Quando ele chegou...
Costumo dizer que estamos fardados a ser apenas uma partícula solta no universo, perdidas num elo infinito de nossas próprias confusões. Existe uma infinidade de partículas lá fora, números ímpares. E com isso, cria-se um enorme vazio no ser, na alma. Por mais que neguemos, há sempre uma vontade absurda de encontrar algo que nos preencha a amargura de estar só. Nada nos torna mais vulneráveis que a solidão. É quando acontece um fenômeno chamado “destino” que une partículas solitárias, dispersas, formando um aglomerado. Devo dizer que foi exatamente assim que você entrou na minha vida. É incrível como somos o elo perfeito do universo. Gostamos dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes. Temos um apetite voraz pelos delírios mais loucos. Sim, formamos um conjunto de ideias insanas. De alguma forma quando te conheci, sabia que seria você o motivo de todo riso, de todo encanto pela vida. Você é o pôr do sol, e eu o anoitecer. Como poucas coisas no mundo, nossas almas se completam. Formamos sem dúvida o mais belos dos eclipses. Somos inteiros de um só.