MINHA VELHA JUVENTUDE
Diante da insistência da moça em fazer-se amada pronunciou as palavras que anos depois havê-lo-iam de ferozmente persegui-lo tal qual agora mesmo as vociferava:
— Minha jovem, tu não tens idade para entender minhas palavras, quer queiras ou não, entrarão num ouvido e sairão pelo outro. Vai-te à procura dos que, não me entendendo, haverão de entendê-la e deixa em paz minhas palavras que são para os corações selvagens!
Proclamava ranzinzando sem realmente o dizer que estava velho. E a perdia.