UMA ESTAÇÃO DE AMOR
Foi apenas uma temporada entre o outono e o inverno que tudo aconteceu. Mário estava no fim de um relacionamento que duraram três anos, quando conheceu Beatriz. Ela era uma mulher madura que nunca havia se relacionado sério com nenhuma uma pessoa, tinha tido apenas algumas paqueras. Era autêntica, exigente e seletiva, usava mais a razão do que o coração. Nunca deixou o sentimento falar mais alto.
De repente surge o Mário, também homem maduro, boa aparência, com certa estabilidade financeira. Em um final de tarde, ele a convida para conversarem, ela aceita e conversam durante três horas. Ele fala um pouco de sua vida, dos seus gostos e pede que ela também fale um pouco dela.
Certo dia ele a convida para tomarem um café e a partir dali, ela percebe que sua razão já não era mais tão prevalente. Ali começa o primeiro contato físico com beijos e abraços. O Mário com certeza havia tocado aquele coração que parecia tão firme em sua razão. Eles passeavam pelo shopping de mãos dadas e não poupava os beijos. Como disfarce, ele a convida para irem até o carro para trocar os óculos, que fingiu ter esquecido. Puro pretexto queria mesmo era estar mais íntima com Beatriz, coisa que ela não permitiu. Ela estava assustada com ele tentando arranca-lhe a blusa e sai do carro um tanto quanto aflita.
Mário era um sessentão cheio de vigor que até então, para Beatriz ele tinha apenas cinquenta e oito anos.
Voltam para o shopping comem um pão de queijo com suco. E continuam a conversa e os carinhos.
Apesar do susto, Beatriz deixou envolver-se. Ele queria levá-la em casa, não aceitou. Encontravam-se ali duas amigas, que as acompanhava, pois haviam combinado aquele encontro.
Ela estava amando aqueles abraços aconchegantes e aqueles beijos, mas já era hora de irem embora. Uma de suas amigas tinha um compromisso com hora marcada. E Beatriz sempre honrou com sua palavra, não iria deixar sua amiga perder a hora por causa dela, como havia prometido voltariam todas juntas. Na hora de irem embora, vai ligar para a amiga, Mário oferece-lhe o telefone por ser da mesma operadora da amiga. Beatriz liga para as amigas marcando o ponto de encontro.
Depois daquele encontro, os dias de Beatriz já não eram mais os mesmos, todos os dias Mário ligava ou enviava mensagens, ficavam até tarde da noite conversando, estava sempre querendo saber como ela estava, era muito “dedicado”.
Ele a convidou para conhecer a sua casa, ela ficou com medo, mas havia percebido que Beatriz tinha se deslumbrado com ele e foi persistente enquanto ela tentava resistir aos seus encantos, ele continuava insistindo fazendo chantagens emocionais.
_ Não quero uma mulher que não atende meus telefonemas e nem quer vir a minha casa.
_ Venha conhecer minha casa, você vai gostar!
_ Não vou fazer nada com você.
Ele passava certa segurança, apesar dela ainda sentir medo.
Certo dia decidiu ir conhecer a casa dele, marcaram para encontrar-se em frente do shopping. Mário foi pontual no horário. Beatriz um tanto quanto assustada, não sabia o local e ambos se desencontraram. O celular toca, era o Mário:
_ Oi amor, onde você está? _ Não estou lhe vendo.
Beatriz diz: _ Estou enfrente ao shopping, próximo a uma banca de revista.
Ele fala: _ Não sei onde é.
_ Ah, estou vendo agora.
_ Vire para o lado direito em direção à passarela, vou dá uma piscada com o farol e você vem.
_ Ah, já vi. Disse Beatriz e segue em direção ao carro.
Mário com aquele sorriso cativante a beija na boca e seguem em direção a casa. Conversam e beijam-se intensamente a cada parada no farol.
Finalmente chegam a casa. Ele põe uma música romântica, beija-lhe e abraça-lhe intensamente. Em seguida de mãos dadas, ele a chama para conhecer sua casa. Era uma casa grande com vários Cômodos, ali também ficava seu escritório de arquitetura e a sala de reunião, mostra-lhe ambiente por ambiente. Voltam para a sala ainda em som de músicas.
Beatriz continuava assustada e com sede. Ele diz que vai pegar água para ela. Com mil coisas passando por sua cabeça o acompanha até a cozinha e ela mesma pega a água.
_ Pensa: E se ele colocar alguma coisa na água!?
Claro havia riscos, ela mal tinha o conhecido.
Ainda na sala, ele tenta desabotoa-lhe a blusa, ela segura e fica brava.
Ele diz: _ O que você pensa que veio fazer aqui?
_ Confesso que me assustei, afinal tinha ido conhecer a casa, pelo menos era o que imaginava e ele tinha convidado para isso, foi o que me disse antes.
Mais uma vez, se abraçam e beijam-se. Neste abraço desabotoa-lhe o sutiã, brava, ela segura e tenta abotoar, sentindo dificuldade, ele diz: _ Deixe que eu abotoe.
Mentira queria arranca-lhe o sutiã. Beatriz afasta-se e tenta sozinha abotoar.
Havia um ambiente que ele não teria lhe mostrado, era o quarto dele. Quando em um determinado momento, ele diz: _ Vamos subir, tenho uma coisa para lhe mostrar.
_ Quer que eu leve você no colo?
_ Acho que posso!
Beatriz não aceita. E segurando a mão dela vão até o quarto. Mostram-lhe seus relógios seus perfumes e em uma distração, joga-lhe sobre a cama, assustada, empurra-o e levanta-se.
Foram momentos de adrenalinas, lutas e emoções. Por várias vezes ele tenta arranca-me o jeans, que ela o segura fortemente. Mário fica só com a roupa íntima, tentando provoca-la e ao mesmo tempo implorando que ela também tirasse a sua. Com todos os apelos não consegue nada. Fica chateado.
Foi uma tarde emocionante para Beatriz. Apesar de vários sustos tinha gostado de ficar sozinha com Mário.
Ele pergunta: _ A que horas você quer ir embora?
Beatriz responde: _ Às dezoito horas.
Ele diz: _ Não você não vai embora sem comer.
Às dezenove horas ele pede uma pizza e depois de comerem, a leva até a estação e ali se despede com um beijo e a certeza de novos encontros.