, dos padrões aos quais ele estava habituado. Era uma morena de negros cabelos presos, o que deixava à vista, seu bonito rosto com olhos esverdeados Tinha um sóbrio caminhar, com natural elegância. E foi só isso que naquele rápido momento ele conseguiu perceber.
Naquela manhã, ele não conseguiu se concentrar nos estudos. De vez em quando, aquela imagem vinha tirá-lo da aula.
Surpreendia-se às vezes, passando pelo mesmo caminho onde a vira. Uma vez, mais outra e nada de ver o que desejava.
Saía com várias, mas a lembrança daquela misteriosa mocinha e a vontade de vê-la, tiravam-lhe muito do entusiasmo que poderia experimentar em outras companhias.
Houve um dia, em que seus desejos foram atendidos. Vinha ele meio distraído, quando avistou a moça. Ali, fazia-se necessária certa estratégia, no sentido de uma aproximação. Notou que ela se dirigia para a cantina do Centro Pedagógico. Acompanhou-a de longe. E lá chegou também. Viu-a conversando com a empregada. Foi quando ele se aproximou do balcão, pedindo qualquer refrigerante. E aí, fez-se notar, conversando com ela. Quanto mais conversava, mais queria conversar. Todos os dias, ele esperava com ansiedade inexplicável, o momento de vê-la, quando ela ia levar algum material , salgados ou pães, para a responsável pela cantina, sua mãe. Esta era separada do pai de Leninha. As duas viviam com os parcos recursos daquele emprego.
O coração de Roberto estava tomado a essa altura. Já não podia nem pensar em perdê-la. E era plenamente retribuído. A união oficial chegaria logo.
Para a festa do casamento, desde o bolo até o vestido, tudo foi pago por Roberto. Que já nem se lembrava de suas convicções irrevogáveis. Só tinha uma certeza: Quando chega o amor, com a sua luz, as suas cores e a sua alegria, nada mais importa.
E pensava ele : _ Quem quiser, que fique pra lá com suas minas de ouro ou pedras preciosas, porque a minha riqueza, eu já encontrei.
E uma linda FADINHA, que tudo presenciava, que a tudo assistia, ria-se toda e perguntava:
_ Quem pode com o Amor!?
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MULHER MERECE RESPEITO !
“ MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS !”
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