TAL MÃE, TAL FILHA ( o fim )

Daniela ficara viúva com trinta anos. Os primeiros anos de viuvez foram terríveis, mas com o passar dos anos tornara-se amiga da filha que insistia para que ela saísse de casa e aproveitasse a vida.

Tornaram-se inseparáveis. Pareciam irmãs. Faziam academia juntas e Daniela voltara para a faculdade.

A filha, Débora, apaixonara-se pelo professor de ginástica, e depois de um namoro relâmpago casara-se com ele. No entanto dois meses depois de casados o marido morrera em um acidente de moto.

Tal mãe, tal filha... Estavam as duas viúvas. Agora era a mãe quem consolava a filha e a incentivava a sair, passear.

Um dia na praia, no verão passado, ambas olharam para aquele homem moreno, 1,90m de altura, sorriso alvíssimo, extremamente simpático chegou e puxou conversa com elas. Ficaram conversando o resto da tarde. Não queriam mais se despedir. Ele as convidou para jantar, num lugarzinho ali perto que tinha música ao vivo e pista de dança. Local romântico. Aceitaram...

Em casa conversaram. Ambas estavam atraídas por ele. Mãe e filha confessaram-se apaixonadas à primeira vista. Decidiram que ele escolheria uma, se fosse o caso e a outra aceitaria.

O jantar estava ótimo. Dançaram ambas se revezando. Ele parecia indeciso e confuso e não decidia a sua preferência. Trocava carícias com uma e com outra quando as tirava pra dançar. Ambas não se sentiram rivais...

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E agora? Você que está lendo decida o fim desta história. Na próxima semana eu publicarei a minha versão ou a versão de quem mais me agradar, com direito a crédito na parceria.

Mário Feijó

15.06.16

TAL MÃE, TAL FILHA... (o final)

Foram muitas as respostas e soluções para o drama vivido por mãe e filha, diante de uma paixão. No entanto a solução tinha que vir de dentro de cada uma delas. Sendo assim, mãe e filha, sempre confidentes, amigas e experientes, pois a vida as fizera experientes resolveram de comum acordo por fim aquele romance.

Chamaram o rapaz para um jantar e colocaram as cartas na mesa. Contaram suas histórias de vida. Foram sinceras em tudo, até na atração que ambas sentiam por Davi. Ele diante da sinceridade delas também se abriu.

Eu também me senti atraído por ambas e sei que é confuso. Ambas são jovens e eu poderia ter um romance com qualquer uma das duas sem problemas. Só que gostaria que antes de por um fim em toda a nossa história eu queria propor que nos conhecêssemos melhor e queria contar uma coisa que ainda não tinha falado pra vocês. Tenho um irmão gêmeo que mora em São Paulo e estava lá fazendo doutorado com a esposa, mas faz seis meses que se separaram e ele decidiu voltar, pois terminou o doutorado. Fez concurso para a URGS e vai trabalhar em Tramandaí. Não estamos muito enturmados por estes lados, então peço que sejamos amigos. Que me ajudem a socializar meu irmão e eu aqui no Litoral.

As mulheres, que já tinham decidido por fim ao romance, decidiram aceitar a amizade com o rapaz e conhecer o irmão (o tal gêmeo).

Não é que os dois eram mesmo iguais!!

- Meu Deus! Disseram uma à outra. Vai começar tudo de novo. Miguel era tão encantador quanto Davi e logo se sentiu mais atraído por Daniela. Ele era mais maduro que Davi e não tinha dúvidas de que era Daniela a sua preferida. No início ficaram amigos. As mulheres estavam preocupadas que a situação voltasse a ser como fora no inicio, porém logo foram se conhecendo e Davi acabou tendo certeza de que Débora era sua musa. Miguel deixou claro que não estava a fim de casar novamente, e assim, logo. Daniela também não queria um casamento imediato, queria sim, um amigo, um companheiro e se este companheiro lhe desse amor, isto lhe bastava.

Os romances evoluíram e logo depois do primeiro ano Davi e Débora haviam decidido que casariam no ano seguinte.

Miguel alugou um casa em Osório e convidou Daniela para morar com ele. Pelo que todos observam há harmonia entre eles. Todos parecem estar felizes, cada qual com suas convicções.

Débora percebe agora que não tinha nada a ver com Davi que é mais imaturo que o irmão. Por isto se dá tão bem com a filha, prestes a completar 21 anos. Gostam das mesmas coisas, viajam sempre, vão a shows de roque. Planejam ir ao próximo Rock in Rio, e estão sempre em festas e badalações. Já Miguel é como ela: gosta de ficar em casa, ouvir uma boa música, leituras, vão a saraus, cuidam do jardim, são românticos e sonhadores... descobriram-se almas gêmeas, mas têm os pés no chão e tentam não cometer erros. O passado ensina muito, dizem sempre.

Apesar de tudo, o amor venceu.

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28.06.16

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 28/06/2016
Código do texto: T5680978
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