OS MEUS SETE CASAMENTOS

Olá! Tudo bem com você? Meu nome é Francine e eu irei contar um pouco da minha vida para vocês, um pouco que irei contar e sobre os meus sete casamentos; sim, pode parecer estranho uma pessoa dizer que se casou sete vezes, ainda mais num mundo onde o amor está cada vez mais escasso, mas eu passei dos limites que o mundo havia posto sobre mim; eu me senti no direito de ser feliz quantas vezes eu desejava e você também pode ter esse direito... Basta andar por ai.

Minha história começa com o Segunda-Feira, ele foi meu primeiro amor dentre os sete, eu era jovem e ingênua; acreditava que todo amor poderia durar para sempre, mas nem tudo dura eternamente, as coisas precisam sempre mudar se não á vida fica chata e tediosa, o Segunda era um homem do ´´lar`` não gostava muito de sair, não bebia e nem gostava de baladas; ele apenas gostava de ficar em casa, cozinhando e assistindo seus filmes e series... No começo era bom porque eu o tinha o tempo todo ao meu lado, mas depois ficou muito chato, nada de novo acontecia, até na cama era um tédio.. Foi ai que descobri que até o mais puro dos amores pode se tornar frio.

Após terminar meu casamento com o Segunda, eu imaginava que nunca mais iria achar outra pessoa que me aceitasse como eu era, uma pessoa que me amasse com todo o coração; mas á vida sempre joga seus jogos sem que a gente saiba, em uma noite eu decidi sair com as amigas para um jantar em um restaurante caro e chique para os meus padrões; mas eu precisava de lugares e ares novos para respirar; foi lá que que meu segundo casamento de iniciou, seu nome era Terça-Feira; ele estava na mesa ao lado naquela noite, sempre me olhava com desejos e olhos brilhantes, minhas amigas ao perceberem que havia um ´´gato`` me olhando insistiram muito para que eu fosse falar com ele, naquela hora; eu relutei um pouco, mas no final eu acabei indo, é tudo ali ne iniciou em várias noites de restaurante em restaurante até que ele finalmente me pediu em casamento... Eu pensei que finalmente iria me casar e criar uma família com aquele homem, mas nem tudo foi flores; Terça só pensava em restaurantes e negócios, algumas noites ele nem voltava para casa, de solidão em solidão e eu também acabei saindo e não voltando mais.

E estranho como as coisas funcionam, aprendemos que o amor verdadeiro nunca acaba, mas se tudo que nos ensinaram realmente não exista; é se o amor é apenas um estado temporário e não uma coisa que serve para durar para sempre, meu coração depois do termino com o Terça estava partido, mas eu estava amadurecida com á vida; eu podia seguir em frente sem cair em uma armadilha, assim eu pensava... Em uma noite de esportes, eu fui á um estádio de futebol assistir uma partida de jogo do meu time favorito; ali eu estava totalmente distraída com os jogadores; não estava preparada naquele momento para os jogos da vida, mas naqueles momentos um homem forte e robusto havia se sentado ao meu lado, no começo eu não o havia notado por inteiro, mas conforme o time ia fazendo seus gols e ganhando, eu me senti conectada á ele, como se fôssemos um naquele momento, este era o Quarta-Feira; no final do jogo trocamos olhares, sorrisos e até abraços, mas não imaginava que fosse ir para frente, até que na saida ele me pediu meu telefone. Sim! Saímos várias vezes, conversamos trocamos risadas e piadas sobre os times rivais do nosso; foi um amor ´´esportivo`` assim eu posso dizer, no inicio como sempre foi intenso, o sexo, o carinho, tudo! Mas conforme o tempo foi passando eu percebi que o Quarta não me apresentava aos amigos, sempre recebia mensagens estranhas no celular, sempre saia para assistir seu jogos na rua ao invés de ver ao meu lado na TV de casa, quando voltava bebado dos bares sempre reclamava da comida e desmaiava na cama... Assim foi por vários meses meu casamento com ele, até que ele encontrou outra e me abandonou.

E estranho como nós, mulheres buscamos intensamente o amor de outra pessoa, será que somos dependente? Será que podemos sobreviver sem alguém do nosso lado? Minha vida estava uma bagunça, no meu trabalho eu andava sempre distraída, as vezes eu ia para o banheiro para chorar escondida; de coração partido eu seguia sempre em frente, por mais que eu seja o tipo de uma mulher que busque respostas no amor, á vida sempre tinha que seguir seu curso, não era me permitido estacionar de tristeza em algum canto. Cansada de ficar chorando por ai, eu havia me decidido caminhar um pouco na praia, sentir o sol na pele e ver as pessoas nadando e correndo na areia, eu estava me sentindo bem naquele momento; ao parar para admirar o por do sol, por mais estranho que seja isso, o Quinta-Feira, meu futuro casamento, havia parado ali também para admirar o por do sol, no começo ficamos em silêncio, mas depois da troca dos primeiros olhares, tudo começou, sempre marcávamos de correr e caminhar juntos na beira da praia; até que um dia eu me percebi morando junto com ele, mas não era nada garantido, nem á família e os amigos um do outro foram apresentados até aquele momento; tudo estava bem, eu podia sair e chegar em casa e ele estava ali me esperando, mas não havia um sentimento de compromisso, será que o problema estava na minha mente? Não era amor! Era apenas apego físico, eu o queria ali ao meu lado, mas não havia aquele mesmo sentimentos que eu sentia com os outros maridos, estava tudo confuso na minha mente, o Quinta era um homem bom e eu nao podia mais enganá-lo, então eu mesma decidi me separar e nunca mais o ver. Parece que eu havia virado á vilã da história; por mais que ele havia se sentido triste, para mim foi um alívio, um peso tirado das minhas costas.

