ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE

As nuvens choram, regando o jardim e emocionando as flores...

As gotas tocam o telhado da bela mansão. Enquanto embaça a vidraça da janela, em solidariedade com Amélia que deixa suas lágrimas caírem.

Através da vidraça ela olha a chuva,com o olhar distante, relembra um tempo que na sua vida havia felicidade.

Em cima da mesa que vestia uma toalha bordada haviam fotografias constrangedoras do seu marido. E do outro lado os papéis do divórcio.

Vinte e dois anos jogados fora...

Ela precisava encarar as fotografias para ter coragem de assinar aqueles papéis.

Quando o confrontou sobre a traição, ele disse não amá-la mais.

Ela queria colocar defeitos na jovem amante. Mas era impossível...

Ela era perfeita!

Jovem, linda, inteligente, educada...

Como podia competir com o frescor de uma paixão avassaladora feito aquela?

Sentou-se à mesa decidida a assinar os papéis, quando o som do telefone a distraiu.

Do outro lado, uma voz dizia que seu marido havia sofrido um acidente e partido para sempre.

Scarlett
Enviado por Scarlett em 25/09/2018
Código do texto: T6459089
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