A queda
Toda vez que eu ouvia sua voz, era como se tudo que estava errado se quebrasse, e então voltava ao lugar certo. Você foi, sobre todos os aspectos, a melhor melodia que eu já ouvi. A palavra mais bela. O cheiro mais agradável. Os sorrisos mais sinceros que já dei.
Você foi, acima de tudo, aquela pessoa que me apresentou um olhar diferente, um mundo novo, histórias distintas daquelas que todos sempre contaram.
Você foi aquela pessoa que me permiti ter expectativas, porque eu queria saber se daria certo. Queria tentar. E então eu me magoei, igual imaginei que seria. Caí de uma altura alta demais, jogada, com meus pedaços espalhados pelo asfasto frio da madrugada. Dentro de mim tudo também estava frio, doendo, como se meu interior também chorasse.
Então agora minhas palavra são lançadas em uma folha de papel que encontrei por aí, nos caminhos errados que peguei para encontrá-lo. No final, eu o encontrei. E foi tudo tão sem igual, que fiquei com medo de algo dar errado. E deu errado. Me apaixonei por cada pedaço de você. Cada detalhe, defeitos e qualidades. Me apaixonei como alguém salta de paraquedas, com aquele frio na barriga, mas também com uma coragem avassaladora. O ruim foi quando cheguei no chão, em uma velocidade alta demais, com o paraquedas sem abrir. Espatifando-me no chão, com sangue saindo pela boca, com tudo quebrado, cada osso, e principalmente o coração, que parou de bater instantaneamente.