Aurora da Vida - A primeira namorada - Final
Aurora da vida – A primeira namorada – Final
Parte VI - Final
- Depois de uns dois anos, a encontrei na cidade em que morava, tinha se mudado para lá e morava com N, que trabalhava como guarda noturno, me deu o endereço, pedindo para passar lá depois da 22,00 hs. Assim fiz e começamos a sair, até que passado um tempo N. deve ter desconfiado, uma noite ao passar, tentou cercar a moto em que estava; resolvi não procura-la mais, para sua segurança. Um dia numa festa num clube de campo a vi novamente, subiu na moto fomos a um loteamento deserto e transamos, estava grávida de 5 meses!
- Casei-me e fui transferido para outra cidade; 3 anos após voltei, novamente a encontrei, me deu o endereço de uma amiga e fui encontra-la, sua menina tinha uns 4 anos, não pude tocar nela a menina era muito esperta, até que sua amiga a levou para tomar sorvete, nos abraçamos e marcamos um dia para sair, ao nos despedirmos me disse umas palavras que me marcaram muito, falou:
- O dia em que você me quiser, eu largo tudo aonde estiver e vou viver contigo, vi duas lágrimas em seus olhos, entendi o quanto me amava, sai muito triste. Nunca mais a procurei, não queria magoa-la mais, nem trair minha esposa!
- Passados um ano, fiquei sabendo que fora embora para São Paulo, lá conheceu um japonês que tinha um hotel numa praia em Santos, foi morar com ele. Nunca pude entender porque o destino sempre nos separou!
- Hoje passadas várias décadas, tentei encontra-la nas redes sociais, só para saber se estava bem, mas não foi possível.
Calou-se, respeitei, seu silêncio, vi que estava muito emocionado. Neste momento o ônibus já estava chegando ao nosso destino, descemos fomos pegar as nossas bagagens. Ele virou-se para mim e disse:
- Obrigado por ter me ouvido, tirou de mim um grande peso, como lhe disse não queria levar para o túmulo estas lembranças, respondi:
- Fico muito grato por ter me escolhido, nunca ouvi ou li uma história tão linda de amor, vou escrevê-la e publica-la, respeitando os nomes que me disse! Me abraçou forte,
- Faça isto, é bom que outras pessoas também conheçam esta historia!
Abaixou, pegou sua maleta, saiu caminhando com passos firmes., elegantes, fiquei parado estático, até que entrou num taxí e partiu, o rapaz das bagagens me vendo ali perguntou:
- Precisa de algo senhor,
- Não, esta tudo bem!
Peguei a minha bagagem, sai caminhando lentamente, tinha que publicar este relato, e usar o título que disse ao começar “Aurora da Vida”!
Fim