ENCONTRO NO TEMPO
Maryland era uma jovem de uns 24 anos de idade,branca como neve o
lhos azuis como o céu,cabelos de milho embonecando,esguia,linda mes-
mo por fora e por dentro,pois era sensível e bondosa,de origem humilde
certa região alemã.
Essa princesa namorava um jovem também bem afeiçoado,de boa es
tatura,índole,íntegro. Certa feita quando retornavam de uma inocente i
da ao cinema,foram abordados por dois meliantes,um portando uma ar-
ma de fogo,o outro fora logo pra cima da jovem, --anda princesinha pas
sa lo essa bolsinha! -- automaticamente a moça lhe entregara;mas o pilantra não se deu e lhe diz: -- que tal se você me desse uns beijinhos pra seu namoradinho mané ver como é que se beija. -- trêmula e mais
branca do que era responde que não; --já tens os pertences,vão embo
ra exclama o jovem sob a mira do revólver;o meliante debochando em purra-o. -- Vai pra lá meu negócio é com essa belezinha.
No minuto seguinte tudo estava terminado,o namorado aproveitou -
se dum vacilo e golpeou o assaltante armado derrubando-o mas este faz
um disparo que atinge a Maryland que despenca ao solo, o moço deses-
para-se e os meliantes agridem-no com socos e um chute nas costelas e fogem. Quase sem fôlego e arrastando-se o rapaz a sacode,chama-lhe o nome,mas ela já não responde,pois o tiro fora fatal.
Acodem outros passantes,o rapaz em desespero,na marra foi levado
juntamente com ela ao hospital,pois tinha um fissura numa costela e o
pulmão perfurado,pois respirava com dificuldade,ficou hospitalizado por
vários dias e nem mesmo ao sepultamento da amada comparecera.
O rapaz não se perdoava e era só lamento. Quando teve alta,sua vida
mudou completamente,enveredou-se na bebida,caindo em desgraça por
longo tempo. Tempo esse em que só se culpava,desejando morrer tam-
bém,certo dia após ter sido espancado numa briga de bar,ferido e des-
norteado e largado na sarjeta pois não tinha dinheiro para pagar a con cta,nem muito menos forças para caminhar acabou por dormir ali mes-
mo e pela primeira vez em alguns anos sonhara com a amada que lhe
dizia:
Continua.