OS OLHOS QUE DISSERAM: EU TE AMO!

O poeta caminhara dentre o jardim florido e multicolorido à procura daquela moça que, mesmo sem saber, havia conquistado teu coração.

Convicto, ele decidira que confessaria a ela teus reais sentimentos. Na verdade, havia ensaiado e decorado cada palavra, na certeza de impressioná-la. E foi então que a viu...

E todas as palavras que até então tinham sido decoradas, sumiram e evaporaram-se em forma de brisa de poesia, e tal brisa fora levada pelo vento. Sem saber o que de fato dizer, o poeta disse apenas o silêncio, fitando teus belos olhos, e contemplando tua face angelical e maravilhosa, tal qual tinha a aspereza sublime das rosas.

Ele realmente nada dissera com os lábios, porém, teus olhos se expressaram e disseram mesmo em silêncio que ele a amava. A bela moça também não disse nada, mas teus olhos, num lampejo encantador, responderam aos olhos do poeta, em forma de um cintilar tão denso tanto quanto o das estrelas no céu.

O tempo parou para os dois. Nada mais importava apenas os olhares apaixonados que se correspondiam mutuamente e de forma poética. Um suspiro, um sussurro, e logo um beijo selou aquele silencioso juramento de amor. E ali, naquela praça, de frente um do outro, ambos sem dizerem uma única palavra, nasceu o amor. E as palavras que foram levadas pelo vento, deram lugar a um turbilhão de sentimentos.

Poeta imaginário
Enviado por Poeta imaginário em 26/01/2018
Reeditado em 26/01/2018
Código do texto: T6237098
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