Revivendo (ou seria vivendo?) de Passado

Mariana era simplesmente aquela que ouvia Beethoven

Em êxtase.

Mariana era um ser especial... uma estrela que ardia em mim.

E que queimava meu corpo... nu.

Mais um dia daqueles que a gente tem a certeza de que não irá passar em branco... algo iria acontecer, mas, o que?

Acordei um pouco mais tarde, porque eu não estava tão animado pra nada naquele meu mundinho parado, quietinho como folha seca levada mansamente pelas águas de uma lagoa... para lá e para cá... para lá e para cá... para lá... lá... lá... lá no horizonte onde está a minha alma a pairar pelos campos floridos... opa! Desculpem-me, pessoal. Comecei a fantasiar outras coisas e outra maresia me batia leve no rosto.

Bem, levantei sem pressa e sem desatinos. Olhei para as mãos (uma delas com uma tatuagem já desbotada) e me perdi por um segundo que coube em um minuto que pareceu mais uma hora... olha eu de novo devaneando. Perdoem-me novamente.

Bem, fui lavar o rosto e, enquanto fazia isso olhei um rosto quase desconhecido no espelho. Sim, quase! Quase porque uma nuvenzinha de insegurança me impedia de olhar diretamente nos olhos da imagem... algo que me impedia de levantar o rosto e fitar, sem que viessem cento e cinquenta e sete incógnitas a me perturbar. Eu respirei fundo, bem mais bem fundo mesmo, olhei pra cima, olhei pra baixo, para o lado esquerdo (apenas para o esquerdo) e, finalmente, a coragem me veio e... siiiiimmm! Olhei para a boca daquela imagem... hahahahahaha (sorri dando gargalhadas, na minha mente).

Por alguns segundos, minutos talvez, fiquei ali, invejando aquela boca, querendo tocá-la com a minha boca... mais foi só isso mesmo, nada mais.

Tomei meu café com leite ( amo café com leite, ou leite com café... talvez), e fui cuidar de alguns afazeres da casa de minha mãe. Terminei os mesmos e fui logo pra cadeira da varanda, com um dos livros que eu havia pego (emprestado) na biblioteca municipal da cidade em que me graduei em ciências contábeis. Sentei-me, tão aconchegante aquela cadeira velha e enferrujada, mais parecia um colo... saudades me bateu na porta... não abri... e continuemos com esse conto antes que eu me perca em devanear novamente.

Em estava lendo, me lembro bem, Soprinho, só não me lembro da autora, mas adorei o livro pelo fato de ter um toque de magia, de contar com a presença de fadas, duendes, flores falantes e ventos personificados, com nome, sobrenome e até idade. Aaahhhh! Magia! Tudo!

Sabe quando acontece de chegar um sentimento (feliz) e você se pega rindo (sem motivo) só por causa do sentimento, sem saber porque? Sei lá! Eu fiquei assim durante todo aquele dia.

Chegou uma mensagem (no aplicativo) e, como acho uma tremenda falta de educação não responder de imediato, eu respondi no mesmo minuto: era Maria, era Ana... era uma mistura das duas! Era Mariana.

Nada de mais... ela queria botar pra fora o que ela sentia a respeito das ações da namorada (hoje é ex dela) que estava tendo atitudes muitíssimos machistas... odeio machismo e muito menos, machistas! Ela expôs tudo o que se passava entre as duas... não concordei em algumas ideias, me abstive em opinar noutras partes e botei pra quebrar em outras falas. Não gostei apenas do fato de que ela, Mariana, usou algumas palavras chulas pra designar a (agora ex) Renata (também conhecida como Rê). Isso acontece pelo fato de que eu fui exposto assim, com palavras de baixo calão quando terminei com meu casamento... não vem ao caso contar sobre isso, foi apenas para explicar porque eu não gostei dessa atitude de Mariana.

Bem, continuando, eu a escutei (melhor dizendo: li), tudo o que ela me enviou, conversamos por algumas horas. Depois de alguns dias e ‘bom dia’, boa tarde’ e ‘boa noite’ depois, eu já me via preso em uma rede de sentimentos insanos, sãos... veio-me o medo... veio-me a coragem... veio-me a vontade e a força também... depois de alguns dias conhecendo Mariana e suas peripécias de vida, me vi descoberto... totalmente nu do que dizer a ela... e, sem mais nem menos, nem porém, eu mandei uma mensagem a ela: “EU TE AMO!”

O que vem após isso, vocês já sabem. Aos que acompanham minhas publicações, primeiramente, muitíssimo obrigado. Fim.

Alban Lerrá Moura
Enviado por Alban Lerrá Moura em 24/06/2016
Código do texto: T5677206
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