The Love Between Us: 16 - Paparazzis e Pizza

Megan conseguiu dormir a noite inteira depois de tomar seu remédio, no dia seguinte, ela acordou se sentindo bem melhor. Com sua camisola nada sexy, ela levantou para comer algo antes de ir para a revista. Ray havia acabado de chegar do hospital no qual trabalhava como enfermeira e presumiu, corretamente, que sua amiga ainda não viu as notícias do dia.

-Melhorou da dor de cabeça? – Perguntou Ray.

-Completamente curada. – Ela mostrou seu melhor sorriso.

-Sabe, ontem eu pensei que fosse acabar estapeando o Tom.

A campainha tocou e Megan levantou para ir ver quem era.

-Eu até pensei nisso, mas depois... Espera como é que você sabe disso?

-Você está em todos os sites. Tem fotos e até vídeo da discussão de vocês.

-O que? Não pode ser. – Ela toca na maçaneta.

-Não abriria essa porta se fosse você. Pelo menos, não com essa roupa. -Megan soltou um risinho desse comentário. –Não, é sério. Não abra a porta!

Já era tarde. Ao abrir ela deu de cara com vários fotógrafos que aproveitaram o momento. Ela fechou o mais rápido possível, porém não o suficiente. Fotos suas com a mesma camisola do dia em que conheceu o Tom estaria em todas as revistas e sites ainda naquele dia. Talvez, ainda naquela hora.

-O que diabos foi isso? – Ela perguntou indo sentar-se no sofá.

-Olha aqui. – Após entregar um tablet, Ray passou a conferir se não tinha nenhuma brecha nas cortinas fechadas.

Megan viu várias fotos, vídeos e comentários a respeito da briga com o Tom no meio da rua. Havia várias e várias fãs a condenando e ameaçando por fazê-lo sofrer.

-Oh meu Deus! Elas não podem pensar que eu agi daquela forma por algo que o Tom fez?

-Nem toda fã adolescente é razoável.

-Nem todas são adolescentes. O que vai ser da minha vida agora? Não tenho como sair de casa. Como vou trabalhar?

-Liga pra aquela sua amiga lhe dar uma carona.

-Boa ideia. Vou ligar. Oh céus, olha que foto horrível.

-Acho que a de hoje vai ser pior.

-Você não está ajudando Ray.

-Não devia ficar vendo essas coisas. Ah! Quando vierem te buscar, eu acho que seria bom dá umas voltas e não irem direto para o seu trabalho. Aliás, a revista que trabalha é sobre o que?

-Política, cultura... Nada de fofocas.

-Isso é muito bom!

Com ajuda da Viola, Megan conseguiu chegar ao trabalho sem ser seguida por um monte de fotógrafos. Pelo menos ali a sua vida parecia normal. Até alguém vê a noticia e começar uma grande fofoca. Comentários, risinhos e olhares.

Thomas continuava em sua cama, apesar de não ser de seu costume ficar deitado até tarde, ele tirou aquele dia para ser sua folga. Não queria atender ou falar com ninguém. Porém, teve um amigo que não ouviu nenhum dos avisos.

-Hora de levantar! – Disse Joe abrindo as cortinas.

-O que faz aqui? – Perguntou Tom ainda bocejando.

-Você estava namorando a Megan e não me disse nada. Vocês terminam e não me disse nada. Eu via seu jeito amuado ultimamente, mas nunca imaginei todo esse drama.

-Como sabe disso?

-Você não foi cuidadoso. – Ele lhe entregou o celular.

-Oh meu Deus! A vida dela deve estar um inferno. E por minha culpa.

-Pelo visto a casa dela está rodeada de paparazzis. Mas eu queria mesmo era saber sobre essa roupa?

Tom sorriu ao olhar a foto dela na porta de casa descabelada e com a velha camisola do dia em que a conheceu.

-É uma camisola que trouxe do Brasil. Ela sempre a usa quando está com saudades de casa ou apenas triste. Na verdade, eu a conheci usando essa roupa.

-Sério? Deve ter dado uma exótica primeira impressão.

-Com certeza. Não só pela camisola, mas também pela panelada na cabeça.

-Ok. Levante-se.

-Por quê?

-Eu vim para te animar. Escuta, você estava tão desesperado para tê-la de volta que nem notou a possibilidade desse circo todo acontecer. Isso significa que realmente ama essa mulher. Não vou ficar de braços cruzados assistindo ao meu melhor amigo perder o amor da sua vida. Você tem um aliado aqui.

-Vocês chegaram a sair juntos. Pensei que gostasse dela.

-Ela é uma ótima garota e acho que foram feitos um para o outro. Você quer minha ajuda ou não?

Tom apenas sorriu em resposta, eles desceram para tomar café no terraço e planejarem o que fazer.

***

Megan teve uma semana horrível. Sendo perseguida pelos fotógrafos, xingada nas redes sociais e no trabalho o seu chefe a chamou para garantir que nada daquilo respingasse na revista.

-Senhorita, a sua vida particular não nos diz respeito, porém se houver qualquer algazarra na porta da empresa. A senhorita sofrerá as consequências.

-Eu entendo senhor. Não irá acontecer.

No sábado, ela estava presa em casa. Os paparazzi ainda na porta, Megan não tinha vontade de sair e por isso pediu duas pizzas. Uma mandou entregar aos fotógrafos que aproveitavam para mais fotos enquanto ela pagava e voltava para dentro com a outra pizza. Após algumas horas a campainha tocou; dessa vez, antes de atender pediu para se identificar.

-Meu nome é Carl. Sou um dos fotógrafos. Só queria agradecer pela pizza e perguntar o motivo de ter feito isso. Você pode abrir a porta, não vamos tirar nenhuma foto.

Ela abriu a porta devagar, depois de ter certeza que nenhum flash viria, se mostrou por completo.

-Vocês passaram o dia todo aí fora. Podem ter comido algo ou não, mas uma hora dessas sempre dá uma fome. Eu ia pedir pra mim... Não custava nada fazer isso.

-Não quer pedir para pararmos as fotos?

-Seria ótimo se parassem...

-Ah, eu sabia.

Ela não gostou do tom de voz dele e muito menos da cara que fez. Como já estava estressada esse pequeno momento a fez explodir.

-Olha, vocês fizeram da minha vida um inferno esses dias. Eu não sou artista e não sou acostuma com toda essa balburdia. Tem pessoas me xingando e ameaçando. Meu chefe está quase pra me demitir. Não pense que sou estúpida a ponto de me iludir que parariam com seu trabalho só por causa de uma pizza. Só tentei ser educada. Aliás, se quiser colocar tudo isso como notícia de alguma revista amanhã, não estou ligando. Eu já estou de saco cheio. Passar bem.

Ela fecha a porta deixando o homem completamente atordoado. Ele não sabia bem o que pensar, mas, definitivamente, Megan não era o tipo de mulher que ele pensou que fosse.

ALANY ROSE
Enviado por ALANY ROSE em 30/03/2018
Código do texto: T6294567
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.