Paixão da infância
Não lembro de você... (eu estava constrangido e, por isso,me houve bem tanto quanto possível ),época boa aquela,dizia eu,sorrindo e utilizando o máximo de informações que a moça me entregava,para não decepcioná-la,pois tive pena...foi,pena.Ela já havia falado o bairro.Sim,exatamente,eu sou o do meio...isso,do seo Pancrácio,dona Brunhilda...engraçado,mas não lembro de você...Daí:Lembra sim,meu pai era seo Jader, da quitanda da rua de baixo.Ah...,agora me volta um pouco a memória...faz tanto tempo não é mesmo?dizia eu,constrangido.Irmã da Cassandra?!Isso!,você é...,a Marilin,que cabeça a minha...e...como vão todos os seus?...Daí explicou,citou nomes de irmãos,parentes e coisas que tais...Eu,dada a empolgação da moça,fingi que eu era mesmo quem ela pensava que eu fosse...nada me custava,afinal.Além disso,leitor,se lhe omiti,agora o afirmo:era a tal Marilin-não sei se era esse seu nome também-uma belezura mesmo.Eu já lhe pagara uns dois scotch desde que vi suas pernas...tão lindas!!!De verdade,primeiro foi o instinto animal,depois joguei o jogo.Depois eram as pernas dela de novo e também seus peitos..Depois outro uísque pra ela...depois direcionei o assunto para o meu próprio interesse.Era uma puta,sim mas tão linda,a Marilin...Vamos sair daqui,dizia eu.Ela não objetou.Levei-a para meu apartamento e ambos concordamos que quando jovens,naquele bairro fictício,fomos nosso primeiro amor.Eu só vi terminada a ilusão quando ela começou a falar em dinheiro.