Ciranda Eterna

Essa é a história de um amor onírico e abstrato algo que aconteceu a trilhões de bilhões de anos, de um corpo celestial chamado Sol que se apaixonou por um lindo satélite chamado lua.

O sol tinha tudo para si, um sistema inteiro composto por planetas, estrelas, asteroides, cometas, buracos negros, vértices e vórtices. O primórdio inteiro de uma galáxia imensa ao seu alcance, só que algo lhe faltava e por mais que a lua fosse parte de tudo isto, ela não tinha olhos para ele.

O sol adorava ver a ciranda eterna da lua, amava a sua suavidade e rotatividade, o gracejo dos giros, as várias faces lunares, desde a minguante até a cheia, a própria luz que ela omitia era algo fantástico aos seus olhos.

Certa vez ocorreu um fenômeno ao qual fez o sol afeiçoar-se ainda mais por ela, algo chamado eclipse, como os seres mortais o nomenclaturava, a lua não só dançou para o sol como parou em sua frente o deixando apreciá-la.

A lua gostava do sol, porém o gostar não significa amar, eles tinham os seus flertes durante os eclipses, mas ela só tinha olhos para a terra, a ciranda eterna como já citado era o giro da lua envolta da terra que a correspondia girando também em torno de si mesmo formando assim um lindo balé.

O sol entristecido, pelo devaneio ao qual teve, decidiu se isolar e foi para longe, na região próxima onde mercúrio habitava, contou sua história tristida para seu amigo nanico e por lá ficou chorando eternamente, seu choro foi convertido em raios de calor o tornando intocável e vistoso em qualquer parte da galáxia.

Por conta do seu choro eterno os raios pulsantes que aquecem o sistema, proporcionaram a terra e a lua a conseguirem fazer a sua maior feitura, eles deram à luz a civilização tudo por intermédio da tristeza do sol.

Nem toda história tem um final feliz, porém na maioria das vezes tem o final necessário.

Matheus Lacerda
Enviado por Matheus Lacerda em 11/09/2016
Reeditado em 25/01/2019
Código do texto: T5757914
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