Bailarinos dos céus II, os sonhos de Maria e João...

Quando Maria nasceu, pequena em altura e peso para os padrões, chorou alto e forte como fazem a maioria das crianças, em seguida sorriu, aninhou-se ao peito da mãe e já sonhando descansou.

Lá pela quinta semana de vida, ainda na barriga da mãe, sonhou pela primeira vez e gostou, entrando para um mundo de sonhos e melodias multicores não só seu, de muitas crianças mais.

As canções que brotam dos corações desses pequenos são delicadas, mas há músicas para gostos diversos, afinal é um mundo de sonhos de crianças de todas as partes do mundo, entendendo-se em sua linguagem universal, a do amor puro e espontâneo, selada com beijos e risos.

Maria conheceu a todos, mas um menino tinha algo de especial, até nascera no mesmo dia, na mesma maternidade, com uma diferença de poucos minutos, foi o tempo exato de sua mãe, Dona Rosa, sair com ela para Dona Rita chegar e ter o João, garoto forte, grande, quase que não chora se não fosse o Doutor dar um empurrão.

Maria, João e todas as crianças desse mundo sentem as flores coloridas, perfeitas, acarinhadas por borboletas, beija-flores, rouxinóis, abelhas e outras vidas que surgem a todo instante.

Sonhos bons de crianças são rascunhos caprichados de todas as formas de expressão, resultando em aquarelas de doce emoção.

Maria e João, como já sabemos, marcaram encontro e viveram 13 anos de magias, quando seus caminhos tomaram outras direções por escolhas que fizeram nessa ocasião.

Maria olha pela janela, observa a vida lá fora, sente o aroma das flores do seu jardim, ouve os cantos dos rouxinóis a acompanhar o bailado dos beija-flores e uma brisa que traz melodias não esquecidas.

Sua mãe, Dona Rosa, insiste – Maria, minha filha, até hoje você pensa naquele menino, deixa de sonhar, volta...

Maria, calma, sorri contida lembrando do acanhado João e acredita que o sonho não acabou.

Bailarinos dos céus I em:

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