Depois

Seu batom vermelho, marcou meu rosto. Não era para ser assim. Era só uma conversa, uma troca de ideias.

O vinho desceu no copo, inicialmente com uma brisa, uma garoa bem vinda.

Tive a sensação de ouvir uma música, distante, suave, uma voz rouca fazendo um percurso na minha mente. Queria ganhar a corrida para fazer uma par, único, e dançar com você.

A garo

a estava se transformando numa avalanche. E eu, com certeza não procuraria abrigo. Me jogaria sem medo, mas com discrição.

Você! Assim, suave, sensível, mas com força cruel para me aprisionar, me envolvendo nesse baile de duas pessoas. As luzes, com um passe de mágica, ficaram mais relativas, os copos sempre cheios, os sorrisos mais abertos.

Não lembro a música. Que música? Isso nessa altura já não importava. Quase nem me comportava porque as regras, cartas marcadas ou não, acordos propostos, sumiram da nossa frente.

E você, com seu batom foi marcando o caminho como lanternas numa noite de verão. Não era para ser assim. Por que não?

O convite foi seu....

Scrittore
Enviado por Scrittore em 17/09/2017
Código do texto: T6117164
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