A rosa de papel
Num dia desses, joguei fora a rosa que me deu; aquela de papel, que, quando o vendedor ofereceu você não hesitou e comprou dizendo : "Quero, moço! Porque ela merece!"
Fiquei surpresa e muito feliz. As rosas naturais arrancadas da roseira nunca me atraíram, -elas já vêm mortas, murcham, escurecem, secam e vão para o lixo. A que você me deu nunca morreria. Por isso, guardei-a enquanto aguardava que você valorizasse nosso amor.
Inesperadamente, meu filho achou a rosa no lixo e veio com toda inocência e alegria do mundo dá-la a mim.
Para ele foi um "acontecimento". Recebi-a alegremente e agradeci com carinho a gentileza do meu pequeno príncipe. Logo, ela voltou à mesinha do quarto como enfeite, mas agora passou ter novo valor.
No entanto, não deixei de reparar que a rosa de papel está tal qual nosso amor; desbotado, fraco, perdendo o brilho e definitivamente morto.