OUTRA VEZ O AMOR

Foi depois de três semanas seguidas de insistência de Neil que Aline concorda em sair com ele, mas para que isso acontecesse ele teria que fazer uma programação legal. Pois ele era aquele homem que sempre dava várias mancadas em aspecto de relacionamentos, Aline o conhecia bem, pois, já tinha tido um caso de amor e o considerava perdido. Nunca se separam totalmente, Neil sempre procurava manter contato com ela e claro que ficava envaidecida. Aline o amava, mas por várias vezes que voltara se afastou porque sempre ele teria alguém, embora quisesse mantê-la por perto.

Há algumas semanas atrás quis conquistá-la com jantais ou ir a algum lugar que não havia definido, ela resistiu, até que descobriu a causa da sua insistência. O namora de Neil havia terminado e claro ele sempre apela para Aline, pois sabia o quanto ela gostava dele. Só que ela estava cansada do jogo duplo dele e não cedeu.

Ele estava muito presente em sua página curtindo tudo que ela escrevia, fazia comentários nas postagens dela e até a chamou de “amor” na página dele, embora tivesse se arrependido e apagou o que ele mesmo escrevera.

Até que ela decidiu marcar o encontro, Neil sentindo-se seguro pediu que Aline fosse à sua casa na quinta-feira antes do sábado combinado. Ela não aceitou, tinha medo de se machucar novamente. Ficou muito furioso!

_Venha amor, nos encontraremos na quinta e no sábado iremos ao teatro, dizia Neil.

_ Não, respondeu Aline.

Depois de tanto insistir e não obter o resultado que ele queria, ele inverte o jogo pressionando com desafios para que ela prove ao contrário.

_ Você não tem vida própria, vive a serviço dos outros. _ Não passa de uma bonequinha virtual e foi destilando venenos na tentativa que ela mudaria de opinião. Porém, fez efeitos contrários ao que ele esperava, Aline ficou com muita raiva e disse: _ Ótimo, fale tudo que você quiser, só assim sei decidir melhor o sábado.

_ Fique a vontade, diz Neil.

Só que ele jamais esperaria que ela não fosse mais ao encontro naquele sábado.

Logo pela manhã daquele dia doze de maio ele manda-lhe uma mensagem que diz assim: _ Bom dia amor, esqueceu que hoje é sábado?_Não, responde Aline.

_ A que horas posso te buscar? Perguntou Neil.

_ Não vou mais, respondeu friamente.

_ Mas por quê? Você está bem?

_ Sim, estou bem, mas perdi a vontade.

_ Nem me avisa, diz Neil.

_ Ah, simplesmente fiz como você já havia feito algumas vezes comigo.

Será que ele não havia entendido o motivo da desistência do encontro?

Aline não era de guardar mágoas, mas ninguém ousasse jogar ela contra aqueles que ela mais amava que se transformava em uma fera. E não deu certo o jogo dele. Então ficou aquele sábado só na conversa virtual. A noite ele tentou prendê-la pelo menos no bate papo virtual, mas não conseguiu. Aline estava muito chateada com Neil.

Então, ele resolve ir a uma festa de aniversário em um bar. No outro dia conta-lhe como se deu a festa.

Aline querendo falar que não se incomodou, pergunta-lhe: Namorou muito?

_ Se você não se importar, te conto, diz Neil.

_ Fique a vontade, responde Aline.

Não se sabe se foi para fazer ciúmes, mas conta-lhes detalhadamente o que aconteceu entre ele e outra mulher, dentro do seu carro.

Aline dá risada e diz: _ Pensou que me fazia ciúmes? Não me incomodo nem um pouco, já te conheço muito bem.

_ Não contei pensando nisso, responde Neil.

Durante toda semana conversam todos os dias, sempre que encontra uma folga durante o trabalho conversam por mensagens e por horas à noite.

Passou-se aquela semana e não se encontraram, mas também ele não desistiu e continuou tentando marcar o encontro, até que a raiva de Aline passou e novamente marcaram para aquele domingo irem ao teatro. Porém, ele imagina que só servia de companhia, coisa que ele não queria ser.

_ Se você está querendo só uma companhia para ir ao teatro convide outra pessoa, diz Neil.

Claro que não, responde Aline.

Ela sabia que ele jamais a aceitaria apenas como uma amiga.

_ Vou à sua casa a tarde e a noite nós vamos ao teatro.

_Combinado, respondeu Neil.

Enfim chegou o domingo tão esperado, mas também desesperado. Às oito horas da manhã Neil tenta ligar para Aline apavorado, pois tinha lhe dado um mal estar. Ela só viu seu telefonema depois de duas hora, tinha uma mensagem explicando o motivo de não mais se encontrarem naquele domingo.

Ela entendeu e aguardou que aquela euforia continuasse. Ele ainda perguntou: _Você foi ao teatro?

_ Não, ia com você, respondeu Aline.

Passou-se a semana e não combinaram mais aquele encontro que Neil dizia querer tanto. Era mais uma dele, a ex-namorada, já não era mais ex, e os dois tinham voltado a namorar.

Claro que o teatro tinha acabado.

Embora as conversas por mensagem não tivessem acabado, ele queria continuar com aquelas conversas apimentadas que lhe davam prazer. Mas Aline decididamente pôs um ponto final naquelas conversas e ele sinicamente insistiu e praticamente chamando-a de louca.

_Você que imagina, dizia ele.

_ Se aqui tem algum doente mental, é você. Esquece-me! Retrucou Aline.

Apesar dela ainda gostar dele, não respondeu mais as suas mensagens atrevidas e definitivamente pôs um ponto final naquela história de amor.

Marlene Rayo de Sol
Enviado por Marlene Rayo de Sol em 27/06/2018
Código do texto: T6375805
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