NOVELA

Era como se ela fosse a única, a mais bonita,

a mais doce voz. Nunca havia ninguém aos arredores, ou, na verdade, sempre havia e era

como se nunca houvesse; pois, seus olhos

eram só para ela.

Palavras bonitas, desabafos e confições

eram ditas em pensamentos, ela não o ouvia,

ela nem podia saber, e, ela estava sempre alí.

Os olhos dela asvezes atrvessavam os seus,

e, ele estava sempre alí !...

Um dia, ela disse:

_ Tá ficando sério!

E, ele disse:

_ Pensava ser só meu esse sentimento...

E ela disse:

_ Sinto também!

Ele gostou do que ouviu, sorriu e, então

se abriu. Mas, ela disse:

_ Não vai dar, não pode ser.

Ele caiu, sentiu e sofreu demais, mas com

o tempo tudo entendeu e se reergueu.

E aí, novamente ela disse:

_ Tá difícil segurar a onda!

Isto foi tudo que ele queria ouvir.

_ Então abaixe a guarda, ele disse.

E, denovo, ela disse:

_ Melhor não! Não quero correr o risco...

Ele repetiu:

_ Então abaixe a gurda!

E outra vez ela disse:

_ Não pode ser, deixemos tudo como está!...

Mais uma vez caiu. E foi pior agora.

_Mas,...

Ele tentou insistir.

Quando ela disse tchao.

Ele ainda quiz dizer:

_ Mas, e...

Ela disse tchau e se foi.

Com ela, foi também toda a esperança dele,

e, logo, fez-se dele as palavras dela:

" Tá difícil segurar a onda!"

Jão Martins
Enviado por Jão Martins em 26/05/2018
Reeditado em 26/05/2018
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