A TEIMOSIA DE UM AMOR

A TEIMOSIA DE UM AMOR

Indecifrável vazio, que se vai em minha alma, me sufoca, é um sentir desagradável que incomoda, um frio no estômago, que chega a me dá arrepios, as noites são longas, mas do que costumam ser, impulsiono, mas não encontro nada em eu possa me agarrar...um socorro!... Me sinto sozinha, mesmo rodeada de pessoas queridas. Preciso do que preencha essa lacuna em meu coração. O amor? Ora, o amor está em mim. Tento fugir dessa situação, dos meus anseios, mergulhando na agitação das noites, em baladas, nos bares da vida, doce ilusão!...Momentos de pura distração... Nada mais!... O vazio volta logo depois. Os pensamentos positivos nos sonhos impossíveis, me dão um pouco de ânimo... pensar em você e nos momentos felizes que passamos juntos...me alegra, me acalma ... E depois!... Sou acometida outra vez pelo vazio da solidão.

Lembro-me, quando fizeste de mim, tua mulher...era tamanho o prazer sentir ser amada por ti, ser especial, ser única... Chegastes de mansinho, com esse jeitinho tão teu de ser... e me conquistou... Apoderou-se de mim de um modo fora do comum, teimosa que sou, assumir o que estava bem ali diante de mim, aquele amor desvairado, era difícil! Mas, aconteceu.... Um dia cedi aos teus encantos de homem másculo e gentil, e você não recuou, abriu os braços, me abraçou com carinho, beijos e carícias se fez...percorri caminhos, até então desconhecidos... ante a ternura, naveguei na calmaria desse mar de amor, que por ventura logo se foi, me deixando na mais profunda solidão.

E reaparece de repente, atormentando a minha alma, e volta a aquecer outra vez o meu coração, me encontra ainda mais teimosa, relutante, receosa de outro infeliz abandono, mas mesmo assim me entrego, sem medo de ser feliz.

Percebo que apenas adiamos o que tinha que ser, que fugimos do inevitável, por medo do desconhecido, medo de assumir o amor que acredito ser escrito no livro da vida, e que era preciso passar por um processo, antes de vive-lo. A felicidade, bateu na minha porta, plena, responsável e madura...

Amor meu! É no que precisamos crer.

Neide Rodrigues, Poetisa potiguar, em 09/08/2018.

Revisado em 14/04/2020

NeideRodriguesPoetisaPotiguar
Enviado por NeideRodriguesPoetisaPotiguar em 09/08/2018
Reeditado em 14/04/2020
Código do texto: T6414095
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