Silêncios.

O príncipe-poeta tinha os seus silêncios,as suas reticências,o seu recolhimento interior...Para onde ele ia,nesses momentos,somente sua alma sabia.A musa o esperava sempre de braços abertos.Sabia que ele precisava de colo e tinha medo de vento.Muitas vezes,o poeta era um menino e seus olhos curiosos brilhavam intensamente diante das surpresas da vida.Noutras,era um anciao,e carregava nas costas o peso das agruras pelas quais passou.Esse antagonismo,encantava a sua amada e cada vez que se aninhava nos seus braços,sentia-se afortunada por pertencer à ele.

Poucas pessoas faziam parte do seleto círculo de amizades do casal.Eles amavam a solidao aprazível da sua casa iluminada pelo sol.Se bastavam,se saciavam,se completavam.O mundo cabia na cercania do seu lar.Tinham tudo o que precisavam alí,pois na verdade,precisavam apenas um do outro para viver.

O poeta tinha um violao,e com a mesma habilidade que tocava o corpo da musa,seus dedos dedilhavam lindas melodias.E eles cantavam tao absurdamente felizes,que a cidade toda ficava embalada na melodia de suas cançoes.

E esse,é mais um fragmento da historia do príncipe-poeta e sua musa apaixonada.