ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE
As nuvens choram, regando o jardim e emocionando as flores...
As gotas tocam o telhado da bela mansão. Enquanto embaça a vidraça da janela, em solidariedade com Amélia que deixa suas lágrimas caírem.
Através da vidraça ela olha a chuva,com o olhar distante, relembra um tempo que na sua vida havia felicidade.
Em cima da mesa que vestia uma toalha bordada haviam fotografias constrangedoras do seu marido. E do outro lado os papéis do divórcio.
Vinte e dois anos jogados fora...
Ela precisava encarar as fotografias para ter coragem de assinar aqueles papéis.
Quando o confrontou sobre a traição, ele disse não amá-la mais.
Ela queria colocar defeitos na jovem amante. Mas era impossível...
Ela era perfeita!
Jovem, linda, inteligente, educada...
Como podia competir com o frescor de uma paixão avassaladora feito aquela?
Sentou-se à mesa decidida a assinar os papéis, quando o som do telefone a distraiu.
Do outro lado, uma voz dizia que seu marido havia sofrido um acidente e partido para sempre.