A Paz e o Cavaleiro

Era uma vez uma linda princesa, a mais linda que todos os mundos haviam visto, mas essa princesa não era aquela que ficava parada em seu castelo, ela era uma guerreira, uma guerreira que havia vivido tantas vidas, passado por tantos desafios que havia feito de seu corpo um escudo, que havia se marcado com sua história e que de tanto ter acreditado a e falhado, não achava que existia o bem, apenas a luta.

Era uma vez um cavaleiro, um cavaleiro errante, que cresceu viajando, cresceu sonhando com o mundo e os desafios que encontraria, cresceu sem saber o que era o sentimento, o que viria a ser algo de graça, afinal todos sempre queriam algo. Esse cavaleiro não se importava, com o futuro, não se importava com o resto, ele vivia o hoje, ele buscava em amores vazios algo que compensasse suas desilusões, ele era um amante da mentira, e achava que ela amava a ele.

Um dia, sem mais nem menos, numa taverna, longe das vistas de Deus o cavaleiro se adentrou, com dois daqueles que ele conheceu nas estradas da vida, e naquele recanto ele viu a princesa, ela estava linda como sempre estava, vestindo branco, seu salto “Vichy”, seus lábios vermelhos... Ele não conseguia parar de olhar pra ela, era como se o sol estivesse ali, como se o mundo tivesse parado... muitos plebeus tentaram se aproximar dela, muitos ficaram admirando ela, mas ela não se importava, para ela eram apenas pedaços de mais uma noite.

Então ela veio, no seu andar ele se apaixonava, seu coração tremia, ele pensava, eu sei que será uma ilusão, sei que não será real, mas no fundo, era tudo que ele queria, a princesa se sentou, olhou ele nos olhos e naquele momento ele se sentiu despido, no lugar mais inesperado lá estava ele, se apaixonando a primeira vista.

O cavaleiro e a princesa foram para um dos quartos da estalagem, lá ele se despiu de sua armadura, ficou desprotegido como nunca havia ficado, e a olhou nos olhos novamente, queria mais daquele momento, mais daquele carinho, e ela o beijou, e no meio de letras de Janis Joplin e Lana del Rey ela o abraçava, ela dava a ele momentos de carinho, momentos que ele não estava acostumado, ele não sabia como reagir.

Num estalar ela virou sua paz, e os dias passaram e cada dia ela era mais e mais sua paz, sua luz, ela virou seu mundo e de tanto querer retribuir sua alegria e como ela o fazia bem ele a sufocava, nunca haviam lhe ensinado a amar, e se já era dificil amar uma mulher, imagine amar aquela que "ousava para atingir a paz", aquela que de manhã a noite era uma tempestade no coração dele, que de tanta confiança o inundava de palavras, de amor.

Agora, aquele cavaleiro não queria mais viajar, não queria mais lutar pelos outros, ele queria lutar por aquela que ecoava em seu coração, e se ela permitir ele sempre lutará.

Amor é pouco para definir o sentimento de descoberta da paz.

Felipe Togashi
Enviado por Felipe Togashi em 12/02/2018
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