Amor Imperfeito... Pág 01

Ele era um homem bom, bem casado, bom pai, vivia sua história de vida dentro da normalidade e dos padrões comuns, onde aparentemente tinha felicidade e suas conquistas.

Ela era uma jovem bonita, tímida, bem criada por pais tradicionais, religiosos, onde pra namorar tinha quer ser na calçada.

Os dois são amigos, não somente eles, mas também suas famílias têm uma relação de a muito tempo.

Depois de algum tempo a amizade não era mais a mesma, pois os contatos foram aumentando, as coisas em comum também, e sem perceberem as intimidades e as confidências avançaram a tal ponto de um confiar demais no outro. Nunca imaginavam que isso um dia poderia ser um sentimento diferente de amizade, quanto pudor e sobriedade.

Determinado dia ele diz pra se mesmo:

“Meu Deus, que coisa é essa, o que estou pensando da vida, ela jovem, linda, livre, ponderada, e com um fresco e delicadeza sem igual, no seu olhar escondia um desejo ainda não decifrado que ia além de sua idade . Eu…, sou comprometido, não posso nem pensar nisso, é coisa da minha cabeça, é contra as regras, contra minha consciência, contra Deus, contra tudo e todos. O que faço?”

Ele passava noites em claro, com esses pensamentos que ficavam lhe consumindo e já decidido a tomar medidas na sua mente para conter esse sentimento, para bloquear toda e qualquer formar de levar isso adiante, afinal era errado, inconsequente, impróprio. Mas no dia seguinte, sempre era a mesma coisa, quando a via... quando falava... quando recebia uma msg, era natural o sorriso (àquele de lado)... No olhar... No gesto... aquela sensação de alegria e friozinho na barriga que até lhe faltava o fôlego, fazia muito tempo que ele se sentia assim, parecia que os anos estavam voltando e se sentindo novamente um jovem imaturo e sem regras.

Mas novamente lembrava de suas promessas nas inquietudes da noite.

Havia a necessidade de uma medida, uma atitude drástica, para que ele pudesse ter paz consigo mesmo, no seu intimo e no seu corpo.

Um dia ela começou a desabafar, falava de uma pessoa a qual estava se apaixonando e parecia ser correspondida, mas ao mesmo tempo se proibia a ter qualquer sentimento… não disse o porquê. Logo depois, falou de outro que vivia lhe mandando mensagens, que visitava sua casa, que tinha o aval de seus pais, por ser um rapaz de boa índole, alguém responsável e sabiam eles, que poderia ser uma boa companhia para sua filha. Era um verdadeiro conflito em sua cabeça, em suas emoções…. Falava ela com voz suave e trêmula como que calculando cada palavra, às vezes até a respiração.

Ouvindo isso, procurou saber mais quais eram suas reais intenções... "será que ela está mesmo tendo esse conflito, ou será uma forma de chamar minha atenção? uma pressão? um incentivo? para eu se revelar ou expor meus sentimentos?

Cont…