SÃO PAULO, AGOSTO DE 1980.
Naquele Roller, eu ainda pouco sabia patinar. É, ficava a maior parte do tempo segurando as grades laterais, para não cair. Mas já arriscava um giro pelo meio da pista.
Luzes coloridas, um globo de cristal que girava emitindo flashes
EU parei e me sentei para só apreciar as músicas, tocava "All over the World" uma música predileta minha
Uma menina patinadora, sai da pista e senta-se ao meu lado. Puxa conversa e me diz que não mora em São Paulo. Mas que está somente a passeio
Ela tinha o cabelo pela cintura, que prendia numa prezilha, olhos negros e radiantes e éra extrovertida logo trocamos os telefones, ELA forneceu o dela e eunotei num guardanapo o meu e passei pra ela...
Tudo iá numa boa
Ah! e aí
é que apareceu os seus dois primos chatos que também patinavam segurando na grade e também eram do interior, se bem que não muiito longe de São Paulo. Pois eu ouvi eles dizerem em menos de 1 hora chegaremos. E A nossa conversa foi cortada. Eles, passaram a pedir para que ela fosse embora, pareciam vigiá-la. Ela ficava p... com os dois chatos. Também pouco sabiam patinar. Ela foi embora. Eu também.
Acabei perdendo o papel que anotou seu telefone para mim.
E nunca mais há vi.
Em São Paulo nesta época havia praticamente um Roller de Patinação em cada esquina e foi neste roller o Roller Flamingo na Praça da árvore que eu aprendi a patinar.Havia também o "Rinque" em Moema, O Roller Speed Center atrás do shopping Ibirapuera. É os bailes havia todo um um diferencial do tempo, certos gestos, aromas, forma de se comunicar totalmente diferentes, nos bailes havia o mitológico "Cartola" Clube na esquina da Av. Brigadeiro com a Paulista havia ainda o "Patropi" na rua Cubatão, O Club Homs na Avenida Paulista, O Piratininga na Alameda Barros
Mas o tempo foi mudando tudo e aí tudo ficou muito diferente.Tudo.