Nada.
Eu não sabia mais sonhar. Eu optei por ser só.
Não me reconhecia mais. Antes de qualquer coisa! Ou nada...
Esqueci-me de tudo o que precisava saber. Não queria mais as respostas para nenhuma das minhas perguntas.
Não perguntei qual era o melhor caminho, porque não queria sair de onde estava.
Era cômodo e confortável e bem menos doloroso estar só.
Tinha uma ou duas companhias, em longos intervalos e podia ser feliz.
Aprendi a estar com um sem pensar em outro. E, n’outro dia, estar com outro sem pensar em um. Vencia o jogo! O placar somava pontos para mim...
Tudo bem! Esta não era a Isabella que eu sonhei pra mim, mas era bem mais prático ser assim.
Nunca exigi nada da vida. Cheguei a pensar que estávamos lado a lado...
Não queria o destino. Queria o que eu queria. E eu queria ficar quieta. Ali!
Ligações nos dias seguintes estavam descartadas.
Juras de amor abonadas.
E eu tenho dinheiro para pagar a conta de todos os porres que precisar tomar.
E depois de padecer com resignação e chegar a ser quem me tornei, chegam novas surpresas. E apesar da crença em acreditar ser total e completamente dona de mim, veio a vida...
Enquanto tentava manter o controle daquilo que era a minha vida. Esforçando-me para ser quem eu era. Até ali! Antes de nada!
Sozinha na minha estrada...
Refletida de tudo o que já passei [ e não foi fácil ].
Ele... Vem... Ele... Veio...
Chegou! Do nada!
Meu corpo maltratado. Meu coração cansado. Minha cabeça em lugar nenhum.
Todos os movimentos voltados para uma pessoa.
Assim... Por nada... A vida me traía.
Eu tinha planos e, em nenhum deles, estava ele.
Agora, já não sei mais... O que aconteceu ?
Inacreditável! Sinto-me confortável...
A vida me trouxe o que nunca me fora oferecido. Estou de pé! Acredite!
Às vezes, perco o controle e me sinto incapaz de responder por mim; no entanto, às vezes, sinto a grandiosidade de poder mais uma vez quem eu sempre fui: dependente de tudo o que o amor pode oferecer.
Perdi o domínio sobre meus atos, os quais imploram pacientemente por ele.
Eu queria saber que poder é esse, entender o porquê, desvendar este mistério...
E eu posso! Se eu quiser... Tudo! Ou podia... antes da sua chegada.
Guardei rancores e continuei... intocável.
Ele chegou. Do nada...
Eu não queria nada. Eu não precisava de nada. Eu era nada.
Ele também... Um nada cheio de tudo.
E tudo o que, agora, emana aqui é o que eu sinto depois que nada aconteceu e tudo mudou: depois que ele chegou.
O nada é meu tudo: o amor.
Eu o amo!