"Somos amigos..." (essa frase ainda dói!)
Hoje, já mais calmo, me sinto leve! Siiiiimmmm, pessoas! Apesar de ter chorado rios, lagos, cachoeiras e oceanos, me sinto quase uma pluma: levezinho pra chuchu! Tudo porque mexi com meus encantos, fiz minhas magiazinhas, conversei com tia Afrodite e mamãe Minerva. Tô quase bom novamente! Opa! Eu disse QUASE! Não digo que não choro mais, porque eu choro quando me pego ouvindo alguns melodramas que coloquei na minha playlist.
Até eu chegar nesse ponto, confesso a vocês, passei por uns maus bocados, viu!
Mariana sempre será uma guria especial no meu coração. Nunca vou me esquecer das nossas conversas pelo aplicativo, dos áudios, das palavras digitadas, do suave som da voz de Mariana... aahhhhhh! Coração ainda dói. Dói sim! Porque o amor que eu senti (e ainda tenho aqui dentro) foi real. Não sou moleque pra gostar de uma pessoa hoje e trocá-la como se fosse minhas peças de roupa. Sou um cara que sente tudo ao redor. Pelo fato de ter sido socializado como mulher talvez? Não sei explicar! Pode ser isso!
Tudo o que já senti, não só por Mari (gosto de chamá-la assim), mas por todas as mulheres que passaram pela minha vida, foram sentimentos profundos, que me machucaram, alguns até me curaram; sentimentos que se fixaram por dias, meses e até anos. Sentimentos que me fizeram crescer como mulher, como homem, como SER HUMANO! E querem saber mais? Pois eu digo que se não fosse tudo o que senti eu seria apenas mais um na multidão!
Hoje, digo isso com fatos (e contra fatos não há argumentos!), sou visto por muitos (não todos) como um cara cujas cicatrizes são vizíveis. Sabem aqueles cavaleiros medievais, de filmes da idade média? Já me disseram que minhas cicatrizes são tão mais vistas, quanto às feridas desses guerreiros dos filmes. Me sinto “o cara” quando alguém me diz isso... hahahahahaha. Ainda lhes explano o porquê me sinto assim: como um cara trans, sei que não preciso expor minha masculinidade pra me afirmar como homem, ao contrário da maioria dos homens cis héteros que conheço.
Voltando ao assunto da minha lenta recuperação, tenho tentado (ao menos isso, né?!) me abster de certas coisinhas. São elencadas a seguir:
1 – entrar constantemente no aplicativo que encurtou nossa distância (Mariana mora em Florianópolis; eu estou em GO);
2 – ficar stalkeando (vigiando de forma que não seja prejudicial) Mariana no facebook;
3 – ficar olhando as fotos de Mariana que salvei no notebook e no meu celular (sim, ainda tenho as fotos dela e terei ainda por algum tempo; podem me chamar de trouxa).
Enfim, meus queridos e queridas, to deixando de lado algumas coisas que me fazem sonhar com Mariana. Mariana... Mariana... Mariana... (suspiro)... Mariana... aahhhh (outro suspiro).