O tempo foi se passando, conforme eu aprendia a viver sozinha, eu me sentia mais independente, sem a necessidade forte de achar um grande amor; as coisas estavam se acertando na minha mente e coração; meu trabalho era um sucesso, meu financeiro estava melhorando, eu era uma mulher solteira e de sucesso, para comemorar isso, em uma noite eu decidi com algumas amigas de sair para uma balada, naquela noite eu queria me divertir muito sem compromisso; o Dj era incrível, as bebidas estavam fazendo efeito, as pessoas estavam dançando como se não houvesse mais o amanhã; minhas amigas e eu também fomos para a pista de dança, de música em música eu me percebi abraçada e aos beijos com o Sexta-Feira; parecia que estávamos conectados a música, ele era um ótimo dançarino, naquele momento aquilo havia me encantado, depois da festa fomos para um local reservados e ali nós nos conhecemos mais; o Sexta era um festeiro de primeira, sempre queria ir nos melhores lugares, ficamos apenas um mês junto, com o tempo sua vida de festa estava me atrapalhando; eu estava realmente decida a ser uma mulher de sucesso.

O mundo havia ensinado que os homens eram destinado á ter sucesso e as mulheres destinada a ficar em casa cozinhando para seus maridos; comigo isso não seria possível, conforme o tempo foi passando, as mulheres olhavam para mim como um símbolo de uma ´´ nova era`` onde as mulheres poderia finalmente sair de casa, casar com quem desejar e ser donas de seus próprios narizes. Graças a essa fama, eu tinha várias palestras e reuniões para ajudar a incentivar o sexo feminino a se levantar e criar sua própria independência; foi em uma dessas reuniões que eu conheci a Sábado; sim! Uma mulher, por mais estranho que isso seja, a sábado e eu éramos parecidas em certos assuntos, sempre em algumas reuniões íamos juntas e até jantávamos juntas, eu nunca me imaginei um dia casada com uma mulher, mas foi uma experiência diferente, algo novo para mim, um conhecimento do qual não me arrependo... Sábado foi muito especial na minha vida, ela me ensinou que o amor pode ter várias formas diferentes, o amor não é quadrado, o amor é tudo! Nosso casamento não seguiu adiante, o futuro nos reservou caminhos diferentes, mas sempre á tenho no meu coração!

Satisfeita com á vida que eu havia criado para mim mesma, olhava para o céu sempre agradecendo as experiências da vida, sem elas eu não seria o que sou hoje, uma mulher forte e livre de todo o sistema que me escravizou por uma boa parte da minha vida, até os homens mais poderosos do mundo me procurava para pedir conselhos sobre negócios, mas por mais que eu tente ajudar, somente uma pessoa que se casou seis vezes poderia realmente entender como o mundo funciona, como as pessoas são por dentro, o amor que vivemos é a chave do nosso sucesso, se eu fosse uma pessoa fechada para o amor, eu não estaria onde estou hoje; devemos sim da uma chance para as pessoas que se aproxima de nós, nunca sabemos o que ela irá nos ensinar ou acrescentar; á vida é estranha e sempre será! Basta você seguir suas regras, Mas como a vida não para de me surpreender, um dos homens ricos que havia me procurado para uma reunião, era nada menos que o meu Segunda-Feira, meu primeiro amor; quando nos olhamos novamente depois de tanto tempo, muita coisa voltou a vida, nossa infância, adolescência e ate o casamento fracassado, nós conversamos e revivemos memórias perdidas, mas decidimos que o nosso tempo havia passado e que poderíamos usar isso como parceria de negócios; o Segunda estava maduro, o homem que sempre sonhei na adolescência... O que será que a vida me reserva no futuro? Nunca saberei se eu mesma não experimentar um dia de cada vez, mas depois que ele foi embora da minha casa, eu olhei para mim mesma no espelho e disse em voz alta: ´´ Francine, você é meu Domingo, meu descanso e verdadeiro amor, nunca haverá outro ou outra como você meu amor. `` Assim eu termino minha história, casando comigo mesma, pois somente eu posso me amar da forma que eu sempre quis, este foi meu último casamento e estou feliz com ele até hoje.

L P Santos
Enviado por L P Santos em 04/09/2018
Reeditado em 04/09/2018
Código do texto: T6439259
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