A parábola do bom Palestino

Certa vez um sábio andava pela Cisjordânia - região da palestina que antigamente era conhecida por Samaria. Este foi questionado por religiosos sobre o procedimento que verdadeiramente agrada a Deus. Então o sábio contou-lhes a estória de um Latino que fazia turismo na Cisjordânia e foi assaltado e espancado por ladrões.

Enquanto agonizava no chão, passou um cristão fundamentalista americano com a bíblia embaixo do braço. Este, mesmo vendo a agonia daquele homem, apertou o passo e foi embora, pois estava atrasado para uma reunião na sua Igreja. Logo depois, passou um Israelense Sionista muito zeloso com sua crença. Também, olhando o pobre homem caído e agonizando, apertou o passo e também foi embora.

Por sua vez, passou um palestino que não tinha um credo específico, assim como seus ancestrais do tempo de Jesus, e vendo o rapaz caído e machucado, sentiu íntima compaixão dele e, imediatamente, pediu ajuda a algumas pessoas que estavam perto sem saber o que fazer. Orientados pelo palestino, chamaram a ambulância que chegou rapidamente para levar o turista ao hospital. Não satisfeito, o Palestino acompanhou o ferido e se responsabilizou por ele, indo visitá-lo todos os dias.

Depois de contada a estória, o sábio perguntou aos religiosos quem fez a coisa certa ao turista Latino. Todos responderam que foi o Palestino que usou de misericórdia.

Não existe povo que seja destinado a ser mau ou bom. Devemos olhar para os Palestinos com amor e respeito, pois eles, como qualquer povo ao longo da história, sofrem com a ocupação de um exército que não pertence ao seu país.

A religião molda o homem de fora para dentro, mas o amor o transforma de dentro para fora.