Uma eloquente alegria.

Risadas ardentes, enroscadas em suspiros, harmonia, choro, agonia.

Um dia, a vida seguindo sem demasia, seguindo sem a tristeza de ontem, e com uma eloquente alegria.

Riscos, riscados, de uma sintonia, mordidas ardentes, que nos traz uma doce moradia, arco íris surgindo no fim do dia, cor de batom preto, misturado com uma aquarela estampada na parede branca da sala.

Lado a lado, ombro a ombro, olho nos olhos, aquele gosto doce de pele, misturado com o sabor de pêssegos maduros, e morangos da época.

Ao fundo o som do piano, tocando uma musica encantada, emotiva, singela, quase erudita.

Cabelos molhados, rostos despidos de maquiagem, apenas o cheiro de pele que estampa a orquestra de todo aquele lugar, com luz de fundo.

Abajur lilás, criado mudo de madeira, armários ainda cheirando a cerejeira.

O cheiro forte, porem adocicado, do café que espreita a chegada de mais uma manhã...

Leandro Vidile
Enviado por Leandro Vidile em 30/03/2016
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