ONDE ELA ESTÁ? - Capitulo VI - Vivendo as aventuras de um jovem

VI – Vivendo as aventuras de um jovem

29 de agosto de 2017, Lisboa – Portugal

Doni chegou em casa depois de mais um dia de trabalho, estava cansado tanto fisicamente quanto psicologicamente, afinal ler sobre os sofrimentos de seu amigo e nada poder fazer é praticamente uma tortura psicológica. Olhou e lá estava outra carta, pensou em não ler, mas estava preocupado demais para não ler.

“São Paulo, 25 de agosto de 2017

Fala Doni! Essa já é minha sexta carta, já me sinto como se estivesse ai, tem cerveja? To precisando de uma. Pelo título dessa carta você já imagina não é? SIM, coloque “Aha – Living a boy adventures Tale” Lembra quando você me mostrou essa música pela primeira vez? Estávamos no ônibus voltando naquela aula chata de música hahaha, e íamos trabalhar, na Paulista. Pois é eu vivi isso no começo de 2015 com Elisangela.

Agora você deve se perguntar, por que eu não descrevo como era ela fisicamente? Bem quero você imagine minha história com os rostos que você deseja, você pode ser eu nessa história se quiser. Imagino que ninguém queira ser eu nesse momento da vida, a não ser eu mesmo.

Após aquele beijo maravilhoso, continuamos ficando todos os dias, mas eu sentia que ela não estava gostando, a cada dia que passava ela sempre me dava um aviso prévio.

“Mas minhas aulas na ETEC começarão e eu sairei da empresa e não teremos tempo”

“Logo sairei de férias e não voltarei, eu pedirei minhas contas, não vamos mais nos ver”

A cada dia era uma aventura que eu passava tentando fazer Elisangela se apaixonar por mim, até que marcamos uma viagem para Bertioga, não só eu e ela, mas o pessoal do trabalho e um amigo meu daqui, o Wilson.

Essa viagem fora marcada para o feriado da cidade de São Paulo, dia 25 de janeiro de 2015. Imagine fiquei dez dias, lutando por ela, mais tarde ela me confessou que se na praia não tivesse dado certo, ela terminaria de vez comigo. Então vamos na aventura principal?

23 de Janeiro de 2015, BERTIOGA

Saímos do trabalho, eu, Elisangela, Barbi, Eliz e Dézinho para irmos a praia, encontramos Wilson no caminho. A ida foi uma bosta, começou a chover pra caramba, e chegamos em Bertioga iguais a pintos molhados.

Wilson e Dézinho ao verem como eu estava por ela me deram uma dica.

“Vincenzo, vai com calma cara, ela não está tão a fim de você”

Eu não queria concordar, mas era a verdade. Eliz levou maconha aquele dia para praia, e como chovia e não parava, no quarto ascenderam para fumar, isso já era de noite. Wilson falou:

- Vincenzo, essa maconha é do amor, Elisangela vai fumar e dará tudo certo – Não é que ele estava certo? Ela fumou um pouco e ficou na paz e deitou no meu colo, eu ri pra ela. Foi ai que ela me disse tempos depois que havia realmente se apaixonado por mim, antes disso ela nem queria dormir na mesma cama que eu, e tudo mudou ali. Ela me olhando e eu olhando para ela.

Naquela noite dormimos juntos e fizemos amor pela primeira vez. Deus do céu, como foi bom, eu não conseguia parar de amar aquela garota. Tempos de chuva, quase não fomos a praia, meu celular e a televisão queimados, colocamos um lençol cobrindo nossa cama para ninguém ver, e fomos praticamente o final de semana inteiro fazendo amor, sem se importar com os outros. Como aquele final de semana foi bom, e que aventuras passamos. Sou grato até hoje por isso, esse é um momento em que se desse eu voltaria para curtir de novo.

O bom de escrever isso é que é como se eu estivesse lá, o lado ruim é a saudade que assombra meu coração, as lágrimas que escorrem dos meus olhos agora são de felicidade e tristeza, consegue imaginar?

Enquanto voltávamos da praia, Eliz conheceu um rapaz lá e ele mesmo disse

- Aqueles dois estão começando agora não é? Estão em um grude.

Desde aquele dia até o fim, brindávamos “ao nosso grude”

Doni, o que o tempo fez comigo? Ou melhor, o que eu fiz com o tempo? Isso doí demais cara, mas preciso continuar amanhã.

Aqui é sexta-feira e são exatamente 22:44. Tomarei minha cerveja e você deve receber minha primeira carta hoje, fique animado, é sinal que ainda estou vivo.

Abraços.

Vincenzo Ferrari”

Doni, riu com o final da carta e pensou “será que devo ir ao Brasil e rever também pessoas que não vejo a muito tempo?”