“Mas não rola... Somos amigos apenas”
Vamos lá! O que tenho aprendido com o ‘amar sem ser amado’? Nada, meus queridos e queridas! Absolutamente nada!
Digo, mesmo sofrendo dores enormes por não ter sido correspondido, que necessito ainda mais de ti. Quem estiver lendo deixo o livre arbítrio opinar... e podem sim, devem me julgar: podem dizer que novamente faço origami com meu papel de trouxa... não estou nem aí, pra falar a verdade!
Antes de começarem, porém, com os julgamentos, escutem o que tenho a dizer a respeito do fato de que NÃO CONSIGO CONTROLAR MEU CORAÇÃO, ok?
Não me envolvo em polêmicas... não suporto entrar em discussões políticas, de casais, literárias, nem da minha própria família. Pego o controle da TV, ligo numa série qualquer (mentira, escolho Super Girl, NCIS, CSI, enfim.) e fico ali... alienado... nado... afundo... mergulho num mundo paralelo... no meu mundinho paralelo. Finjo não escutar ninguém. Às vezes não é nem fingimento, é que não escuto mesmo, hehehehehe!
Mas quando a discussão é aqui dentro, bem aqui (aponto no rumo do peito, bato com a palma da mão aberta no meio dos seios ainda não retirados cirurgicamente), a coisa se complica... E muito, parceiro(a).
Eu que sempre pensei que um amor verdadeiro me traria menos tristezas do que um amor das ruas, me equivoquei! Errei e feio!!! Eu que sempre pensei que “O VERDADEIRO AMOR ME FARÁ VIVER COM HONRAS E FELIZ” (sim, estou gritando! Todos sabem que letra maiúscula, na rede de computadores, é um grito, né mesmo? Todos sabem disso, né?), hoje me vejo num mar de navalhas. Não me demorarei em dizer o porque das navalhas... porque a dor que sinto é a mesma que uma navalha faz quando penetra na minha carne assim, sem anestesia, na brutalidade das penetrações, o sangue escorre formando poças ao meu redor. Essas poças são minhas lágrimas. O sangue é uma alusão às lágrimas desse ser que agora voz escreve.
Já digo também que sonhei uma vida inteira com ela. Mariana, é o nome dessa doce mulher. Não a julguem, por gentileza. Se os leitores querem julgar alguém, que seja eu... somente e inclusivamente EU!
Em meus sonhos eu havia feito uma casa, construí muros ao redor dela, uma piscina no meio do quintal... eu havia comprado também um carro (porque ela tem um filho lindo demais: o Pedro), em meus sonhos eu havia me casado (civilmente) com Mariana, e planejado ao menos duas viagens anuais para a cidade natal dela (Florianópolis), para ver meus sogros. Bem, eu já havia planejado um futuro ao lado dela e de Pedro.
Como podem ver, tai todo o ridículo ao qual me prestei. Agora me julguem. Vamos, podem ‘descer a lenha’ em mim. Não me importo.
O que seria um dia de festa, me trouxe apenas dores no peito. Como já disse lá nos primeiros parágrafos.
Conversei com Mariana por longas horas, via aplicativo de celular (todos sabem qual é, né mesmo, gente?), e como era bom ouvir a voz de Mariana nos áudios. Eu escutava uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete... vezes. Eram mais vezes, porém não tenho paciência pra escrever extensivamente até cem.
Na faculdade até desconfiaram dos sorrisos que eu dava quando abria o tal aplicativo e, andando e escrevendo, soltava ao ver as escritas de Mariana. Certa vez cheguei a dar uma leve gargalhada. Percebi que alguns estudantes me olharam como que querendo rir também. Não me abstive e fui logo dizendo: gente, sei que tô fazendo papel meio estranho aqui, então podem rir a vontade. Não se segurem.
Foi o suficiente pra que uma turma caísse na gargalhada. E eu com meus pensamentos ali, sem se importar com uma possível guerra, tiroteio, esquartejamento ou sei lá o quê... naquele momento, se o mundo desmoronasse, eu morreria feliz porque estava ouvindo a Mariana.
Linha após linha... letra após letra... eu simplesmente absorvia cada palavra que esse Anjo digitava ou dizia nos áudios. Não estava me importando com mais nada. A aula que eu iria aplicar era o de menos... já sabia tudo de cor e salteado, kkkkkkkkkkkk.
Mandei, enfim, né gente???? Enviei um “eu te amo” pra Mari. E ela respondeu “ham?”. Foi o suficiente pra que meu coração se esfriasse de repente... não mais que de repente... quanta dor... OMG.
Eu insisti: “é isso mesmo que tu leu, Mariana.” Ela me devolveu: “mas não rola, somos amigos apenas”. Fim.
P.S.: OMG = Oh, my God!!